Apple mostra óculos de realidade virtual Vision Pro, que chega às lojas em 2024


Novo dispositivo vai custar a partir de US$ 3,5 mil

Por Bruno Romani, Bruna Arimathea, Guilherme Guerra e Alice Labate
Atualização:

Depois de anos de pesquisas e rumores, a Apple finalmente revelou seus óculos de realidade virtual, batizados de Vision Pro. O anúncio foi feito na Worldwide Developers Conference (WWDC), um dos principais eventos da companhia no ano, que acontece nesta segunda-feira, 5, na sede da empresa na Califórnia, EUA.

A conferência, tradicionalmente, apresenta os próximos sistemas operacionais que irão abastecer o iPhone, iPad, Mac e outros produtos da empresa. Neste ano, porém, a grande estrela do evento não foi um software, mas sim um hardware altamente sofisticado, que a Apple espera que repita a trajetória de produtos como o iPhone e o Apple Watch. O Vision Pro custará a partir de US$ 3,5 mil e chegará às lojas dos EUA no começo de 2024 - não há informações sobre o Brasil.

Tim Cook, CEO da gigante, disse que se trata do primeiro produto em que você “olha através”, e não “para”. “Com o Vision Pro, você não está mais limitado a uma tela”, declarou Cook no evento, ignorando outros produtos do tipo, como o Meta Quest, da Meta, o HoloLens, da Microsoft, e o PSVR 2, da Sony. Reveja a apresentação.

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Vision Pro é o novo óculos de realidade virtual da Apple  Foto: Apple/Reprodução

Na demonstração, o Vision Pro é controlado pelos olhos, mãos e voz do usuário. Uma série de aplicativos nativos do sistema podem ser acessados pelos óculos, como fotos, mensagens e outros apps. Os gestos com a mão vão ser acionados via Apple Watch, que irá identificar o movimento dos dedos para cada clique.

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Além disso, os óculos trazem um botão para regular a “imersão” no aparelho, onde é possível controlar o quanto de luz natural pode entrar nos óculos do usuário.

Com o recurso EyeSight, a Apple afirma que será possível ver os olhos do usuário ou, ainda, apontar caso o usuário esteja totalmente imerso no aparelho. O Vision Pro vai permitir que o usuário tenha vários aplicativos abertos no ambiente virtual, ao mesmo tempo em que é possível observar o mundo real. Segundo a Apple, a ideia é que o usuário se mantenha presente, e nunca totalmente imerso, como ocorre com outros aparelhos do tipo.

No exemplo, a Apple afirma que o aplicativo de videoconferência FaceTime vai ter uso dimensional: cada pessoa ficará localizada em um canto do ambiente virtual, e não amontoados em uma tela – como ocorre hoje.

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Detalhe do Vision Pro, óculos de realidade virtual da Apple  Foto: Apple/Reprodução

O Vision Pro vai permitir que o usuário assista a filmes e séries de televisão “em qualquer lugar”, diz a Apple. Parece uma tentativa de brigar no mercado de TVs, mas também é uma promessa comum de óculos do tipo. O Vision Pro também vai permitir que os usuários possam assistir conteúdos em 3D, o que abre a possibilidade para universos imersivos.

Especialistas, porém, estimam que o volume de vendas deve ser baixo inicialmente. Dan Ives, da consultoria americana Wedbush Securities, estima que a venda inicial deve ser de 150 mil unidades no mundo.

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Detalhes técnicos e design do Vision Pro

Evento Apple 2023 Foto: Apple/Reprodução

O painel do aparelho é de micro Oled e tem 23 milhões de pixels, mais do que uma TV 4K por olho. Ele é carregado de sensores, como um scanner de profundidade (LiDAR) e leva o chip M2. Além disso, ele tem um chip dedicado para processar todos os inputs do equipamento. O processador R1, criado para os óculos especialmente processa o material de 12 câmeras, 5 sensores e 6 microfones.

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Para as chamadas de vídeo, o aparelho vai criar uma espécie de persona digital para aparecer nas ligações “Usando nossas técnicas de aprendizado de máquina mais avançadas, o sistema usa uma rede codificadora avançada para criar uma persona digital”. Aplicativos como Zoom e Teams, da Microsoft, vão ser compatíveis com a “persona digital” construída pelo cóculos em chamadas de vídeo.

Ele também ganhou um sistema operacional dedicado, o VisionOS.

Vision Pro em apresentação da Apple Foto: Apple/Reprodução
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Na demonstração, aplicativos vão poder reproduzir objetos em tamanho real no ambiente por onde o usuário estiver interagindo, como órgãos do corpo humano, automóveis de corrida e cabines de DJ – com possibilidade de interação em cada item.

O grande tabu de aparelhos desse tipo, a autonomia da bateria, foi pouco explorado na apresentação. Segundo a companhia, ele funciona por apenas duas horas fora da tomada.

Segurança

Em segurança, a Apple revelou o Optical ID, que usa a retina do usuário para desbloquear a tela do aparelho. A Apple garante que a tecnologia deve diferenciar os olhos mesmo de pessoas gêmeas. Além disso, a companhia diz que terceiros não poderão ver no reflexo da tela dos óculos o que é visto pelo usuário, garantindo privacidade na navegação.

Novos sensores do Vision Pro  Foto: Apple/Reprodução

MacBook Air de 15 polegadas

A apresentação, porém, começou com Tim Cook relembrando que, neste ano, a Apple comemora o 15º aniversário da App Store, que permitiu que desenvolvedores terceiros publicassem aplicativos na loja do iPhone e iPad. No lançamento do iPhone, em 2007, o smartphone trazia apenas apps criados pela companhia, algo que só mudou com a chegada da App Store em 2008.

Os primeiros anúncios envolveram o Mac, que ganhou uma versão de 15,3 polegadas do MacBook Air, primeira vez que o laptop de entrada da marca ganha uma tela deste tamanho. No ano passado, ele surgiu na versão 13,6 polegadas.

Com 11 milímetros de grossura, o dispositivo traz o mesmo design atualizado do MacBook Air apresentado em 2022 e processador M2, desenhado pela própria empresa. O aparelho promete bateria de até 18 horas e será lançado na próxima semana. Custará a partir de US$ 1,3 mil nos EUA. No Brasil, custará entre R$ 14,9 mil e R$ 26,9 mil.

Plateia na Califórnia acompanha lançamento do Macbook Air de 15 polegadas Foto: Loren Elliott/Reuters

M2 Ultra: conheça o novo chip ‘monstro’ da Apple

A Apple também anunciou uma versão ainda mais poderosa de seus processadores: o M2 Ultra. O chip tem 24 núcleos, 192GB de memória unificada e uma GPU de 76 núcleos. O processador já vai ser incluído no Mac Studio, CPU portátil da Apple e dedicado a profissionais que trabalham com vídeo e áudio.

O M2 Ultra promete ser 30% mais rápido que o M1 Ultra (de 2022). Esse chip vai ser utilizado no Mac Studio, que vai ganhar processamento de vídeo até 50% mais rápido, segundo a companhia. O Mac Studio também ganhou uma versão com o chip M2 Max, processador também apresentado nesta segunda.

O Mac Studio vai custar a partir de US$ 2 mil com o M2 Ultra Max e o Mac Pro com o M2 Ultra vai custar a partir de US$ 7 mil. Eles chegam a lojas dos EUA na semana que vem. No Brasil, o MacStudio com M2 Ultra sai por R$ 46 mil, enquanto a versão com M2 Max sai por R$ 23 mil.

O macPro torre com M2 Ultra custa R$ 75 mil e o macPro rack com o mesmo chip R$ 80 mil.

Apple apresenta o iOS 17 com mudanças discretas

Para o sistema operacional do iPhone, a empresa apresentou o iOS 17, afirmando que as maiores mudanças serão em apps nativos da empresa: telefone, mensagem e Facetime. A Apple vai permitir que usuários possam personalizar os contatos para além da foto. Agora, será possível criar uma espécie de “banner” para cada pessoa, personalizando fotos, nomes e fundo de tela.

O pôster (ou banner) permite criar perfis únicos para outros contatos na tela de bloqueio do iPhone. Ao realizar a chamada, a tela do smartphone vai trazer uma imagem única escolhida pelo dono do aparelho.

Outro recurso é a caixa postal visual: sistema vai permitir que usuários gravem mensagens em vídeo para serem acessadas depois pelo usuário, similar às caixas postais de áudio que ocorrem na telefonia há décadas.

