Aplicativo de videoconferência: veja como escolher o melhor para sua necessidade


Com o isolamento social, os aplicativos de videoconferência se tornaram essenciais para comunicação tanto empresarial quanto social com amigos; entenda as vantagens e desvantagens dos principais programas do mercado

Por Diego Kerber
Atualização:
Até os jogadores do Cruzeiro se juntaram para conversar por videoconferência. Foto: Reprodução/ Twitter

Desde conversas de negócios e reuniões com funcionários até papos casuais com amigos, todos os encontros sociais presenciais estão suspensos por conta das medidas isolamento para combater o novo coronavírus. Ainda assim é possível falar com os amigos ou fazer reuniões de trabalho remotamente por aplicativos e programas de videochamadas.

Esse mercado está lotado de produtos e marcas diferentes, desde gigantes da tecnologia até nomes independentes dedicados apenas a esse tipo de serviço. E, em meio a denúncias e investigações de vazamentos de dados e falhas de segurança em alguns deles, é cada vez mais importante selecionar bem qual usar. Além disso, cada aplicativo tem seus benefícios e limitações técnicas, algo essencial a se considerar dependendo do tipo de encontro virtual que você precisa fazer.

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Por isso, o Estadão selecionou dez aplicativos de chamada de vídeo e trouxe suas forças e fraquezas, como quantidade de pessoas online simultaneamente, recursos, integração com outras ferramentas e casos de falha de segurança, se houver. Confira:

Skype

Skype é um dos aplicativos mais famosos para realizar videochamadas. Foto: Wikimedia Commons
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O Skype é um dos programas mais antigos de chamadas por vídeo, seja em dupla ou em grupo. O aplicativo sempre foi bastante versátil, usado tanto para conversas casuais e pessoais quanto para reuniões de trabalho ou até mesmo para EAD (Ensino à Distância). O Skype tem versões para computador e dispositivos móveis (celulares e tablets), mas também conta com uma versão para navegadores, que funciona no Microsoft Edge e no Google Chrome.

Uma chamada está limitada a até 50 participantes simultâneos com até 9 pessoas aparecendo em vídeo na mesma tela para as versões para computador e conta com várias funcionalidades, como compartilhamento de tela, compartilhamento de arquivos no chat comum, gravação de chamadas pelo próprio aplicativo e legendas em tempo real. Também é possível usar o Skype mesmo sem ter conta ou o aplicativo instalado. Basta criar um link pessoal que não expira e convidar quem você quiser para a chamada, mesmo que as pessoas não tenham o Skype também.

Apesar de ter uma versão paga, ela não afeta diretamente as chamadas de vídeo. Com uma assinatura ou ao comprar créditos, o usuário pode usar o Skype para ligar para telefones fixos ou celulares, tanto no Brasil quanto no exterior. Os créditos para chamadas pré-pagas custam a partir de R$ 15 e as assinaturas específicas de certos países cobram a partir de R$ 12,60 por mês.

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Com relação à segurança, arquivos de imagem e vídeo, além das mensagens, serão protegidas por criptografia em conversas entre duas pessoas. Apesar disso, no geral, é uma plataforma bem segura, já que mesmo os maiores problemas descobertos já foram resolvidos em patchs de atualização.

Microsoft Teams

O Microsoft Teams foi disponibilizado para substituir o Skype for Business. Foto: Wikimedia Commons
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O Microsoft Teams foi disponibilizado pela primeira vez em 2017, a princípio apenas para usuários do Office 365. Mais recentemente, porém, ele recebeu uma versão gratuita independente e vai substituir o Skype for Business, que será descontinuado totalmente a partir de 31 de julho de 2021.

Esse programa é totalmente voltado para trabalho em grupo e produtividade, diferente do Skype, que tem apelo maior para o uso pessoal. As chamadas por vídeo em grupo podem ter até 250 pessoas simultaneamente e conta com compartilhamento de tela. O criador da chamada também pode convidar alguém que não tenha o programa instalado. Basta enviar o link por email.

O Teams, em sua versão gratuita, fornece algumas ferramentas para trabalhos colaborativos, como chats de equipe e armazenamento de até 2GB para cada usuário e de 10GB para cada equipe. O maior diferencial, porém, é a integração com os aplicativos do pacote Office 365, que é completa e natural. Isso permite que os membros de uma equipe trabalhem juntos no mesmo arquivo através do Word, Excel, PowerPoint, OneNote, etc. O programa também é integrado a vários outros aplicativos voltados para produtividade.

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No entanto, a versão gratuita não conta com recursos como gravação de chamadas e agendamento de reuniões, além de organização de eventos para até 10 mil espectadores. Além disso, apenas usuários das versões pagas, ligadas a pacotes do Office 365, têm acesso a ferramentas de administração e suporte técnico e financeiro. Em questão de segurança, a Microsoft promete, com a versão gratuita, uma criptografia para os dados em repouso e em trânsito e não houve uma grande falha ou vazamento de dados notificada até agora.

Hangouts/Google Meet

O Hangouts clássico será substituído pelo Google Meet, uma versão mais profissional do aplicativo. Foto: Wikimedia Commons
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O Hangouts é um dos vários aplicativos de comunicação desenvolvidos e disponibilizados pelo Google. O aplicativo básico, disponível gratuitamente para todos os usuários de contas do Google, permite chamadas em grupo para até 10 pessoas. Ele funciona 100% no navegador de internet, apenas é preciso baixar uma aplicação nas versões mobile. Ele também conta com compartilhamento de arquivos e de tela, mas é basicamente isso. A gravação de chamada, por exemplo, não está presente.

A versão voltada para o usuário comum, porém, está com os dias contados. O próprio Google informou que, depois da segunda metade de 2020 até a virada para 2021, o Hangouts clássico será descontinuado e todos os usuários vão migrar paras as versões profissionais do aplicativo, o Hangouts Chat e o Google Meet.

O Meet, apesar de fazer parte do G Suite, o pacote de programas profissionais do Google, será o primeiro aplicativo do pacote a ser disponibilizado ao público geral. As chamadas de vídeo podem ter até 100 participantes simultâneos e, até setembro, terão duração máxima de 24 horas. Depois esse tempo limite vai cair para uma hora. O Meet tem integração total com todos os aplicativos do G Suite, como Agenda, Documentos, Planilhas, Apresentações, entre outros. A versão mais cara, de R$ 112 por usuário por mês, permite reuniões com até 250 pessoas em vídeo.

O Meet também tem links para reuniões mesmo que clientes ou convidados não tenham conta no aplicativo e conta com gravação de chamada. Um diferencial é a integração do Google Meet com outros programas de vídeoconferência, como Skype for Business, Polycom e Cisco.

O Google oferece como segurança a criptografia de vídeo durante as chamadas e toda a infraestrutura de servidores da gigante de tecnologia para evitar vazamentos de dados.

Facebook Messenger Rooms

O Rooms será uma nova funcionalidade do Messenger do Facebook. Foto: Wikimedia Commons

Apesar de ainda não estar disponível no mundo inteiro, essa é a nova aposta do Facebook para competir com outros grandes aplicativos de videochamadas do mercado, como o Skype e o Zoom. O Rooms será uma nova funcionalidade do Messenger, o aplicativo de mensagens instantâneas do Facebook.

Para criar um sala virtual, bastará entrar no aplicativo do Messenger, entrar na aba “Pessoas”, clicar em “Criar grupo” e escolher amigos para incluir na chamada. O serviço também vai permitir que pessoas sem conta no Facebook ou sem o aplicativo participem da conversa com um link compartilhável. A princípio, até 50 pessoas podem participar de uma conferência pelo Rooms sem limite de tempo.

A nova função, segundo o Facebook, será completamente gratuita e garante ao criador da sala controle sobre quem está na chamada, como impedir que novas pessoas entrem ou simplesmente expulsar alguém.

Como ainda não foi lançado mundialmente, não houve notificação de casos de falhas de segurança. No entanto, como já sofreu com grandes escândalos de vazamento de dados, o Facebook afirma que tem trabalhado no Rooms com foco especial nesse aspecto.

Na postagem de anúncio do serviço, o Facebook afirma que coleta sim dados a partir do Rooms, mas apenas para melhorar a experiência do produto. Eles dizem que não utilizam áudio e vídeo para informar propagandas. O Rooms vai utilizar a mesma tecnologia de criptografia do Messenger, mas o Facebook diz que está trabalhando para adicionar a criptografia de ponta-a-ponta ao serviço. Resta esperar para ver.

Zoom

O Zoom Meetings foi acusado de vazamento de dados dos usuários. A empresa tem tentado melhorar a segurança dos seus serviços com atualizações do aplicativo. Foto: Wikimedia Commons

O Zoom ficou muito famoso no primeiro mês da quarentena, já que tem (ou tinha) várias vantagens sobre a concorrência no mercado de aplicativos de videochamada.  A principal vantagem é o número de participantes em uma única chamada: o limite é de 100 pessoas mesmo na versão gratuita. A principal limitação é o tempo da chamada em grupo de até 40 minutos, mas é possível contornar isso criando uma nova sala, já que o número de reuniões é ilimitado.

O aplicativo oferece vários recursos, como compartilhamento de tela, plano de fundo virtual (presente apenas em versões pagas de alguns programas concorrentes) e sala de espera para quem ainda não foi autorizado a entrar na reunião. Também é possível gravar a reunião em áudio ou vídeo.

O usuário pode criar uma sala de reunião pessoal e permanente para convidar quem quiser e iniciar uma conferência a qualquer hora. Para uso mais profissional, o Zoom também disponibiliza uma extensão para o Google Chrome e para o Microsoft Outlook, que permite integração entre os calendários do Outlook e do Google Agenda para marcar uma reunião, por exemplo.

Ele também oferece recursos de trabalho colaborativo, como dividir a reunião em até 50 salas simultâneas para discussões específicas em grupos menores e quadro branco compartilhado, por exemplo.

As versões pagas, a partir de US$ 14,99 por anfitrião de chamada por mês, adicionam novos recursos de webconferência e aumentam o limite de participantes simultâneos até um máximo de 500 ou 1.000 dependendo do plano. Essas versões são, em geral, voltadas para o uso mais profissional.

Esses recursos geraram uma migração massiva de usuários para a plataforma, o que levou à descoberta de uma falha grave de segurança que permitia o vazamento de dados para outros sites, como o próprio Facebook. No final de abril, a empresa lançou a atualização 5.0 do aplicativo, que adiciona duas criptografias ao programa, a SSL e a AES 256-bits, além de uma série de recursos para evitar (ou pelo menos desencorajar) o compartilhamento não autorizado de conteúdos de dentro das reuniões. Agora também é possível expulsar um participante da chamada ou fechar a sala para novos integrantes. Os usuários também podem escolher em qual servidor do serviço seus dados serão armazenados.

FaceTime

O FaceTime é o aplicativo de videochamadas exclusivo da Apple e já é nativo de vários aparelhos da empresa. Foto: Wikimedia Commons

Para usuários de aparelhos da Apple, esse aplicativo nem precisa de apresentação, afinal é nativo desses dispositivos. O FaceTime, pelo menos por enquanto, é exclusivo para usuários de iPhone (4 ou posterior), iPad (2 ou superior), iPad Pro, iPad Mini, iPod Touch a partir da 4ª geração e até para dispositivos Mac, seja o desktop ou Macbook.

O programa se conecta com o ID Apple ou o número de telefone e permite chamadas de vídeo em grupo de até 32 pessoas. Diferente da maioria dos aplicativos antes citados, o FaceTime é quase todo voltado para o uso pessoal. Isso fica evidente pelos vários recursos disponíveis, como adesivos, Animojis (versões virtuais dos usuários) e outras brincadeiras. Isso não impede que o serviço seja usado profissionalmente, se todos os participantes tiverem um dispositivo Apple.

