IBM, União Europeia e Disney retiram anúncios do X, de Elon Musk, por preocupação com antissemitismo


Rede social perde grandes anunciantes após várias polêmicas envolvendo discursos de ódio na plataforma

Por AP

Os anunciantes estão fugindo da rede social X por conta de preocupações com a exibição de seus anúncios ao lado de conteúdo pró-nazista e discursos de ódio no site em geral, com o proprietário bilionário Elon Musk inflamando as tensões com suas próprias publicações, endossando uma teoria da conspiração antissemita.

A IBM disse esta semana que parou de anunciar no X depois de um relatório ter afirmado que seus anúncios estavam aparecendo ao lado de material que elogiava os nazistas - um novo revés para a plataforma anteriormente conhecida como Twitter, que tenta reconquistar as grandes marcas e seus dólares de anúncios, a principal fonte de receita do X.

A organização Media Matters disse em um relatório na quinta-feira, 16, que anúncios da Apple, Oracle, da rede Bravo e da Comcast (ambos da NBCUniversal) também foram colocados ao lado de material antissemita no X.

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Elon Musk tem sido duramente criticado por suas posições e por permitir a propagação de discurso de ódio no X Foto: Kirsty Wigglesworth / AP

“A IBM tem tolerância zero para discurso de ódio e discriminação e suspendemos imediatamente toda a publicidade no X enquanto investigamos essa situação totalmente inaceitável”, disse a empresa em um comunicado.

A Apple, a Oracle, a NBCUniversal e a Comcast não responderam imediatamente aos pedidos de comentários sobre seus próximos passos.

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O poder executivo da União Europeia disse separadamente na sexta-feira, 17, que está interrompendo a publicidade no X e em outras plataformas de redes sociais, em parte por causa de um aumento no discurso de ódio. No final do dia, a Disney, a Lionsgate e a Paramount Global também disseram que estavam suspendendo ou interrompendo a publicidade no X.

Musk provocou protestos esta semana com seus próprios tuítes respondendo a um usuário que acusou os judeus de odiar pessoas brancas e de professar indiferença ao antissemitismo. “Você disse a verdade”, Musk tuitou em uma resposta na quarta-feira.

Musk tem enfrentado acusações de tolerar mensagens antissemitas na plataforma desde que a adquiriu no ano passado, e o conteúdo do X tem sido cada vez mais examinado desde o início da guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas.

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“Condenamos com veemência essa promoção abominável do ódio antissemita e racista, que vai contra nossos valores fundamentais como americanos”, disse o porta-voz da Casa Branca, Andrew Bates, na sexta-feira, em resposta ao tuíte de Musk.

A CEO da X, Linda Yaccarino, disse que “o ponto de vista do X sempre foi muito claro: a discriminação por parte de todos deve ser PARADA em todos os aspectos”. “Acho que isso é algo com que todos nós podemos e devemos concordar”, ela tuitou na quinta-feira.

Linda Yaccarino, em evento com Elon Musk: a CEO do X afirma que plataforma é frontalmente contra posições racistas  Foto: Rebecca Blackwell/AP
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Yaccarino, ex-executiva da NBCUniversal, foi contratada por Musk para reconstruir os laços com os anunciantes que fugiram depois que ele assumiu o controle, preocupados com o fato de que a flexibilização das restrições de conteúdo estava permitindo que discursos odiosos e tóxicos florescessem e que isso prejudicasse suas marcas.

“Quando se trata desta plataforma, o X também tem sido extremamente clara sobre nossos esforços para combater o antissemitismo e a discriminação. Não há lugar para isso em nenhum lugar do mundo - é feio e errado. Ponto final”, disse Yaccarino.

As contas que a Media Matters encontrou postando material antissemita não serão mais monetizáveis e as postagens específicas serão rotuladas como “mídia sensível”, de acordo com uma declaração do X. Ainda assim, Musk criticou a Media Matters como “uma organização maligna”.

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Promoção de teorias

O chefe da Liga Antidifamação (ADL) também rebateu os tuítes de Musk nesta semana, no mais recente confronto entre a proeminente organização judaica de direitos civis e o empresário bilionário.

