GPT-3 vs GPT-4: quais as diferenças entre as duas gerações de inteligência artificial


OpenAI lançou nova versão do cérebro que abastece o ChatGPT

Por Alice Labate

A OpenAI, startup de inteligência artificial (IA), lançou, na terça-feira, 14, a mais recente atualização do seu modelo de IA, o GPT-4. Assim como nas gerações anteriores, o modelo é especialista na geração de textos será acoplado ao ChatGPT, chatbot que fez sucesso por ser capaz de criar textos a partir de comandos enviados por usuários.

Antes do lançamento do GPT-4, o ChatGPT usava uma versão melhorada do GPT-3. Agora, porém, o chatbot vai oferecer acesso ao novo modelo por meio de sua versão paga, o ChatGPT Plus. Embora testes ainda indicarão a capacidade e todas as possibilidades da nova IA, a OpenAI já revelou algumas diferenças entre o GPT-3 e o GPT-4. Veja abaixo.

Rei da múltipla escolha

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Como método de treinamento e de teste, a OpenAI colocou o GPT-3 e o GPT-4 para responderem o benchmark MMLU, que é um conjunto de 14 mil questões de múltipla escolha que abrangem 57 assuntos. No idioma inglês, que é o mais desenvolvido entre as duas versões, o GPT-4 mostrou um desempenho de 85,5% do teste, enquanto o GPT-3 mostrou desempenho de 70,1%.

GPT-4 demonstrou mais eficiência do que o GPT-3 no teste de língua inglesa Foto: OpenAI/Reprodução

Além disso, a empresa também avaliou o desempenho das IAs ao responder exames criados para humanos, em diferentes assuntos e o GPT-4 se mostrou mais eficiente que o GPT-3. No SAT, exame similar ao Enem nos EUA, o GPT-4 teve performance na casa de 90%, enquanto o GPT-3 supera 85%.

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No exame AP Macroecnomics, que serve para medir o aproveitamento de estudantes do ensino médio em economia, o GPT-4 teve aproveitamento de 100%, enquanto o GPT-3 fica em torno de 30%. Veja todos os exames abaixo.

GPT-4 obteve melhores resultados nas avaliações do que o GPT-3 Foto: OpenAI/Reprodução

GPT-4 gera textos em mais línguas

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O GPT-3 já conseguia entender vários idiomas, mas não com tanta precisão como com o inglês (apesar de ser capaz de gerar textos em mais de 100 línguas). Agora o GPT-4 pode compreender com precisão até 26 idiomas. Essa habilidade ainda não está totalmente desenvolvida, mas os resultados, segundo a OpenAI, são promissores.

GPT-4 é mais difícil de enganar

Na versão anterior da inteligência artificial, os usuários podim facilmente “enganar” a IA no ChatGPT, enviando comandos que a convencessem de que ela estaria errada ou até que seria uma tecnologia ruim.

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Para evitar esse tipo de ocorrência, o GPT-4 foi treinado com vários comandos maliciosos enviados pelos usuários nos últimos dois anos, o que garante a proteção das respostas do sistema e dificultando a coação de alguns usuários.

Além disso, é mais difícil fazer o GPT-4 gerar conteúdos não permitidos. O GPT-3 tinha eficiência de apenas 40% para barrar conteúdos não permitidos - com o GPT-4 essa taxa aumentou para 82%.

GPT-4 pode entender imagens

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O GPT-3 era apenas capaz de gerar e compreender textos, enquanto outra IA da OpenAI, o DALL-E 2, era a responsável por interpretar e criar imagens.

Com o GPT-4, agora, o sistema do ChatGPT pode receber imagens e processá-las para fornecer informações em texto. É possível pedir para que o chatbot descreva o que há em uma imagem, por exemplo. Ele só não consegue gerar imagens próprias.

GPT-4 tem uma memória mais longa

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Durante uma conversa com o usuário, o GPT-3 é capaz de “lembrar” de aproximadamente 8 mil palavras e manter uma discussão fluida somente até essa marca. Porém, o GPT-4 pode manter uma conversa por até 64 mil palavras.