O fato de ser um aplicativo nativo e exclusivo de aparelhos da Apple traz vantagens e desvantagens. Por um lado, a exclusividade adiciona uma camada extra de proteção, afinal não é qualquer pessoa que tem acesso ao aplicativo. Em compensação, para entrar em contato com pessoas que não usam dispositivos Apple, será necessário outro programa de chamada de vídeo. Ele também não conta com recursos presentes nos outros programas, como gravação de chamada, por exemplo.

Discord

O Discord começou como um chat de voz voltado para o público gamer, mas expandiu para outras áreas desde então. Foto: Wikimedia Commons

O Discord é mais conhecido dentro da comunidade de fãs de games, já que apela muito para amigos ou times que querem se falar durante um jogo multijogador online. Desde quando foi lançado, porém, o programa evoluiu para abranger vários outros públicos e se tornou um “chat de comunidade”.

A principal função dele, porém, continua sendo as chamadas entre amigos. As chamadas de vídeo do programa suportam até 10 pessoas ao mesmo tempo. Os participantes também podem compartilhar tela, inclusive simultaneamente. Pelo chat de texto, é possível compartilhar arquivos de até 8 MB.

A versão paga do aplicativo, o Discord Nitro, não adiciona nenhuma função nova às videoconferências, porém traz algumas melhorias, como aumento do limite de tamanho de arquivos que podem ser enviados pelo chat, maior qualidade de vídeo durante o compartilhamento de tela e transmissão ao vivo também com mais qualidade de imagem.

Em questão de segurança, o Discord disponibiliza um sistema de “caça-falhas”, em que programadores e hackers são incentivados a procurar problemas de segurança e informá-los à empresa. Não houve notificação de grandes vazamentos de dados por parte do aplicativo.

Houseparty

O Houseparty tem a premissa de juntar os amigos para uma "festa em casa virtual", mas também foi acusado de vazamento de dados. Foto: Wikimedia Commons

Apesar de existir desde 2016, o Houseparty ganhou muito mais popularidade com a pandemia do novo coronavírus. O nome do aplicativo é autoexplicativo: é um programa focado em videochamadas com amigos para uma “festa em casa virtual”.

O aplicativo permite que oito pessoas se conectem por vídeo ao mesmo tempo e funciona com uma conta com email e número de celular. Isso permite que o programa encontre seus amigos que também usam Houseparty pela agenda de contatos.

Quando alguém entra no aplicativo, os amigos recebem uma notificação. Isso facilita para que todos possam se encontrar, já que não é necessário perguntar sobre a disponibilidade de cada um. Você pode convidar os amigos para a sua chamada. Por padrão, as “festas” são abertas para todos os seus amigos, mas você pode trancar a chamada para impedir que pessoas entrem sem serem convidadas.

O aplicativo não conta com várias funcionalidades de outros aplicativos, como gravação de chamada, compartilhamento de tela ou de arquivos, justamente por focar na interação direta e ao vivo entre os participantes. Até por isso conta com vários jogos dentro do próprio aplicativo para que os integrantes possam se divertir entre si.

Em questão de segurança, houve uma polêmica em que vários usuários reclamaram no Twitter que suas contas em outras redes sociais e até em apps de bancos foram hackeadas após instalarem o Houseparty no celular. Apesar disso, não há nenhuma prova de que o aplicativo tenha vazado dados pessoais. A desenvolvedora do programa ressaltou que o aplicativo é seguro e que não coleta ou acessa senhas e credenciais de outras redes sociais ou apps. Em seu blog, a empresa afirma que juntou uma equipe de especialistas para verificar qualquer problema de segurança e alega não ter encontrado nenhum.

ezTalks

O ezTalks, apesar de ter uma versão gratuita com ferramentas de trabalho colaborativo, fica bem atrás dos concorrentes em questão de participantes simultâneos e tempo de chamada. Foto: Reprodução/ezTalks

O ezTalks é outro aplicativo voltado bastante para o uso profissional. Tanto é assim que a versão gratuita fica bem abaixo dos concorrentes em questão de recursos disponíveis e principalmente tempo de chamada.

A versão de graça permite que até três pessoas entrem em uma chamada de vídeo em grupo, mesmo que os dois convidados não tenham uma conta ou aplicativo instalado, mas, além do número reduzido de participantes, a duração da conferência é de no máximo dez minutos.

Na versão mais barata, que custa US$ 10 por mês pelo pagamento anual, o número máximo de participantes sobe para 100 e a chamada não tem limite de tempo. O plano de assinatura mais caro, voltado para empresas, custa US$ 50 dólares por mês por anfitrião da chamada (quem consegue convidar novos participantes para a conferência) e permite chamadas com até 300 participantes.

Em todas as versões, o aplicativo oferece recursos de trabalho colaborativo, como compartilhamento de tela, quadro branco interativo, agendamento de reuniões ou reuniões instantâneas e plugin para Microsoft Outlook, assim como gravação de chamada em formato MP4 local. Nos modelos pagos, há também possibilidade de armazenamento na nuvem.

O programa também tem a opção de realizar um webinário, com um apresentador e até 25 participantes na versão gratuita e duração máxima de 100 minutos (uma hora e 40 minutos).

Como segurança, o programa disponibiliza funções de controle de quem pode entrar ou não na chamada, expulsão de membros da reunião e criptografia AES 256-bits.

Webex

O Cisco Webex tem foco quase total para o uso profissional e reuniões de negócios. Foto: Reprodução/Cisco Webex

O Webex é outro programa também mais voltado para o uso profissional. A empresa é a pioneira nessa área, inclusive. Por conta da pandemia global, a Cisco, empresa dona do Webex, aumentou o acesso gratuito com a conta pessoal a suas plataformas de videoconferência e trabalho colaborativo.

Atualmente, com a versão pessoal gratuita do Webex Meetings (programa voltado para reuniões online por vídeo), você recebe uma licença de organizador e uma sala de reuniões pessoal. Você pode agendar reuniões com URLs exclusivas, que podem ser compartilhadas mesmo com quem não tem o Webex, ou começar uma reunião instantaneamente na sua sala pessoal.

No total, podem participar da reunião até 100 pessoas simultaneamente por tempo ilimitado. Você também pode gravar suas reuniões e salvar o conteúdo no seu dispositivo, compartilhar tela em tempo real ou apenas um dos aplicativos abertos, enviar arquivos ou compartilhar na reunião um quadro branco interativo.

O Webex Meetings também tem integração total com alguns aplicativos profissionais que citamos aqui, como o Outlook, Agenda do Google, Microsoft Teams e Workplace.

Em questão de segurança, a Cisco Webex promete criptografia multicamada, inclusive com certificação SSAE-16 e ISO 27001, além de permitir que você tranque sua sala de reuniões pessoal se não quiser que mais ninguém entre.

A versão paga, porém, traz ainda mais recursos oferecidos pela Cisco. É uma assinatura mensal com preços a partir de US$ 13,50 por usuário.

Dá para fazer chamada em grupo pelo WhatsApp?

A nova atualização do WhatsApp permite chamadas em grupo com até oito pessoas, o dobro do limite anterior. Foto: Wikimedia Commons

Sim, o WhatsApp tem a possibilidade de chamadas em grupo, mas são bastante limitadas. Mesmo com a nova atualização que aumenta o número de pessoas de quatro para oito por chamada, fica abaixo da maioria dos concorrentes, com exceção do Houseparty. Também não dá para gravar a ligação ou compartilhar tela com os outros participantes da chamada.

Em compensação, está mantida também a criptografia de ponta-a-ponta, que já existia tanto nas conversas por texto quanto nas chamadas de até quatro pessoas. Isso garante maior segurança também para quem quiser usar.

Até os jogadores do Cruzeiro se juntaram para conversar por videoconferência. Foto: Reprodução/ Twitter

Desde conversas de negócios e reuniões com funcionários até papos casuais com amigos, todos os encontros sociais presenciais estão suspensos por conta das medidas isolamento para combater o novo coronavírus. Ainda assim é possível falar com os amigos ou fazer reuniões de trabalho remotamente por aplicativos e programas de videochamadas.

Esse mercado está lotado de produtos e marcas diferentes, desde gigantes da tecnologia até nomes independentes dedicados apenas a esse tipo de serviço. E, em meio a denúncias e investigações de vazamentos de dados e falhas de segurança em alguns deles, é cada vez mais importante selecionar bem qual usar. Além disso, cada aplicativo tem seus benefícios e limitações técnicas, algo essencial a se considerar dependendo do tipo de encontro virtual que você precisa fazer.

Por isso, o Estadão selecionou dez aplicativos de chamada de vídeo e trouxe suas forças e fraquezas, como quantidade de pessoas online simultaneamente, recursos, integração com outras ferramentas e casos de falha de segurança, se houver. Confira:

Skype

Skype é um dos aplicativos mais famosos para realizar videochamadas. Foto: Wikimedia Commons

O Skype é um dos programas mais antigos de chamadas por vídeo, seja em dupla ou em grupo. O aplicativo sempre foi bastante versátil, usado tanto para conversas casuais e pessoais quanto para reuniões de trabalho ou até mesmo para EAD (Ensino à Distância). O Skype tem versões para computador e dispositivos móveis (celulares e tablets), mas também conta com uma versão para navegadores, que funciona no Microsoft Edge e no Google Chrome.

Uma chamada está limitada a até 50 participantes simultâneos com até 9 pessoas aparecendo em vídeo na mesma tela para as versões para computador e conta com várias funcionalidades, como compartilhamento de tela, compartilhamento de arquivos no chat comum, gravação de chamadas pelo próprio aplicativo e legendas em tempo real. Também é possível usar o Skype mesmo sem ter conta ou o aplicativo instalado. Basta criar um link pessoal que não expira e convidar quem você quiser para a chamada, mesmo que as pessoas não tenham o Skype também.

Apesar de ter uma versão paga, ela não afeta diretamente as chamadas de vídeo. Com uma assinatura ou ao comprar créditos, o usuário pode usar o Skype para ligar para telefones fixos ou celulares, tanto no Brasil quanto no exterior. Os créditos para chamadas pré-pagas custam a partir de R$ 15 e as assinaturas específicas de certos países cobram a partir de R$ 12,60 por mês.

Com relação à segurança, arquivos de imagem e vídeo, além das mensagens, serão protegidas por criptografia em conversas entre duas pessoas. Apesar disso, no geral, é uma plataforma bem segura, já que mesmo os maiores problemas descobertos já foram resolvidos em patchs de atualização.

Microsoft Teams

O Microsoft Teams foi disponibilizado para substituir o Skype for Business. Foto: Wikimedia Commons

O Microsoft Teams foi disponibilizado pela primeira vez em 2017, a princípio apenas para usuários do Office 365. Mais recentemente, porém, ele recebeu uma versão gratuita independente e vai substituir o Skype for Business, que será descontinuado totalmente a partir de 31 de julho de 2021.

Esse programa é totalmente voltado para trabalho em grupo e produtividade, diferente do Skype, que tem apelo maior para o uso pessoal. As chamadas por vídeo em grupo podem ter até 250 pessoas simultaneamente e conta com compartilhamento de tela. O criador da chamada também pode convidar alguém que não tenha o programa instalado. Basta enviar o link por email.

O Teams, em sua versão gratuita, fornece algumas ferramentas para trabalhos colaborativos, como chats de equipe e armazenamento de até 2GB para cada usuário e de 10GB para cada equipe. O maior diferencial, porém, é a integração com os aplicativos do pacote Office 365, que é completa e natural. Isso permite que os membros de uma equipe trabalhem juntos no mesmo arquivo através do Word, Excel, PowerPoint, OneNote, etc. O programa também é integrado a vários outros aplicativos voltados para produtividade.

No entanto, a versão gratuita não conta com recursos como gravação de chamadas e agendamento de reuniões, além de organização de eventos para até 10 mil espectadores. Além disso, apenas usuários das versões pagas, ligadas a pacotes do Office 365, têm acesso a ferramentas de administração e suporte técnico e financeiro. Em questão de segurança, a Microsoft promete, com a versão gratuita, uma criptografia para os dados em repouso e em trânsito e não houve uma grande falha ou vazamento de dados notificada até agora.