“Em um momento em que o antissemitismo está explodindo nos Estados Unidos e aumentando em todo o mundo, é indiscutivelmente perigoso usar a influência de alguém para validar e promover teorias antissemitas”, disse o CEO da ADL, Jonathan Greenblatt, no X.

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Musk também tuitou esta semana que estava “profundamente ofendido com as mensagens da ADL e de qualquer outro grupo que promova o racismo antibranco de fato, o racismo anti-asiático ou qualquer tipo de racismo”.

O grupo já havia acusado Musk de permitir que o antissemitismo e o discurso de ódio se espalhassem na plataforma e amplificassem as mensagens de neonazistas e supremacistas brancos que querem banir a ADL.

A Comissão Europeia, por sua vez, disse que está suspendendo todos os seus esforços de publicidade nas mídias sociais devido a um “aumento alarmante da desinformação e do discurso de ódio” nas plataformas nas últimas semanas.

A comissão, o braço executivo da UE com 27 países, disse que está aconselhando seus serviços a “abster-se de anunciar nesta fase em plataformas de mídia social onde tal conteúdo está presente”, acrescentando que o congelamento não afeta suas contas oficiais no X.

A UE adotou uma postura rígida com novas regras para limpar as plataformas de mídia social e, no mês passado, fez um pedido formal à X para obter informações sobre como ela lida com discurso de ódio, desinformação e conteúdo terrorista violento relacionado à guerra entre Israel e Hamas.

O X não é o único a lidar com conteúdo problemático desde o conflito. Na quinta-feira, o TikTok removeu a hashtag #lettertoamerica depois que os usuários do aplicativo publicaram vídeos simpáticos à carta de Osama bin Laden de 2002, justificando os ataques terroristas contra os americanos em 11 de setembro e criticando o apoio dos EUA a Israel.

O jornal The Guardian, que publicou a transcrição da carta que estava sendo compartilhada, retirou-a do ar e a substituiu por uma declaração que direcionava os leitores a um artigo de 2002 que, segundo ela, fornecia mais contexto.

Os vídeos atraíram a atenção de usuários do X que criticavam o TikTok, que pertence à ByteDance, sediada em Pequim. O TikTok disse que a carta não era uma tendência em sua plataforma e culpou uma publicação no X do jornalista Yashar Ali e a cobertura da mídia por atrair mais engajamento para a hashtag.

O aplicativo de vídeos curtos tem enfrentado críticas de membros do Partido Republicano, nos EUA, e de outros que dizem que a plataforma não tem protegido os usuários judeus contra assédio e tem empurrado conteúdo pró-palestino para os espectadores. O TikTok rebateu agressivamente, dizendo que está retirando conteúdo antissemita e que não manipula seu algoritmo para tomar partido.

Os anunciantes estão fugindo da rede social X por conta de preocupações com a exibição de seus anúncios ao lado de conteúdo pró-nazista e discursos de ódio no site em geral, com o proprietário bilionário Elon Musk inflamando as tensões com suas próprias publicações, endossando uma teoria da conspiração antissemita.

A IBM disse esta semana que parou de anunciar no X depois de um relatório ter afirmado que seus anúncios estavam aparecendo ao lado de material que elogiava os nazistas - um novo revés para a plataforma anteriormente conhecida como Twitter, que tenta reconquistar as grandes marcas e seus dólares de anúncios, a principal fonte de receita do X.

A organização Media Matters disse em um relatório na quinta-feira, 16, que anúncios da Apple, Oracle, da rede Bravo e da Comcast (ambos da NBCUniversal) também foram colocados ao lado de material antissemita no X.

Elon Musk tem sido duramente criticado por suas posições e por permitir a propagação de discurso de ódio no X Foto: Kirsty Wigglesworth / AP

“A IBM tem tolerância zero para discurso de ódio e discriminação e suspendemos imediatamente toda a publicidade no X enquanto investigamos essa situação totalmente inaceitável”, disse a empresa em um comunicado.

A Apple, a Oracle, a NBCUniversal e a Comcast não responderam imediatamente aos pedidos de comentários sobre seus próximos passos.