Dessa forma, a nova versão pode realizar tarefas processando documentos e arquivos maiores que antes, sendo possível se referir a eventos e situações descritas bem anteriormente no bate-papo, que a IA vai se “lembrar”.

GPT-4 processa mais palavras que o GPT-3

Algo muito criticado dentre usuários do ChatGPT era o número de palavras que o GPT-3 era capaz de processar, que é de 3 mil. Dessa forma, arquivos maiores, não podem ser computados pelo sistema.

Com o GPT-4, esse número aumentou bastante. A inteligência artificial, agora, pode processar até 25 mil palavras, o que permite, também, que textos mais longos possam ser interpretados pelo sistema.

GPT-4 pode aderir a diferentes personalidades

Com o objetivo de adequar a IA cada vez mais às necessidades dos usuários, o GPT-4 é capaz de manter uma personalidade específica durante uma conversa. Por exemplo, caso a pessoa precise de ajuda para se preparar para uma entrevista de emprego, ela pode pedir para a IA responder como se fosse um entrevistado.

No caso no GPT-3, esses comandos já eram possíveis, mas, eram apenas sugestões de personalidades que a IA poderia adotar como “padrão”. Agora, além da IA compreender quando usar uma “personalidade” ela é capaz de quebrar a personagem rapidamente.

*Alice Labate é estagiária sob supervisão do editor Bruno Romani

A OpenAI, startup de inteligência artificial (IA), lançou, na terça-feira, 14, a mais recente atualização do seu modelo de IA, o GPT-4. Assim como nas gerações anteriores, o modelo é especialista na geração de textos será acoplado ao ChatGPT, chatbot que fez sucesso por ser capaz de criar textos a partir de comandos enviados por usuários.

Antes do lançamento do GPT-4, o ChatGPT usava uma versão melhorada do GPT-3. Agora, porém, o chatbot vai oferecer acesso ao novo modelo por meio de sua versão paga, o ChatGPT Plus. Embora testes ainda indicarão a capacidade e todas as possibilidades da nova IA, a OpenAI já revelou algumas diferenças entre o GPT-3 e o GPT-4. Veja abaixo.

Rei da múltipla escolha

Como método de treinamento e de teste, a OpenAI colocou o GPT-3 e o GPT-4 para responderem o benchmark MMLU, que é um conjunto de 14 mil questões de múltipla escolha que abrangem 57 assuntos. No idioma inglês, que é o mais desenvolvido entre as duas versões, o GPT-4 mostrou um desempenho de 85,5% do teste, enquanto o GPT-3 mostrou desempenho de 70,1%.

GPT-4 demonstrou mais eficiência do que o GPT-3 no teste de língua inglesa Foto: OpenAI/Reprodução

Além disso, a empresa também avaliou o desempenho das IAs ao responder exames criados para humanos, em diferentes assuntos e o GPT-4 se mostrou mais eficiente que o GPT-3. No SAT, exame similar ao Enem nos EUA, o GPT-4 teve performance na casa de 90%, enquanto o GPT-3 supera 85%.

No exame AP Macroecnomics, que serve para medir o aproveitamento de estudantes do ensino médio em economia, o GPT-4 teve aproveitamento de 100%, enquanto o GPT-3 fica em torno de 30%. Veja todos os exames abaixo.

GPT-4 obteve melhores resultados nas avaliações do que o GPT-3 Foto: OpenAI/Reprodução

GPT-4 gera textos em mais línguas

O GPT-3 já conseguia entender vários idiomas, mas não com tanta precisão como com o inglês (apesar de ser capaz de gerar textos em mais de 100 línguas). Agora o GPT-4 pode compreender com precisão até 26 idiomas. Essa habilidade ainda não está totalmente desenvolvida, mas os resultados, segundo a OpenAI, são promissores.