Hangouts/Google Meet

O Hangouts clássico será substituído pelo Google Meet, uma versão mais profissional do aplicativo. Foto: Wikimedia Commons

O Hangouts é um dos vários aplicativos de comunicação desenvolvidos e disponibilizados pelo Google. O aplicativo básico, disponível gratuitamente para todos os usuários de contas do Google, permite chamadas em grupo para até 10 pessoas. Ele funciona 100% no navegador de internet, apenas é preciso baixar uma aplicação nas versões mobile. Ele também conta com compartilhamento de arquivos e de tela, mas é basicamente isso. A gravação de chamada, por exemplo, não está presente.

A versão voltada para o usuário comum, porém, está com os dias contados. O próprio Google informou que, depois da segunda metade de 2020 até a virada para 2021, o Hangouts clássico será descontinuado e todos os usuários vão migrar paras as versões profissionais do aplicativo, o Hangouts Chat e o Google Meet.

O Meet, apesar de fazer parte do G Suite, o pacote de programas profissionais do Google, será o primeiro aplicativo do pacote a ser disponibilizado ao público geral. As chamadas de vídeo podem ter até 100 participantes simultâneos e, até setembro, terão duração máxima de 24 horas. Depois esse tempo limite vai cair para uma hora. O Meet tem integração total com todos os aplicativos do G Suite, como Agenda, Documentos, Planilhas, Apresentações, entre outros. A versão mais cara, de R$ 112 por usuário por mês, permite reuniões com até 250 pessoas em vídeo.

O Meet também tem links para reuniões mesmo que clientes ou convidados não tenham conta no aplicativo e conta com gravação de chamada. Um diferencial é a integração do Google Meet com outros programas de vídeoconferência, como Skype for Business, Polycom e Cisco.

O Google oferece como segurança a criptografia de vídeo durante as chamadas e toda a infraestrutura de servidores da gigante de tecnologia para evitar vazamentos de dados.

Facebook Messenger Rooms

O Rooms será uma nova funcionalidade do Messenger do Facebook. Foto: Wikimedia Commons

Apesar de ainda não estar disponível no mundo inteiro, essa é a nova aposta do Facebook para competir com outros grandes aplicativos de videochamadas do mercado, como o Skype e o Zoom. O Rooms será uma nova funcionalidade do Messenger, o aplicativo de mensagens instantâneas do Facebook.

Para criar um sala virtual, bastará entrar no aplicativo do Messenger, entrar na aba “Pessoas”, clicar em “Criar grupo” e escolher amigos para incluir na chamada. O serviço também vai permitir que pessoas sem conta no Facebook ou sem o aplicativo participem da conversa com um link compartilhável. A princípio, até 50 pessoas podem participar de uma conferência pelo Rooms sem limite de tempo.

A nova função, segundo o Facebook, será completamente gratuita e garante ao criador da sala controle sobre quem está na chamada, como impedir que novas pessoas entrem ou simplesmente expulsar alguém.

Como ainda não foi lançado mundialmente, não houve notificação de casos de falhas de segurança. No entanto, como já sofreu com grandes escândalos de vazamento de dados, o Facebook afirma que tem trabalhado no Rooms com foco especial nesse aspecto.

Na postagem de anúncio do serviço, o Facebook afirma que coleta sim dados a partir do Rooms, mas apenas para melhorar a experiência do produto. Eles dizem que não utilizam áudio e vídeo para informar propagandas. O Rooms vai utilizar a mesma tecnologia de criptografia do Messenger, mas o Facebook diz que está trabalhando para adicionar a criptografia de ponta-a-ponta ao serviço. Resta esperar para ver.

Zoom

O Zoom Meetings foi acusado de vazamento de dados dos usuários. A empresa tem tentado melhorar a segurança dos seus serviços com atualizações do aplicativo. Foto: Wikimedia Commons

O Zoom ficou muito famoso no primeiro mês da quarentena, já que tem (ou tinha) várias vantagens sobre a concorrência no mercado de aplicativos de videochamada.  A principal vantagem é o número de participantes em uma única chamada: o limite é de 100 pessoas mesmo na versão gratuita. A principal limitação é o tempo da chamada em grupo de até 40 minutos, mas é possível contornar isso criando uma nova sala, já que o número de reuniões é ilimitado.

O aplicativo oferece vários recursos, como compartilhamento de tela, plano de fundo virtual (presente apenas em versões pagas de alguns programas concorrentes) e sala de espera para quem ainda não foi autorizado a entrar na reunião. Também é possível gravar a reunião em áudio ou vídeo.

O usuário pode criar uma sala de reunião pessoal e permanente para convidar quem quiser e iniciar uma conferência a qualquer hora. Para uso mais profissional, o Zoom também disponibiliza uma extensão para o Google Chrome e para o Microsoft Outlook, que permite integração entre os calendários do Outlook e do Google Agenda para marcar uma reunião, por exemplo.

Ele também oferece recursos de trabalho colaborativo, como dividir a reunião em até 50 salas simultâneas para discussões específicas em grupos menores e quadro branco compartilhado, por exemplo.

As versões pagas, a partir de US$ 14,99 por anfitrião de chamada por mês, adicionam novos recursos de webconferência e aumentam o limite de participantes simultâneos até um máximo de 500 ou 1.000 dependendo do plano. Essas versões são, em geral, voltadas para o uso mais profissional.

Esses recursos geraram uma migração massiva de usuários para a plataforma, o que levou à descoberta de uma falha grave de segurança que permitia o vazamento de dados para outros sites, como o próprio Facebook. No final de abril, a empresa lançou a atualização 5.0 do aplicativo, que adiciona duas criptografias ao programa, a SSL e a AES 256-bits, além de uma série de recursos para evitar (ou pelo menos desencorajar) o compartilhamento não autorizado de conteúdos de dentro das reuniões. Agora também é possível expulsar um participante da chamada ou fechar a sala para novos integrantes. Os usuários também podem escolher em qual servidor do serviço seus dados serão armazenados.

FaceTime

O FaceTime é o aplicativo de videochamadas exclusivo da Apple e já é nativo de vários aparelhos da empresa. Foto: Wikimedia Commons

Para usuários de aparelhos da Apple, esse aplicativo nem precisa de apresentação, afinal é nativo desses dispositivos. O FaceTime, pelo menos por enquanto, é exclusivo para usuários de iPhone (4 ou posterior), iPad (2 ou superior), iPad Pro, iPad Mini, iPod Touch a partir da 4ª geração e até para dispositivos Mac, seja o desktop ou Macbook.

O programa se conecta com o ID Apple ou o número de telefone e permite chamadas de vídeo em grupo de até 32 pessoas. Diferente da maioria dos aplicativos antes citados, o FaceTime é quase todo voltado para o uso pessoal. Isso fica evidente pelos vários recursos disponíveis, como adesivos, Animojis (versões virtuais dos usuários) e outras brincadeiras. Isso não impede que o serviço seja usado profissionalmente, se todos os participantes tiverem um dispositivo Apple.

O fato de ser um aplicativo nativo e exclusivo de aparelhos da Apple traz vantagens e desvantagens. Por um lado, a exclusividade adiciona uma camada extra de proteção, afinal não é qualquer pessoa que tem acesso ao aplicativo. Em compensação, para entrar em contato com pessoas que não usam dispositivos Apple, será necessário outro programa de chamada de vídeo. Ele também não conta com recursos presentes nos outros programas, como gravação de chamada, por exemplo.

Discord

O Discord começou como um chat de voz voltado para o público gamer, mas expandiu para outras áreas desde então. Foto: Wikimedia Commons

O Discord é mais conhecido dentro da comunidade de fãs de games, já que apela muito para amigos ou times que querem se falar durante um jogo multijogador online. Desde quando foi lançado, porém, o programa evoluiu para abranger vários outros públicos e se tornou um “chat de comunidade”.

A principal função dele, porém, continua sendo as chamadas entre amigos. As chamadas de vídeo do programa suportam até 10 pessoas ao mesmo tempo. Os participantes também podem compartilhar tela, inclusive simultaneamente. Pelo chat de texto, é possível compartilhar arquivos de até 8 MB.

A versão paga do aplicativo, o Discord Nitro, não adiciona nenhuma função nova às videoconferências, porém traz algumas melhorias, como aumento do limite de tamanho de arquivos que podem ser enviados pelo chat, maior qualidade de vídeo durante o compartilhamento de tela e transmissão ao vivo também com mais qualidade de imagem.

Em questão de segurança, o Discord disponibiliza um sistema de “caça-falhas”, em que programadores e hackers são incentivados a procurar problemas de segurança e informá-los à empresa. Não houve notificação de grandes vazamentos de dados por parte do aplicativo.

Houseparty

O Houseparty tem a premissa de juntar os amigos para uma "festa em casa virtual", mas também foi acusado de vazamento de dados. Foto: Wikimedia Commons

Apesar de existir desde 2016, o Houseparty ganhou muito mais popularidade com a pandemia do novo coronavírus. O nome do aplicativo é autoexplicativo: é um programa focado em videochamadas com amigos para uma “festa em casa virtual”.

O aplicativo permite que oito pessoas se conectem por vídeo ao mesmo tempo e funciona com uma conta com email e número de celular. Isso permite que o programa encontre seus amigos que também usam Houseparty pela agenda de contatos.

Quando alguém entra no aplicativo, os amigos recebem uma notificação. Isso facilita para que todos possam se encontrar, já que não é necessário perguntar sobre a disponibilidade de cada um. Você pode convidar os amigos para a sua chamada. Por padrão, as “festas” são abertas para todos os seus amigos, mas você pode trancar a chamada para impedir que pessoas entrem sem serem convidadas.

O aplicativo não conta com várias funcionalidades de outros aplicativos, como gravação de chamada, compartilhamento de tela ou de arquivos, justamente por focar na interação direta e ao vivo entre os participantes. Até por isso conta com vários jogos dentro do próprio aplicativo para que os integrantes possam se divertir entre si.

Em questão de segurança, houve uma polêmica em que vários usuários reclamaram no Twitter que suas contas em outras redes sociais e até em apps de bancos foram hackeadas após instalarem o Houseparty no celular. Apesar disso, não há nenhuma prova de que o aplicativo tenha vazado dados pessoais. A desenvolvedora do programa ressaltou que o aplicativo é seguro e que não coleta ou acessa senhas e credenciais de outras redes sociais ou apps. Em seu blog, a empresa afirma que juntou uma equipe de especialistas para verificar qualquer problema de segurança e alega não ter encontrado nenhum.

ezTalks

O ezTalks, apesar de ter uma versão gratuita com ferramentas de trabalho colaborativo, fica bem atrás dos concorrentes em questão de participantes simultâneos e tempo de chamada. Foto: Reprodução/ezTalks

O ezTalks é outro aplicativo voltado bastante para o uso profissional. Tanto é assim que a versão gratuita fica bem abaixo dos concorrentes em questão de recursos disponíveis e principalmente tempo de chamada.

A versão de graça permite que até três pessoas entrem em uma chamada de vídeo em grupo, mesmo que os dois convidados não tenham uma conta ou aplicativo instalado, mas, além do número reduzido de participantes, a duração da conferência é de no máximo dez minutos.

Na versão mais barata, que custa US$ 10 por mês pelo pagamento anual, o número máximo de participantes sobe para 100 e a chamada não tem limite de tempo. O plano de assinatura mais caro, voltado para empresas, custa US$ 50 dólares por mês por anfitrião da chamada (quem consegue convidar novos participantes para a conferência) e permite chamadas com até 300 participantes.

Em todas as versões, o aplicativo oferece recursos de trabalho colaborativo, como compartilhamento de tela, quadro branco interativo, agendamento de reuniões ou reuniões instantâneas e plugin para Microsoft Outlook, assim como gravação de chamada em formato MP4 local. Nos modelos pagos, há também possibilidade de armazenamento na nuvem.

O programa também tem a opção de realizar um webinário, com um apresentador e até 25 participantes na versão gratuita e duração máxima de 100 minutos (uma hora e 40 minutos).