O poder executivo da União Europeia disse separadamente na sexta-feira, 17, que está interrompendo a publicidade no X e em outras plataformas de redes sociais, em parte por causa de um aumento no discurso de ódio. No final do dia, a Disney, a Lionsgate e a Paramount Global também disseram que estavam suspendendo ou interrompendo a publicidade no X.

Musk provocou protestos esta semana com seus próprios tuítes respondendo a um usuário que acusou os judeus de odiar pessoas brancas e de professar indiferença ao antissemitismo. “Você disse a verdade”, Musk tuitou em uma resposta na quarta-feira.

Musk tem enfrentado acusações de tolerar mensagens antissemitas na plataforma desde que a adquiriu no ano passado, e o conteúdo do X tem sido cada vez mais examinado desde o início da guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas.

“Condenamos com veemência essa promoção abominável do ódio antissemita e racista, que vai contra nossos valores fundamentais como americanos”, disse o porta-voz da Casa Branca, Andrew Bates, na sexta-feira, em resposta ao tuíte de Musk.

A CEO da X, Linda Yaccarino, disse que “o ponto de vista do X sempre foi muito claro: a discriminação por parte de todos deve ser PARADA em todos os aspectos”. “Acho que isso é algo com que todos nós podemos e devemos concordar”, ela tuitou na quinta-feira.

Linda Yaccarino, em evento com Elon Musk: a CEO do X afirma que plataforma é frontalmente contra posições racistas  Foto: Rebecca Blackwell/AP

Yaccarino, ex-executiva da NBCUniversal, foi contratada por Musk para reconstruir os laços com os anunciantes que fugiram depois que ele assumiu o controle, preocupados com o fato de que a flexibilização das restrições de conteúdo estava permitindo que discursos odiosos e tóxicos florescessem e que isso prejudicasse suas marcas.

“Quando se trata desta plataforma, o X também tem sido extremamente clara sobre nossos esforços para combater o antissemitismo e a discriminação. Não há lugar para isso em nenhum lugar do mundo - é feio e errado. Ponto final”, disse Yaccarino.

As contas que a Media Matters encontrou postando material antissemita não serão mais monetizáveis e as postagens específicas serão rotuladas como “mídia sensível”, de acordo com uma declaração do X. Ainda assim, Musk criticou a Media Matters como “uma organização maligna”.

Promoção de teorias

O chefe da Liga Antidifamação (ADL) também rebateu os tuítes de Musk nesta semana, no mais recente confronto entre a proeminente organização judaica de direitos civis e o empresário bilionário.

“Em um momento em que o antissemitismo está explodindo nos Estados Unidos e aumentando em todo o mundo, é indiscutivelmente perigoso usar a influência de alguém para validar e promover teorias antissemitas”, disse o CEO da ADL, Jonathan Greenblatt, no X.

Musk também tuitou esta semana que estava “profundamente ofendido com as mensagens da ADL e de qualquer outro grupo que promova o racismo antibranco de fato, o racismo anti-asiático ou qualquer tipo de racismo”.

O grupo já havia acusado Musk de permitir que o antissemitismo e o discurso de ódio se espalhassem na plataforma e amplificassem as mensagens de neonazistas e supremacistas brancos que querem banir a ADL.

A Comissão Europeia, por sua vez, disse que está suspendendo todos os seus esforços de publicidade nas mídias sociais devido a um “aumento alarmante da desinformação e do discurso de ódio” nas plataformas nas últimas semanas.

A comissão, o braço executivo da UE com 27 países, disse que está aconselhando seus serviços a “abster-se de anunciar nesta fase em plataformas de mídia social onde tal conteúdo está presente”, acrescentando que o congelamento não afeta suas contas oficiais no X.

A UE adotou uma postura rígida com novas regras para limpar as plataformas de mídia social e, no mês passado, fez um pedido formal à X para obter informações sobre como ela lida com discurso de ódio, desinformação e conteúdo terrorista violento relacionado à guerra entre Israel e Hamas.

O X não é o único a lidar com conteúdo problemático desde o conflito. Na quinta-feira, o TikTok removeu a hashtag #lettertoamerica depois que os usuários do aplicativo publicaram vídeos simpáticos à carta de Osama bin Laden de 2002, justificando os ataques terroristas contra os americanos em 11 de setembro e criticando o apoio dos EUA a Israel.

