Incapacidade de políticos de dominar meios digitais ajudou a nos levar ao pior


Plataformas mantém políticos bolsonaristas e suas bases em contato contínuo, mantendo a militância mobilizada

Por Pedro Doria
Atualização:

Uma das hipóteses levantadas com frequência por cientistas políticos é a de que após uma derrota eleitoral Jair Bolsonaro não conseguiria manter vivo o movimento reacionário que encabeçou. O resultado que saiu das urnas mostra o contrário. Em 2018, descobrimos que as redes poderiam mudar radicalmente o cenário político. Aí parece que esquecemos a lição. Pois elas seguem transformando o Brasil. Para pior.

Os partidos de Centro e Centro-Direita foram dizimados no Congresso. PSDB, Novo, MBL, mesmo MDB, reduzidos a uma fração do que já foram. No último pleito, Bolsonaro trouxe consigo uma penca de parlamentares. Os que entregaram o nível de lealdade e extremismo exigidos pelo presidente se elegeram.

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Com base na teoria política tradicional, não era para ter sido assim. Os candidatos fisiológicos tiveram muito dinheiro para fazer campanha, os bolsonaristas não tanto. Mas foram estes que acumularam milhares de votos. Além disso, Bolsonaro não tem um partido, é hóspede no PL. Sem partido, sugere a teoria que temos, não dá para ter movimento.

Mas, se não houvesse um movimento, se não houvesse um Bolsonarismo vivo e na sociedade, nem Bolsonaro teria dado sua arrancada final, nem sua base teria sido a campeã.

Não precisa de partido. Bastam as lives de dentro do plenário, na saída de um palácio. Bastam as bem construídas redes de Zap, que atingem num só dia dezenas de milhões de brasileiros. O algoritmo do TikTok e do Kwai, o do YouTube. Essas estruturas mantém políticos bolsonaristas e suas bases em contato contínuo, mantendo a militância mobilizada.

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Bolsonaristas aprenderam a dominar os meios digitais Foto: Nilton Fukuda/Estadão

Esta comunicação que o digital proporciona aos políticos, e isso é quase exclusividade da extrema-direita, é barata, envolve emocionalmente, é permanente e instantânea.

O digital transformou a maneira como a política é feita. Quando mergulharmos nas pesquisas para entender onde erraram, possivelmente descobriremos que não erraram. A instantaneidade do digital catalisa decisões de última hora. Pesquisas feitas pessoalmente mostram o retrato de três dias atrás, as por telefone de um ou dois, painéis na internet conseguem encurtar o tempo. Na semana da eleição, pesquisas serão mais úteis para detectar movimentos do que placares.

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Hoje, pela incapacidade de boa parte dos políticos dominarem o digital, porque a ciência política e o jornalismo político não estão suficientemente atentos, o poder foi capturado pelo pior que temos.

O que sobrou da democracia brasileira foram Esquerda e Centro-esquerda. É isso que temos para hoje.

Uma das hipóteses levantadas com frequência por cientistas políticos é a de que após uma derrota eleitoral Jair Bolsonaro não conseguiria manter vivo o movimento reacionário que encabeçou. O resultado que saiu das urnas mostra o contrário. Em 2018, descobrimos que as redes poderiam mudar radicalmente o cenário político. Aí parece que esquecemos a lição. Pois elas seguem transformando o Brasil. Para pior.

Os partidos de Centro e Centro-Direita foram dizimados no Congresso. PSDB, Novo, MBL, mesmo MDB, reduzidos a uma fração do que já foram. No último pleito, Bolsonaro trouxe consigo uma penca de parlamentares. Os que entregaram o nível de lealdade e extremismo exigidos pelo presidente se elegeram.

Com base na teoria política tradicional, não era para ter sido assim. Os candidatos fisiológicos tiveram muito dinheiro para fazer campanha, os bolsonaristas não tanto. Mas foram estes que acumularam milhares de votos. Além disso, Bolsonaro não tem um partido, é hóspede no PL. Sem partido, sugere a teoria que temos, não dá para ter movimento.

Mas, se não houvesse um movimento, se não houvesse um Bolsonarismo vivo e na sociedade, nem Bolsonaro teria dado sua arrancada final, nem sua base teria sido a campeã.

Não precisa de partido. Bastam as lives de dentro do plenário, na saída de um palácio. Bastam as bem construídas redes de Zap, que atingem num só dia dezenas de milhões de brasileiros. O algoritmo do TikTok e do Kwai, o do YouTube. Essas estruturas mantém políticos bolsonaristas e suas bases em contato contínuo, mantendo a militância mobilizada.

Bolsonaristas aprenderam a dominar os meios digitais Foto: Nilton Fukuda/Estadão

Esta comunicação que o digital proporciona aos políticos, e isso é quase exclusividade da extrema-direita, é barata, envolve emocionalmente, é permanente e instantânea.

O digital transformou a maneira como a política é feita. Quando mergulharmos nas pesquisas para entender onde erraram, possivelmente descobriremos que não erraram. A instantaneidade do digital catalisa decisões de última hora. Pesquisas feitas pessoalmente mostram o retrato de três dias atrás, as por telefone de um ou dois, painéis na internet conseguem encurtar o tempo. Na semana da eleição, pesquisas serão mais úteis para detectar movimentos do que placares.

Hoje, pela incapacidade de boa parte dos políticos dominarem o digital, porque a ciência política e o jornalismo político não estão suficientemente atentos, o poder foi capturado pelo pior que temos.

