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Opinião|Web3 e metaverso impulsionam nova corrida do ouro na internet


O frisson provocado pela ideia de que a internet poderá estar prestes a renascer acende a possibilidade de um novo ciclo de oportunidade e prosperidade para novos empreendedores

Por Felipe Matos
Atualização:
Avatar de Mark Zuckerberg no metaverso; Facebook apresentou projeto de universo virtual em evento em outubro Foto: Facebook

Ninguém sabe ao certo o que exatamente será a Web 3, mas acredita-se que trará as bases para uma “nova internet”, pautada em protocolos descentralizados baseados em blockchain, criptomoedas e acessada por interfaces de realidade virtual ou aumentada.

O frisson provocado pela ideia de que a internet poderá estar prestes a renascer acende a possibilidade de um novo ciclo de oportunidade e prosperidade para novos empreendedores, que poderão aproveitar o momento para chegar primeiro e beber água fresca, em uma fase que tem, em tese altíssimo potencial de valorização de investimentos. Tome-se como exemplo o próprio bitcoin, a primeira criptomoeda virtual cujo valor já ultrapassa trilhões de dólares e que segue em valorização.

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Para entender a Web3, de forma simples, é preciso entender os dois ciclos anteriores. No primeiro, a rede nasceu pautada por protocolos descentralizados, com páginas estáticas e hyperlinks, e movida principalmente pelos usuários. No segundo, a tecnologia de interação em tempo real e multimídia tornou os sistemas muito mais sofisticados, ao mesmo tempo em que centralizou o poder da rede na mão de grandes plataformas — como Facebook e Google.

Na Web3, novos protocolos descentralizados, baseados em blockchain, que são a base das criptomoedas, NFTs e outros ativos virtuais prometem, em tese, retomar a descentralização e dar mais poder aos usuários. Ao mesmo tempo, o desenvolvimento de novas tecnologias de rede, com mais velocidade, dispositivos conectados e mundos de realidade virtual, prometem estar criando uma nova interface, que pode representar uma forma totalmente nova de acessar a rede, assim como foram o microcomputador e o smartphone nos dois ciclos anteriores.

Nessa nova corrida do ouro, muitos movimentos podem ser sentidos. Fundadores, desenvolvedores e executivos de grandes empresas do Vale do Silício estão deixando seus cargos para apostar em startups de cripto, para surfar na nova onda da Web3. Apesar de muita incerteza, a proliferação de emissão de tokens, o crescimento dos NFTs e de diversas redes de criptomoedas já movimentaram centenas de dezenas de bilhões dólares só em 2021. Entre entusiastas e céticos, o admirável mundo novo da Web3 já vem chacoalhando o mundo da tecnologia.

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As big techs buscam também suas próprias respostas. Enquanto anunciam cada vez mais iniciativas no mundo cripto, aumentam seu arsenal para competir nessa nova realidade. Um exemplo muito recente está na aquisição da Activision Blizzard, empresa de games, pela Microsoft, na maior operação do tipo de sua história, por nada menos que U$ 68,7 bilhões. Estão em jogo aí não só o mercado de games, mas o domínio de tecnologias que serão essenciais para o metaverso, como a renderização de gráficos em 3D e construção de mundos virtuais, que poderão ser a base das interfaces para o web do futuro.

Enquanto o futuro não chega, muitas empresas de tecnologia já estão sentindo o baque da migração de funcionários para projetos ligados à Web3, o que pode mesmo sinalizar um potencial novo ciclo de inovação a caminho. Estaremos diante de um recomeço da internet? Quais novas oportunidades ela pode abrir para empreendedores e inovadores por aqui? Cenas para os próximos capítulos!

Avatar de Mark Zuckerberg no metaverso; Facebook apresentou projeto de universo virtual em evento em outubro Foto: Facebook

Ninguém sabe ao certo o que exatamente será a Web 3, mas acredita-se que trará as bases para uma “nova internet”, pautada em protocolos descentralizados baseados em blockchain, criptomoedas e acessada por interfaces de realidade virtual ou aumentada.

O frisson provocado pela ideia de que a internet poderá estar prestes a renascer acende a possibilidade de um novo ciclo de oportunidade e prosperidade para novos empreendedores, que poderão aproveitar o momento para chegar primeiro e beber água fresca, em uma fase que tem, em tese altíssimo potencial de valorização de investimentos. Tome-se como exemplo o próprio bitcoin, a primeira criptomoeda virtual cujo valor já ultrapassa trilhões de dólares e que segue em valorização.

Para entender a Web3, de forma simples, é preciso entender os dois ciclos anteriores. No primeiro, a rede nasceu pautada por protocolos descentralizados, com páginas estáticas e hyperlinks, e movida principalmente pelos usuários. No segundo, a tecnologia de interação em tempo real e multimídia tornou os sistemas muito mais sofisticados, ao mesmo tempo em que centralizou o poder da rede na mão de grandes plataformas — como Facebook e Google.

Na Web3, novos protocolos descentralizados, baseados em blockchain, que são a base das criptomoedas, NFTs e outros ativos virtuais prometem, em tese, retomar a descentralização e dar mais poder aos usuários. Ao mesmo tempo, o desenvolvimento de novas tecnologias de rede, com mais velocidade, dispositivos conectados e mundos de realidade virtual, prometem estar criando uma nova interface, que pode representar uma forma totalmente nova de acessar a rede, assim como foram o microcomputador e o smartphone nos dois ciclos anteriores.

