Apesar de desaceleração no mercado, startups de varejo ganham destaque em mês calmo


Unicórnio Unico levantou o maior cheque, seguido do banco ‘de herói’ Stark Bank e da varejista Inventa

Por Rafael Nunes

Depois de um início de ano acelerado entre as startups, o mercado de inovação pisou no freio em abril e passou a olhar com mais cautela para os investimentos. O espaço que mais ganhou olhares foi o varejo, com quatro aportes dentro da área. 

Entre as “retailtechs” (companhias de tecnologia do varejo), a Inventa, que conecta fornecedores com pequenos e médios comerciantes, fez uma rodada de US$ 55 milhões. Ainda, quem se destacou também foi a Zubale, com US$ 40 milhões.

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No entanto, o maior valor levantado em rodada veio de fora do segmento por meio da Unico, startup de biometria e reconhecimento facial: o cheque recebido totaliza US$ 100 milhões, oito meses após a empresa se tornar um “unicórnio” (avaliação de mercado superior a US$ 1 bilhão).

Além disso, o Stark Bank, cujo nome é inspirado no herói dos quadrinhos da Marvel, levantou US$ 45 milhões com um investidor inédito no Brasil: Jeff Bezos, fundador da Amazon e segundo homem mais rico do mundo.

Abaixo, leia um resumo do mês.

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Com unicórnios pisando no freio, mercado de startups têm mês mais calmo Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Unicórnio Unico

Biometria. O unicórnio Unico, já conhecido por seu sistema de biometria e identidade digital, levantou nova rodada de US$ 100 milhões, liderada pelo banco americano Goldman Sachs — oito meses depois de ultrapassar a marca de US$ 1 bilhão em avaliação de mercado. A empresa tem entre seus clientes o banco Santander, a área Latam e o Mercado Livre e, com o novo cheque, quer expandir seus negócios para México e Colômbia.

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Homem de Ferro das startups

Amiga dos unicórnios. Servindo de ajuda com serviços bancários para unicórnios, a brasileira Stark Bank oferece cartão corporativo que permite limites de gastos por moeda, país, estabelecimentos e frequência de operações, além de produtos como gestão de cobrança via boleto e Pix, fluxo customizado de aprovação de pagamentos e folha de pagamentos. Com o aporte, a companhia deve oferecer produtos financeiros, como investimentos e linhas de crédito. 

O cheque de US$ 45 milhões teve sua rodada liderada pela Ribbit Capital, firma americana especializada em fintechs. Participaram da rodada também a SEA Capital, Lachy Groom e K5 Global. O destaque fica para a participação inédita do fundo da Bezos Expeditions, de Jeff Bezos, Brasil.

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Mês do varejo

Para bares e restaurantes. A Floki, startup brasileira que trabalha com a automatização de processos de compras para donos de bares e restaurantes, como no preenchimento de planilhas e no orçamento de preços com fornecedores. O cheque, de R$ 50 milhões, é o primeiro grande investimento formal da startup. A rodada foi liderada pelos fundos NFX e Valor Capital Group. A quantia será usada para aumentar em até 20 vezes o volume dos valores transacionados pela empresa e focar em soluções para atender grandes redes de restaurantes.

Reforço nas entregas. A mexicana Zubale chegou ao Brasil oferecendo serviços de ajuda na entrega de varejistas. A empresa atende pedidos de e-commerce para revendedores por meio de seu marketplace de sua força de trabalho independentes, que coleta, embala e entrega os produtos do revendedor. O cheque foi de US$ 40 milhões, liderado pela QED Investors. Objetivo é ampliar os serviços em outros países, como Chile, e crescer em tecnologia.

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Mais produtos. A brasileira Inventa trabalha oferecendo serviços de compra de produtos para varejistas. A partir do seu sistema da análise de informações das compras anteriores das lojas e dos produtos que outros comércios semelhantes estão vendendo, novos itens são sugeridos aos lojistas parceiros. O cheque foi de US$ 55 milhões numa rodada liderada pela Greylock Partners e, com ele, a empresa pretende aumentar de três para sete a quantidade de categorias de produtos com as quais trabalha.

Coladinho. A DoLado levantou US$ 10 milhões, com foco em fisgar os “invisíveis do varejo”, ou seja, os pequenos lojistas de bairro. Nascida em 2020, a startup faz reposição inteligente de produtos para os varejistas, poupando tempo e reduzindo custos. O cheque foi liderado pelo fundo Valor Capital, seguido por Flourish (Grupo Omidyar Network), GFC, Clocktower Ventures, IDB (em estreia em investimentos no Brasil) e Endeavor.

Nova foodtech

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Criando raízes. A brasileira Raízs foi a mais nova foodtech no País a atrair investidores. O negócio consiste em cuidar em colher alimentos da terra e entregá-los à mesa do consumidor. A companhia, que compete com a LivUp, elimina intermediários, negociando os produtos com pequenos agricultores e reduzindo custos. A rodada foi liderada pelo fundo carioca Solum Capital, acompanhado do KPTL Capital, num cheque de US$ 4 milhões. Startup mira entrar no Rio de Janeiro em 2022.