No Facetime, usuários poderão mandar mensagens de vídeo gravadas — como um áudio no WhatsApp — como recado para contatos.

Tim Cook abre o evento da Apple nesta segunda Foto: Loren Elliott/Reuters

Transcrição de áudio em mensagens de voz vai ficar disponível no aplicativo de Mensagens. Não há informações se o recurso vai ser lançado para o português. As informações nas mensagens também vão ser protegidas com criptografia de ponta a ponta.

No recurso Airdrop, além de ser possível importar fotos para outro aparelho Apple, agora também é possível compartilhar contatos com a nova ferramenta chamada “NameDrop”.

Já o Autocorrect turbina o recurso de correção de texto no teclado, usando inteligência artificial para entender com mais eficácia o que o usuário está digitando. O objetivo é que o iOS 17 consiga poupar tempo na comunicação, prevendo o que vai ser dito - parece o recurso usado há alguns anos pelo Gmail.

O Journal é o novo aplicativo revelado pela Apple. Exclusivo do iOS 17, permite que os usuários mantenham um diário pessoal sobre o que estão ouvindo, assistindo e sentindo. Nativo no sistema, o app vai concorrer com outros nomes de peso do setor de saúde mental, como Day One.

Além disso, o mapa poderá ser usado offline, o app de Fotos vai reconhecer gatos e cães. E o comando “E aí, Siri” torna-se “Siri”.

iOS 17 teve mudanças discretas  Foto: Apple/Reprodução

Casa conectada da Apple

Com o iOS 17, vai ser possível integrar o iPhone a um sistema de casa conectada, a partir de uma base magnética para apoiar o aparelho. Chamada StandBy, a ferramenta funciona quando o celular estiver bloqueado e inclinado na horizontal, a nova interface vai mostrar informações como hora, clima e compromissos marcados no calendário — semelhante ao que uma caixinha conectada Echo, da Amazon, faz hoje.

iPadOS 17 também não empolga

Um ano depois do iPhone, o iPad ganha os widgets anunciados no iOS 16. Sem muita novidade, o recurso funciona da mesma forma do que no smartphone. A tela de bloqueio vai ser personalizável, semelhante a do iPhone, na atualização apresentada com o iOS 16.

Pela primeira vez, o tablet da Apple vai ganhar o aplicativo Saúde, anunciado em 2017 no iPhone. O iPad vai reunir as informações do usuário, que incluem peso, passos e outras informações médicas coletadas de outros aplicativos.

MacOS completa a trinca de mudanças minúsculas em software

O nome do novo sistema operacional dos computadores da Apple é macOS Sonoma, mantendo a tradição de receber nomes de regiões da Califórnia. Entre as novidades, o sistema traz novos widgets, que podem ser colocados na Mesa do sistema. O recurso funciona de maneira similar ao iPhone, com customizações próprias para cada aplicativo.

Os widgets do Mac e do iPhone poderão ser conectados, para funcionarem simultaneamente. Assim, será possível controlar ou acionar um app tanto do computador quanto do celular.

Aumentando a aposta em games, a Apple criou um “Modo Jogo” para os computadores, onde é possível aumentar a capacidade de processamento da máquina e traz menor latência com controles de terceiros (como o DualSense, do PlayStation 5, ou do XBox).

Além disso, o estúdio japonês Kojima anunciou uma versão do jogo Death Stranding para Mac, tornando-se a primeira vez que o game, exclusivo para PlayStation 4 e lançado em 2019, chega para aparelhos da Apple. Recentemente, o título foi adaptado para PCs.

Novidade para o AirPod

A Apple está trazendo para seus AirPods a configuração “Adaptive Audio”, que permite que os fones de ouvido combinem configurações de redução de ruído com o ambiente. Assim, os fones podem identificar qual a necessidade de som em tempo real, para adaptar automaticamente os níveis de isolamento do áudio — percebendo, por exemplo, se o usuário está em ligação, em um ambiente barulhento ou se precisa diminuir o cancelamento de ruído para ouvir outra pessoa, por exemplo.

watchOS 10 ganha banho de loja

O sistema operacional do Apple Watch, o watchOS 10 ganhou uma reformulação. A Digital Crown, botão em formato de coroa na lateral do relógio, vai ganhar novas funções. Ao girar o botão, será possível navegar nos widgets do relógio e acessar aplicativos sem precisar entrar na biblioteca. Na prática, o usuário poderá ver timers, calendários, temperatura e outras informações.

Os aplicativos nativos do watchOS também foram redesenhados, aproveitando melhor o espaço da tela e com ícones maiores. Assim, eles comportam mais informações, como no aplicativo de previsão do tempo, por exemplo.

watchOS teve mudanças  Foto: Apple/Reprodução

Duas novas Watchfaces também serão adicionadas à biblioteca de “mostradores” do relógio da empresa. Uma interativa do personagem dos quadrinhos Snoop, e outra baseada na mudança de cores. A Apple ainda não deve abrir seu sistema para que desenvolvedores possam construir suas próprias watchfaces para o relógio.

O Apple Watch vai realizar uma análise de tempo de exposição em ambientes ao ar livre, encorajando os usuários a abandonar as telas. Também vai avisar quando o usuário está muito perto da tela do iPhone e do iPad. Segundo a Apple, essas medidas podem retardar casos de problemas de visão em crianças, como miopia.

Depois de anos de pesquisas e rumores, a Apple finalmente revelou seus óculos de realidade virtual, batizados de Vision Pro. O anúncio foi feito na Worldwide Developers Conference (WWDC), um dos principais eventos da companhia no ano, que acontece nesta segunda-feira, 5, na sede da empresa na Califórnia, EUA.

A conferência, tradicionalmente, apresenta os próximos sistemas operacionais que irão abastecer o iPhone, iPad, Mac e outros produtos da empresa. Neste ano, porém, a grande estrela do evento não foi um software, mas sim um hardware altamente sofisticado, que a Apple espera que repita a trajetória de produtos como o iPhone e o Apple Watch. O Vision Pro custará a partir de US$ 3,5 mil e chegará às lojas dos EUA no começo de 2024 - não há informações sobre o Brasil.

Tim Cook, CEO da gigante, disse que se trata do primeiro produto em que você “olha através”, e não “para”. “Com o Vision Pro, você não está mais limitado a uma tela”, declarou Cook no evento, ignorando outros produtos do tipo, como o Meta Quest, da Meta, o HoloLens, da Microsoft, e o PSVR 2, da Sony. Reveja a apresentação.

Vision Pro é o novo óculos de realidade virtual da Apple  Foto: Apple/Reprodução

Na demonstração, o Vision Pro é controlado pelos olhos, mãos e voz do usuário. Uma série de aplicativos nativos do sistema podem ser acessados pelos óculos, como fotos, mensagens e outros apps. Os gestos com a mão vão ser acionados via Apple Watch, que irá identificar o movimento dos dedos para cada clique.

Além disso, os óculos trazem um botão para regular a “imersão” no aparelho, onde é possível controlar o quanto de luz natural pode entrar nos óculos do usuário.

Com o recurso EyeSight, a Apple afirma que será possível ver os olhos do usuário ou, ainda, apontar caso o usuário esteja totalmente imerso no aparelho. O Vision Pro vai permitir que o usuário tenha vários aplicativos abertos no ambiente virtual, ao mesmo tempo em que é possível observar o mundo real. Segundo a Apple, a ideia é que o usuário se mantenha presente, e nunca totalmente imerso, como ocorre com outros aparelhos do tipo.

No exemplo, a Apple afirma que o aplicativo de videoconferência FaceTime vai ter uso dimensional: cada pessoa ficará localizada em um canto do ambiente virtual, e não amontoados em uma tela – como ocorre hoje.

Detalhe do Vision Pro, óculos de realidade virtual da Apple  Foto: Apple/Reprodução

O Vision Pro vai permitir que o usuário assista a filmes e séries de televisão “em qualquer lugar”, diz a Apple. Parece uma tentativa de brigar no mercado de TVs, mas também é uma promessa comum de óculos do tipo. O Vision Pro também vai permitir que os usuários possam assistir conteúdos em 3D, o que abre a possibilidade para universos imersivos.

Especialistas, porém, estimam que o volume de vendas deve ser baixo inicialmente. Dan Ives, da consultoria americana Wedbush Securities, estima que a venda inicial deve ser de 150 mil unidades no mundo.