Nessa nova corrida do ouro, muitos movimentos podem ser sentidos. Fundadores, desenvolvedores e executivos de grandes empresas do Vale do Silício estão deixando seus cargos para apostar em startups de cripto, para surfar na nova onda da Web3. Apesar de muita incerteza, a proliferação de emissão de tokens, o crescimento dos NFTs e de diversas redes de criptomoedas já movimentaram centenas de dezenas de bilhões dólares só em 2021. Entre entusiastas e céticos, o admirável mundo novo da Web3 já vem chacoalhando o mundo da tecnologia.

As big techs buscam também suas próprias respostas. Enquanto anunciam cada vez mais iniciativas no mundo cripto, aumentam seu arsenal para competir nessa nova realidade. Um exemplo muito recente está na aquisição da Activision Blizzard, empresa de games, pela Microsoft, na maior operação do tipo de sua história, por nada menos que U$ 68,7 bilhões. Estão em jogo aí não só o mercado de games, mas o domínio de tecnologias que serão essenciais para o metaverso, como a renderização de gráficos em 3D e construção de mundos virtuais, que poderão ser a base das interfaces para o web do futuro.

Enquanto o futuro não chega, muitas empresas de tecnologia já estão sentindo o baque da migração de funcionários para projetos ligados à Web3, o que pode mesmo sinalizar um potencial novo ciclo de inovação a caminho. Estaremos diante de um recomeço da internet? Quais novas oportunidades ela pode abrir para empreendedores e inovadores por aqui? Cenas para os próximos capítulos!

Avatar de Mark Zuckerberg no metaverso; Facebook apresentou projeto de universo virtual em evento em outubro Foto: Facebook

Ninguém sabe ao certo o que exatamente será a Web 3, mas acredita-se que trará as bases para uma “nova internet”, pautada em protocolos descentralizados baseados em blockchain, criptomoedas e acessada por interfaces de realidade virtual ou aumentada.

O frisson provocado pela ideia de que a internet poderá estar prestes a renascer acende a possibilidade de um novo ciclo de oportunidade e prosperidade para novos empreendedores, que poderão aproveitar o momento para chegar primeiro e beber água fresca, em uma fase que tem, em tese altíssimo potencial de valorização de investimentos. Tome-se como exemplo o próprio bitcoin, a primeira criptomoeda virtual cujo valor já ultrapassa trilhões de dólares e que segue em valorização.

Para entender a Web3, de forma simples, é preciso entender os dois ciclos anteriores. No primeiro, a rede nasceu pautada por protocolos descentralizados, com páginas estáticas e hyperlinks, e movida principalmente pelos usuários. No segundo, a tecnologia de interação em tempo real e multimídia tornou os sistemas muito mais sofisticados, ao mesmo tempo em que centralizou o poder da rede na mão de grandes plataformas — como Facebook e Google.

Na Web3, novos protocolos descentralizados, baseados em blockchain, que são a base das criptomoedas, NFTs e outros ativos virtuais prometem, em tese, retomar a descentralização e dar mais poder aos usuários. Ao mesmo tempo, o desenvolvimento de novas tecnologias de rede, com mais velocidade, dispositivos conectados e mundos de realidade virtual, prometem estar criando uma nova interface, que pode representar uma forma totalmente nova de acessar a rede, assim como foram o microcomputador e o smartphone nos dois ciclos anteriores.

Nessa nova corrida do ouro, muitos movimentos podem ser sentidos. Fundadores, desenvolvedores e executivos de grandes empresas do Vale do Silício estão deixando seus cargos para apostar em startups de cripto, para surfar na nova onda da Web3. Apesar de muita incerteza, a proliferação de emissão de tokens, o crescimento dos NFTs e de diversas redes de criptomoedas já movimentaram centenas de dezenas de bilhões dólares só em 2021. Entre entusiastas e céticos, o admirável mundo novo da Web3 já vem chacoalhando o mundo da tecnologia.

As big techs buscam também suas próprias respostas. Enquanto anunciam cada vez mais iniciativas no mundo cripto, aumentam seu arsenal para competir nessa nova realidade. Um exemplo muito recente está na aquisição da Activision Blizzard, empresa de games, pela Microsoft, na maior operação do tipo de sua história, por nada menos que U$ 68,7 bilhões. Estão em jogo aí não só o mercado de games, mas o domínio de tecnologias que serão essenciais para o metaverso, como a renderização de gráficos em 3D e construção de mundos virtuais, que poderão ser a base das interfaces para o web do futuro.

Enquanto o futuro não chega, muitas empresas de tecnologia já estão sentindo o baque da migração de funcionários para projetos ligados à Web3, o que pode mesmo sinalizar um potencial novo ciclo de inovação a caminho. Estaremos diante de um recomeço da internet? Quais novas oportunidades ela pode abrir para empreendedores e inovadores por aqui? Cenas para os próximos capítulos!

Opinião por Felipe Matos

CEO da Sirius, vice-presidente da Associação Brasileira de Startups e autor do livro 10 Mil Startups.

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