Vai ao The Town? Fique atento com o laser dos shows na câmera do celular


Festival de música acontece nos próximos finais de semana em São Paulo e show de luzes alerta fãs

Por Bruna Arimathea
Atualização:

A gente sabe: muitas vezes é inevitável não filmar ou tirar umas fotos em baladas ou shows musicais — principalmente se a produção for caprichada, cheia de elementos luminosos. Em grandes produções, como o festival The Town, que acontece a partir deste final de semana em São Paulo, a tentação é ainda maior. Mas alguns efeitos de luzes podem danificar a câmera do seu celular — e é preciso estar atento para não sair no prejuízo.

Na última edição do Rock in Rio, em setembro do ano passado, imagens de festas postadas nas redes sociais mostraram falhas de luz e riscos nas fotos após raios laser atingirem diretamente a lente dos celulares. Isso já seria prova suficiente para tentar proteger o celular em ambientes do tipo, mas especialistas consultados pelo Estadão alertam: a câmera do seu smartphone pode queimar com lasers.

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Isso acontece porque o sensor de luminosidade dos aparelhos suportam um certo limite na captação de luz — foram projetados para situações em que a exposição é distribuída no ambiente. Assim, a concentração de luz que um laser projeta (o que é o raio que vemos nos shows) acaba sendo maior do que esses sensores podem aguentar.

“(O dano) tem relação com o tipo de exposição e o tipo de sensor da câmera. Esse laser pode causar um efeito do comprimento de onda da luz que, se exposta diretamente ao celular, pode queimar o sensor ou estragar a lente”, explica Renato Franzin, especialista da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP).

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Franzin explica que o comprimento de onda é o que faz a luz ser visível a olho nu. Alguns tipos de laser, como o do controle remoto, por exemplo, são tão fracos que não é possível ver a luz que sai do dispositivo para o aparelho de TV.

Por isso, as cores do laser podem indicar se a luz pode ou não ser prejudicial. Normalmente, os feixes de cor verde são chamados “laser de CO2″ e possuem maior intensidade e potência na hora de equipar os palcos. É essa combinação de fatores que interage com os sensores da câmera do celular.

Mas eles se tornam perigosos para os celulares apenas se o feixe estiver apontado para a câmera. Quando vemos o “risco” do laser no ar, significa que ele não está direcionado e não causa problemas. O que não pode acontecer é a exposição ao ponto de emissão da luz e por isso não é recomendado que o laser entre em contato com a plateia.

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O assunto veio à tona nas redes sociais após um show do Alok no último Rock in Rio, quando um expectador afirmou que o laser do show do DJ tinha danificado a câmera de seu celular. Após o ocorrido, Alok afirmou que o laser poderia sim queimar um celular, mas não seria o caso do jovem, pois as luzes estavam direcionadas para o céu e não para o público.

Na sequência, Alok deu um exemplo bem didático. Ele disse que caso as luzes estivessem na direção dos fãs, o prejuízo seria milionário, pois também queimaria a câmera de transmissão da TV Globo. “Então é isso aí. Fake news. Aliás, a não ser que ele estivesse na tirolesa”, completou o DJ.

Meu celular está em risco?

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Os danos podem ser diversos e podem atingir diversos tipos de sensores — os resultados mais comuns são riscos na imagem ou pixels “mortos” (ou seja pontos na foto), além da possibilidade de total perda de funcionamento.

Isso significa que diferentes fabricantes podem ser afetados pelo laser. A Sony, uma das maiores fabricantes de sensores de câmeras no mundo, publicou em 2021 um aviso para os usuários de câmeras e celulares da marca, avisando que a exposição a esse tipo de luz pode causar danos aos aparelhos.

“Não exponha a lente diretamente a feixes como raios laser. Isso pode causar danos ao sensor de imagem e causar mau funcionamento da câmera”. A empresa ainda acrescenta na recomendação que “em ambientes externos ou internos, quando há uma exibição a laser, a tendência de danos diretos ou indiretos ao sensor da câmera ainda é muito alta”.

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Ou seja, não aponte o seu celular para os lasers.

Caneta a laser

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Apesar de também ser um feixe concentrado de luz, as canetas a laser, aquelas usadas em apresentações, não causam o mesmo problema nas lentes dos celulares. Isso porque a intensidade da luz, nesse caso, não é muito alta.

“Nesse caso, a potência é relativamente pequena. Pode causar danos, mas precisa de segundos de exposição direta. Dificilmente causam dano para uma câmera de celular mesmo com algum tempo de exposição”, afirma Franzin.

Ainda assim, de acordo com Axel Foley, especialista recomendado pela Apple, é preciso observar o tempo em que a exposição pode acontecer, para evitar que o aquecimento do sensor ocorra com o laser. A fabricante do iPhone tirou dúvida sobre o tema no seu fórum de ajuda.

“Observe que a luz com alta intensidade focada em um objeto transmite radiação e criará calor que pode danificar o objeto. A luz do ponteiro laser a que você está se referindo é praticamente inofensiva para objetos quando apontada e focada por um breve período de tempo”.

