As identidades de 2.600 funcionários da Agência Central de Inteligência (CIA) e a localização de duas dúzias de locais de trabalho secretos da agência nos Estados Unidos podem ser facilmente encontrados por buscas na internet, segundo uma investigação do jornal Chicago Tribune. O jornal obteve a informação de provedores de dados que cobram tarifas pelo acesso a registros públicos. O diário não publicou as identidades nem outros detalhes das buscas receando que isto pudesse colocar em perigo os funcionários da CIA. Nem todas as 2.653 pessoas que o jornal disse ser capaz de identificar como funcionários da CIA seriam supostamente secretas, uma questão suscitada na investigação do Departamento de Justiça sobre se alguém da administração Bush havia vazado a identidade da agente da CIA Valerie Plame a jornalistas em 2003. Algumas, na verdade, são analistas não protegidos e executivos seniores, como o ex-diretor George Tenet. Mas o jornal disse que compartilhou algumas de suas descobertas com a CIA e que a agência admitiu que a lista parcial de nomes continha funcionários encobertos. "A proteção é uma questão que nos preocupa o tempo todo, e sempre estamos tentando melhorá-la", disse o porta-voz da CIA, Tom Crispell. Para ele, "a proteção é uma questão complexa que ficou ainda mais complexa na era da internet. Algumas coisas que funcionavam antes não funcionam mais." O Tribune localizou também duas dezenas de instalações da CIA em Chicago, norte de Virgínia, Flórida, Ohio, Pensilvânia, Utah e no Estado de Washington. Algumas instalações são fortemente protegidas, enquanto outras parecem residências particulares.
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