Detalhes técnicos e design do Vision Pro

Evento Apple 2023 Foto: Apple/Reprodução

O painel do aparelho é de micro Oled e tem 23 milhões de pixels, mais do que uma TV 4K por olho. Ele é carregado de sensores, como um scanner de profundidade (LiDAR) e leva o chip M2. Além disso, ele tem um chip dedicado para processar todos os inputs do equipamento. O processador R1, criado para os óculos especialmente processa o material de 12 câmeras, 5 sensores e 6 microfones.

Para as chamadas de vídeo, o aparelho vai criar uma espécie de persona digital para aparecer nas ligações “Usando nossas técnicas de aprendizado de máquina mais avançadas, o sistema usa uma rede codificadora avançada para criar uma persona digital”. Aplicativos como Zoom e Teams, da Microsoft, vão ser compatíveis com a “persona digital” construída pelo cóculos em chamadas de vídeo.

Ele também ganhou um sistema operacional dedicado, o VisionOS.

Vision Pro em apresentação da Apple Foto: Apple/Reprodução

Na demonstração, aplicativos vão poder reproduzir objetos em tamanho real no ambiente por onde o usuário estiver interagindo, como órgãos do corpo humano, automóveis de corrida e cabines de DJ – com possibilidade de interação em cada item.

O grande tabu de aparelhos desse tipo, a autonomia da bateria, foi pouco explorado na apresentação. Segundo a companhia, ele funciona por apenas duas horas fora da tomada.

Segurança

Em segurança, a Apple revelou o Optical ID, que usa a retina do usuário para desbloquear a tela do aparelho. A Apple garante que a tecnologia deve diferenciar os olhos mesmo de pessoas gêmeas. Além disso, a companhia diz que terceiros não poderão ver no reflexo da tela dos óculos o que é visto pelo usuário, garantindo privacidade na navegação.

Novos sensores do Vision Pro  Foto: Apple/Reprodução

MacBook Air de 15 polegadas

A apresentação, porém, começou com Tim Cook relembrando que, neste ano, a Apple comemora o 15º aniversário da App Store, que permitiu que desenvolvedores terceiros publicassem aplicativos na loja do iPhone e iPad. No lançamento do iPhone, em 2007, o smartphone trazia apenas apps criados pela companhia, algo que só mudou com a chegada da App Store em 2008.

Os primeiros anúncios envolveram o Mac, que ganhou uma versão de 15,3 polegadas do MacBook Air, primeira vez que o laptop de entrada da marca ganha uma tela deste tamanho. No ano passado, ele surgiu na versão 13,6 polegadas.

Com 11 milímetros de grossura, o dispositivo traz o mesmo design atualizado do MacBook Air apresentado em 2022 e processador M2, desenhado pela própria empresa. O aparelho promete bateria de até 18 horas e será lançado na próxima semana. Custará a partir de US$ 1,3 mil nos EUA. No Brasil, custará entre R$ 14,9 mil e R$ 26,9 mil.

Plateia na Califórnia acompanha lançamento do Macbook Air de 15 polegadas Foto: Loren Elliott/Reuters

M2 Ultra: conheça o novo chip ‘monstro’ da Apple

A Apple também anunciou uma versão ainda mais poderosa de seus processadores: o M2 Ultra. O chip tem 24 núcleos, 192GB de memória unificada e uma GPU de 76 núcleos. O processador já vai ser incluído no Mac Studio, CPU portátil da Apple e dedicado a profissionais que trabalham com vídeo e áudio.

O M2 Ultra promete ser 30% mais rápido que o M1 Ultra (de 2022). Esse chip vai ser utilizado no Mac Studio, que vai ganhar processamento de vídeo até 50% mais rápido, segundo a companhia. O Mac Studio também ganhou uma versão com o chip M2 Max, processador também apresentado nesta segunda.

O Mac Studio vai custar a partir de US$ 2 mil com o M2 Ultra Max e o Mac Pro com o M2 Ultra vai custar a partir de US$ 7 mil. Eles chegam a lojas dos EUA na semana que vem. No Brasil, o MacStudio com M2 Ultra sai por R$ 46 mil, enquanto a versão com M2 Max sai por R$ 23 mil.

O macPro torre com M2 Ultra custa R$ 75 mil e o macPro rack com o mesmo chip R$ 80 mil.

Apple apresenta o iOS 17 com mudanças discretas

Para o sistema operacional do iPhone, a empresa apresentou o iOS 17, afirmando que as maiores mudanças serão em apps nativos da empresa: telefone, mensagem e Facetime. A Apple vai permitir que usuários possam personalizar os contatos para além da foto. Agora, será possível criar uma espécie de “banner” para cada pessoa, personalizando fotos, nomes e fundo de tela.

O pôster (ou banner) permite criar perfis únicos para outros contatos na tela de bloqueio do iPhone. Ao realizar a chamada, a tela do smartphone vai trazer uma imagem única escolhida pelo dono do aparelho.

Outro recurso é a caixa postal visual: sistema vai permitir que usuários gravem mensagens em vídeo para serem acessadas depois pelo usuário, similar às caixas postais de áudio que ocorrem na telefonia há décadas.

No Facetime, usuários poderão mandar mensagens de vídeo gravadas — como um áudio no WhatsApp — como recado para contatos.

Tim Cook abre o evento da Apple nesta segunda Foto: Loren Elliott/Reuters

Transcrição de áudio em mensagens de voz vai ficar disponível no aplicativo de Mensagens. Não há informações se o recurso vai ser lançado para o português. As informações nas mensagens também vão ser protegidas com criptografia de ponta a ponta.

No recurso Airdrop, além de ser possível importar fotos para outro aparelho Apple, agora também é possível compartilhar contatos com a nova ferramenta chamada “NameDrop”.

Já o Autocorrect turbina o recurso de correção de texto no teclado, usando inteligência artificial para entender com mais eficácia o que o usuário está digitando. O objetivo é que o iOS 17 consiga poupar tempo na comunicação, prevendo o que vai ser dito - parece o recurso usado há alguns anos pelo Gmail.

O Journal é o novo aplicativo revelado pela Apple. Exclusivo do iOS 17, permite que os usuários mantenham um diário pessoal sobre o que estão ouvindo, assistindo e sentindo. Nativo no sistema, o app vai concorrer com outros nomes de peso do setor de saúde mental, como Day One.

Além disso, o mapa poderá ser usado offline, o app de Fotos vai reconhecer gatos e cães. E o comando “E aí, Siri” torna-se “Siri”.

iOS 17 teve mudanças discretas  Foto: Apple/Reprodução

Casa conectada da Apple

Com o iOS 17, vai ser possível integrar o iPhone a um sistema de casa conectada, a partir de uma base magnética para apoiar o aparelho. Chamada StandBy, a ferramenta funciona quando o celular estiver bloqueado e inclinado na horizontal, a nova interface vai mostrar informações como hora, clima e compromissos marcados no calendário — semelhante ao que uma caixinha conectada Echo, da Amazon, faz hoje.

iPadOS 17 também não empolga

Um ano depois do iPhone, o iPad ganha os widgets anunciados no iOS 16. Sem muita novidade, o recurso funciona da mesma forma do que no smartphone. A tela de bloqueio vai ser personalizável, semelhante a do iPhone, na atualização apresentada com o iOS 16.

Pela primeira vez, o tablet da Apple vai ganhar o aplicativo Saúde, anunciado em 2017 no iPhone. O iPad vai reunir as informações do usuário, que incluem peso, passos e outras informações médicas coletadas de outros aplicativos.

MacOS completa a trinca de mudanças minúsculas em software

O nome do novo sistema operacional dos computadores da Apple é macOS Sonoma, mantendo a tradição de receber nomes de regiões da Califórnia. Entre as novidades, o sistema traz novos widgets, que podem ser colocados na Mesa do sistema. O recurso funciona de maneira similar ao iPhone, com customizações próprias para cada aplicativo.

Os widgets do Mac e do iPhone poderão ser conectados, para funcionarem simultaneamente. Assim, será possível controlar ou acionar um app tanto do computador quanto do celular.

Aumentando a aposta em games, a Apple criou um “Modo Jogo” para os computadores, onde é possível aumentar a capacidade de processamento da máquina e traz menor latência com controles de terceiros (como o DualSense, do PlayStation 5, ou do XBox).

Além disso, o estúdio japonês Kojima anunciou uma versão do jogo Death Stranding para Mac, tornando-se a primeira vez que o game, exclusivo para PlayStation 4 e lançado em 2019, chega para aparelhos da Apple. Recentemente, o título foi adaptado para PCs.

