Se seguir o calendário dos últimos anos, o próximo iPhone pode ser revelado já na próxima semana, em evento marcado pela Apple para o dia 12, às 14 horas pelo fuso horário de Brasília. E, como tem acontecido, novidades do smartphone têm sido antecipadas com bastante precisão por analistas do mercado.
Para a Apple, a expectativa é que o iPhone 15 (nome não oficial do smartphone) impulsione a receita da empresa, que vem sofrendo com desaceleração nas vendas do aparelho e com um inesperado nacionalismo chinês — recentemente, Pequim decretou um bloqueio ao iPhone, impedindo que servidores públicos utilizassem o aparelho para trabalho.
Já para o consumidor, a família do iPhone 15 pode apresentar mudanças mais que bem-vindas ao smartphone da Apple, como a entrada de USB-C. Segundo analistas, essas alterações incentivariam o que chamam de “superciclo de troca”, no qual os usuários esperam o momento correto para comprar um novo dispositivo.
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Para Dan Ives, analista da consultoria WedBush e conhecido por antecipar as novidades de Apple, esse “superciclo” pode levar a cerca de 25% da base de 1,2 bilhão de usuários da Apple a trocar de iPhone nos próximos meses. E o iPhone 15 pode ser o grande escolhido para isso.
Além disso, os analistas estimam que o novo smartphone da Apple deve ter preços mais altos em relação aos antecessores. Aqui, não há consenso, mas acredita-se que o modelo topo de linha seja em torno de US$ 100 mais caro. A alteração aconteceria por aumento de custos na produção, principalmente.
Além disso, esperam-se outras novidades no que deve ser o iPhone 15, segundo rumores da cadeia de produção do smartphone.
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Os modelos mais básicos da nova geração do iPhone devem ganhar novidades um tanto quanto velhas. Isto é, recursos apresentados no ano passado.
A Ilha Dinâmica, entalhe que abriga o leitor facial e câmera de selfie (leia mais aqui), deve ser expandida para todos os quatro modelos de iPhone deste ano. Além disso, a resolução das câmeras traseiras do iPhone 15 e iPhone 15 Plus deve subir de 12 MP para 48 MP. Até então, essas novidades eram exclusivas do iPhone 14 Pro e iPhone 14 Pro Max, lançados no ano passado.
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Outra novidade é a chegada da entrada de padrão USB-C, exigência da União Europeia para os dispositivos eletrônicos na região. Isso forçou a Apple a abandonar a entrada Lightning, apresentada no iPhone 5 (em 2012). A expectativa da UE é gerar menos lixo eletrônico e ter um padrão único.
Por fim, analistas esperam que a Apple adicione um botão de “ação” ao iPhone, localizado na lateral do aparelho. Com a ideia de ser um “botão para todo gosto”, o recurso permitiria que o usuário escolhesse uma entre dúzias de funcionalidades disponíveis: silenciar o aparelho, ligar a lanterna, abrir a câmera. Essa funcionalidade foi apresentada no Apple Watch Ultra, lançado no ano passado.
Modelos ‘Pro’ ficam ainda mais ‘pro’
A Apple vai continuar a deixar os maiores avanços em tecnologia para os celulares topo de linha da geração, batizados de “Pro” e “Pro Max”. Entre eles, a única diferença é a tela, de 6,1 polegadas e 6,7 polegadas.
Para este ano, espera-se que a carcaça lateral do aparelho seja em titânio, sendo abandonado o aço inoxidável. Além do aspecto mais refinado, o iPhone deve ficar 10% mais leve.
Ainda, os modelos iPhone 15 Pro e iPhone 15 Pro Max devem vir com um novo processador, batizado de A17 Bionic, trazendo pela primeira vez a tecnologia de 3 nanômetros. O chip deve fornecer um salto grande em eficiência energética e velocidade — ou seja, bateria deve render mais e o celular deve ficar mais rápido.
O conjunto de câmeras deve ganhar a lente periscópio, algo que celulares da concorrência (como Samsung) já possui há anos. Na prática, essa adição vai permitir fotos com zoom óptico de até 6x, salto em relação ao número de 3x do iPhone 14 Pro. Aparentemente, a novidade vai ficar restrita ao iPhone 15 Pro Max somente.
Por fim, os novos smartphones topo de linha da Apple devem ganhar mais área de tela, graças a uma nova tecnologia que “encolhe” a distância entre a tela e o aparelho. O ganho de tela pode ser de até 30%, segundo analistas.