GPT-4 é mais difícil de enganar

Na versão anterior da inteligência artificial, os usuários podim facilmente “enganar” a IA no ChatGPT, enviando comandos que a convencessem de que ela estaria errada ou até que seria uma tecnologia ruim.

Para evitar esse tipo de ocorrência, o GPT-4 foi treinado com vários comandos maliciosos enviados pelos usuários nos últimos dois anos, o que garante a proteção das respostas do sistema e dificultando a coação de alguns usuários.

Além disso, é mais difícil fazer o GPT-4 gerar conteúdos não permitidos. O GPT-3 tinha eficiência de apenas 40% para barrar conteúdos não permitidos - com o GPT-4 essa taxa aumentou para 82%.

GPT-4 pode entender imagens

O GPT-3 era apenas capaz de gerar e compreender textos, enquanto outra IA da OpenAI, o DALL-E 2, era a responsável por interpretar e criar imagens.

Com o GPT-4, agora, o sistema do ChatGPT pode receber imagens e processá-las para fornecer informações em texto. É possível pedir para que o chatbot descreva o que há em uma imagem, por exemplo. Ele só não consegue gerar imagens próprias.

GPT-4 tem uma memória mais longa

Durante uma conversa com o usuário, o GPT-3 é capaz de “lembrar” de aproximadamente 8 mil palavras e manter uma discussão fluida somente até essa marca. Porém, o GPT-4 pode manter uma conversa por até 64 mil palavras.

Dessa forma, a nova versão pode realizar tarefas processando documentos e arquivos maiores que antes, sendo possível se referir a eventos e situações descritas bem anteriormente no bate-papo, que a IA vai se “lembrar”.

GPT-4 processa mais palavras que o GPT-3

Algo muito criticado dentre usuários do ChatGPT era o número de palavras que o GPT-3 era capaz de processar, que é de 3 mil. Dessa forma, arquivos maiores, não podem ser computados pelo sistema.

Com o GPT-4, esse número aumentou bastante. A inteligência artificial, agora, pode processar até 25 mil palavras, o que permite, também, que textos mais longos possam ser interpretados pelo sistema.

GPT-4 pode aderir a diferentes personalidades

Com o objetivo de adequar a IA cada vez mais às necessidades dos usuários, o GPT-4 é capaz de manter uma personalidade específica durante uma conversa. Por exemplo, caso a pessoa precise de ajuda para se preparar para uma entrevista de emprego, ela pode pedir para a IA responder como se fosse um entrevistado.

No caso no GPT-3, esses comandos já eram possíveis, mas, eram apenas sugestões de personalidades que a IA poderia adotar como “padrão”. Agora, além da IA compreender quando usar uma “personalidade” ela é capaz de quebrar a personagem rapidamente.

*Alice Labate é estagiária sob supervisão do editor Bruno Romani

A OpenAI, startup de inteligência artificial (IA), lançou, na terça-feira, 14, a mais recente atualização do seu modelo de IA, o GPT-4. Assim como nas gerações anteriores, o modelo é especialista na geração de textos será acoplado ao ChatGPT, chatbot que fez sucesso por ser capaz de criar textos a partir de comandos enviados por usuários.

Antes do lançamento do GPT-4, o ChatGPT usava uma versão melhorada do GPT-3. Agora, porém, o chatbot vai oferecer acesso ao novo modelo por meio de sua versão paga, o ChatGPT Plus. Embora testes ainda indicarão a capacidade e todas as possibilidades da nova IA, a OpenAI já revelou algumas diferenças entre o GPT-3 e o GPT-4. Veja abaixo.

Rei da múltipla escolha

Como método de treinamento e de teste, a OpenAI colocou o GPT-3 e o GPT-4 para responderem o benchmark MMLU, que é um conjunto de 14 mil questões de múltipla escolha que abrangem 57 assuntos. No idioma inglês, que é o mais desenvolvido entre as duas versões, o GPT-4 mostrou um desempenho de 85,5% do teste, enquanto o GPT-3 mostrou desempenho de 70,1%.