Novidade para o AirPod

A Apple está trazendo para seus AirPods a configuração “Adaptive Audio”, que permite que os fones de ouvido combinem configurações de redução de ruído com o ambiente. Assim, os fones podem identificar qual a necessidade de som em tempo real, para adaptar automaticamente os níveis de isolamento do áudio — percebendo, por exemplo, se o usuário está em ligação, em um ambiente barulhento ou se precisa diminuir o cancelamento de ruído para ouvir outra pessoa, por exemplo.

watchOS 10 ganha banho de loja

O sistema operacional do Apple Watch, o watchOS 10 ganhou uma reformulação. A Digital Crown, botão em formato de coroa na lateral do relógio, vai ganhar novas funções. Ao girar o botão, será possível navegar nos widgets do relógio e acessar aplicativos sem precisar entrar na biblioteca. Na prática, o usuário poderá ver timers, calendários, temperatura e outras informações.

Os aplicativos nativos do watchOS também foram redesenhados, aproveitando melhor o espaço da tela e com ícones maiores. Assim, eles comportam mais informações, como no aplicativo de previsão do tempo, por exemplo.

watchOS teve mudanças  Foto: Apple/Reprodução

Duas novas Watchfaces também serão adicionadas à biblioteca de “mostradores” do relógio da empresa. Uma interativa do personagem dos quadrinhos Snoop, e outra baseada na mudança de cores. A Apple ainda não deve abrir seu sistema para que desenvolvedores possam construir suas próprias watchfaces para o relógio.

O Apple Watch vai realizar uma análise de tempo de exposição em ambientes ao ar livre, encorajando os usuários a abandonar as telas. Também vai avisar quando o usuário está muito perto da tela do iPhone e do iPad. Segundo a Apple, essas medidas podem retardar casos de problemas de visão em crianças, como miopia.

Depois de anos de pesquisas e rumores, a Apple finalmente revelou seus óculos de realidade virtual, batizados de Vision Pro. O anúncio foi feito na Worldwide Developers Conference (WWDC), um dos principais eventos da companhia no ano, que acontece nesta segunda-feira, 5, na sede da empresa na Califórnia, EUA.

A conferência, tradicionalmente, apresenta os próximos sistemas operacionais que irão abastecer o iPhone, iPad, Mac e outros produtos da empresa. Neste ano, porém, a grande estrela do evento não foi um software, mas sim um hardware altamente sofisticado, que a Apple espera que repita a trajetória de produtos como o iPhone e o Apple Watch. O Vision Pro custará a partir de US$ 3,5 mil e chegará às lojas dos EUA no começo de 2024 - não há informações sobre o Brasil.

Tim Cook, CEO da gigante, disse que se trata do primeiro produto em que você “olha através”, e não “para”. “Com o Vision Pro, você não está mais limitado a uma tela”, declarou Cook no evento, ignorando outros produtos do tipo, como o Meta Quest, da Meta, o HoloLens, da Microsoft, e o PSVR 2, da Sony. Reveja a apresentação.

Vision Pro é o novo óculos de realidade virtual da Apple  Foto: Apple/Reprodução

Na demonstração, o Vision Pro é controlado pelos olhos, mãos e voz do usuário. Uma série de aplicativos nativos do sistema podem ser acessados pelos óculos, como fotos, mensagens e outros apps. Os gestos com a mão vão ser acionados via Apple Watch, que irá identificar o movimento dos dedos para cada clique.

Além disso, os óculos trazem um botão para regular a “imersão” no aparelho, onde é possível controlar o quanto de luz natural pode entrar nos óculos do usuário.

Com o recurso EyeSight, a Apple afirma que será possível ver os olhos do usuário ou, ainda, apontar caso o usuário esteja totalmente imerso no aparelho. O Vision Pro vai permitir que o usuário tenha vários aplicativos abertos no ambiente virtual, ao mesmo tempo em que é possível observar o mundo real. Segundo a Apple, a ideia é que o usuário se mantenha presente, e nunca totalmente imerso, como ocorre com outros aparelhos do tipo.

No exemplo, a Apple afirma que o aplicativo de videoconferência FaceTime vai ter uso dimensional: cada pessoa ficará localizada em um canto do ambiente virtual, e não amontoados em uma tela – como ocorre hoje.

Detalhe do Vision Pro, óculos de realidade virtual da Apple  Foto: Apple/Reprodução

O Vision Pro vai permitir que o usuário assista a filmes e séries de televisão “em qualquer lugar”, diz a Apple. Parece uma tentativa de brigar no mercado de TVs, mas também é uma promessa comum de óculos do tipo. O Vision Pro também vai permitir que os usuários possam assistir conteúdos em 3D, o que abre a possibilidade para universos imersivos.

Especialistas, porém, estimam que o volume de vendas deve ser baixo inicialmente. Dan Ives, da consultoria americana Wedbush Securities, estima que a venda inicial deve ser de 150 mil unidades no mundo.

Detalhes técnicos e design do Vision Pro

Evento Apple 2023 Foto: Apple/Reprodução

O painel do aparelho é de micro Oled e tem 23 milhões de pixels, mais do que uma TV 4K por olho. Ele é carregado de sensores, como um scanner de profundidade (LiDAR) e leva o chip M2. Além disso, ele tem um chip dedicado para processar todos os inputs do equipamento. O processador R1, criado para os óculos especialmente processa o material de 12 câmeras, 5 sensores e 6 microfones.

Para as chamadas de vídeo, o aparelho vai criar uma espécie de persona digital para aparecer nas ligações “Usando nossas técnicas de aprendizado de máquina mais avançadas, o sistema usa uma rede codificadora avançada para criar uma persona digital”. Aplicativos como Zoom e Teams, da Microsoft, vão ser compatíveis com a “persona digital” construída pelo cóculos em chamadas de vídeo.

Ele também ganhou um sistema operacional dedicado, o VisionOS.

Vision Pro em apresentação da Apple Foto: Apple/Reprodução

Na demonstração, aplicativos vão poder reproduzir objetos em tamanho real no ambiente por onde o usuário estiver interagindo, como órgãos do corpo humano, automóveis de corrida e cabines de DJ – com possibilidade de interação em cada item.

O grande tabu de aparelhos desse tipo, a autonomia da bateria, foi pouco explorado na apresentação. Segundo a companhia, ele funciona por apenas duas horas fora da tomada.

Segurança

Em segurança, a Apple revelou o Optical ID, que usa a retina do usuário para desbloquear a tela do aparelho. A Apple garante que a tecnologia deve diferenciar os olhos mesmo de pessoas gêmeas. Além disso, a companhia diz que terceiros não poderão ver no reflexo da tela dos óculos o que é visto pelo usuário, garantindo privacidade na navegação.

Novos sensores do Vision Pro  Foto: Apple/Reprodução

MacBook Air de 15 polegadas

A apresentação, porém, começou com Tim Cook relembrando que, neste ano, a Apple comemora o 15º aniversário da App Store, que permitiu que desenvolvedores terceiros publicassem aplicativos na loja do iPhone e iPad. No lançamento do iPhone, em 2007, o smartphone trazia apenas apps criados pela companhia, algo que só mudou com a chegada da App Store em 2008.

Os primeiros anúncios envolveram o Mac, que ganhou uma versão de 15,3 polegadas do MacBook Air, primeira vez que o laptop de entrada da marca ganha uma tela deste tamanho. No ano passado, ele surgiu na versão 13,6 polegadas.

Com 11 milímetros de grossura, o dispositivo traz o mesmo design atualizado do MacBook Air apresentado em 2022 e processador M2, desenhado pela própria empresa. O aparelho promete bateria de até 18 horas e será lançado na próxima semana. Custará a partir de US$ 1,3 mil nos EUA. No Brasil, custará entre R$ 14,9 mil e R$ 26,9 mil.

Plateia na Califórnia acompanha lançamento do Macbook Air de 15 polegadas Foto: Loren Elliott/Reuters

M2 Ultra: conheça o novo chip ‘monstro’ da Apple

A Apple também anunciou uma versão ainda mais poderosa de seus processadores: o M2 Ultra. O chip tem 24 núcleos, 192GB de memória unificada e uma GPU de 76 núcleos. O processador já vai ser incluído no Mac Studio, CPU portátil da Apple e dedicado a profissionais que trabalham com vídeo e áudio.

