Antes símbolo de inovação, ‘iPhone de botão’ vira piada entre jovens


Apesar de ter influenciado toda a indústria de celulares, design passou a ser considerado ultrapassado

Por Guilherme Guerra
De 2007 a 2017, botão de Início foi fundamental para o iPhone Foto: Daniel Teixeira/Estadão - 1/6/2022

Quando a Apple revelou o iPhone pela primeira vez, a empresa fez mais do que lançar um produto novo. A tela de 3,5 polegadas com sensibilidade ao toque, acompanhada de um único botão frontal, virou sinônimo de smartphone — e o formato foi repetido à exaustão na indústria. Mas, 15 anos depois, o design inovador virou piada entre as novas gerações, que  enxergam o “iPhone de botão” como símbolo de tecnologia ultrapassada.

As redes sociais estão inundadas com piadas sobre o formato. “Acabei de ver um cirurgião aqui com um iPhone de botão. As coisas não estão fáceis para ninguém”, tuitou no último dia 27 um usuário no Twitter. Outra usuária publicou no dia 30: “Sofro bullying por ter iPhone de botão”.

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O “iPhone de botão” é uma referência a qualquer celular da Maçã lançado entre 2007 (ano do iPhone original) e 2017 (ano do iPhone 8). São, portanto, anteriores ao iPhone X, lançado em 2017 com leitor facial e tela de ponta a ponta — sem botão, portanto. Desde então, Apple cimentou esse design para todos os aparelhos topo de linha.

“Ter o botão no celular é visto como algo ultrapassado, por isso os usuários do iPhone de botão se tornaram alvos de piada”, explica Grazyelle Coelho, 20. No Twitter, ela, que usa um Moto G9 Play (de 2020 e, claro, sem botão), também debochou do formato dos aparelhos antigos da Apple: “Oi, vi que você usa iPhone de botão. Tá passando alguma necessidade? Quer uma cesta básica?”.

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No TikTok, as piadas são visuais. Usuários gravam conteúdos satíricos dando “esmolas” a pessoas com iPhone de botão. É humor, mas também há uma ponta de elitismo, considerando que a Apple sempre vende mais caro os seus celulares. 

Essa é a visão do empresário Rodrigo Gimenez, 27, responsável por um desses TikToks (no caso, ele deu “água potável” a uma amiga). “Não acho engraçado diminuir alguém por ter iPhone de botão”, diz ele. 

Gimenez explica que seu vídeo é uma crítica aos influenciadores digitais que gostam de status, usam roupas de grife e esbanjam pertences nas redes sociais. “Fiz um estereótipo dessas pessoas, porque o iPhone de botão é visto como algo inferior”, explica o empresário. Atualmente, ele é dono de um iPhone 12, depois de abandonar o “velho de guerra” iPhone 8.

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Grazyelle, porém, garante que se trata de uma piada, sem intenção maldosa. Ela elogia as câmeras, o armazenamento e o sistema operacional dos modelos antigos —  o problema está apenas no botão, diz. “Com o passar dos anos, a tecnologia evoluiu muito e isso mudou a interface dos smartphones. Não se trata só do iPhone, porque outras marcas também removeram o botão”, explica.

Design foi exemplo

Durante muitos anos, a história foi outra. O iPhone de botão foi o modelo da indústria: com seu lançamento, celulares de teclado físico, como o BlackBerry, perderam espaço. As fabricantes passaram a imitar o formato inovador para continuar na briga — o botão, por exemplo, esteve entre os elementos que levaram a Apple a processar a Samsung em 2012 por violação de patentes.  

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“O botão de Início foi o símbolo do iPhone não só pela questão estética, mas por representar a máxima eficiência com a máxima simplicidade que o Steve Jobs queria”, explica o professor Eduardo Pellanda, da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), em referência à obsessão do fundador da Apple com a união de funcionalidade e simplicidade. 

Entre 2007 e 2015, o botão era mecânico — ou seja, era um componente móvel. No ano seguinte, o iPhone 7 substituiu a peça por um sensor tátil que preservava a sensação do “clique”, uma tática usada para tirar proveito da memória de uso dos usuários, naquela altura já acostumados com o recurso. 

Enquanto isso, a indústria passou a testar novos formatos, com tela frontal de ponta a ponta e leitor biométrico na traseira do aparelho. Os objetivos eram: diferenciar-se do iPhone e aumentar o display, atendendo ao desejo do mercado consumidor.

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Não à toa, em fevereiro de 2015, a Samsung lançou o Galaxy S6 Edge, primeiro celular da marca a adotar o formato tela infinita. O movimento acabou influenciando toda a indústria, inclusive a Apple, que, dois anos depois, tornava ultrapassado o iPhone de botão ao apostar no iPhone X.