O jornal The Guardian, que publicou a transcrição da carta que estava sendo compartilhada, retirou-a do ar e a substituiu por uma declaração que direcionava os leitores a um artigo de 2002 que, segundo ela, fornecia mais contexto.

Os vídeos atraíram a atenção de usuários do X que criticavam o TikTok, que pertence à ByteDance, sediada em Pequim. O TikTok disse que a carta não era uma tendência em sua plataforma e culpou uma publicação no X do jornalista Yashar Ali e a cobertura da mídia por atrair mais engajamento para a hashtag.

O aplicativo de vídeos curtos tem enfrentado críticas de membros do Partido Republicano, nos EUA, e de outros que dizem que a plataforma não tem protegido os usuários judeus contra assédio e tem empurrado conteúdo pró-palestino para os espectadores. O TikTok rebateu agressivamente, dizendo que está retirando conteúdo antissemita e que não manipula seu algoritmo para tomar partido.

Os anunciantes estão fugindo da rede social X por conta de preocupações com a exibição de seus anúncios ao lado de conteúdo pró-nazista e discursos de ódio no site em geral, com o proprietário bilionário Elon Musk inflamando as tensões com suas próprias publicações, endossando uma teoria da conspiração antissemita.

A IBM disse esta semana que parou de anunciar no X depois de um relatório ter afirmado que seus anúncios estavam aparecendo ao lado de material que elogiava os nazistas - um novo revés para a plataforma anteriormente conhecida como Twitter, que tenta reconquistar as grandes marcas e seus dólares de anúncios, a principal fonte de receita do X.

A organização Media Matters disse em um relatório na quinta-feira, 16, que anúncios da Apple, Oracle, da rede Bravo e da Comcast (ambos da NBCUniversal) também foram colocados ao lado de material antissemita no X.

Elon Musk tem sido duramente criticado por suas posições e por permitir a propagação de discurso de ódio no X Foto: Kirsty Wigglesworth / AP

“A IBM tem tolerância zero para discurso de ódio e discriminação e suspendemos imediatamente toda a publicidade no X enquanto investigamos essa situação totalmente inaceitável”, disse a empresa em um comunicado.

A Apple, a Oracle, a NBCUniversal e a Comcast não responderam imediatamente aos pedidos de comentários sobre seus próximos passos.

O poder executivo da União Europeia disse separadamente na sexta-feira, 17, que está interrompendo a publicidade no X e em outras plataformas de redes sociais, em parte por causa de um aumento no discurso de ódio. No final do dia, a Disney, a Lionsgate e a Paramount Global também disseram que estavam suspendendo ou interrompendo a publicidade no X.

Musk provocou protestos esta semana com seus próprios tuítes respondendo a um usuário que acusou os judeus de odiar pessoas brancas e de professar indiferença ao antissemitismo. “Você disse a verdade”, Musk tuitou em uma resposta na quarta-feira.

Musk tem enfrentado acusações de tolerar mensagens antissemitas na plataforma desde que a adquiriu no ano passado, e o conteúdo do X tem sido cada vez mais examinado desde o início da guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas.

“Condenamos com veemência essa promoção abominável do ódio antissemita e racista, que vai contra nossos valores fundamentais como americanos”, disse o porta-voz da Casa Branca, Andrew Bates, na sexta-feira, em resposta ao tuíte de Musk.

A CEO da X, Linda Yaccarino, disse que “o ponto de vista do X sempre foi muito claro: a discriminação por parte de todos deve ser PARADA em todos os aspectos”. “Acho que isso é algo com que todos nós podemos e devemos concordar”, ela tuitou na quinta-feira.

Linda Yaccarino, em evento com Elon Musk: a CEO do X afirma que plataforma é frontalmente contra posições racistas  Foto: Rebecca Blackwell/AP

Yaccarino, ex-executiva da NBCUniversal, foi contratada por Musk para reconstruir os laços com os anunciantes que fugiram depois que ele assumiu o controle, preocupados com o fato de que a flexibilização das restrições de conteúdo estava permitindo que discursos odiosos e tóxicos florescessem e que isso prejudicasse suas marcas.