Saúde

Para mulheres. Dentro do ramo das startups de saúde (healthtechs), o mês de abril trouxe uma empresa especializada na saúde da mulher (femtechs), a Theia. A empresa começou como um serviço de telemedicina, que inclui consultas com especialistas, psicólogos, nutricionistas e fisioterapeutas para complementar os serviços de obstetrícia. Recentemente, inaugurou uma clínica em São Paulo para fazer exames que não podem ser feitos de forma remota.

O cheque de R$ 30 milhões foi liderado pela 8VC e Canaan, ambos estrangeiros e especializados em saúde, e o dinheiro vai ser utilizado para aumentar o time de profissionais da saúde, além de ter parte destinada para o time de tecnologia.

Jovens no mercado de trabalho

Trainee digital. A startup de educação brasileira Galena tem como serviço a preparação de estudantes de escola pública para trabalhar em grandes empresas, como um treinamento especializado para o mundo corporativo. O cheque de US$ 16 milhões contou com a estreia do fundo americano Altos Ventures no Brasil e vai ser usado para investir em tecnologia e no aumento da equipe da empresa.

Moradia

Nem compra nem aluguel. A startup Amora apareceu no mês para servir como uma espécie de 3ª via para aqueles que não conseguem decidir entre aluguel ou compra de imóveis. O cliente escolhe onde quer morar, a companhia compra o imóvel e o disponibiliza para a moradia em um contrato de 36 meses. O valor pago mensalmente é dividido: parte é um custo mensal, equivalente a um aluguel, enquanto a outra serve como poupança para que o usuário compre o imóvel.

O cheque da empresa foi de R$ 16 milhões em rodada liderada pela Global Founders Capital (GFC), além de Moore Strategic. O dinheiro será usado na tecnologia e na melhoria dos processos.

A Octa ajuda na intermediação dareciclagem de peças automobilísticas Foto: Octa / Divulgação

Reciclagem automotiva

Tentáculos. O mês começou com a Octa, startup brasileira que une empresas com frotas de carros inutilizados (batidos, queimados ou sucateados) a recicladoras e frotistas, que podem reutilizar peças ainda aproveitáveis. O aporte foi de R$ 8 milhões, em rodada liderada pela VOX Capital. O cheque será usado para investimentos na ampliação da equipe de tecnologia, produtos e comercial e para o lançamento de produtos.

Depois de um início de ano acelerado entre as startups, o mercado de inovação pisou no freio em abril e passou a olhar com mais cautela para os investimentos. O espaço que mais ganhou olhares foi o varejo, com quatro aportes dentro da área. 

Entre as “retailtechs” (companhias de tecnologia do varejo), a Inventa, que conecta fornecedores com pequenos e médios comerciantes, fez uma rodada de US$ 55 milhões. Ainda, quem se destacou também foi a Zubale, com US$ 40 milhões.

No entanto, o maior valor levantado em rodada veio de fora do segmento por meio da Unico, startup de biometria e reconhecimento facial: o cheque recebido totaliza US$ 100 milhões, oito meses após a empresa se tornar um “unicórnio” (avaliação de mercado superior a US$ 1 bilhão).

Além disso, o Stark Bank, cujo nome é inspirado no herói dos quadrinhos da Marvel, levantou US$ 45 milhões com um investidor inédito no Brasil: Jeff Bezos, fundador da Amazon e segundo homem mais rico do mundo.

Abaixo, leia um resumo do mês.

Com unicórnios pisando no freio, mercado de startups têm mês mais calmo Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Unicórnio Unico

Biometria. O unicórnio Unico, já conhecido por seu sistema de biometria e identidade digital, levantou nova rodada de US$ 100 milhões, liderada pelo banco americano Goldman Sachs — oito meses depois de ultrapassar a marca de US$ 1 bilhão em avaliação de mercado. A empresa tem entre seus clientes o banco Santander, a área Latam e o Mercado Livre e, com o novo cheque, quer expandir seus negócios para México e Colômbia.

Homem de Ferro das startups

Amiga dos unicórnios. Servindo de ajuda com serviços bancários para unicórnios, a brasileira Stark Bank oferece cartão corporativo que permite limites de gastos por moeda, país, estabelecimentos e frequência de operações, além de produtos como gestão de cobrança via boleto e Pix, fluxo customizado de aprovação de pagamentos e folha de pagamentos. Com o aporte, a companhia deve oferecer produtos financeiros, como investimentos e linhas de crédito. 

O cheque de US$ 45 milhões teve sua rodada liderada pela Ribbit Capital, firma americana especializada em fintechs. Participaram da rodada também a SEA Capital, Lachy Groom e K5 Global. O destaque fica para a participação inédita do fundo da Bezos Expeditions, de Jeff Bezos, Brasil.