O M2 Ultra promete ser 30% mais rápido que o M1 Ultra (de 2022). Esse chip vai ser utilizado no Mac Studio, que vai ganhar processamento de vídeo até 50% mais rápido, segundo a companhia. O Mac Studio também ganhou uma versão com o chip M2 Max, processador também apresentado nesta segunda.

O Mac Studio vai custar a partir de US$ 2 mil com o M2 Ultra Max e o Mac Pro com o M2 Ultra vai custar a partir de US$ 7 mil. Eles chegam a lojas dos EUA na semana que vem. No Brasil, o MacStudio com M2 Ultra sai por R$ 46 mil, enquanto a versão com M2 Max sai por R$ 23 mil.

O macPro torre com M2 Ultra custa R$ 75 mil e o macPro rack com o mesmo chip R$ 80 mil.

Apple apresenta o iOS 17 com mudanças discretas

Para o sistema operacional do iPhone, a empresa apresentou o iOS 17, afirmando que as maiores mudanças serão em apps nativos da empresa: telefone, mensagem e Facetime. A Apple vai permitir que usuários possam personalizar os contatos para além da foto. Agora, será possível criar uma espécie de “banner” para cada pessoa, personalizando fotos, nomes e fundo de tela.

O pôster (ou banner) permite criar perfis únicos para outros contatos na tela de bloqueio do iPhone. Ao realizar a chamada, a tela do smartphone vai trazer uma imagem única escolhida pelo dono do aparelho.

Outro recurso é a caixa postal visual: sistema vai permitir que usuários gravem mensagens em vídeo para serem acessadas depois pelo usuário, similar às caixas postais de áudio que ocorrem na telefonia há décadas.

No Facetime, usuários poderão mandar mensagens de vídeo gravadas — como um áudio no WhatsApp — como recado para contatos.

Tim Cook abre o evento da Apple nesta segunda Foto: Loren Elliott/Reuters

Transcrição de áudio em mensagens de voz vai ficar disponível no aplicativo de Mensagens. Não há informações se o recurso vai ser lançado para o português. As informações nas mensagens também vão ser protegidas com criptografia de ponta a ponta.

No recurso Airdrop, além de ser possível importar fotos para outro aparelho Apple, agora também é possível compartilhar contatos com a nova ferramenta chamada “NameDrop”.

Já o Autocorrect turbina o recurso de correção de texto no teclado, usando inteligência artificial para entender com mais eficácia o que o usuário está digitando. O objetivo é que o iOS 17 consiga poupar tempo na comunicação, prevendo o que vai ser dito - parece o recurso usado há alguns anos pelo Gmail.

O Journal é o novo aplicativo revelado pela Apple. Exclusivo do iOS 17, permite que os usuários mantenham um diário pessoal sobre o que estão ouvindo, assistindo e sentindo. Nativo no sistema, o app vai concorrer com outros nomes de peso do setor de saúde mental, como Day One.

Além disso, o mapa poderá ser usado offline, o app de Fotos vai reconhecer gatos e cães. E o comando “E aí, Siri” torna-se “Siri”.

iOS 17 teve mudanças discretas  Foto: Apple/Reprodução

Casa conectada da Apple

Com o iOS 17, vai ser possível integrar o iPhone a um sistema de casa conectada, a partir de uma base magnética para apoiar o aparelho. Chamada StandBy, a ferramenta funciona quando o celular estiver bloqueado e inclinado na horizontal, a nova interface vai mostrar informações como hora, clima e compromissos marcados no calendário — semelhante ao que uma caixinha conectada Echo, da Amazon, faz hoje.

iPadOS 17 também não empolga

Um ano depois do iPhone, o iPad ganha os widgets anunciados no iOS 16. Sem muita novidade, o recurso funciona da mesma forma do que no smartphone. A tela de bloqueio vai ser personalizável, semelhante a do iPhone, na atualização apresentada com o iOS 16.

Pela primeira vez, o tablet da Apple vai ganhar o aplicativo Saúde, anunciado em 2017 no iPhone. O iPad vai reunir as informações do usuário, que incluem peso, passos e outras informações médicas coletadas de outros aplicativos.

MacOS completa a trinca de mudanças minúsculas em software

O nome do novo sistema operacional dos computadores da Apple é macOS Sonoma, mantendo a tradição de receber nomes de regiões da Califórnia. Entre as novidades, o sistema traz novos widgets, que podem ser colocados na Mesa do sistema. O recurso funciona de maneira similar ao iPhone, com customizações próprias para cada aplicativo.

Os widgets do Mac e do iPhone poderão ser conectados, para funcionarem simultaneamente. Assim, será possível controlar ou acionar um app tanto do computador quanto do celular.

Aumentando a aposta em games, a Apple criou um “Modo Jogo” para os computadores, onde é possível aumentar a capacidade de processamento da máquina e traz menor latência com controles de terceiros (como o DualSense, do PlayStation 5, ou do XBox).

Além disso, o estúdio japonês Kojima anunciou uma versão do jogo Death Stranding para Mac, tornando-se a primeira vez que o game, exclusivo para PlayStation 4 e lançado em 2019, chega para aparelhos da Apple. Recentemente, o título foi adaptado para PCs.

Novidade para o AirPod

A Apple está trazendo para seus AirPods a configuração “Adaptive Audio”, que permite que os fones de ouvido combinem configurações de redução de ruído com o ambiente. Assim, os fones podem identificar qual a necessidade de som em tempo real, para adaptar automaticamente os níveis de isolamento do áudio — percebendo, por exemplo, se o usuário está em ligação, em um ambiente barulhento ou se precisa diminuir o cancelamento de ruído para ouvir outra pessoa, por exemplo.

watchOS 10 ganha banho de loja

O sistema operacional do Apple Watch, o watchOS 10 ganhou uma reformulação. A Digital Crown, botão em formato de coroa na lateral do relógio, vai ganhar novas funções. Ao girar o botão, será possível navegar nos widgets do relógio e acessar aplicativos sem precisar entrar na biblioteca. Na prática, o usuário poderá ver timers, calendários, temperatura e outras informações.

Os aplicativos nativos do watchOS também foram redesenhados, aproveitando melhor o espaço da tela e com ícones maiores. Assim, eles comportam mais informações, como no aplicativo de previsão do tempo, por exemplo.

watchOS teve mudanças  Foto: Apple/Reprodução

Duas novas Watchfaces também serão adicionadas à biblioteca de “mostradores” do relógio da empresa. Uma interativa do personagem dos quadrinhos Snoop, e outra baseada na mudança de cores. A Apple ainda não deve abrir seu sistema para que desenvolvedores possam construir suas próprias watchfaces para o relógio.

O Apple Watch vai realizar uma análise de tempo de exposição em ambientes ao ar livre, encorajando os usuários a abandonar as telas. Também vai avisar quando o usuário está muito perto da tela do iPhone e do iPad. Segundo a Apple, essas medidas podem retardar casos de problemas de visão em crianças, como miopia.

Depois de anos de pesquisas e rumores, a Apple finalmente revelou seus óculos de realidade virtual, batizados de Vision Pro. O anúncio foi feito na Worldwide Developers Conference (WWDC), um dos principais eventos da companhia no ano, que acontece nesta segunda-feira, 5, na sede da empresa na Califórnia, EUA.

A conferência, tradicionalmente, apresenta os próximos sistemas operacionais que irão abastecer o iPhone, iPad, Mac e outros produtos da empresa. Neste ano, porém, a grande estrela do evento não foi um software, mas sim um hardware altamente sofisticado, que a Apple espera que repita a trajetória de produtos como o iPhone e o Apple Watch. O Vision Pro custará a partir de US$ 3,5 mil e chegará às lojas dos EUA no começo de 2024 - não há informações sobre o Brasil.

Tim Cook, CEO da gigante, disse que se trata do primeiro produto em que você “olha através”, e não “para”. “Com o Vision Pro, você não está mais limitado a uma tela”, declarou Cook no evento, ignorando outros produtos do tipo, como o Meta Quest, da Meta, o HoloLens, da Microsoft, e o PSVR 2, da Sony. Reveja a apresentação.

Vision Pro é o novo óculos de realidade virtual da Apple  Foto: Apple/Reprodução

Na demonstração, o Vision Pro é controlado pelos olhos, mãos e voz do usuário. Uma série de aplicativos nativos do sistema podem ser acessados pelos óculos, como fotos, mensagens e outros apps. Os gestos com a mão vão ser acionados via Apple Watch, que irá identificar o movimento dos dedos para cada clique.