“Quando se trata desta plataforma, o X também tem sido extremamente clara sobre nossos esforços para combater o antissemitismo e a discriminação. Não há lugar para isso em nenhum lugar do mundo - é feio e errado. Ponto final”, disse Yaccarino.

As contas que a Media Matters encontrou postando material antissemita não serão mais monetizáveis e as postagens específicas serão rotuladas como “mídia sensível”, de acordo com uma declaração do X. Ainda assim, Musk criticou a Media Matters como “uma organização maligna”.

Promoção de teorias

O chefe da Liga Antidifamação (ADL) também rebateu os tuítes de Musk nesta semana, no mais recente confronto entre a proeminente organização judaica de direitos civis e o empresário bilionário.

“Em um momento em que o antissemitismo está explodindo nos Estados Unidos e aumentando em todo o mundo, é indiscutivelmente perigoso usar a influência de alguém para validar e promover teorias antissemitas”, disse o CEO da ADL, Jonathan Greenblatt, no X.

Musk também tuitou esta semana que estava “profundamente ofendido com as mensagens da ADL e de qualquer outro grupo que promova o racismo antibranco de fato, o racismo anti-asiático ou qualquer tipo de racismo”.

O grupo já havia acusado Musk de permitir que o antissemitismo e o discurso de ódio se espalhassem na plataforma e amplificassem as mensagens de neonazistas e supremacistas brancos que querem banir a ADL.

A Comissão Europeia, por sua vez, disse que está suspendendo todos os seus esforços de publicidade nas mídias sociais devido a um “aumento alarmante da desinformação e do discurso de ódio” nas plataformas nas últimas semanas.

A comissão, o braço executivo da UE com 27 países, disse que está aconselhando seus serviços a “abster-se de anunciar nesta fase em plataformas de mídia social onde tal conteúdo está presente”, acrescentando que o congelamento não afeta suas contas oficiais no X.

A UE adotou uma postura rígida com novas regras para limpar as plataformas de mídia social e, no mês passado, fez um pedido formal à X para obter informações sobre como ela lida com discurso de ódio, desinformação e conteúdo terrorista violento relacionado à guerra entre Israel e Hamas.

O X não é o único a lidar com conteúdo problemático desde o conflito. Na quinta-feira, o TikTok removeu a hashtag #lettertoamerica depois que os usuários do aplicativo publicaram vídeos simpáticos à carta de Osama bin Laden de 2002, justificando os ataques terroristas contra os americanos em 11 de setembro e criticando o apoio dos EUA a Israel.

O jornal The Guardian, que publicou a transcrição da carta que estava sendo compartilhada, retirou-a do ar e a substituiu por uma declaração que direcionava os leitores a um artigo de 2002 que, segundo ela, fornecia mais contexto.

Os vídeos atraíram a atenção de usuários do X que criticavam o TikTok, que pertence à ByteDance, sediada em Pequim. O TikTok disse que a carta não era uma tendência em sua plataforma e culpou uma publicação no X do jornalista Yashar Ali e a cobertura da mídia por atrair mais engajamento para a hashtag.

O aplicativo de vídeos curtos tem enfrentado críticas de membros do Partido Republicano, nos EUA, e de outros que dizem que a plataforma não tem protegido os usuários judeus contra assédio e tem empurrado conteúdo pró-palestino para os espectadores. O TikTok rebateu agressivamente, dizendo que está retirando conteúdo antissemita e que não manipula seu algoritmo para tomar partido.

Os anunciantes estão fugindo da rede social X por conta de preocupações com a exibição de seus anúncios ao lado de conteúdo pró-nazista e discursos de ódio no site em geral, com o proprietário bilionário Elon Musk inflamando as tensões com suas próprias publicações, endossando uma teoria da conspiração antissemita.

A IBM disse esta semana que parou de anunciar no X depois de um relatório ter afirmado que seus anúncios estavam aparecendo ao lado de material que elogiava os nazistas - um novo revés para a plataforma anteriormente conhecida como Twitter, que tenta reconquistar as grandes marcas e seus dólares de anúncios, a principal fonte de receita do X.

A organização Media Matters disse em um relatório na quinta-feira, 16, que anúncios da Apple, Oracle, da rede Bravo e da Comcast (ambos da NBCUniversal) também foram colocados ao lado de material antissemita no X.