Como segurança, o programa disponibiliza funções de controle de quem pode entrar ou não na chamada, expulsão de membros da reunião e criptografia AES 256-bits.

Webex

O Cisco Webex tem foco quase total para o uso profissional e reuniões de negócios. Foto: Reprodução/Cisco Webex

O Webex é outro programa também mais voltado para o uso profissional. A empresa é a pioneira nessa área, inclusive. Por conta da pandemia global, a Cisco, empresa dona do Webex, aumentou o acesso gratuito com a conta pessoal a suas plataformas de videoconferência e trabalho colaborativo.

Atualmente, com a versão pessoal gratuita do Webex Meetings (programa voltado para reuniões online por vídeo), você recebe uma licença de organizador e uma sala de reuniões pessoal. Você pode agendar reuniões com URLs exclusivas, que podem ser compartilhadas mesmo com quem não tem o Webex, ou começar uma reunião instantaneamente na sua sala pessoal.

No total, podem participar da reunião até 100 pessoas simultaneamente por tempo ilimitado. Você também pode gravar suas reuniões e salvar o conteúdo no seu dispositivo, compartilhar tela em tempo real ou apenas um dos aplicativos abertos, enviar arquivos ou compartilhar na reunião um quadro branco interativo.

O Webex Meetings também tem integração total com alguns aplicativos profissionais que citamos aqui, como o Outlook, Agenda do Google, Microsoft Teams e Workplace.

Em questão de segurança, a Cisco Webex promete criptografia multicamada, inclusive com certificação SSAE-16 e ISO 27001, além de permitir que você tranque sua sala de reuniões pessoal se não quiser que mais ninguém entre.

A versão paga, porém, traz ainda mais recursos oferecidos pela Cisco. É uma assinatura mensal com preços a partir de US$ 13,50 por usuário.

Dá para fazer chamada em grupo pelo WhatsApp?

A nova atualização do WhatsApp permite chamadas em grupo com até oito pessoas, o dobro do limite anterior. Foto: Wikimedia Commons

Sim, o WhatsApp tem a possibilidade de chamadas em grupo, mas são bastante limitadas. Mesmo com a nova atualização que aumenta o número de pessoas de quatro para oito por chamada, fica abaixo da maioria dos concorrentes, com exceção do Houseparty. Também não dá para gravar a ligação ou compartilhar tela com os outros participantes da chamada.

Em compensação, está mantida também a criptografia de ponta-a-ponta, que já existia tanto nas conversas por texto quanto nas chamadas de até quatro pessoas. Isso garante maior segurança também para quem quiser usar.

Até os jogadores do Cruzeiro se juntaram para conversar por videoconferência. Foto: Reprodução/ Twitter

Desde conversas de negócios e reuniões com funcionários até papos casuais com amigos, todos os encontros sociais presenciais estão suspensos por conta das medidas isolamento para combater o novo coronavírus. Ainda assim é possível falar com os amigos ou fazer reuniões de trabalho remotamente por aplicativos e programas de videochamadas.

Esse mercado está lotado de produtos e marcas diferentes, desde gigantes da tecnologia até nomes independentes dedicados apenas a esse tipo de serviço. E, em meio a denúncias e investigações de vazamentos de dados e falhas de segurança em alguns deles, é cada vez mais importante selecionar bem qual usar. Além disso, cada aplicativo tem seus benefícios e limitações técnicas, algo essencial a se considerar dependendo do tipo de encontro virtual que você precisa fazer.

Por isso, o Estadão selecionou dez aplicativos de chamada de vídeo e trouxe suas forças e fraquezas, como quantidade de pessoas online simultaneamente, recursos, integração com outras ferramentas e casos de falha de segurança, se houver. Confira:

Skype

Skype é um dos aplicativos mais famosos para realizar videochamadas. Foto: Wikimedia Commons

O Skype é um dos programas mais antigos de chamadas por vídeo, seja em dupla ou em grupo. O aplicativo sempre foi bastante versátil, usado tanto para conversas casuais e pessoais quanto para reuniões de trabalho ou até mesmo para EAD (Ensino à Distância). O Skype tem versões para computador e dispositivos móveis (celulares e tablets), mas também conta com uma versão para navegadores, que funciona no Microsoft Edge e no Google Chrome.

Uma chamada está limitada a até 50 participantes simultâneos com até 9 pessoas aparecendo em vídeo na mesma tela para as versões para computador e conta com várias funcionalidades, como compartilhamento de tela, compartilhamento de arquivos no chat comum, gravação de chamadas pelo próprio aplicativo e legendas em tempo real. Também é possível usar o Skype mesmo sem ter conta ou o aplicativo instalado. Basta criar um link pessoal que não expira e convidar quem você quiser para a chamada, mesmo que as pessoas não tenham o Skype também.

Apesar de ter uma versão paga, ela não afeta diretamente as chamadas de vídeo. Com uma assinatura ou ao comprar créditos, o usuário pode usar o Skype para ligar para telefones fixos ou celulares, tanto no Brasil quanto no exterior. Os créditos para chamadas pré-pagas custam a partir de R$ 15 e as assinaturas específicas de certos países cobram a partir de R$ 12,60 por mês.

Com relação à segurança, arquivos de imagem e vídeo, além das mensagens, serão protegidas por criptografia em conversas entre duas pessoas. Apesar disso, no geral, é uma plataforma bem segura, já que mesmo os maiores problemas descobertos já foram resolvidos em patchs de atualização.

Microsoft Teams

O Microsoft Teams foi disponibilizado para substituir o Skype for Business. Foto: Wikimedia Commons

O Microsoft Teams foi disponibilizado pela primeira vez em 2017, a princípio apenas para usuários do Office 365. Mais recentemente, porém, ele recebeu uma versão gratuita independente e vai substituir o Skype for Business, que será descontinuado totalmente a partir de 31 de julho de 2021.

Esse programa é totalmente voltado para trabalho em grupo e produtividade, diferente do Skype, que tem apelo maior para o uso pessoal. As chamadas por vídeo em grupo podem ter até 250 pessoas simultaneamente e conta com compartilhamento de tela. O criador da chamada também pode convidar alguém que não tenha o programa instalado. Basta enviar o link por email.

O Teams, em sua versão gratuita, fornece algumas ferramentas para trabalhos colaborativos, como chats de equipe e armazenamento de até 2GB para cada usuário e de 10GB para cada equipe. O maior diferencial, porém, é a integração com os aplicativos do pacote Office 365, que é completa e natural. Isso permite que os membros de uma equipe trabalhem juntos no mesmo arquivo através do Word, Excel, PowerPoint, OneNote, etc. O programa também é integrado a vários outros aplicativos voltados para produtividade.

No entanto, a versão gratuita não conta com recursos como gravação de chamadas e agendamento de reuniões, além de organização de eventos para até 10 mil espectadores. Além disso, apenas usuários das versões pagas, ligadas a pacotes do Office 365, têm acesso a ferramentas de administração e suporte técnico e financeiro. Em questão de segurança, a Microsoft promete, com a versão gratuita, uma criptografia para os dados em repouso e em trânsito e não houve uma grande falha ou vazamento de dados notificada até agora.

Hangouts/Google Meet

O Hangouts clássico será substituído pelo Google Meet, uma versão mais profissional do aplicativo. Foto: Wikimedia Commons

O Hangouts é um dos vários aplicativos de comunicação desenvolvidos e disponibilizados pelo Google. O aplicativo básico, disponível gratuitamente para todos os usuários de contas do Google, permite chamadas em grupo para até 10 pessoas. Ele funciona 100% no navegador de internet, apenas é preciso baixar uma aplicação nas versões mobile. Ele também conta com compartilhamento de arquivos e de tela, mas é basicamente isso. A gravação de chamada, por exemplo, não está presente.

A versão voltada para o usuário comum, porém, está com os dias contados. O próprio Google informou que, depois da segunda metade de 2020 até a virada para 2021, o Hangouts clássico será descontinuado e todos os usuários vão migrar paras as versões profissionais do aplicativo, o Hangouts Chat e o Google Meet.

O Meet, apesar de fazer parte do G Suite, o pacote de programas profissionais do Google, será o primeiro aplicativo do pacote a ser disponibilizado ao público geral. As chamadas de vídeo podem ter até 100 participantes simultâneos e, até setembro, terão duração máxima de 24 horas. Depois esse tempo limite vai cair para uma hora. O Meet tem integração total com todos os aplicativos do G Suite, como Agenda, Documentos, Planilhas, Apresentações, entre outros. A versão mais cara, de R$ 112 por usuário por mês, permite reuniões com até 250 pessoas em vídeo.

O Meet também tem links para reuniões mesmo que clientes ou convidados não tenham conta no aplicativo e conta com gravação de chamada. Um diferencial é a integração do Google Meet com outros programas de vídeoconferência, como Skype for Business, Polycom e Cisco.

O Google oferece como segurança a criptografia de vídeo durante as chamadas e toda a infraestrutura de servidores da gigante de tecnologia para evitar vazamentos de dados.

Facebook Messenger Rooms

O Rooms será uma nova funcionalidade do Messenger do Facebook. Foto: Wikimedia Commons

Apesar de ainda não estar disponível no mundo inteiro, essa é a nova aposta do Facebook para competir com outros grandes aplicativos de videochamadas do mercado, como o Skype e o Zoom. O Rooms será uma nova funcionalidade do Messenger, o aplicativo de mensagens instantâneas do Facebook.

Para criar um sala virtual, bastará entrar no aplicativo do Messenger, entrar na aba “Pessoas”, clicar em “Criar grupo” e escolher amigos para incluir na chamada. O serviço também vai permitir que pessoas sem conta no Facebook ou sem o aplicativo participem da conversa com um link compartilhável. A princípio, até 50 pessoas podem participar de uma conferência pelo Rooms sem limite de tempo.

A nova função, segundo o Facebook, será completamente gratuita e garante ao criador da sala controle sobre quem está na chamada, como impedir que novas pessoas entrem ou simplesmente expulsar alguém.

Como ainda não foi lançado mundialmente, não houve notificação de casos de falhas de segurança. No entanto, como já sofreu com grandes escândalos de vazamento de dados, o Facebook afirma que tem trabalhado no Rooms com foco especial nesse aspecto.

Na postagem de anúncio do serviço, o Facebook afirma que coleta sim dados a partir do Rooms, mas apenas para melhorar a experiência do produto. Eles dizem que não utilizam áudio e vídeo para informar propagandas. O Rooms vai utilizar a mesma tecnologia de criptografia do Messenger, mas o Facebook diz que está trabalhando para adicionar a criptografia de ponta-a-ponta ao serviço. Resta esperar para ver.

Zoom

O Zoom Meetings foi acusado de vazamento de dados dos usuários. A empresa tem tentado melhorar a segurança dos seus serviços com atualizações do aplicativo. Foto: Wikimedia Commons

O Zoom ficou muito famoso no primeiro mês da quarentena, já que tem (ou tinha) várias vantagens sobre a concorrência no mercado de aplicativos de videochamada.  A principal vantagem é o número de participantes em uma única chamada: o limite é de 100 pessoas mesmo na versão gratuita. A principal limitação é o tempo da chamada em grupo de até 40 minutos, mas é possível contornar isso criando uma nova sala, já que o número de reuniões é ilimitado.

O aplicativo oferece vários recursos, como compartilhamento de tela, plano de fundo virtual (presente apenas em versões pagas de alguns programas concorrentes) e sala de espera para quem ainda não foi autorizado a entrar na reunião. Também é possível gravar a reunião em áudio ou vídeo.

O usuário pode criar uma sala de reunião pessoal e permanente para convidar quem quiser e iniciar uma conferência a qualquer hora. Para uso mais profissional, o Zoom também disponibiliza uma extensão para o Google Chrome e para o Microsoft Outlook, que permite integração entre os calendários do Outlook e do Google Agenda para marcar uma reunião, por exemplo.