Além disso, os óculos trazem um botão para regular a “imersão” no aparelho, onde é possível controlar o quanto de luz natural pode entrar nos óculos do usuário.

Com o recurso EyeSight, a Apple afirma que será possível ver os olhos do usuário ou, ainda, apontar caso o usuário esteja totalmente imerso no aparelho. O Vision Pro vai permitir que o usuário tenha vários aplicativos abertos no ambiente virtual, ao mesmo tempo em que é possível observar o mundo real. Segundo a Apple, a ideia é que o usuário se mantenha presente, e nunca totalmente imerso, como ocorre com outros aparelhos do tipo.

No exemplo, a Apple afirma que o aplicativo de videoconferência FaceTime vai ter uso dimensional: cada pessoa ficará localizada em um canto do ambiente virtual, e não amontoados em uma tela – como ocorre hoje.

Detalhe do Vision Pro, óculos de realidade virtual da Apple  Foto: Apple/Reprodução

O Vision Pro vai permitir que o usuário assista a filmes e séries de televisão “em qualquer lugar”, diz a Apple. Parece uma tentativa de brigar no mercado de TVs, mas também é uma promessa comum de óculos do tipo. O Vision Pro também vai permitir que os usuários possam assistir conteúdos em 3D, o que abre a possibilidade para universos imersivos.

Especialistas, porém, estimam que o volume de vendas deve ser baixo inicialmente. Dan Ives, da consultoria americana Wedbush Securities, estima que a venda inicial deve ser de 150 mil unidades no mundo.

Detalhes técnicos e design do Vision Pro

Evento Apple 2023 Foto: Apple/Reprodução

O painel do aparelho é de micro Oled e tem 23 milhões de pixels, mais do que uma TV 4K por olho. Ele é carregado de sensores, como um scanner de profundidade (LiDAR) e leva o chip M2. Além disso, ele tem um chip dedicado para processar todos os inputs do equipamento. O processador R1, criado para os óculos especialmente processa o material de 12 câmeras, 5 sensores e 6 microfones.

Para as chamadas de vídeo, o aparelho vai criar uma espécie de persona digital para aparecer nas ligações “Usando nossas técnicas de aprendizado de máquina mais avançadas, o sistema usa uma rede codificadora avançada para criar uma persona digital”. Aplicativos como Zoom e Teams, da Microsoft, vão ser compatíveis com a “persona digital” construída pelo cóculos em chamadas de vídeo.

Ele também ganhou um sistema operacional dedicado, o VisionOS.

Vision Pro em apresentação da Apple Foto: Apple/Reprodução

Na demonstração, aplicativos vão poder reproduzir objetos em tamanho real no ambiente por onde o usuário estiver interagindo, como órgãos do corpo humano, automóveis de corrida e cabines de DJ – com possibilidade de interação em cada item.

O grande tabu de aparelhos desse tipo, a autonomia da bateria, foi pouco explorado na apresentação. Segundo a companhia, ele funciona por apenas duas horas fora da tomada.

Segurança

Em segurança, a Apple revelou o Optical ID, que usa a retina do usuário para desbloquear a tela do aparelho. A Apple garante que a tecnologia deve diferenciar os olhos mesmo de pessoas gêmeas. Além disso, a companhia diz que terceiros não poderão ver no reflexo da tela dos óculos o que é visto pelo usuário, garantindo privacidade na navegação.

Novos sensores do Vision Pro  Foto: Apple/Reprodução

MacBook Air de 15 polegadas

A apresentação, porém, começou com Tim Cook relembrando que, neste ano, a Apple comemora o 15º aniversário da App Store, que permitiu que desenvolvedores terceiros publicassem aplicativos na loja do iPhone e iPad. No lançamento do iPhone, em 2007, o smartphone trazia apenas apps criados pela companhia, algo que só mudou com a chegada da App Store em 2008.

Os primeiros anúncios envolveram o Mac, que ganhou uma versão de 15,3 polegadas do MacBook Air, primeira vez que o laptop de entrada da marca ganha uma tela deste tamanho. No ano passado, ele surgiu na versão 13,6 polegadas.

Com 11 milímetros de grossura, o dispositivo traz o mesmo design atualizado do MacBook Air apresentado em 2022 e processador M2, desenhado pela própria empresa. O aparelho promete bateria de até 18 horas e será lançado na próxima semana. Custará a partir de US$ 1,3 mil nos EUA. No Brasil, custará entre R$ 14,9 mil e R$ 26,9 mil.

Plateia na Califórnia acompanha lançamento do Macbook Air de 15 polegadas Foto: Loren Elliott/Reuters

M2 Ultra: conheça o novo chip ‘monstro’ da Apple

A Apple também anunciou uma versão ainda mais poderosa de seus processadores: o M2 Ultra. O chip tem 24 núcleos, 192GB de memória unificada e uma GPU de 76 núcleos. O processador já vai ser incluído no Mac Studio, CPU portátil da Apple e dedicado a profissionais que trabalham com vídeo e áudio.

O M2 Ultra promete ser 30% mais rápido que o M1 Ultra (de 2022). Esse chip vai ser utilizado no Mac Studio, que vai ganhar processamento de vídeo até 50% mais rápido, segundo a companhia. O Mac Studio também ganhou uma versão com o chip M2 Max, processador também apresentado nesta segunda.

O Mac Studio vai custar a partir de US$ 2 mil com o M2 Ultra Max e o Mac Pro com o M2 Ultra vai custar a partir de US$ 7 mil. Eles chegam a lojas dos EUA na semana que vem. No Brasil, o MacStudio com M2 Ultra sai por R$ 46 mil, enquanto a versão com M2 Max sai por R$ 23 mil.

O macPro torre com M2 Ultra custa R$ 75 mil e o macPro rack com o mesmo chip R$ 80 mil.

Apple apresenta o iOS 17 com mudanças discretas

Para o sistema operacional do iPhone, a empresa apresentou o iOS 17, afirmando que as maiores mudanças serão em apps nativos da empresa: telefone, mensagem e Facetime. A Apple vai permitir que usuários possam personalizar os contatos para além da foto. Agora, será possível criar uma espécie de “banner” para cada pessoa, personalizando fotos, nomes e fundo de tela.

O pôster (ou banner) permite criar perfis únicos para outros contatos na tela de bloqueio do iPhone. Ao realizar a chamada, a tela do smartphone vai trazer uma imagem única escolhida pelo dono do aparelho.

Outro recurso é a caixa postal visual: sistema vai permitir que usuários gravem mensagens em vídeo para serem acessadas depois pelo usuário, similar às caixas postais de áudio que ocorrem na telefonia há décadas.

No Facetime, usuários poderão mandar mensagens de vídeo gravadas — como um áudio no WhatsApp — como recado para contatos.

Tim Cook abre o evento da Apple nesta segunda Foto: Loren Elliott/Reuters

Transcrição de áudio em mensagens de voz vai ficar disponível no aplicativo de Mensagens. Não há informações se o recurso vai ser lançado para o português. As informações nas mensagens também vão ser protegidas com criptografia de ponta a ponta.

No recurso Airdrop, além de ser possível importar fotos para outro aparelho Apple, agora também é possível compartilhar contatos com a nova ferramenta chamada “NameDrop”.

Já o Autocorrect turbina o recurso de correção de texto no teclado, usando inteligência artificial para entender com mais eficácia o que o usuário está digitando. O objetivo é que o iOS 17 consiga poupar tempo na comunicação, prevendo o que vai ser dito - parece o recurso usado há alguns anos pelo Gmail.

O Journal é o novo aplicativo revelado pela Apple. Exclusivo do iOS 17, permite que os usuários mantenham um diário pessoal sobre o que estão ouvindo, assistindo e sentindo. Nativo no sistema, o app vai concorrer com outros nomes de peso do setor de saúde mental, como Day One.

Além disso, o mapa poderá ser usado offline, o app de Fotos vai reconhecer gatos e cães. E o comando “E aí, Siri” torna-se “Siri”.

iOS 17 teve mudanças discretas  Foto: Apple/Reprodução

Casa conectada da Apple

Com o iOS 17, vai ser possível integrar o iPhone a um sistema de casa conectada, a partir de uma base magnética para apoiar o aparelho. Chamada StandBy, a ferramenta funciona quando o celular estiver bloqueado e inclinado na horizontal, a nova interface vai mostrar informações como hora, clima e compromissos marcados no calendário — semelhante ao que uma caixinha conectada Echo, da Amazon, faz hoje.

iPadOS 17 também não empolga

Um ano depois do iPhone, o iPad ganha os widgets anunciados no iOS 16. Sem muita novidade, o recurso funciona da mesma forma do que no smartphone. A tela de bloqueio vai ser personalizável, semelhante a do iPhone, na atualização apresentada com o iOS 16.