GPT-4 demonstrou mais eficiência do que o GPT-3 no teste de língua inglesa Foto: OpenAI/Reprodução

Além disso, a empresa também avaliou o desempenho das IAs ao responder exames criados para humanos, em diferentes assuntos e o GPT-4 se mostrou mais eficiente que o GPT-3. No SAT, exame similar ao Enem nos EUA, o GPT-4 teve performance na casa de 90%, enquanto o GPT-3 supera 85%.

No exame AP Macroecnomics, que serve para medir o aproveitamento de estudantes do ensino médio em economia, o GPT-4 teve aproveitamento de 100%, enquanto o GPT-3 fica em torno de 30%. Veja todos os exames abaixo.

GPT-4 obteve melhores resultados nas avaliações do que o GPT-3 Foto: OpenAI/Reprodução

GPT-4 gera textos em mais línguas

O GPT-3 já conseguia entender vários idiomas, mas não com tanta precisão como com o inglês (apesar de ser capaz de gerar textos em mais de 100 línguas). Agora o GPT-4 pode compreender com precisão até 26 idiomas. Essa habilidade ainda não está totalmente desenvolvida, mas os resultados, segundo a OpenAI, são promissores.

GPT-4 é mais difícil de enganar

Na versão anterior da inteligência artificial, os usuários podim facilmente “enganar” a IA no ChatGPT, enviando comandos que a convencessem de que ela estaria errada ou até que seria uma tecnologia ruim.

Para evitar esse tipo de ocorrência, o GPT-4 foi treinado com vários comandos maliciosos enviados pelos usuários nos últimos dois anos, o que garante a proteção das respostas do sistema e dificultando a coação de alguns usuários.

Além disso, é mais difícil fazer o GPT-4 gerar conteúdos não permitidos. O GPT-3 tinha eficiência de apenas 40% para barrar conteúdos não permitidos - com o GPT-4 essa taxa aumentou para 82%.

GPT-4 pode entender imagens

O GPT-3 era apenas capaz de gerar e compreender textos, enquanto outra IA da OpenAI, o DALL-E 2, era a responsável por interpretar e criar imagens.

Com o GPT-4, agora, o sistema do ChatGPT pode receber imagens e processá-las para fornecer informações em texto. É possível pedir para que o chatbot descreva o que há em uma imagem, por exemplo. Ele só não consegue gerar imagens próprias.

GPT-4 tem uma memória mais longa

Durante uma conversa com o usuário, o GPT-3 é capaz de “lembrar” de aproximadamente 8 mil palavras e manter uma discussão fluida somente até essa marca. Porém, o GPT-4 pode manter uma conversa por até 64 mil palavras.

Dessa forma, a nova versão pode realizar tarefas processando documentos e arquivos maiores que antes, sendo possível se referir a eventos e situações descritas bem anteriormente no bate-papo, que a IA vai se “lembrar”.

GPT-4 processa mais palavras que o GPT-3

Algo muito criticado dentre usuários do ChatGPT era o número de palavras que o GPT-3 era capaz de processar, que é de 3 mil. Dessa forma, arquivos maiores, não podem ser computados pelo sistema.

Com o GPT-4, esse número aumentou bastante. A inteligência artificial, agora, pode processar até 25 mil palavras, o que permite, também, que textos mais longos possam ser interpretados pelo sistema.

GPT-4 pode aderir a diferentes personalidades

Com o objetivo de adequar a IA cada vez mais às necessidades dos usuários, o GPT-4 é capaz de manter uma personalidade específica durante uma conversa. Por exemplo, caso a pessoa precise de ajuda para se preparar para uma entrevista de emprego, ela pode pedir para a IA responder como se fosse um entrevistado.

No caso no GPT-3, esses comandos já eram possíveis, mas, eram apenas sugestões de personalidades que a IA poderia adotar como “padrão”. Agora, além da IA compreender quando usar uma “personalidade” ela é capaz de quebrar a personagem rapidamente.

*Alice Labate é estagiária sob supervisão do editor Bruno Romani

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