“Câmera, tela e atributos de software são fundamentais para os jovens no mercado de smartphones”, aponta Reinaldo Sakis, analista da consultoria IDC Brasil. “O apelo dessa geração é para publicar vídeos e fotos cada vez mais bem tratados.”

Morreu, mas passa bem

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Ainda que tenha virado piada, a Apple continua apostando no botão como uma alternativa mais “barata” — para os padrões da companhia, claro. 

“A empresa aproveita peças antigas e insere componentes novos que já estão em escala de produção”, explica Pellanda, da PUC-RS. Prova desse sucesso é o lançamento, neste ano, do iPhone SE 2022. Apesar de parecer um iPhone 8, o celular traz o mesmo chip do iPhone 13 (2021). O novo SE sai a partir de R$ 4,2 mil na loja oficial da Apple, enquanto o iPhone 13 mais barato sai por R$ 7,6 mil.

Para Renato Franzin, especialista da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP), essa aposta acabou criando uma “segunda categoria” de produtos na empresa — o que, de certa maneira, justifica as piadas da nova geração. Ao mesmo tempo, a aposta reforça o sucesso do design: “É um aparelho que vai continuar no mercado enquanto estiver respondendo às expectativas dos consumidores.”

Para especialistas e usuários, ainda há vantagens no botão frontal. O maior exemplo é que, em tempos de máscaras para combater a covid-19, o Face ID (sistema de reconhecimento facial dos aparelhos mais modernos) tem apresentado problemas na autenticação biométrica, tornando a opção pelo Touch ID (reconhecimento de digital embutido no botão) mais viável.

Felizmente, ainda há quem prefira o bom e velho botão: “O iPhone de botão é o modelo mais bonito da Apple, mas ninguém está preparado para essa conversa”, escreveu uma usuária em 28 de maio no Twitter.

De 2007 a 2017, botão de Início foi fundamental para o iPhone Foto: Daniel Teixeira/Estadão - 1/6/2022

Quando a Apple revelou o iPhone pela primeira vez, a empresa fez mais do que lançar um produto novo. A tela de 3,5 polegadas com sensibilidade ao toque, acompanhada de um único botão frontal, virou sinônimo de smartphone — e o formato foi repetido à exaustão na indústria. Mas, 15 anos depois, o design inovador virou piada entre as novas gerações, que  enxergam o “iPhone de botão” como símbolo de tecnologia ultrapassada.

As redes sociais estão inundadas com piadas sobre o formato. “Acabei de ver um cirurgião aqui com um iPhone de botão. As coisas não estão fáceis para ninguém”, tuitou no último dia 27 um usuário no Twitter. Outra usuária publicou no dia 30: “Sofro bullying por ter iPhone de botão”.

O “iPhone de botão” é uma referência a qualquer celular da Maçã lançado entre 2007 (ano do iPhone original) e 2017 (ano do iPhone 8). São, portanto, anteriores ao iPhone X, lançado em 2017 com leitor facial e tela de ponta a ponta — sem botão, portanto. Desde então, Apple cimentou esse design para todos os aparelhos topo de linha.

“Ter o botão no celular é visto como algo ultrapassado, por isso os usuários do iPhone de botão se tornaram alvos de piada”, explica Grazyelle Coelho, 20. No Twitter, ela, que usa um Moto G9 Play (de 2020 e, claro, sem botão), também debochou do formato dos aparelhos antigos da Apple: “Oi, vi que você usa iPhone de botão. Tá passando alguma necessidade? Quer uma cesta básica?”.

No TikTok, as piadas são visuais. Usuários gravam conteúdos satíricos dando “esmolas” a pessoas com iPhone de botão. É humor, mas também há uma ponta de elitismo, considerando que a Apple sempre vende mais caro os seus celulares. 

Essa é a visão do empresário Rodrigo Gimenez, 27, responsável por um desses TikToks (no caso, ele deu “água potável” a uma amiga). “Não acho engraçado diminuir alguém por ter iPhone de botão”, diz ele. 

Gimenez explica que seu vídeo é uma crítica aos influenciadores digitais que gostam de status, usam roupas de grife e esbanjam pertences nas redes sociais. “Fiz um estereótipo dessas pessoas, porque o iPhone de botão é visto como algo inferior”, explica o empresário. Atualmente, ele é dono de um iPhone 12, depois de abandonar o “velho de guerra” iPhone 8.

Grazyelle, porém, garante que se trata de uma piada, sem intenção maldosa. Ela elogia as câmeras, o armazenamento e o sistema operacional dos modelos antigos —  o problema está apenas no botão, diz. “Com o passar dos anos, a tecnologia evoluiu muito e isso mudou a interface dos smartphones. Não se trata só do iPhone, porque outras marcas também removeram o botão”, explica.