Elon Musk tem sido duramente criticado por suas posições e por permitir a propagação de discurso de ódio no X Foto: Kirsty Wigglesworth / AP

“A IBM tem tolerância zero para discurso de ódio e discriminação e suspendemos imediatamente toda a publicidade no X enquanto investigamos essa situação totalmente inaceitável”, disse a empresa em um comunicado.

A Apple, a Oracle, a NBCUniversal e a Comcast não responderam imediatamente aos pedidos de comentários sobre seus próximos passos.

O poder executivo da União Europeia disse separadamente na sexta-feira, 17, que está interrompendo a publicidade no X e em outras plataformas de redes sociais, em parte por causa de um aumento no discurso de ódio. No final do dia, a Disney, a Lionsgate e a Paramount Global também disseram que estavam suspendendo ou interrompendo a publicidade no X.

Musk provocou protestos esta semana com seus próprios tuítes respondendo a um usuário que acusou os judeus de odiar pessoas brancas e de professar indiferença ao antissemitismo. “Você disse a verdade”, Musk tuitou em uma resposta na quarta-feira.

Musk tem enfrentado acusações de tolerar mensagens antissemitas na plataforma desde que a adquiriu no ano passado, e o conteúdo do X tem sido cada vez mais examinado desde o início da guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas.

“Condenamos com veemência essa promoção abominável do ódio antissemita e racista, que vai contra nossos valores fundamentais como americanos”, disse o porta-voz da Casa Branca, Andrew Bates, na sexta-feira, em resposta ao tuíte de Musk.

A CEO da X, Linda Yaccarino, disse que “o ponto de vista do X sempre foi muito claro: a discriminação por parte de todos deve ser PARADA em todos os aspectos”. “Acho que isso é algo com que todos nós podemos e devemos concordar”, ela tuitou na quinta-feira.

Linda Yaccarino, em evento com Elon Musk: a CEO do X afirma que plataforma é frontalmente contra posições racistas  Foto: Rebecca Blackwell/AP

Yaccarino, ex-executiva da NBCUniversal, foi contratada por Musk para reconstruir os laços com os anunciantes que fugiram depois que ele assumiu o controle, preocupados com o fato de que a flexibilização das restrições de conteúdo estava permitindo que discursos odiosos e tóxicos florescessem e que isso prejudicasse suas marcas.

“Quando se trata desta plataforma, o X também tem sido extremamente clara sobre nossos esforços para combater o antissemitismo e a discriminação. Não há lugar para isso em nenhum lugar do mundo - é feio e errado. Ponto final”, disse Yaccarino.

As contas que a Media Matters encontrou postando material antissemita não serão mais monetizáveis e as postagens específicas serão rotuladas como “mídia sensível”, de acordo com uma declaração do X. Ainda assim, Musk criticou a Media Matters como “uma organização maligna”.

Promoção de teorias

O chefe da Liga Antidifamação (ADL) também rebateu os tuítes de Musk nesta semana, no mais recente confronto entre a proeminente organização judaica de direitos civis e o empresário bilionário.

“Em um momento em que o antissemitismo está explodindo nos Estados Unidos e aumentando em todo o mundo, é indiscutivelmente perigoso usar a influência de alguém para validar e promover teorias antissemitas”, disse o CEO da ADL, Jonathan Greenblatt, no X.

Musk também tuitou esta semana que estava “profundamente ofendido com as mensagens da ADL e de qualquer outro grupo que promova o racismo antibranco de fato, o racismo anti-asiático ou qualquer tipo de racismo”.

O grupo já havia acusado Musk de permitir que o antissemitismo e o discurso de ódio se espalhassem na plataforma e amplificassem as mensagens de neonazistas e supremacistas brancos que querem banir a ADL.

A Comissão Europeia, por sua vez, disse que está suspendendo todos os seus esforços de publicidade nas mídias sociais devido a um “aumento alarmante da desinformação e do discurso de ódio” nas plataformas nas últimas semanas.

A comissão, o braço executivo da UE com 27 países, disse que está aconselhando seus serviços a “abster-se de anunciar nesta fase em plataformas de mídia social onde tal conteúdo está presente”, acrescentando que o congelamento não afeta suas contas oficiais no X.