Além disso, Franzin relembra que, seja qual for o tipo de laser, ele nunca deve ser direcionado para o olho humano, porque pode causar danos na córnea e na retina com poucos segundos de exposição.

A gente sabe: muitas vezes é inevitável não filmar ou tirar umas fotos em baladas ou shows musicais — principalmente se a produção for caprichada, cheia de elementos luminosos. Em grandes produções, como o festival The Town, que acontece a partir deste final de semana em São Paulo, a tentação é ainda maior. Mas alguns efeitos de luzes podem danificar a câmera do seu celular — e é preciso estar atento para não sair no prejuízo.

Na última edição do Rock in Rio, em setembro do ano passado, imagens de festas postadas nas redes sociais mostraram falhas de luz e riscos nas fotos após raios laser atingirem diretamente a lente dos celulares. Isso já seria prova suficiente para tentar proteger o celular em ambientes do tipo, mas especialistas consultados pelo Estadão alertam: a câmera do seu smartphone pode queimar com lasers.

Isso acontece porque o sensor de luminosidade dos aparelhos suportam um certo limite na captação de luz — foram projetados para situações em que a exposição é distribuída no ambiente. Assim, a concentração de luz que um laser projeta (o que é o raio que vemos nos shows) acaba sendo maior do que esses sensores podem aguentar.

“(O dano) tem relação com o tipo de exposição e o tipo de sensor da câmera. Esse laser pode causar um efeito do comprimento de onda da luz que, se exposta diretamente ao celular, pode queimar o sensor ou estragar a lente”, explica Renato Franzin, especialista da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP).

Franzin explica que o comprimento de onda é o que faz a luz ser visível a olho nu. Alguns tipos de laser, como o do controle remoto, por exemplo, são tão fracos que não é possível ver a luz que sai do dispositivo para o aparelho de TV.

Por isso, as cores do laser podem indicar se a luz pode ou não ser prejudicial. Normalmente, os feixes de cor verde são chamados “laser de CO2″ e possuem maior intensidade e potência na hora de equipar os palcos. É essa combinação de fatores que interage com os sensores da câmera do celular.

Mas eles se tornam perigosos para os celulares apenas se o feixe estiver apontado para a câmera. Quando vemos o “risco” do laser no ar, significa que ele não está direcionado e não causa problemas. O que não pode acontecer é a exposição ao ponto de emissão da luz e por isso não é recomendado que o laser entre em contato com a plateia.

O assunto veio à tona nas redes sociais após um show do Alok no último Rock in Rio, quando um expectador afirmou que o laser do show do DJ tinha danificado a câmera de seu celular. Após o ocorrido, Alok afirmou que o laser poderia sim queimar um celular, mas não seria o caso do jovem, pois as luzes estavam direcionadas para o céu e não para o público.

Na sequência, Alok deu um exemplo bem didático. Ele disse que caso as luzes estivessem na direção dos fãs, o prejuízo seria milionário, pois também queimaria a câmera de transmissão da TV Globo. “Então é isso aí. Fake news. Aliás, a não ser que ele estivesse na tirolesa”, completou o DJ.

Meu celular está em risco?

Os danos podem ser diversos e podem atingir diversos tipos de sensores — os resultados mais comuns são riscos na imagem ou pixels “mortos” (ou seja pontos na foto), além da possibilidade de total perda de funcionamento.

Isso significa que diferentes fabricantes podem ser afetados pelo laser. A Sony, uma das maiores fabricantes de sensores de câmeras no mundo, publicou em 2021 um aviso para os usuários de câmeras e celulares da marca, avisando que a exposição a esse tipo de luz pode causar danos aos aparelhos.

“Não exponha a lente diretamente a feixes como raios laser. Isso pode causar danos ao sensor de imagem e causar mau funcionamento da câmera”. A empresa ainda acrescenta na recomendação que “em ambientes externos ou internos, quando há uma exibição a laser, a tendência de danos diretos ou indiretos ao sensor da câmera ainda é muito alta”.

Ou seja, não aponte o seu celular para os lasers.

Caneta a laser

Apesar de também ser um feixe concentrado de luz, as canetas a laser, aquelas usadas em apresentações, não causam o mesmo problema nas lentes dos celulares. Isso porque a intensidade da luz, nesse caso, não é muito alta.

“Nesse caso, a potência é relativamente pequena. Pode causar danos, mas precisa de segundos de exposição direta. Dificilmente causam dano para uma câmera de celular mesmo com algum tempo de exposição”, afirma Franzin.

Ainda assim, de acordo com Axel Foley, especialista recomendado pela Apple, é preciso observar o tempo em que a exposição pode acontecer, para evitar que o aquecimento do sensor ocorra com o laser. A fabricante do iPhone tirou dúvida sobre o tema no seu fórum de ajuda.

“Observe que a luz com alta intensidade focada em um objeto transmite radiação e criará calor que pode danificar o objeto. A luz do ponteiro laser a que você está se referindo é praticamente inofensiva para objetos quando apontada e focada por um breve período de tempo”.

Além disso, Franzin relembra que, seja qual for o tipo de laser, ele nunca deve ser direcionado para o olho humano, porque pode causar danos na córnea e na retina com poucos segundos de exposição.