Design foi exemplo

Durante muitos anos, a história foi outra. O iPhone de botão foi o modelo da indústria: com seu lançamento, celulares de teclado físico, como o BlackBerry, perderam espaço. As fabricantes passaram a imitar o formato inovador para continuar na briga — o botão, por exemplo, esteve entre os elementos que levaram a Apple a processar a Samsung em 2012 por violação de patentes.  

“O botão de Início foi o símbolo do iPhone não só pela questão estética, mas por representar a máxima eficiência com a máxima simplicidade que o Steve Jobs queria”, explica o professor Eduardo Pellanda, da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), em referência à obsessão do fundador da Apple com a união de funcionalidade e simplicidade. 

Entre 2007 e 2015, o botão era mecânico — ou seja, era um componente móvel. No ano seguinte, o iPhone 7 substituiu a peça por um sensor tátil que preservava a sensação do “clique”, uma tática usada para tirar proveito da memória de uso dos usuários, naquela altura já acostumados com o recurso. 

Enquanto isso, a indústria passou a testar novos formatos, com tela frontal de ponta a ponta e leitor biométrico na traseira do aparelho. Os objetivos eram: diferenciar-se do iPhone e aumentar o display, atendendo ao desejo do mercado consumidor.

Não à toa, em fevereiro de 2015, a Samsung lançou o Galaxy S6 Edge, primeiro celular da marca a adotar o formato tela infinita. O movimento acabou influenciando toda a indústria, inclusive a Apple, que, dois anos depois, tornava ultrapassado o iPhone de botão ao apostar no iPhone X.

“Câmera, tela e atributos de software são fundamentais para os jovens no mercado de smartphones”, aponta Reinaldo Sakis, analista da consultoria IDC Brasil. “O apelo dessa geração é para publicar vídeos e fotos cada vez mais bem tratados.”

Morreu, mas passa bem

Ainda que tenha virado piada, a Apple continua apostando no botão como uma alternativa mais “barata” — para os padrões da companhia, claro. 

“A empresa aproveita peças antigas e insere componentes novos que já estão em escala de produção”, explica Pellanda, da PUC-RS. Prova desse sucesso é o lançamento, neste ano, do iPhone SE 2022. Apesar de parecer um iPhone 8, o celular traz o mesmo chip do iPhone 13 (2021). O novo SE sai a partir de R$ 4,2 mil na loja oficial da Apple, enquanto o iPhone 13 mais barato sai por R$ 7,6 mil.

Para Renato Franzin, especialista da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP), essa aposta acabou criando uma “segunda categoria” de produtos na empresa — o que, de certa maneira, justifica as piadas da nova geração. Ao mesmo tempo, a aposta reforça o sucesso do design: “É um aparelho que vai continuar no mercado enquanto estiver respondendo às expectativas dos consumidores.”

Para especialistas e usuários, ainda há vantagens no botão frontal. O maior exemplo é que, em tempos de máscaras para combater a covid-19, o Face ID (sistema de reconhecimento facial dos aparelhos mais modernos) tem apresentado problemas na autenticação biométrica, tornando a opção pelo Touch ID (reconhecimento de digital embutido no botão) mais viável.

Felizmente, ainda há quem prefira o bom e velho botão: “O iPhone de botão é o modelo mais bonito da Apple, mas ninguém está preparado para essa conversa”, escreveu uma usuária em 28 de maio no Twitter.

De 2007 a 2017, botão de Início foi fundamental para o iPhone Foto: Daniel Teixeira/Estadão - 1/6/2022

Quando a Apple revelou o iPhone pela primeira vez, a empresa fez mais do que lançar um produto novo. A tela de 3,5 polegadas com sensibilidade ao toque, acompanhada de um único botão frontal, virou sinônimo de smartphone — e o formato foi repetido à exaustão na indústria. Mas, 15 anos depois, o design inovador virou piada entre as novas gerações, que  enxergam o “iPhone de botão” como símbolo de tecnologia ultrapassada.

As redes sociais estão inundadas com piadas sobre o formato. “Acabei de ver um cirurgião aqui com um iPhone de botão. As coisas não estão fáceis para ninguém”, tuitou no último dia 27 um usuário no Twitter. Outra usuária publicou no dia 30: “Sofro bullying por ter iPhone de botão”.

O “iPhone de botão” é uma referência a qualquer celular da Maçã lançado entre 2007 (ano do iPhone original) e 2017 (ano do iPhone 8). São, portanto, anteriores ao iPhone X, lançado em 2017 com leitor facial e tela de ponta a ponta — sem botão, portanto. Desde então, Apple cimentou esse design para todos os aparelhos topo de linha.

“Ter o botão no celular é visto como algo ultrapassado, por isso os usuários do iPhone de botão se tornaram alvos de piada”, explica Grazyelle Coelho, 20. No Twitter, ela, que usa um Moto G9 Play (de 2020 e, claro, sem botão), também debochou do formato dos aparelhos antigos da Apple: “Oi, vi que você usa iPhone de botão. Tá passando alguma necessidade? Quer uma cesta básica?”.