A UE adotou uma postura rígida com novas regras para limpar as plataformas de mídia social e, no mês passado, fez um pedido formal à X para obter informações sobre como ela lida com discurso de ódio, desinformação e conteúdo terrorista violento relacionado à guerra entre Israel e Hamas.

O X não é o único a lidar com conteúdo problemático desde o conflito. Na quinta-feira, o TikTok removeu a hashtag #lettertoamerica depois que os usuários do aplicativo publicaram vídeos simpáticos à carta de Osama bin Laden de 2002, justificando os ataques terroristas contra os americanos em 11 de setembro e criticando o apoio dos EUA a Israel.

O jornal The Guardian, que publicou a transcrição da carta que estava sendo compartilhada, retirou-a do ar e a substituiu por uma declaração que direcionava os leitores a um artigo de 2002 que, segundo ela, fornecia mais contexto.

Os vídeos atraíram a atenção de usuários do X que criticavam o TikTok, que pertence à ByteDance, sediada em Pequim. O TikTok disse que a carta não era uma tendência em sua plataforma e culpou uma publicação no X do jornalista Yashar Ali e a cobertura da mídia por atrair mais engajamento para a hashtag.

O aplicativo de vídeos curtos tem enfrentado críticas de membros do Partido Republicano, nos EUA, e de outros que dizem que a plataforma não tem protegido os usuários judeus contra assédio e tem empurrado conteúdo pró-palestino para os espectadores. O TikTok rebateu agressivamente, dizendo que está retirando conteúdo antissemita e que não manipula seu algoritmo para tomar partido.

Os anunciantes estão fugindo da rede social X por conta de preocupações com a exibição de seus anúncios ao lado de conteúdo pró-nazista e discursos de ódio no site em geral, com o proprietário bilionário Elon Musk inflamando as tensões com suas próprias publicações, endossando uma teoria da conspiração antissemita.

A IBM disse esta semana que parou de anunciar no X depois de um relatório ter afirmado que seus anúncios estavam aparecendo ao lado de material que elogiava os nazistas - um novo revés para a plataforma anteriormente conhecida como Twitter, que tenta reconquistar as grandes marcas e seus dólares de anúncios, a principal fonte de receita do X.

A organização Media Matters disse em um relatório na quinta-feira, 16, que anúncios da Apple, Oracle, da rede Bravo e da Comcast (ambos da NBCUniversal) também foram colocados ao lado de material antissemita no X.

Elon Musk tem sido duramente criticado por suas posições e por permitir a propagação de discurso de ódio no X Foto: Kirsty Wigglesworth / AP

“A IBM tem tolerância zero para discurso de ódio e discriminação e suspendemos imediatamente toda a publicidade no X enquanto investigamos essa situação totalmente inaceitável”, disse a empresa em um comunicado.

A Apple, a Oracle, a NBCUniversal e a Comcast não responderam imediatamente aos pedidos de comentários sobre seus próximos passos.

O poder executivo da União Europeia disse separadamente na sexta-feira, 17, que está interrompendo a publicidade no X e em outras plataformas de redes sociais, em parte por causa de um aumento no discurso de ódio. No final do dia, a Disney, a Lionsgate e a Paramount Global também disseram que estavam suspendendo ou interrompendo a publicidade no X.

Musk provocou protestos esta semana com seus próprios tuítes respondendo a um usuário que acusou os judeus de odiar pessoas brancas e de professar indiferença ao antissemitismo. “Você disse a verdade”, Musk tuitou em uma resposta na quarta-feira.

Musk tem enfrentado acusações de tolerar mensagens antissemitas na plataforma desde que a adquiriu no ano passado, e o conteúdo do X tem sido cada vez mais examinado desde o início da guerra entre Israel e o grupo terrorista Hamas.

“Condenamos com veemência essa promoção abominável do ódio antissemita e racista, que vai contra nossos valores fundamentais como americanos”, disse o porta-voz da Casa Branca, Andrew Bates, na sexta-feira, em resposta ao tuíte de Musk.