Ele também oferece recursos de trabalho colaborativo, como dividir a reunião em até 50 salas simultâneas para discussões específicas em grupos menores e quadro branco compartilhado, por exemplo.

As versões pagas, a partir de US$ 14,99 por anfitrião de chamada por mês, adicionam novos recursos de webconferência e aumentam o limite de participantes simultâneos até um máximo de 500 ou 1.000 dependendo do plano. Essas versões são, em geral, voltadas para o uso mais profissional.

Esses recursos geraram uma migração massiva de usuários para a plataforma, o que levou à descoberta de uma falha grave de segurança que permitia o vazamento de dados para outros sites, como o próprio Facebook. No final de abril, a empresa lançou a atualização 5.0 do aplicativo, que adiciona duas criptografias ao programa, a SSL e a AES 256-bits, além de uma série de recursos para evitar (ou pelo menos desencorajar) o compartilhamento não autorizado de conteúdos de dentro das reuniões. Agora também é possível expulsar um participante da chamada ou fechar a sala para novos integrantes. Os usuários também podem escolher em qual servidor do serviço seus dados serão armazenados.

FaceTime

O FaceTime é o aplicativo de videochamadas exclusivo da Apple e já é nativo de vários aparelhos da empresa. Foto: Wikimedia Commons

Para usuários de aparelhos da Apple, esse aplicativo nem precisa de apresentação, afinal é nativo desses dispositivos. O FaceTime, pelo menos por enquanto, é exclusivo para usuários de iPhone (4 ou posterior), iPad (2 ou superior), iPad Pro, iPad Mini, iPod Touch a partir da 4ª geração e até para dispositivos Mac, seja o desktop ou Macbook.

O programa se conecta com o ID Apple ou o número de telefone e permite chamadas de vídeo em grupo de até 32 pessoas. Diferente da maioria dos aplicativos antes citados, o FaceTime é quase todo voltado para o uso pessoal. Isso fica evidente pelos vários recursos disponíveis, como adesivos, Animojis (versões virtuais dos usuários) e outras brincadeiras. Isso não impede que o serviço seja usado profissionalmente, se todos os participantes tiverem um dispositivo Apple.

O fato de ser um aplicativo nativo e exclusivo de aparelhos da Apple traz vantagens e desvantagens. Por um lado, a exclusividade adiciona uma camada extra de proteção, afinal não é qualquer pessoa que tem acesso ao aplicativo. Em compensação, para entrar em contato com pessoas que não usam dispositivos Apple, será necessário outro programa de chamada de vídeo. Ele também não conta com recursos presentes nos outros programas, como gravação de chamada, por exemplo.

Discord

O Discord começou como um chat de voz voltado para o público gamer, mas expandiu para outras áreas desde então. Foto: Wikimedia Commons

O Discord é mais conhecido dentro da comunidade de fãs de games, já que apela muito para amigos ou times que querem se falar durante um jogo multijogador online. Desde quando foi lançado, porém, o programa evoluiu para abranger vários outros públicos e se tornou um “chat de comunidade”.

A principal função dele, porém, continua sendo as chamadas entre amigos. As chamadas de vídeo do programa suportam até 10 pessoas ao mesmo tempo. Os participantes também podem compartilhar tela, inclusive simultaneamente. Pelo chat de texto, é possível compartilhar arquivos de até 8 MB.

A versão paga do aplicativo, o Discord Nitro, não adiciona nenhuma função nova às videoconferências, porém traz algumas melhorias, como aumento do limite de tamanho de arquivos que podem ser enviados pelo chat, maior qualidade de vídeo durante o compartilhamento de tela e transmissão ao vivo também com mais qualidade de imagem.

Em questão de segurança, o Discord disponibiliza um sistema de “caça-falhas”, em que programadores e hackers são incentivados a procurar problemas de segurança e informá-los à empresa. Não houve notificação de grandes vazamentos de dados por parte do aplicativo.

Houseparty

O Houseparty tem a premissa de juntar os amigos para uma "festa em casa virtual", mas também foi acusado de vazamento de dados. Foto: Wikimedia Commons

Apesar de existir desde 2016, o Houseparty ganhou muito mais popularidade com a pandemia do novo coronavírus. O nome do aplicativo é autoexplicativo: é um programa focado em videochamadas com amigos para uma “festa em casa virtual”.

O aplicativo permite que oito pessoas se conectem por vídeo ao mesmo tempo e funciona com uma conta com email e número de celular. Isso permite que o programa encontre seus amigos que também usam Houseparty pela agenda de contatos.

Quando alguém entra no aplicativo, os amigos recebem uma notificação. Isso facilita para que todos possam se encontrar, já que não é necessário perguntar sobre a disponibilidade de cada um. Você pode convidar os amigos para a sua chamada. Por padrão, as “festas” são abertas para todos os seus amigos, mas você pode trancar a chamada para impedir que pessoas entrem sem serem convidadas.

O aplicativo não conta com várias funcionalidades de outros aplicativos, como gravação de chamada, compartilhamento de tela ou de arquivos, justamente por focar na interação direta e ao vivo entre os participantes. Até por isso conta com vários jogos dentro do próprio aplicativo para que os integrantes possam se divertir entre si.

Em questão de segurança, houve uma polêmica em que vários usuários reclamaram no Twitter que suas contas em outras redes sociais e até em apps de bancos foram hackeadas após instalarem o Houseparty no celular. Apesar disso, não há nenhuma prova de que o aplicativo tenha vazado dados pessoais. A desenvolvedora do programa ressaltou que o aplicativo é seguro e que não coleta ou acessa senhas e credenciais de outras redes sociais ou apps. Em seu blog, a empresa afirma que juntou uma equipe de especialistas para verificar qualquer problema de segurança e alega não ter encontrado nenhum.

ezTalks

O ezTalks, apesar de ter uma versão gratuita com ferramentas de trabalho colaborativo, fica bem atrás dos concorrentes em questão de participantes simultâneos e tempo de chamada. Foto: Reprodução/ezTalks

O ezTalks é outro aplicativo voltado bastante para o uso profissional. Tanto é assim que a versão gratuita fica bem abaixo dos concorrentes em questão de recursos disponíveis e principalmente tempo de chamada.

A versão de graça permite que até três pessoas entrem em uma chamada de vídeo em grupo, mesmo que os dois convidados não tenham uma conta ou aplicativo instalado, mas, além do número reduzido de participantes, a duração da conferência é de no máximo dez minutos.

Na versão mais barata, que custa US$ 10 por mês pelo pagamento anual, o número máximo de participantes sobe para 100 e a chamada não tem limite de tempo. O plano de assinatura mais caro, voltado para empresas, custa US$ 50 dólares por mês por anfitrião da chamada (quem consegue convidar novos participantes para a conferência) e permite chamadas com até 300 participantes.

Em todas as versões, o aplicativo oferece recursos de trabalho colaborativo, como compartilhamento de tela, quadro branco interativo, agendamento de reuniões ou reuniões instantâneas e plugin para Microsoft Outlook, assim como gravação de chamada em formato MP4 local. Nos modelos pagos, há também possibilidade de armazenamento na nuvem.

O programa também tem a opção de realizar um webinário, com um apresentador e até 25 participantes na versão gratuita e duração máxima de 100 minutos (uma hora e 40 minutos).

Como segurança, o programa disponibiliza funções de controle de quem pode entrar ou não na chamada, expulsão de membros da reunião e criptografia AES 256-bits.

Webex

O Cisco Webex tem foco quase total para o uso profissional e reuniões de negócios. Foto: Reprodução/Cisco Webex

O Webex é outro programa também mais voltado para o uso profissional. A empresa é a pioneira nessa área, inclusive. Por conta da pandemia global, a Cisco, empresa dona do Webex, aumentou o acesso gratuito com a conta pessoal a suas plataformas de videoconferência e trabalho colaborativo.

Atualmente, com a versão pessoal gratuita do Webex Meetings (programa voltado para reuniões online por vídeo), você recebe uma licença de organizador e uma sala de reuniões pessoal. Você pode agendar reuniões com URLs exclusivas, que podem ser compartilhadas mesmo com quem não tem o Webex, ou começar uma reunião instantaneamente na sua sala pessoal.

No total, podem participar da reunião até 100 pessoas simultaneamente por tempo ilimitado. Você também pode gravar suas reuniões e salvar o conteúdo no seu dispositivo, compartilhar tela em tempo real ou apenas um dos aplicativos abertos, enviar arquivos ou compartilhar na reunião um quadro branco interativo.

O Webex Meetings também tem integração total com alguns aplicativos profissionais que citamos aqui, como o Outlook, Agenda do Google, Microsoft Teams e Workplace.

Em questão de segurança, a Cisco Webex promete criptografia multicamada, inclusive com certificação SSAE-16 e ISO 27001, além de permitir que você tranque sua sala de reuniões pessoal se não quiser que mais ninguém entre.

A versão paga, porém, traz ainda mais recursos oferecidos pela Cisco. É uma assinatura mensal com preços a partir de US$ 13,50 por usuário.

Dá para fazer chamada em grupo pelo WhatsApp?

A nova atualização do WhatsApp permite chamadas em grupo com até oito pessoas, o dobro do limite anterior. Foto: Wikimedia Commons

Sim, o WhatsApp tem a possibilidade de chamadas em grupo, mas são bastante limitadas. Mesmo com a nova atualização que aumenta o número de pessoas de quatro para oito por chamada, fica abaixo da maioria dos concorrentes, com exceção do Houseparty. Também não dá para gravar a ligação ou compartilhar tela com os outros participantes da chamada.

Em compensação, está mantida também a criptografia de ponta-a-ponta, que já existia tanto nas conversas por texto quanto nas chamadas de até quatro pessoas. Isso garante maior segurança também para quem quiser usar.

Até os jogadores do Cruzeiro se juntaram para conversar por videoconferência. Foto: Reprodução/ Twitter

Desde conversas de negócios e reuniões com funcionários até papos casuais com amigos, todos os encontros sociais presenciais estão suspensos por conta das medidas isolamento para combater o novo coronavírus. Ainda assim é possível falar com os amigos ou fazer reuniões de trabalho remotamente por aplicativos e programas de videochamadas.

Esse mercado está lotado de produtos e marcas diferentes, desde gigantes da tecnologia até nomes independentes dedicados apenas a esse tipo de serviço. E, em meio a denúncias e investigações de vazamentos de dados e falhas de segurança em alguns deles, é cada vez mais importante selecionar bem qual usar. Além disso, cada aplicativo tem seus benefícios e limitações técnicas, algo essencial a se considerar dependendo do tipo de encontro virtual que você precisa fazer.

Por isso, o Estadão selecionou dez aplicativos de chamada de vídeo e trouxe suas forças e fraquezas, como quantidade de pessoas online simultaneamente, recursos, integração com outras ferramentas e casos de falha de segurança, se houver. Confira:

Skype

Skype é um dos aplicativos mais famosos para realizar videochamadas. Foto: Wikimedia Commons

O Skype é um dos programas mais antigos de chamadas por vídeo, seja em dupla ou em grupo. O aplicativo sempre foi bastante versátil, usado tanto para conversas casuais e pessoais quanto para reuniões de trabalho ou até mesmo para EAD (Ensino à Distância). O Skype tem versões para computador e dispositivos móveis (celulares e tablets), mas também conta com uma versão para navegadores, que funciona no Microsoft Edge e no Google Chrome.

Uma chamada está limitada a até 50 participantes simultâneos com até 9 pessoas aparecendo em vídeo na mesma tela para as versões para computador e conta com várias funcionalidades, como compartilhamento de tela, compartilhamento de arquivos no chat comum, gravação de chamadas pelo próprio aplicativo e legendas em tempo real. Também é possível usar o Skype mesmo sem ter conta ou o aplicativo instalado. Basta criar um link pessoal que não expira e convidar quem você quiser para a chamada, mesmo que as pessoas não tenham o Skype também.

