A fabricante Samsung encerrou um dos capítulos mais difíceis de sua história recente ao divulgar na madrugada desta segunda-feira, 23, os resultados da investigação sobre os casos de explosões envolvendo alguns aparelhos da linha Galaxy Note 7. Segundo a empresa, problemas com a bateria teriam feito o celular superaquecer e, em alguns casos, até mesmo explodir.
Para entender melhor o caso, que se arrasta desde setembro do ano passado, veja alguns dos pontos mais importantes do processo e como as coisas irão se desenrolar daqui para a frente:
O que aconteceu com o Galaxy Note 7?
Em setembro do ano passado, poucos dias após o lançamento oficial do Note 7, relatos começaram a surgir em redes sociais indicando que o aparelho estava superaquecendo e, até mesmo, explodindo. Rapidamente, a Samsung anunciou recall global para tentar reparar a falha. Não deu certo. Casos de superaquecimento e explosão continuaram acontecendo e envolveram até mesmo celulares considerados seguros. A Samsung, por fim, resolveu colocar um fim do celular e anunciou, um mês depois dos primeiros relatos, que iria descontinuar o aparelho em todo o mercado global.
Qual foi a causa das explosões?
De acordo com o relatório divulgado pela Samsung na madrugada desta segunda-feira, 23, a causa das explosões foi a bateria. Nos primeiros casos, a bateria tinha um defeito de fabricação: no canto superior direito, o componente poderia se curvar e gerar curto-circuito. Após o recall, o problema persistiu: outra fornecedora de baterias, apressada pela Samsung, produziu um lote do componente com um defeito de fabricação que também poderia causar curtos-circuitos.
Qual foi o prejuízo da Samsung?
Segundo a própria Samsung, o fiasco do Galaxy Note 7 terá impacto negativo de US$ 5,1 bilhões em seu lucro operacional. Afinal, a empresa teve que recolher cerca 2,5 milhões de celulares do mercado — 1 milhão com usuários e 1,5 milhão com varejistas.
A linha Galaxy Note será descontinuada?
Não. Após divulgar o relatório sobre a causa das explosões, o responsável pelo setor de smartphones, D. J. Koh, afirmou que a empresa já trabalha no Galaxy Note 8. Segundo ele, o aparelho será lançado “ainda melhor, mais seguro e inovador”. No entanto, a empresa deu um passo atrás com o lançamento do Galaxy S8: esperado para ser anunciado em fevereiro, o lançamento do aparelho foi adiado e ainda não conta com data definitiva para chegar ao mercado global.
O que a Samsung diz sobre o caso?
A empresa, durante a conferência, pediu desculpas. Afinal, a Samsung precisará reconquistar a confiança do mercado e dos consumidores, indicando que nenhum celular — seja topo de linha ou intermediário — voltará a apresentar problemas de baterias. Para isso, a empresa também vai passar a adotar uma verificação de segurança em oito etapas em todas as unidades fabricadas antes de serem enviadas para o varejo, como teste de durabilidade, testes intensivos e até Raio-X para detectar problemas internos.