A gente sabe: muitas vezes é inevitável não filmar ou tirar umas fotos em baladas ou shows musicais — principalmente se a produção for caprichada, cheia de elementos luminosos. Em grandes produções, como o festival The Town, que acontece a partir deste final de semana em São Paulo, a tentação é ainda maior. Mas alguns efeitos de luzes podem danificar a câmera do seu celular — e é preciso estar atento para não sair no prejuízo.

Na última edição do Rock in Rio, em setembro do ano passado, imagens de festas postadas nas redes sociais mostraram falhas de luz e riscos nas fotos após raios laser atingirem diretamente a lente dos celulares. Isso já seria prova suficiente para tentar proteger o celular em ambientes do tipo, mas especialistas consultados pelo Estadão alertam: a câmera do seu smartphone pode queimar com lasers.

Isso acontece porque o sensor de luminosidade dos aparelhos suportam um certo limite na captação de luz — foram projetados para situações em que a exposição é distribuída no ambiente. Assim, a concentração de luz que um laser projeta (o que é o raio que vemos nos shows) acaba sendo maior do que esses sensores podem aguentar.

“(O dano) tem relação com o tipo de exposição e o tipo de sensor da câmera. Esse laser pode causar um efeito do comprimento de onda da luz que, se exposta diretamente ao celular, pode queimar o sensor ou estragar a lente”, explica Renato Franzin, especialista da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP).

Franzin explica que o comprimento de onda é o que faz a luz ser visível a olho nu. Alguns tipos de laser, como o do controle remoto, por exemplo, são tão fracos que não é possível ver a luz que sai do dispositivo para o aparelho de TV.

Por isso, as cores do laser podem indicar se a luz pode ou não ser prejudicial. Normalmente, os feixes de cor verde são chamados “laser de CO2″ e possuem maior intensidade e potência na hora de equipar os palcos. É essa combinação de fatores que interage com os sensores da câmera do celular.

Mas eles se tornam perigosos para os celulares apenas se o feixe estiver apontado para a câmera. Quando vemos o “risco” do laser no ar, significa que ele não está direcionado e não causa problemas. O que não pode acontecer é a exposição ao ponto de emissão da luz e por isso não é recomendado que o laser entre em contato com a plateia.

O assunto veio à tona nas redes sociais após um show do Alok no último Rock in Rio, quando um expectador afirmou que o laser do show do DJ tinha danificado a câmera de seu celular. Após o ocorrido, Alok afirmou que o laser poderia sim queimar um celular, mas não seria o caso do jovem, pois as luzes estavam direcionadas para o céu e não para o público.

Na sequência, Alok deu um exemplo bem didático. Ele disse que caso as luzes estivessem na direção dos fãs, o prejuízo seria milionário, pois também queimaria a câmera de transmissão da TV Globo. “Então é isso aí. Fake news. Aliás, a não ser que ele estivesse na tirolesa”, completou o DJ.

Meu celular está em risco?

Os danos podem ser diversos e podem atingir diversos tipos de sensores — os resultados mais comuns são riscos na imagem ou pixels “mortos” (ou seja pontos na foto), além da possibilidade de total perda de funcionamento.

Isso significa que diferentes fabricantes podem ser afetados pelo laser. A Sony, uma das maiores fabricantes de sensores de câmeras no mundo, publicou em 2021 um aviso para os usuários de câmeras e celulares da marca, avisando que a exposição a esse tipo de luz pode causar danos aos aparelhos.

“Não exponha a lente diretamente a feixes como raios laser. Isso pode causar danos ao sensor de imagem e causar mau funcionamento da câmera”. A empresa ainda acrescenta na recomendação que “em ambientes externos ou internos, quando há uma exibição a laser, a tendência de danos diretos ou indiretos ao sensor da câmera ainda é muito alta”.

Ou seja, não aponte o seu celular para os lasers.

Caneta a laser

Apesar de também ser um feixe concentrado de luz, as canetas a laser, aquelas usadas em apresentações, não causam o mesmo problema nas lentes dos celulares. Isso porque a intensidade da luz, nesse caso, não é muito alta.

“Nesse caso, a potência é relativamente pequena. Pode causar danos, mas precisa de segundos de exposição direta. Dificilmente causam dano para uma câmera de celular mesmo com algum tempo de exposição”, afirma Franzin.

Ainda assim, de acordo com Axel Foley, especialista recomendado pela Apple, é preciso observar o tempo em que a exposição pode acontecer, para evitar que o aquecimento do sensor ocorra com o laser. A fabricante do iPhone tirou dúvida sobre o tema no seu fórum de ajuda.

“Observe que a luz com alta intensidade focada em um objeto transmite radiação e criará calor que pode danificar o objeto. A luz do ponteiro laser a que você está se referindo é praticamente inofensiva para objetos quando apontada e focada por um breve período de tempo”.

Além disso, Franzin relembra que, seja qual for o tipo de laser, ele nunca deve ser direcionado para o olho humano, porque pode causar danos na córnea e na retina com poucos segundos de exposição.

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