A CEO da X, Linda Yaccarino, disse que “o ponto de vista do X sempre foi muito claro: a discriminação por parte de todos deve ser PARADA em todos os aspectos”. “Acho que isso é algo com que todos nós podemos e devemos concordar”, ela tuitou na quinta-feira.

Linda Yaccarino, em evento com Elon Musk: a CEO do X afirma que plataforma é frontalmente contra posições racistas  Foto: Rebecca Blackwell/AP

Yaccarino, ex-executiva da NBCUniversal, foi contratada por Musk para reconstruir os laços com os anunciantes que fugiram depois que ele assumiu o controle, preocupados com o fato de que a flexibilização das restrições de conteúdo estava permitindo que discursos odiosos e tóxicos florescessem e que isso prejudicasse suas marcas.

“Quando se trata desta plataforma, o X também tem sido extremamente clara sobre nossos esforços para combater o antissemitismo e a discriminação. Não há lugar para isso em nenhum lugar do mundo - é feio e errado. Ponto final”, disse Yaccarino.

As contas que a Media Matters encontrou postando material antissemita não serão mais monetizáveis e as postagens específicas serão rotuladas como “mídia sensível”, de acordo com uma declaração do X. Ainda assim, Musk criticou a Media Matters como “uma organização maligna”.

Promoção de teorias

O chefe da Liga Antidifamação (ADL) também rebateu os tuítes de Musk nesta semana, no mais recente confronto entre a proeminente organização judaica de direitos civis e o empresário bilionário.

“Em um momento em que o antissemitismo está explodindo nos Estados Unidos e aumentando em todo o mundo, é indiscutivelmente perigoso usar a influência de alguém para validar e promover teorias antissemitas”, disse o CEO da ADL, Jonathan Greenblatt, no X.

Musk também tuitou esta semana que estava “profundamente ofendido com as mensagens da ADL e de qualquer outro grupo que promova o racismo antibranco de fato, o racismo anti-asiático ou qualquer tipo de racismo”.

O grupo já havia acusado Musk de permitir que o antissemitismo e o discurso de ódio se espalhassem na plataforma e amplificassem as mensagens de neonazistas e supremacistas brancos que querem banir a ADL.

A Comissão Europeia, por sua vez, disse que está suspendendo todos os seus esforços de publicidade nas mídias sociais devido a um “aumento alarmante da desinformação e do discurso de ódio” nas plataformas nas últimas semanas.

A comissão, o braço executivo da UE com 27 países, disse que está aconselhando seus serviços a “abster-se de anunciar nesta fase em plataformas de mídia social onde tal conteúdo está presente”, acrescentando que o congelamento não afeta suas contas oficiais no X.

A UE adotou uma postura rígida com novas regras para limpar as plataformas de mídia social e, no mês passado, fez um pedido formal à X para obter informações sobre como ela lida com discurso de ódio, desinformação e conteúdo terrorista violento relacionado à guerra entre Israel e Hamas.

O X não é o único a lidar com conteúdo problemático desde o conflito. Na quinta-feira, o TikTok removeu a hashtag #lettertoamerica depois que os usuários do aplicativo publicaram vídeos simpáticos à carta de Osama bin Laden de 2002, justificando os ataques terroristas contra os americanos em 11 de setembro e criticando o apoio dos EUA a Israel.

O jornal The Guardian, que publicou a transcrição da carta que estava sendo compartilhada, retirou-a do ar e a substituiu por uma declaração que direcionava os leitores a um artigo de 2002 que, segundo ela, fornecia mais contexto.

Os vídeos atraíram a atenção de usuários do X que criticavam o TikTok, que pertence à ByteDance, sediada em Pequim. O TikTok disse que a carta não era uma tendência em sua plataforma e culpou uma publicação no X do jornalista Yashar Ali e a cobertura da mídia por atrair mais engajamento para a hashtag.

O aplicativo de vídeos curtos tem enfrentado críticas de membros do Partido Republicano, nos EUA, e de outros que dizem que a plataforma não tem protegido os usuários judeus contra assédio e tem empurrado conteúdo pró-palestino para os espectadores. O TikTok rebateu agressivamente, dizendo que está retirando conteúdo antissemita e que não manipula seu algoritmo para tomar partido.

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