Pela primeira vez, o tablet da Apple vai ganhar o aplicativo Saúde, anunciado em 2017 no iPhone. O iPad vai reunir as informações do usuário, que incluem peso, passos e outras informações médicas coletadas de outros aplicativos.

MacOS completa a trinca de mudanças minúsculas em software

O nome do novo sistema operacional dos computadores da Apple é macOS Sonoma, mantendo a tradição de receber nomes de regiões da Califórnia. Entre as novidades, o sistema traz novos widgets, que podem ser colocados na Mesa do sistema. O recurso funciona de maneira similar ao iPhone, com customizações próprias para cada aplicativo.

Os widgets do Mac e do iPhone poderão ser conectados, para funcionarem simultaneamente. Assim, será possível controlar ou acionar um app tanto do computador quanto do celular.

Aumentando a aposta em games, a Apple criou um “Modo Jogo” para os computadores, onde é possível aumentar a capacidade de processamento da máquina e traz menor latência com controles de terceiros (como o DualSense, do PlayStation 5, ou do XBox).

Além disso, o estúdio japonês Kojima anunciou uma versão do jogo Death Stranding para Mac, tornando-se a primeira vez que o game, exclusivo para PlayStation 4 e lançado em 2019, chega para aparelhos da Apple. Recentemente, o título foi adaptado para PCs.

Novidade para o AirPod

A Apple está trazendo para seus AirPods a configuração “Adaptive Audio”, que permite que os fones de ouvido combinem configurações de redução de ruído com o ambiente. Assim, os fones podem identificar qual a necessidade de som em tempo real, para adaptar automaticamente os níveis de isolamento do áudio — percebendo, por exemplo, se o usuário está em ligação, em um ambiente barulhento ou se precisa diminuir o cancelamento de ruído para ouvir outra pessoa, por exemplo.

watchOS 10 ganha banho de loja

O sistema operacional do Apple Watch, o watchOS 10 ganhou uma reformulação. A Digital Crown, botão em formato de coroa na lateral do relógio, vai ganhar novas funções. Ao girar o botão, será possível navegar nos widgets do relógio e acessar aplicativos sem precisar entrar na biblioteca. Na prática, o usuário poderá ver timers, calendários, temperatura e outras informações.

Os aplicativos nativos do watchOS também foram redesenhados, aproveitando melhor o espaço da tela e com ícones maiores. Assim, eles comportam mais informações, como no aplicativo de previsão do tempo, por exemplo.

watchOS teve mudanças  Foto: Apple/Reprodução

Duas novas Watchfaces também serão adicionadas à biblioteca de “mostradores” do relógio da empresa. Uma interativa do personagem dos quadrinhos Snoop, e outra baseada na mudança de cores. A Apple ainda não deve abrir seu sistema para que desenvolvedores possam construir suas próprias watchfaces para o relógio.

O Apple Watch vai realizar uma análise de tempo de exposição em ambientes ao ar livre, encorajando os usuários a abandonar as telas. Também vai avisar quando o usuário está muito perto da tela do iPhone e do iPad. Segundo a Apple, essas medidas podem retardar casos de problemas de visão em crianças, como miopia.

Depois de anos de pesquisas e rumores, a Apple finalmente revelou seus óculos de realidade virtual, batizados de Vision Pro. O anúncio foi feito na Worldwide Developers Conference (WWDC), um dos principais eventos da companhia no ano, que acontece nesta segunda-feira, 5, na sede da empresa na Califórnia, EUA.

A conferência, tradicionalmente, apresenta os próximos sistemas operacionais que irão abastecer o iPhone, iPad, Mac e outros produtos da empresa. Neste ano, porém, a grande estrela do evento não foi um software, mas sim um hardware altamente sofisticado, que a Apple espera que repita a trajetória de produtos como o iPhone e o Apple Watch. O Vision Pro custará a partir de US$ 3,5 mil e chegará às lojas dos EUA no começo de 2024 - não há informações sobre o Brasil.

Tim Cook, CEO da gigante, disse que se trata do primeiro produto em que você “olha através”, e não “para”. “Com o Vision Pro, você não está mais limitado a uma tela”, declarou Cook no evento, ignorando outros produtos do tipo, como o Meta Quest, da Meta, o HoloLens, da Microsoft, e o PSVR 2, da Sony. Reveja a apresentação.

Vision Pro é o novo óculos de realidade virtual da Apple  Foto: Apple/Reprodução

Na demonstração, o Vision Pro é controlado pelos olhos, mãos e voz do usuário. Uma série de aplicativos nativos do sistema podem ser acessados pelos óculos, como fotos, mensagens e outros apps. Os gestos com a mão vão ser acionados via Apple Watch, que irá identificar o movimento dos dedos para cada clique.

Além disso, os óculos trazem um botão para regular a “imersão” no aparelho, onde é possível controlar o quanto de luz natural pode entrar nos óculos do usuário.

Com o recurso EyeSight, a Apple afirma que será possível ver os olhos do usuário ou, ainda, apontar caso o usuário esteja totalmente imerso no aparelho. O Vision Pro vai permitir que o usuário tenha vários aplicativos abertos no ambiente virtual, ao mesmo tempo em que é possível observar o mundo real. Segundo a Apple, a ideia é que o usuário se mantenha presente, e nunca totalmente imerso, como ocorre com outros aparelhos do tipo.

No exemplo, a Apple afirma que o aplicativo de videoconferência FaceTime vai ter uso dimensional: cada pessoa ficará localizada em um canto do ambiente virtual, e não amontoados em uma tela – como ocorre hoje.

Detalhe do Vision Pro, óculos de realidade virtual da Apple  Foto: Apple/Reprodução

O Vision Pro vai permitir que o usuário assista a filmes e séries de televisão “em qualquer lugar”, diz a Apple. Parece uma tentativa de brigar no mercado de TVs, mas também é uma promessa comum de óculos do tipo. O Vision Pro também vai permitir que os usuários possam assistir conteúdos em 3D, o que abre a possibilidade para universos imersivos.

Especialistas, porém, estimam que o volume de vendas deve ser baixo inicialmente. Dan Ives, da consultoria americana Wedbush Securities, estima que a venda inicial deve ser de 150 mil unidades no mundo.

Detalhes técnicos e design do Vision Pro

Evento Apple 2023 Foto: Apple/Reprodução

O painel do aparelho é de micro Oled e tem 23 milhões de pixels, mais do que uma TV 4K por olho. Ele é carregado de sensores, como um scanner de profundidade (LiDAR) e leva o chip M2. Além disso, ele tem um chip dedicado para processar todos os inputs do equipamento. O processador R1, criado para os óculos especialmente processa o material de 12 câmeras, 5 sensores e 6 microfones.

Para as chamadas de vídeo, o aparelho vai criar uma espécie de persona digital para aparecer nas ligações “Usando nossas técnicas de aprendizado de máquina mais avançadas, o sistema usa uma rede codificadora avançada para criar uma persona digital”. Aplicativos como Zoom e Teams, da Microsoft, vão ser compatíveis com a “persona digital” construída pelo cóculos em chamadas de vídeo.

Ele também ganhou um sistema operacional dedicado, o VisionOS.

Vision Pro em apresentação da Apple Foto: Apple/Reprodução

Na demonstração, aplicativos vão poder reproduzir objetos em tamanho real no ambiente por onde o usuário estiver interagindo, como órgãos do corpo humano, automóveis de corrida e cabines de DJ – com possibilidade de interação em cada item.

O grande tabu de aparelhos desse tipo, a autonomia da bateria, foi pouco explorado na apresentação. Segundo a companhia, ele funciona por apenas duas horas fora da tomada.

Segurança

Em segurança, a Apple revelou o Optical ID, que usa a retina do usuário para desbloquear a tela do aparelho. A Apple garante que a tecnologia deve diferenciar os olhos mesmo de pessoas gêmeas. Além disso, a companhia diz que terceiros não poderão ver no reflexo da tela dos óculos o que é visto pelo usuário, garantindo privacidade na navegação.