Apesar de ter uma versão paga, ela não afeta diretamente as chamadas de vídeo. Com uma assinatura ou ao comprar créditos, o usuário pode usar o Skype para ligar para telefones fixos ou celulares, tanto no Brasil quanto no exterior. Os créditos para chamadas pré-pagas custam a partir de R$ 15 e as assinaturas específicas de certos países cobram a partir de R$ 12,60 por mês.

Com relação à segurança, arquivos de imagem e vídeo, além das mensagens, serão protegidas por criptografia em conversas entre duas pessoas. Apesar disso, no geral, é uma plataforma bem segura, já que mesmo os maiores problemas descobertos já foram resolvidos em patchs de atualização.

Microsoft Teams

O Microsoft Teams foi disponibilizado para substituir o Skype for Business. Foto: Wikimedia Commons

O Microsoft Teams foi disponibilizado pela primeira vez em 2017, a princípio apenas para usuários do Office 365. Mais recentemente, porém, ele recebeu uma versão gratuita independente e vai substituir o Skype for Business, que será descontinuado totalmente a partir de 31 de julho de 2021.

Esse programa é totalmente voltado para trabalho em grupo e produtividade, diferente do Skype, que tem apelo maior para o uso pessoal. As chamadas por vídeo em grupo podem ter até 250 pessoas simultaneamente e conta com compartilhamento de tela. O criador da chamada também pode convidar alguém que não tenha o programa instalado. Basta enviar o link por email.

O Teams, em sua versão gratuita, fornece algumas ferramentas para trabalhos colaborativos, como chats de equipe e armazenamento de até 2GB para cada usuário e de 10GB para cada equipe. O maior diferencial, porém, é a integração com os aplicativos do pacote Office 365, que é completa e natural. Isso permite que os membros de uma equipe trabalhem juntos no mesmo arquivo através do Word, Excel, PowerPoint, OneNote, etc. O programa também é integrado a vários outros aplicativos voltados para produtividade.

No entanto, a versão gratuita não conta com recursos como gravação de chamadas e agendamento de reuniões, além de organização de eventos para até 10 mil espectadores. Além disso, apenas usuários das versões pagas, ligadas a pacotes do Office 365, têm acesso a ferramentas de administração e suporte técnico e financeiro. Em questão de segurança, a Microsoft promete, com a versão gratuita, uma criptografia para os dados em repouso e em trânsito e não houve uma grande falha ou vazamento de dados notificada até agora.

Hangouts/Google Meet

O Hangouts clássico será substituído pelo Google Meet, uma versão mais profissional do aplicativo. Foto: Wikimedia Commons

O Hangouts é um dos vários aplicativos de comunicação desenvolvidos e disponibilizados pelo Google. O aplicativo básico, disponível gratuitamente para todos os usuários de contas do Google, permite chamadas em grupo para até 10 pessoas. Ele funciona 100% no navegador de internet, apenas é preciso baixar uma aplicação nas versões mobile. Ele também conta com compartilhamento de arquivos e de tela, mas é basicamente isso. A gravação de chamada, por exemplo, não está presente.

A versão voltada para o usuário comum, porém, está com os dias contados. O próprio Google informou que, depois da segunda metade de 2020 até a virada para 2021, o Hangouts clássico será descontinuado e todos os usuários vão migrar paras as versões profissionais do aplicativo, o Hangouts Chat e o Google Meet.

O Meet, apesar de fazer parte do G Suite, o pacote de programas profissionais do Google, será o primeiro aplicativo do pacote a ser disponibilizado ao público geral. As chamadas de vídeo podem ter até 100 participantes simultâneos e, até setembro, terão duração máxima de 24 horas. Depois esse tempo limite vai cair para uma hora. O Meet tem integração total com todos os aplicativos do G Suite, como Agenda, Documentos, Planilhas, Apresentações, entre outros. A versão mais cara, de R$ 112 por usuário por mês, permite reuniões com até 250 pessoas em vídeo.

O Meet também tem links para reuniões mesmo que clientes ou convidados não tenham conta no aplicativo e conta com gravação de chamada. Um diferencial é a integração do Google Meet com outros programas de vídeoconferência, como Skype for Business, Polycom e Cisco.

O Google oferece como segurança a criptografia de vídeo durante as chamadas e toda a infraestrutura de servidores da gigante de tecnologia para evitar vazamentos de dados.

Facebook Messenger Rooms

O Rooms será uma nova funcionalidade do Messenger do Facebook. Foto: Wikimedia Commons

Apesar de ainda não estar disponível no mundo inteiro, essa é a nova aposta do Facebook para competir com outros grandes aplicativos de videochamadas do mercado, como o Skype e o Zoom. O Rooms será uma nova funcionalidade do Messenger, o aplicativo de mensagens instantâneas do Facebook.

Para criar um sala virtual, bastará entrar no aplicativo do Messenger, entrar na aba “Pessoas”, clicar em “Criar grupo” e escolher amigos para incluir na chamada. O serviço também vai permitir que pessoas sem conta no Facebook ou sem o aplicativo participem da conversa com um link compartilhável. A princípio, até 50 pessoas podem participar de uma conferência pelo Rooms sem limite de tempo.

A nova função, segundo o Facebook, será completamente gratuita e garante ao criador da sala controle sobre quem está na chamada, como impedir que novas pessoas entrem ou simplesmente expulsar alguém.

Como ainda não foi lançado mundialmente, não houve notificação de casos de falhas de segurança. No entanto, como já sofreu com grandes escândalos de vazamento de dados, o Facebook afirma que tem trabalhado no Rooms com foco especial nesse aspecto.

Na postagem de anúncio do serviço, o Facebook afirma que coleta sim dados a partir do Rooms, mas apenas para melhorar a experiência do produto. Eles dizem que não utilizam áudio e vídeo para informar propagandas. O Rooms vai utilizar a mesma tecnologia de criptografia do Messenger, mas o Facebook diz que está trabalhando para adicionar a criptografia de ponta-a-ponta ao serviço. Resta esperar para ver.

Zoom

O Zoom Meetings foi acusado de vazamento de dados dos usuários. A empresa tem tentado melhorar a segurança dos seus serviços com atualizações do aplicativo. Foto: Wikimedia Commons

O Zoom ficou muito famoso no primeiro mês da quarentena, já que tem (ou tinha) várias vantagens sobre a concorrência no mercado de aplicativos de videochamada.  A principal vantagem é o número de participantes em uma única chamada: o limite é de 100 pessoas mesmo na versão gratuita. A principal limitação é o tempo da chamada em grupo de até 40 minutos, mas é possível contornar isso criando uma nova sala, já que o número de reuniões é ilimitado.

O aplicativo oferece vários recursos, como compartilhamento de tela, plano de fundo virtual (presente apenas em versões pagas de alguns programas concorrentes) e sala de espera para quem ainda não foi autorizado a entrar na reunião. Também é possível gravar a reunião em áudio ou vídeo.

O usuário pode criar uma sala de reunião pessoal e permanente para convidar quem quiser e iniciar uma conferência a qualquer hora. Para uso mais profissional, o Zoom também disponibiliza uma extensão para o Google Chrome e para o Microsoft Outlook, que permite integração entre os calendários do Outlook e do Google Agenda para marcar uma reunião, por exemplo.

Ele também oferece recursos de trabalho colaborativo, como dividir a reunião em até 50 salas simultâneas para discussões específicas em grupos menores e quadro branco compartilhado, por exemplo.

As versões pagas, a partir de US$ 14,99 por anfitrião de chamada por mês, adicionam novos recursos de webconferência e aumentam o limite de participantes simultâneos até um máximo de 500 ou 1.000 dependendo do plano. Essas versões são, em geral, voltadas para o uso mais profissional.

Esses recursos geraram uma migração massiva de usuários para a plataforma, o que levou à descoberta de uma falha grave de segurança que permitia o vazamento de dados para outros sites, como o próprio Facebook. No final de abril, a empresa lançou a atualização 5.0 do aplicativo, que adiciona duas criptografias ao programa, a SSL e a AES 256-bits, além de uma série de recursos para evitar (ou pelo menos desencorajar) o compartilhamento não autorizado de conteúdos de dentro das reuniões. Agora também é possível expulsar um participante da chamada ou fechar a sala para novos integrantes. Os usuários também podem escolher em qual servidor do serviço seus dados serão armazenados.

FaceTime

O FaceTime é o aplicativo de videochamadas exclusivo da Apple e já é nativo de vários aparelhos da empresa. Foto: Wikimedia Commons

Para usuários de aparelhos da Apple, esse aplicativo nem precisa de apresentação, afinal é nativo desses dispositivos. O FaceTime, pelo menos por enquanto, é exclusivo para usuários de iPhone (4 ou posterior), iPad (2 ou superior), iPad Pro, iPad Mini, iPod Touch a partir da 4ª geração e até para dispositivos Mac, seja o desktop ou Macbook.

O programa se conecta com o ID Apple ou o número de telefone e permite chamadas de vídeo em grupo de até 32 pessoas. Diferente da maioria dos aplicativos antes citados, o FaceTime é quase todo voltado para o uso pessoal. Isso fica evidente pelos vários recursos disponíveis, como adesivos, Animojis (versões virtuais dos usuários) e outras brincadeiras. Isso não impede que o serviço seja usado profissionalmente, se todos os participantes tiverem um dispositivo Apple.

O fato de ser um aplicativo nativo e exclusivo de aparelhos da Apple traz vantagens e desvantagens. Por um lado, a exclusividade adiciona uma camada extra de proteção, afinal não é qualquer pessoa que tem acesso ao aplicativo. Em compensação, para entrar em contato com pessoas que não usam dispositivos Apple, será necessário outro programa de chamada de vídeo. Ele também não conta com recursos presentes nos outros programas, como gravação de chamada, por exemplo.

Discord

O Discord começou como um chat de voz voltado para o público gamer, mas expandiu para outras áreas desde então. Foto: Wikimedia Commons

O Discord é mais conhecido dentro da comunidade de fãs de games, já que apela muito para amigos ou times que querem se falar durante um jogo multijogador online. Desde quando foi lançado, porém, o programa evoluiu para abranger vários outros públicos e se tornou um “chat de comunidade”.

A principal função dele, porém, continua sendo as chamadas entre amigos. As chamadas de vídeo do programa suportam até 10 pessoas ao mesmo tempo. Os participantes também podem compartilhar tela, inclusive simultaneamente. Pelo chat de texto, é possível compartilhar arquivos de até 8 MB.

A versão paga do aplicativo, o Discord Nitro, não adiciona nenhuma função nova às videoconferências, porém traz algumas melhorias, como aumento do limite de tamanho de arquivos que podem ser enviados pelo chat, maior qualidade de vídeo durante o compartilhamento de tela e transmissão ao vivo também com mais qualidade de imagem.

Em questão de segurança, o Discord disponibiliza um sistema de “caça-falhas”, em que programadores e hackers são incentivados a procurar problemas de segurança e informá-los à empresa. Não houve notificação de grandes vazamentos de dados por parte do aplicativo.

Houseparty

O Houseparty tem a premissa de juntar os amigos para uma "festa em casa virtual", mas também foi acusado de vazamento de dados. Foto: Wikimedia Commons

Apesar de existir desde 2016, o Houseparty ganhou muito mais popularidade com a pandemia do novo coronavírus. O nome do aplicativo é autoexplicativo: é um programa focado em videochamadas com amigos para uma “festa em casa virtual”.

O aplicativo permite que oito pessoas se conectem por vídeo ao mesmo tempo e funciona com uma conta com email e número de celular. Isso permite que o programa encontre seus amigos que também usam Houseparty pela agenda de contatos.

Quando alguém entra no aplicativo, os amigos recebem uma notificação. Isso facilita para que todos possam se encontrar, já que não é necessário perguntar sobre a disponibilidade de cada um. Você pode convidar os amigos para a sua chamada. Por padrão, as “festas” são abertas para todos os seus amigos, mas você pode trancar a chamada para impedir que pessoas entrem sem serem convidadas.