No TikTok, as piadas são visuais. Usuários gravam conteúdos satíricos dando “esmolas” a pessoas com iPhone de botão. É humor, mas também há uma ponta de elitismo, considerando que a Apple sempre vende mais caro os seus celulares. 

Essa é a visão do empresário Rodrigo Gimenez, 27, responsável por um desses TikToks (no caso, ele deu “água potável” a uma amiga). “Não acho engraçado diminuir alguém por ter iPhone de botão”, diz ele. 

Gimenez explica que seu vídeo é uma crítica aos influenciadores digitais que gostam de status, usam roupas de grife e esbanjam pertences nas redes sociais. “Fiz um estereótipo dessas pessoas, porque o iPhone de botão é visto como algo inferior”, explica o empresário. Atualmente, ele é dono de um iPhone 12, depois de abandonar o “velho de guerra” iPhone 8.

Grazyelle, porém, garante que se trata de uma piada, sem intenção maldosa. Ela elogia as câmeras, o armazenamento e o sistema operacional dos modelos antigos —  o problema está apenas no botão, diz. “Com o passar dos anos, a tecnologia evoluiu muito e isso mudou a interface dos smartphones. Não se trata só do iPhone, porque outras marcas também removeram o botão”, explica.

Design foi exemplo

Durante muitos anos, a história foi outra. O iPhone de botão foi o modelo da indústria: com seu lançamento, celulares de teclado físico, como o BlackBerry, perderam espaço. As fabricantes passaram a imitar o formato inovador para continuar na briga — o botão, por exemplo, esteve entre os elementos que levaram a Apple a processar a Samsung em 2012 por violação de patentes.  

“O botão de Início foi o símbolo do iPhone não só pela questão estética, mas por representar a máxima eficiência com a máxima simplicidade que o Steve Jobs queria”, explica o professor Eduardo Pellanda, da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), em referência à obsessão do fundador da Apple com a união de funcionalidade e simplicidade. 

Entre 2007 e 2015, o botão era mecânico — ou seja, era um componente móvel. No ano seguinte, o iPhone 7 substituiu a peça por um sensor tátil que preservava a sensação do “clique”, uma tática usada para tirar proveito da memória de uso dos usuários, naquela altura já acostumados com o recurso. 

Enquanto isso, a indústria passou a testar novos formatos, com tela frontal de ponta a ponta e leitor biométrico na traseira do aparelho. Os objetivos eram: diferenciar-se do iPhone e aumentar o display, atendendo ao desejo do mercado consumidor.

Não à toa, em fevereiro de 2015, a Samsung lançou o Galaxy S6 Edge, primeiro celular da marca a adotar o formato tela infinita. O movimento acabou influenciando toda a indústria, inclusive a Apple, que, dois anos depois, tornava ultrapassado o iPhone de botão ao apostar no iPhone X.

“Câmera, tela e atributos de software são fundamentais para os jovens no mercado de smartphones”, aponta Reinaldo Sakis, analista da consultoria IDC Brasil. “O apelo dessa geração é para publicar vídeos e fotos cada vez mais bem tratados.”

Morreu, mas passa bem

Ainda que tenha virado piada, a Apple continua apostando no botão como uma alternativa mais “barata” — para os padrões da companhia, claro. 

“A empresa aproveita peças antigas e insere componentes novos que já estão em escala de produção”, explica Pellanda, da PUC-RS. Prova desse sucesso é o lançamento, neste ano, do iPhone SE 2022. Apesar de parecer um iPhone 8, o celular traz o mesmo chip do iPhone 13 (2021). O novo SE sai a partir de R$ 4,2 mil na loja oficial da Apple, enquanto o iPhone 13 mais barato sai por R$ 7,6 mil.

Para Renato Franzin, especialista da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP), essa aposta acabou criando uma “segunda categoria” de produtos na empresa — o que, de certa maneira, justifica as piadas da nova geração. Ao mesmo tempo, a aposta reforça o sucesso do design: “É um aparelho que vai continuar no mercado enquanto estiver respondendo às expectativas dos consumidores.”

Para especialistas e usuários, ainda há vantagens no botão frontal. O maior exemplo é que, em tempos de máscaras para combater a covid-19, o Face ID (sistema de reconhecimento facial dos aparelhos mais modernos) tem apresentado problemas na autenticação biométrica, tornando a opção pelo Touch ID (reconhecimento de digital embutido no botão) mais viável.

Felizmente, ainda há quem prefira o bom e velho botão: “O iPhone de botão é o modelo mais bonito da Apple, mas ninguém está preparado para essa conversa”, escreveu uma usuária em 28 de maio no Twitter.

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