Novos sensores do Vision Pro  Foto: Apple/Reprodução

MacBook Air de 15 polegadas

A apresentação, porém, começou com Tim Cook relembrando que, neste ano, a Apple comemora o 15º aniversário da App Store, que permitiu que desenvolvedores terceiros publicassem aplicativos na loja do iPhone e iPad. No lançamento do iPhone, em 2007, o smartphone trazia apenas apps criados pela companhia, algo que só mudou com a chegada da App Store em 2008.

Os primeiros anúncios envolveram o Mac, que ganhou uma versão de 15,3 polegadas do MacBook Air, primeira vez que o laptop de entrada da marca ganha uma tela deste tamanho. No ano passado, ele surgiu na versão 13,6 polegadas.

Com 11 milímetros de grossura, o dispositivo traz o mesmo design atualizado do MacBook Air apresentado em 2022 e processador M2, desenhado pela própria empresa. O aparelho promete bateria de até 18 horas e será lançado na próxima semana. Custará a partir de US$ 1,3 mil nos EUA. No Brasil, custará entre R$ 14,9 mil e R$ 26,9 mil.

Plateia na Califórnia acompanha lançamento do Macbook Air de 15 polegadas Foto: Loren Elliott/Reuters

M2 Ultra: conheça o novo chip ‘monstro’ da Apple

A Apple também anunciou uma versão ainda mais poderosa de seus processadores: o M2 Ultra. O chip tem 24 núcleos, 192GB de memória unificada e uma GPU de 76 núcleos. O processador já vai ser incluído no Mac Studio, CPU portátil da Apple e dedicado a profissionais que trabalham com vídeo e áudio.

O M2 Ultra promete ser 30% mais rápido que o M1 Ultra (de 2022). Esse chip vai ser utilizado no Mac Studio, que vai ganhar processamento de vídeo até 50% mais rápido, segundo a companhia. O Mac Studio também ganhou uma versão com o chip M2 Max, processador também apresentado nesta segunda.

O Mac Studio vai custar a partir de US$ 2 mil com o M2 Ultra Max e o Mac Pro com o M2 Ultra vai custar a partir de US$ 7 mil. Eles chegam a lojas dos EUA na semana que vem. No Brasil, o MacStudio com M2 Ultra sai por R$ 46 mil, enquanto a versão com M2 Max sai por R$ 23 mil.

O macPro torre com M2 Ultra custa R$ 75 mil e o macPro rack com o mesmo chip R$ 80 mil.

Apple apresenta o iOS 17 com mudanças discretas

Para o sistema operacional do iPhone, a empresa apresentou o iOS 17, afirmando que as maiores mudanças serão em apps nativos da empresa: telefone, mensagem e Facetime. A Apple vai permitir que usuários possam personalizar os contatos para além da foto. Agora, será possível criar uma espécie de “banner” para cada pessoa, personalizando fotos, nomes e fundo de tela.

O pôster (ou banner) permite criar perfis únicos para outros contatos na tela de bloqueio do iPhone. Ao realizar a chamada, a tela do smartphone vai trazer uma imagem única escolhida pelo dono do aparelho.

Outro recurso é a caixa postal visual: sistema vai permitir que usuários gravem mensagens em vídeo para serem acessadas depois pelo usuário, similar às caixas postais de áudio que ocorrem na telefonia há décadas.

No Facetime, usuários poderão mandar mensagens de vídeo gravadas — como um áudio no WhatsApp — como recado para contatos.

Tim Cook abre o evento da Apple nesta segunda Foto: Loren Elliott/Reuters

Transcrição de áudio em mensagens de voz vai ficar disponível no aplicativo de Mensagens. Não há informações se o recurso vai ser lançado para o português. As informações nas mensagens também vão ser protegidas com criptografia de ponta a ponta.

No recurso Airdrop, além de ser possível importar fotos para outro aparelho Apple, agora também é possível compartilhar contatos com a nova ferramenta chamada “NameDrop”.

Já o Autocorrect turbina o recurso de correção de texto no teclado, usando inteligência artificial para entender com mais eficácia o que o usuário está digitando. O objetivo é que o iOS 17 consiga poupar tempo na comunicação, prevendo o que vai ser dito - parece o recurso usado há alguns anos pelo Gmail.

O Journal é o novo aplicativo revelado pela Apple. Exclusivo do iOS 17, permite que os usuários mantenham um diário pessoal sobre o que estão ouvindo, assistindo e sentindo. Nativo no sistema, o app vai concorrer com outros nomes de peso do setor de saúde mental, como Day One.

Além disso, o mapa poderá ser usado offline, o app de Fotos vai reconhecer gatos e cães. E o comando “E aí, Siri” torna-se “Siri”.

iOS 17 teve mudanças discretas  Foto: Apple/Reprodução

Casa conectada da Apple

Com o iOS 17, vai ser possível integrar o iPhone a um sistema de casa conectada, a partir de uma base magnética para apoiar o aparelho. Chamada StandBy, a ferramenta funciona quando o celular estiver bloqueado e inclinado na horizontal, a nova interface vai mostrar informações como hora, clima e compromissos marcados no calendário — semelhante ao que uma caixinha conectada Echo, da Amazon, faz hoje.

iPadOS 17 também não empolga

Um ano depois do iPhone, o iPad ganha os widgets anunciados no iOS 16. Sem muita novidade, o recurso funciona da mesma forma do que no smartphone. A tela de bloqueio vai ser personalizável, semelhante a do iPhone, na atualização apresentada com o iOS 16.

Pela primeira vez, o tablet da Apple vai ganhar o aplicativo Saúde, anunciado em 2017 no iPhone. O iPad vai reunir as informações do usuário, que incluem peso, passos e outras informações médicas coletadas de outros aplicativos.

MacOS completa a trinca de mudanças minúsculas em software

O nome do novo sistema operacional dos computadores da Apple é macOS Sonoma, mantendo a tradição de receber nomes de regiões da Califórnia. Entre as novidades, o sistema traz novos widgets, que podem ser colocados na Mesa do sistema. O recurso funciona de maneira similar ao iPhone, com customizações próprias para cada aplicativo.

Os widgets do Mac e do iPhone poderão ser conectados, para funcionarem simultaneamente. Assim, será possível controlar ou acionar um app tanto do computador quanto do celular.

Aumentando a aposta em games, a Apple criou um “Modo Jogo” para os computadores, onde é possível aumentar a capacidade de processamento da máquina e traz menor latência com controles de terceiros (como o DualSense, do PlayStation 5, ou do XBox).

Além disso, o estúdio japonês Kojima anunciou uma versão do jogo Death Stranding para Mac, tornando-se a primeira vez que o game, exclusivo para PlayStation 4 e lançado em 2019, chega para aparelhos da Apple. Recentemente, o título foi adaptado para PCs.

Novidade para o AirPod

A Apple está trazendo para seus AirPods a configuração “Adaptive Audio”, que permite que os fones de ouvido combinem configurações de redução de ruído com o ambiente. Assim, os fones podem identificar qual a necessidade de som em tempo real, para adaptar automaticamente os níveis de isolamento do áudio — percebendo, por exemplo, se o usuário está em ligação, em um ambiente barulhento ou se precisa diminuir o cancelamento de ruído para ouvir outra pessoa, por exemplo.

watchOS 10 ganha banho de loja

O sistema operacional do Apple Watch, o watchOS 10 ganhou uma reformulação. A Digital Crown, botão em formato de coroa na lateral do relógio, vai ganhar novas funções. Ao girar o botão, será possível navegar nos widgets do relógio e acessar aplicativos sem precisar entrar na biblioteca. Na prática, o usuário poderá ver timers, calendários, temperatura e outras informações.

Os aplicativos nativos do watchOS também foram redesenhados, aproveitando melhor o espaço da tela e com ícones maiores. Assim, eles comportam mais informações, como no aplicativo de previsão do tempo, por exemplo.

watchOS teve mudanças  Foto: Apple/Reprodução

Duas novas Watchfaces também serão adicionadas à biblioteca de “mostradores” do relógio da empresa. Uma interativa do personagem dos quadrinhos Snoop, e outra baseada na mudança de cores. A Apple ainda não deve abrir seu sistema para que desenvolvedores possam construir suas próprias watchfaces para o relógio.

O Apple Watch vai realizar uma análise de tempo de exposição em ambientes ao ar livre, encorajando os usuários a abandonar as telas. Também vai avisar quando o usuário está muito perto da tela do iPhone e do iPad. Segundo a Apple, essas medidas podem retardar casos de problemas de visão em crianças, como miopia.

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