O aplicativo não conta com várias funcionalidades de outros aplicativos, como gravação de chamada, compartilhamento de tela ou de arquivos, justamente por focar na interação direta e ao vivo entre os participantes. Até por isso conta com vários jogos dentro do próprio aplicativo para que os integrantes possam se divertir entre si.

Em questão de segurança, houve uma polêmica em que vários usuários reclamaram no Twitter que suas contas em outras redes sociais e até em apps de bancos foram hackeadas após instalarem o Houseparty no celular. Apesar disso, não há nenhuma prova de que o aplicativo tenha vazado dados pessoais. A desenvolvedora do programa ressaltou que o aplicativo é seguro e que não coleta ou acessa senhas e credenciais de outras redes sociais ou apps. Em seu blog, a empresa afirma que juntou uma equipe de especialistas para verificar qualquer problema de segurança e alega não ter encontrado nenhum.

ezTalks

O ezTalks, apesar de ter uma versão gratuita com ferramentas de trabalho colaborativo, fica bem atrás dos concorrentes em questão de participantes simultâneos e tempo de chamada. Foto: Reprodução/ezTalks

O ezTalks é outro aplicativo voltado bastante para o uso profissional. Tanto é assim que a versão gratuita fica bem abaixo dos concorrentes em questão de recursos disponíveis e principalmente tempo de chamada.

A versão de graça permite que até três pessoas entrem em uma chamada de vídeo em grupo, mesmo que os dois convidados não tenham uma conta ou aplicativo instalado, mas, além do número reduzido de participantes, a duração da conferência é de no máximo dez minutos.

Na versão mais barata, que custa US$ 10 por mês pelo pagamento anual, o número máximo de participantes sobe para 100 e a chamada não tem limite de tempo. O plano de assinatura mais caro, voltado para empresas, custa US$ 50 dólares por mês por anfitrião da chamada (quem consegue convidar novos participantes para a conferência) e permite chamadas com até 300 participantes.

Em todas as versões, o aplicativo oferece recursos de trabalho colaborativo, como compartilhamento de tela, quadro branco interativo, agendamento de reuniões ou reuniões instantâneas e plugin para Microsoft Outlook, assim como gravação de chamada em formato MP4 local. Nos modelos pagos, há também possibilidade de armazenamento na nuvem.

O programa também tem a opção de realizar um webinário, com um apresentador e até 25 participantes na versão gratuita e duração máxima de 100 minutos (uma hora e 40 minutos).

Como segurança, o programa disponibiliza funções de controle de quem pode entrar ou não na chamada, expulsão de membros da reunião e criptografia AES 256-bits.

Webex

O Cisco Webex tem foco quase total para o uso profissional e reuniões de negócios. Foto: Reprodução/Cisco Webex

O Webex é outro programa também mais voltado para o uso profissional. A empresa é a pioneira nessa área, inclusive. Por conta da pandemia global, a Cisco, empresa dona do Webex, aumentou o acesso gratuito com a conta pessoal a suas plataformas de videoconferência e trabalho colaborativo.

Atualmente, com a versão pessoal gratuita do Webex Meetings (programa voltado para reuniões online por vídeo), você recebe uma licença de organizador e uma sala de reuniões pessoal. Você pode agendar reuniões com URLs exclusivas, que podem ser compartilhadas mesmo com quem não tem o Webex, ou começar uma reunião instantaneamente na sua sala pessoal.

No total, podem participar da reunião até 100 pessoas simultaneamente por tempo ilimitado. Você também pode gravar suas reuniões e salvar o conteúdo no seu dispositivo, compartilhar tela em tempo real ou apenas um dos aplicativos abertos, enviar arquivos ou compartilhar na reunião um quadro branco interativo.

O Webex Meetings também tem integração total com alguns aplicativos profissionais que citamos aqui, como o Outlook, Agenda do Google, Microsoft Teams e Workplace.

Em questão de segurança, a Cisco Webex promete criptografia multicamada, inclusive com certificação SSAE-16 e ISO 27001, além de permitir que você tranque sua sala de reuniões pessoal se não quiser que mais ninguém entre.

A versão paga, porém, traz ainda mais recursos oferecidos pela Cisco. É uma assinatura mensal com preços a partir de US$ 13,50 por usuário.

Dá para fazer chamada em grupo pelo WhatsApp?

A nova atualização do WhatsApp permite chamadas em grupo com até oito pessoas, o dobro do limite anterior. Foto: Wikimedia Commons

Sim, o WhatsApp tem a possibilidade de chamadas em grupo, mas são bastante limitadas. Mesmo com a nova atualização que aumenta o número de pessoas de quatro para oito por chamada, fica abaixo da maioria dos concorrentes, com exceção do Houseparty. Também não dá para gravar a ligação ou compartilhar tela com os outros participantes da chamada.

Em compensação, está mantida também a criptografia de ponta-a-ponta, que já existia tanto nas conversas por texto quanto nas chamadas de até quatro pessoas. Isso garante maior segurança também para quem quiser usar.

Até os jogadores do Cruzeiro se juntaram para conversar por videoconferência. Foto: Reprodução/ Twitter

Desde conversas de negócios e reuniões com funcionários até papos casuais com amigos, todos os encontros sociais presenciais estão suspensos por conta das medidas isolamento para combater o novo coronavírus. Ainda assim é possível falar com os amigos ou fazer reuniões de trabalho remotamente por aplicativos e programas de videochamadas.

Esse mercado está lotado de produtos e marcas diferentes, desde gigantes da tecnologia até nomes independentes dedicados apenas a esse tipo de serviço. E, em meio a denúncias e investigações de vazamentos de dados e falhas de segurança em alguns deles, é cada vez mais importante selecionar bem qual usar. Além disso, cada aplicativo tem seus benefícios e limitações técnicas, algo essencial a se considerar dependendo do tipo de encontro virtual que você precisa fazer.

Por isso, o Estadão selecionou dez aplicativos de chamada de vídeo e trouxe suas forças e fraquezas, como quantidade de pessoas online simultaneamente, recursos, integração com outras ferramentas e casos de falha de segurança, se houver. Confira:

Skype

Skype é um dos aplicativos mais famosos para realizar videochamadas. Foto: Wikimedia Commons

O Skype é um dos programas mais antigos de chamadas por vídeo, seja em dupla ou em grupo. O aplicativo sempre foi bastante versátil, usado tanto para conversas casuais e pessoais quanto para reuniões de trabalho ou até mesmo para EAD (Ensino à Distância). O Skype tem versões para computador e dispositivos móveis (celulares e tablets), mas também conta com uma versão para navegadores, que funciona no Microsoft Edge e no Google Chrome.

Uma chamada está limitada a até 50 participantes simultâneos com até 9 pessoas aparecendo em vídeo na mesma tela para as versões para computador e conta com várias funcionalidades, como compartilhamento de tela, compartilhamento de arquivos no chat comum, gravação de chamadas pelo próprio aplicativo e legendas em tempo real. Também é possível usar o Skype mesmo sem ter conta ou o aplicativo instalado. Basta criar um link pessoal que não expira e convidar quem você quiser para a chamada, mesmo que as pessoas não tenham o Skype também.

Apesar de ter uma versão paga, ela não afeta diretamente as chamadas de vídeo. Com uma assinatura ou ao comprar créditos, o usuário pode usar o Skype para ligar para telefones fixos ou celulares, tanto no Brasil quanto no exterior. Os créditos para chamadas pré-pagas custam a partir de R$ 15 e as assinaturas específicas de certos países cobram a partir de R$ 12,60 por mês.

Com relação à segurança, arquivos de imagem e vídeo, além das mensagens, serão protegidas por criptografia em conversas entre duas pessoas. Apesar disso, no geral, é uma plataforma bem segura, já que mesmo os maiores problemas descobertos já foram resolvidos em patchs de atualização.

Microsoft Teams

O Microsoft Teams foi disponibilizado para substituir o Skype for Business. Foto: Wikimedia Commons

O Microsoft Teams foi disponibilizado pela primeira vez em 2017, a princípio apenas para usuários do Office 365. Mais recentemente, porém, ele recebeu uma versão gratuita independente e vai substituir o Skype for Business, que será descontinuado totalmente a partir de 31 de julho de 2021.

Esse programa é totalmente voltado para trabalho em grupo e produtividade, diferente do Skype, que tem apelo maior para o uso pessoal. As chamadas por vídeo em grupo podem ter até 250 pessoas simultaneamente e conta com compartilhamento de tela. O criador da chamada também pode convidar alguém que não tenha o programa instalado. Basta enviar o link por email.

O Teams, em sua versão gratuita, fornece algumas ferramentas para trabalhos colaborativos, como chats de equipe e armazenamento de até 2GB para cada usuário e de 10GB para cada equipe. O maior diferencial, porém, é a integração com os aplicativos do pacote Office 365, que é completa e natural. Isso permite que os membros de uma equipe trabalhem juntos no mesmo arquivo através do Word, Excel, PowerPoint, OneNote, etc. O programa também é integrado a vários outros aplicativos voltados para produtividade.

No entanto, a versão gratuita não conta com recursos como gravação de chamadas e agendamento de reuniões, além de organização de eventos para até 10 mil espectadores. Além disso, apenas usuários das versões pagas, ligadas a pacotes do Office 365, têm acesso a ferramentas de administração e suporte técnico e financeiro. Em questão de segurança, a Microsoft promete, com a versão gratuita, uma criptografia para os dados em repouso e em trânsito e não houve uma grande falha ou vazamento de dados notificada até agora.

Hangouts/Google Meet

O Hangouts clássico será substituído pelo Google Meet, uma versão mais profissional do aplicativo. Foto: Wikimedia Commons

O Hangouts é um dos vários aplicativos de comunicação desenvolvidos e disponibilizados pelo Google. O aplicativo básico, disponível gratuitamente para todos os usuários de contas do Google, permite chamadas em grupo para até 10 pessoas. Ele funciona 100% no navegador de internet, apenas é preciso baixar uma aplicação nas versões mobile. Ele também conta com compartilhamento de arquivos e de tela, mas é basicamente isso. A gravação de chamada, por exemplo, não está presente.

A versão voltada para o usuário comum, porém, está com os dias contados. O próprio Google informou que, depois da segunda metade de 2020 até a virada para 2021, o Hangouts clássico será descontinuado e todos os usuários vão migrar paras as versões profissionais do aplicativo, o Hangouts Chat e o Google Meet.

O Meet, apesar de fazer parte do G Suite, o pacote de programas profissionais do Google, será o primeiro aplicativo do pacote a ser disponibilizado ao público geral. As chamadas de vídeo podem ter até 100 participantes simultâneos e, até setembro, terão duração máxima de 24 horas. Depois esse tempo limite vai cair para uma hora. O Meet tem integração total com todos os aplicativos do G Suite, como Agenda, Documentos, Planilhas, Apresentações, entre outros. A versão mais cara, de R$ 112 por usuário por mês, permite reuniões com até 250 pessoas em vídeo.

O Meet também tem links para reuniões mesmo que clientes ou convidados não tenham conta no aplicativo e conta com gravação de chamada. Um diferencial é a integração do Google Meet com outros programas de vídeoconferência, como Skype for Business, Polycom e Cisco.

O Google oferece como segurança a criptografia de vídeo durante as chamadas e toda a infraestrutura de servidores da gigante de tecnologia para evitar vazamentos de dados.

Facebook Messenger Rooms

O Rooms será uma nova funcionalidade do Messenger do Facebook. Foto: Wikimedia Commons

Apesar de ainda não estar disponível no mundo inteiro, essa é a nova aposta do Facebook para competir com outros grandes aplicativos de videochamadas do mercado, como o Skype e o Zoom. O Rooms será uma nova funcionalidade do Messenger, o aplicativo de mensagens instantâneas do Facebook.

Para criar um sala virtual, bastará entrar no aplicativo do Messenger, entrar na aba “Pessoas”, clicar em “Criar grupo” e escolher amigos para incluir na chamada. O serviço também vai permitir que pessoas sem conta no Facebook ou sem o aplicativo participem da conversa com um link compartilhável. A princípio, até 50 pessoas podem participar de uma conferência pelo Rooms sem limite de tempo.