O que sobrou da democracia brasileira foram Esquerda e Centro-esquerda. É isso que temos para hoje.

Uma das hipóteses levantadas com frequência por cientistas políticos é a de que após uma derrota eleitoral Jair Bolsonaro não conseguiria manter vivo o movimento reacionário que encabeçou. O resultado que saiu das urnas mostra o contrário. Em 2018, descobrimos que as redes poderiam mudar radicalmente o cenário político. Aí parece que esquecemos a lição. Pois elas seguem transformando o Brasil. Para pior.

Os partidos de Centro e Centro-Direita foram dizimados no Congresso. PSDB, Novo, MBL, mesmo MDB, reduzidos a uma fração do que já foram. No último pleito, Bolsonaro trouxe consigo uma penca de parlamentares. Os que entregaram o nível de lealdade e extremismo exigidos pelo presidente se elegeram.

Com base na teoria política tradicional, não era para ter sido assim. Os candidatos fisiológicos tiveram muito dinheiro para fazer campanha, os bolsonaristas não tanto. Mas foram estes que acumularam milhares de votos. Além disso, Bolsonaro não tem um partido, é hóspede no PL. Sem partido, sugere a teoria que temos, não dá para ter movimento.

Mas, se não houvesse um movimento, se não houvesse um Bolsonarismo vivo e na sociedade, nem Bolsonaro teria dado sua arrancada final, nem sua base teria sido a campeã.

Não precisa de partido. Bastam as lives de dentro do plenário, na saída de um palácio. Bastam as bem construídas redes de Zap, que atingem num só dia dezenas de milhões de brasileiros. O algoritmo do TikTok e do Kwai, o do YouTube. Essas estruturas mantém políticos bolsonaristas e suas bases em contato contínuo, mantendo a militância mobilizada.

Bolsonaristas aprenderam a dominar os meios digitais Foto: Nilton Fukuda/Estadão

Esta comunicação que o digital proporciona aos políticos, e isso é quase exclusividade da extrema-direita, é barata, envolve emocionalmente, é permanente e instantânea.

O digital transformou a maneira como a política é feita. Quando mergulharmos nas pesquisas para entender onde erraram, possivelmente descobriremos que não erraram. A instantaneidade do digital catalisa decisões de última hora. Pesquisas feitas pessoalmente mostram o retrato de três dias atrás, as por telefone de um ou dois, painéis na internet conseguem encurtar o tempo. Na semana da eleição, pesquisas serão mais úteis para detectar movimentos do que placares.

Hoje, pela incapacidade de boa parte dos políticos dominarem o digital, porque a ciência política e o jornalismo político não estão suficientemente atentos, o poder foi capturado pelo pior que temos.

O que sobrou da democracia brasileira foram Esquerda e Centro-esquerda. É isso que temos para hoje.

Uma das hipóteses levantadas com frequência por cientistas políticos é a de que após uma derrota eleitoral Jair Bolsonaro não conseguiria manter vivo o movimento reacionário que encabeçou. O resultado que saiu das urnas mostra o contrário. Em 2018, descobrimos que as redes poderiam mudar radicalmente o cenário político. Aí parece que esquecemos a lição. Pois elas seguem transformando o Brasil. Para pior.

Os partidos de Centro e Centro-Direita foram dizimados no Congresso. PSDB, Novo, MBL, mesmo MDB, reduzidos a uma fração do que já foram. No último pleito, Bolsonaro trouxe consigo uma penca de parlamentares. Os que entregaram o nível de lealdade e extremismo exigidos pelo presidente se elegeram.

Com base na teoria política tradicional, não era para ter sido assim. Os candidatos fisiológicos tiveram muito dinheiro para fazer campanha, os bolsonaristas não tanto. Mas foram estes que acumularam milhares de votos. Além disso, Bolsonaro não tem um partido, é hóspede no PL. Sem partido, sugere a teoria que temos, não dá para ter movimento.

Mas, se não houvesse um movimento, se não houvesse um Bolsonarismo vivo e na sociedade, nem Bolsonaro teria dado sua arrancada final, nem sua base teria sido a campeã.

Não precisa de partido. Bastam as lives de dentro do plenário, na saída de um palácio. Bastam as bem construídas redes de Zap, que atingem num só dia dezenas de milhões de brasileiros. O algoritmo do TikTok e do Kwai, o do YouTube. Essas estruturas mantém políticos bolsonaristas e suas bases em contato contínuo, mantendo a militância mobilizada.

Bolsonaristas aprenderam a dominar os meios digitais Foto: Nilton Fukuda/Estadão

Esta comunicação que o digital proporciona aos políticos, e isso é quase exclusividade da extrema-direita, é barata, envolve emocionalmente, é permanente e instantânea.

O digital transformou a maneira como a política é feita. Quando mergulharmos nas pesquisas para entender onde erraram, possivelmente descobriremos que não erraram. A instantaneidade do digital catalisa decisões de última hora. Pesquisas feitas pessoalmente mostram o retrato de três dias atrás, as por telefone de um ou dois, painéis na internet conseguem encurtar o tempo. Na semana da eleição, pesquisas serão mais úteis para detectar movimentos do que placares.

Hoje, pela incapacidade de boa parte dos políticos dominarem o digital, porque a ciência política e o jornalismo político não estão suficientemente atentos, o poder foi capturado pelo pior que temos.

O que sobrou da democracia brasileira foram Esquerda e Centro-esquerda. É isso que temos para hoje.

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