A nova função, segundo o Facebook, será completamente gratuita e garante ao criador da sala controle sobre quem está na chamada, como impedir que novas pessoas entrem ou simplesmente expulsar alguém.

Como ainda não foi lançado mundialmente, não houve notificação de casos de falhas de segurança. No entanto, como já sofreu com grandes escândalos de vazamento de dados, o Facebook afirma que tem trabalhado no Rooms com foco especial nesse aspecto.

Na postagem de anúncio do serviço, o Facebook afirma que coleta sim dados a partir do Rooms, mas apenas para melhorar a experiência do produto. Eles dizem que não utilizam áudio e vídeo para informar propagandas. O Rooms vai utilizar a mesma tecnologia de criptografia do Messenger, mas o Facebook diz que está trabalhando para adicionar a criptografia de ponta-a-ponta ao serviço. Resta esperar para ver.

Zoom

O Zoom Meetings foi acusado de vazamento de dados dos usuários. A empresa tem tentado melhorar a segurança dos seus serviços com atualizações do aplicativo. Foto: Wikimedia Commons

O Zoom ficou muito famoso no primeiro mês da quarentena, já que tem (ou tinha) várias vantagens sobre a concorrência no mercado de aplicativos de videochamada.  A principal vantagem é o número de participantes em uma única chamada: o limite é de 100 pessoas mesmo na versão gratuita. A principal limitação é o tempo da chamada em grupo de até 40 minutos, mas é possível contornar isso criando uma nova sala, já que o número de reuniões é ilimitado.

O aplicativo oferece vários recursos, como compartilhamento de tela, plano de fundo virtual (presente apenas em versões pagas de alguns programas concorrentes) e sala de espera para quem ainda não foi autorizado a entrar na reunião. Também é possível gravar a reunião em áudio ou vídeo.

O usuário pode criar uma sala de reunião pessoal e permanente para convidar quem quiser e iniciar uma conferência a qualquer hora. Para uso mais profissional, o Zoom também disponibiliza uma extensão para o Google Chrome e para o Microsoft Outlook, que permite integração entre os calendários do Outlook e do Google Agenda para marcar uma reunião, por exemplo.

Ele também oferece recursos de trabalho colaborativo, como dividir a reunião em até 50 salas simultâneas para discussões específicas em grupos menores e quadro branco compartilhado, por exemplo.

As versões pagas, a partir de US$ 14,99 por anfitrião de chamada por mês, adicionam novos recursos de webconferência e aumentam o limite de participantes simultâneos até um máximo de 500 ou 1.000 dependendo do plano. Essas versões são, em geral, voltadas para o uso mais profissional.

Esses recursos geraram uma migração massiva de usuários para a plataforma, o que levou à descoberta de uma falha grave de segurança que permitia o vazamento de dados para outros sites, como o próprio Facebook. No final de abril, a empresa lançou a atualização 5.0 do aplicativo, que adiciona duas criptografias ao programa, a SSL e a AES 256-bits, além de uma série de recursos para evitar (ou pelo menos desencorajar) o compartilhamento não autorizado de conteúdos de dentro das reuniões. Agora também é possível expulsar um participante da chamada ou fechar a sala para novos integrantes. Os usuários também podem escolher em qual servidor do serviço seus dados serão armazenados.

FaceTime

O FaceTime é o aplicativo de videochamadas exclusivo da Apple e já é nativo de vários aparelhos da empresa. Foto: Wikimedia Commons

Para usuários de aparelhos da Apple, esse aplicativo nem precisa de apresentação, afinal é nativo desses dispositivos. O FaceTime, pelo menos por enquanto, é exclusivo para usuários de iPhone (4 ou posterior), iPad (2 ou superior), iPad Pro, iPad Mini, iPod Touch a partir da 4ª geração e até para dispositivos Mac, seja o desktop ou Macbook.

O programa se conecta com o ID Apple ou o número de telefone e permite chamadas de vídeo em grupo de até 32 pessoas. Diferente da maioria dos aplicativos antes citados, o FaceTime é quase todo voltado para o uso pessoal. Isso fica evidente pelos vários recursos disponíveis, como adesivos, Animojis (versões virtuais dos usuários) e outras brincadeiras. Isso não impede que o serviço seja usado profissionalmente, se todos os participantes tiverem um dispositivo Apple.

O fato de ser um aplicativo nativo e exclusivo de aparelhos da Apple traz vantagens e desvantagens. Por um lado, a exclusividade adiciona uma camada extra de proteção, afinal não é qualquer pessoa que tem acesso ao aplicativo. Em compensação, para entrar em contato com pessoas que não usam dispositivos Apple, será necessário outro programa de chamada de vídeo. Ele também não conta com recursos presentes nos outros programas, como gravação de chamada, por exemplo.

Discord

O Discord começou como um chat de voz voltado para o público gamer, mas expandiu para outras áreas desde então. Foto: Wikimedia Commons

O Discord é mais conhecido dentro da comunidade de fãs de games, já que apela muito para amigos ou times que querem se falar durante um jogo multijogador online. Desde quando foi lançado, porém, o programa evoluiu para abranger vários outros públicos e se tornou um “chat de comunidade”.

A principal função dele, porém, continua sendo as chamadas entre amigos. As chamadas de vídeo do programa suportam até 10 pessoas ao mesmo tempo. Os participantes também podem compartilhar tela, inclusive simultaneamente. Pelo chat de texto, é possível compartilhar arquivos de até 8 MB.

A versão paga do aplicativo, o Discord Nitro, não adiciona nenhuma função nova às videoconferências, porém traz algumas melhorias, como aumento do limite de tamanho de arquivos que podem ser enviados pelo chat, maior qualidade de vídeo durante o compartilhamento de tela e transmissão ao vivo também com mais qualidade de imagem.

Em questão de segurança, o Discord disponibiliza um sistema de “caça-falhas”, em que programadores e hackers são incentivados a procurar problemas de segurança e informá-los à empresa. Não houve notificação de grandes vazamentos de dados por parte do aplicativo.

Houseparty

O Houseparty tem a premissa de juntar os amigos para uma "festa em casa virtual", mas também foi acusado de vazamento de dados. Foto: Wikimedia Commons

Apesar de existir desde 2016, o Houseparty ganhou muito mais popularidade com a pandemia do novo coronavírus. O nome do aplicativo é autoexplicativo: é um programa focado em videochamadas com amigos para uma “festa em casa virtual”.

O aplicativo permite que oito pessoas se conectem por vídeo ao mesmo tempo e funciona com uma conta com email e número de celular. Isso permite que o programa encontre seus amigos que também usam Houseparty pela agenda de contatos.

Quando alguém entra no aplicativo, os amigos recebem uma notificação. Isso facilita para que todos possam se encontrar, já que não é necessário perguntar sobre a disponibilidade de cada um. Você pode convidar os amigos para a sua chamada. Por padrão, as “festas” são abertas para todos os seus amigos, mas você pode trancar a chamada para impedir que pessoas entrem sem serem convidadas.

O aplicativo não conta com várias funcionalidades de outros aplicativos, como gravação de chamada, compartilhamento de tela ou de arquivos, justamente por focar na interação direta e ao vivo entre os participantes. Até por isso conta com vários jogos dentro do próprio aplicativo para que os integrantes possam se divertir entre si.

Em questão de segurança, houve uma polêmica em que vários usuários reclamaram no Twitter que suas contas em outras redes sociais e até em apps de bancos foram hackeadas após instalarem o Houseparty no celular. Apesar disso, não há nenhuma prova de que o aplicativo tenha vazado dados pessoais. A desenvolvedora do programa ressaltou que o aplicativo é seguro e que não coleta ou acessa senhas e credenciais de outras redes sociais ou apps. Em seu blog, a empresa afirma que juntou uma equipe de especialistas para verificar qualquer problema de segurança e alega não ter encontrado nenhum.

ezTalks

O ezTalks, apesar de ter uma versão gratuita com ferramentas de trabalho colaborativo, fica bem atrás dos concorrentes em questão de participantes simultâneos e tempo de chamada. Foto: Reprodução/ezTalks

O ezTalks é outro aplicativo voltado bastante para o uso profissional. Tanto é assim que a versão gratuita fica bem abaixo dos concorrentes em questão de recursos disponíveis e principalmente tempo de chamada.

A versão de graça permite que até três pessoas entrem em uma chamada de vídeo em grupo, mesmo que os dois convidados não tenham uma conta ou aplicativo instalado, mas, além do número reduzido de participantes, a duração da conferência é de no máximo dez minutos.

Na versão mais barata, que custa US$ 10 por mês pelo pagamento anual, o número máximo de participantes sobe para 100 e a chamada não tem limite de tempo. O plano de assinatura mais caro, voltado para empresas, custa US$ 50 dólares por mês por anfitrião da chamada (quem consegue convidar novos participantes para a conferência) e permite chamadas com até 300 participantes.

Em todas as versões, o aplicativo oferece recursos de trabalho colaborativo, como compartilhamento de tela, quadro branco interativo, agendamento de reuniões ou reuniões instantâneas e plugin para Microsoft Outlook, assim como gravação de chamada em formato MP4 local. Nos modelos pagos, há também possibilidade de armazenamento na nuvem.

O programa também tem a opção de realizar um webinário, com um apresentador e até 25 participantes na versão gratuita e duração máxima de 100 minutos (uma hora e 40 minutos).

Como segurança, o programa disponibiliza funções de controle de quem pode entrar ou não na chamada, expulsão de membros da reunião e criptografia AES 256-bits.

Webex

O Cisco Webex tem foco quase total para o uso profissional e reuniões de negócios. Foto: Reprodução/Cisco Webex

O Webex é outro programa também mais voltado para o uso profissional. A empresa é a pioneira nessa área, inclusive. Por conta da pandemia global, a Cisco, empresa dona do Webex, aumentou o acesso gratuito com a conta pessoal a suas plataformas de videoconferência e trabalho colaborativo.

Atualmente, com a versão pessoal gratuita do Webex Meetings (programa voltado para reuniões online por vídeo), você recebe uma licença de organizador e uma sala de reuniões pessoal. Você pode agendar reuniões com URLs exclusivas, que podem ser compartilhadas mesmo com quem não tem o Webex, ou começar uma reunião instantaneamente na sua sala pessoal.

No total, podem participar da reunião até 100 pessoas simultaneamente por tempo ilimitado. Você também pode gravar suas reuniões e salvar o conteúdo no seu dispositivo, compartilhar tela em tempo real ou apenas um dos aplicativos abertos, enviar arquivos ou compartilhar na reunião um quadro branco interativo.

O Webex Meetings também tem integração total com alguns aplicativos profissionais que citamos aqui, como o Outlook, Agenda do Google, Microsoft Teams e Workplace.

Em questão de segurança, a Cisco Webex promete criptografia multicamada, inclusive com certificação SSAE-16 e ISO 27001, além de permitir que você tranque sua sala de reuniões pessoal se não quiser que mais ninguém entre.

A versão paga, porém, traz ainda mais recursos oferecidos pela Cisco. É uma assinatura mensal com preços a partir de US$ 13,50 por usuário.

Dá para fazer chamada em grupo pelo WhatsApp?

A nova atualização do WhatsApp permite chamadas em grupo com até oito pessoas, o dobro do limite anterior. Foto: Wikimedia Commons

Sim, o WhatsApp tem a possibilidade de chamadas em grupo, mas são bastante limitadas. Mesmo com a nova atualização que aumenta o número de pessoas de quatro para oito por chamada, fica abaixo da maioria dos concorrentes, com exceção do Houseparty. Também não dá para gravar a ligação ou compartilhar tela com os outros participantes da chamada.

Em compensação, está mantida também a criptografia de ponta-a-ponta, que já existia tanto nas conversas por texto quanto nas chamadas de até quatro pessoas. Isso garante maior segurança também para quem quiser usar.

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