Mês do varejo

Para bares e restaurantes. A Floki, startup brasileira que trabalha com a automatização de processos de compras para donos de bares e restaurantes, como no preenchimento de planilhas e no orçamento de preços com fornecedores. O cheque, de R$ 50 milhões, é o primeiro grande investimento formal da startup. A rodada foi liderada pelos fundos NFX e Valor Capital Group. A quantia será usada para aumentar em até 20 vezes o volume dos valores transacionados pela empresa e focar em soluções para atender grandes redes de restaurantes.

Reforço nas entregas. A mexicana Zubale chegou ao Brasil oferecendo serviços de ajuda na entrega de varejistas. A empresa atende pedidos de e-commerce para revendedores por meio de seu marketplace de sua força de trabalho independentes, que coleta, embala e entrega os produtos do revendedor. O cheque foi de US$ 40 milhões, liderado pela QED Investors. Objetivo é ampliar os serviços em outros países, como Chile, e crescer em tecnologia.

Mais produtos. A brasileira Inventa trabalha oferecendo serviços de compra de produtos para varejistas. A partir do seu sistema da análise de informações das compras anteriores das lojas e dos produtos que outros comércios semelhantes estão vendendo, novos itens são sugeridos aos lojistas parceiros. O cheque foi de US$ 55 milhões numa rodada liderada pela Greylock Partners e, com ele, a empresa pretende aumentar de três para sete a quantidade de categorias de produtos com as quais trabalha.

Coladinho. A DoLado levantou US$ 10 milhões, com foco em fisgar os “invisíveis do varejo”, ou seja, os pequenos lojistas de bairro. Nascida em 2020, a startup faz reposição inteligente de produtos para os varejistas, poupando tempo e reduzindo custos. O cheque foi liderado pelo fundo Valor Capital, seguido por Flourish (Grupo Omidyar Network), GFC, Clocktower Ventures, IDB (em estreia em investimentos no Brasil) e Endeavor.

Nova foodtech

Criando raízes. A brasileira Raízs foi a mais nova foodtech no País a atrair investidores. O negócio consiste em cuidar em colher alimentos da terra e entregá-los à mesa do consumidor. A companhia, que compete com a LivUp, elimina intermediários, negociando os produtos com pequenos agricultores e reduzindo custos. A rodada foi liderada pelo fundo carioca Solum Capital, acompanhado do KPTL Capital, num cheque de US$ 4 milhões. Startup mira entrar no Rio de Janeiro em 2022.

Saúde

Para mulheres. Dentro do ramo das startups de saúde (healthtechs), o mês de abril trouxe uma empresa especializada na saúde da mulher (femtechs), a Theia. A empresa começou como um serviço de telemedicina, que inclui consultas com especialistas, psicólogos, nutricionistas e fisioterapeutas para complementar os serviços de obstetrícia. Recentemente, inaugurou uma clínica em São Paulo para fazer exames que não podem ser feitos de forma remota.

O cheque de R$ 30 milhões foi liderado pela 8VC e Canaan, ambos estrangeiros e especializados em saúde, e o dinheiro vai ser utilizado para aumentar o time de profissionais da saúde, além de ter parte destinada para o time de tecnologia.

Jovens no mercado de trabalho

Trainee digital. A startup de educação brasileira Galena tem como serviço a preparação de estudantes de escola pública para trabalhar em grandes empresas, como um treinamento especializado para o mundo corporativo. O cheque de US$ 16 milhões contou com a estreia do fundo americano Altos Ventures no Brasil e vai ser usado para investir em tecnologia e no aumento da equipe da empresa.

Moradia

Nem compra nem aluguel. A startup Amora apareceu no mês para servir como uma espécie de 3ª via para aqueles que não conseguem decidir entre aluguel ou compra de imóveis. O cliente escolhe onde quer morar, a companhia compra o imóvel e o disponibiliza para a moradia em um contrato de 36 meses. O valor pago mensalmente é dividido: parte é um custo mensal, equivalente a um aluguel, enquanto a outra serve como poupança para que o usuário compre o imóvel.

O cheque da empresa foi de R$ 16 milhões em rodada liderada pela Global Founders Capital (GFC), além de Moore Strategic. O dinheiro será usado na tecnologia e na melhoria dos processos.

A Octa ajuda na intermediação dareciclagem de peças automobilísticas Foto: Octa / Divulgação

Reciclagem automotiva

Tentáculos. O mês começou com a Octa, startup brasileira que une empresas com frotas de carros inutilizados (batidos, queimados ou sucateados) a recicladoras e frotistas, que podem reutilizar peças ainda aproveitáveis. O aporte foi de R$ 8 milhões, em rodada liderada pela VOX Capital. O cheque será usado para investimentos na ampliação da equipe de tecnologia, produtos e comercial e para o lançamento de produtos.

Depois de um início de ano acelerado entre as startups, o mercado de inovação pisou no freio em abril e passou a olhar com mais cautela para os investimentos. O espaço que mais ganhou olhares foi o varejo, com quatro aportes dentro da área. 

Entre as “retailtechs” (companhias de tecnologia do varejo), a Inventa, que conecta fornecedores com pequenos e médios comerciantes, fez uma rodada de US$ 55 milhões. Ainda, quem se destacou também foi a Zubale, com US$ 40 milhões.

No entanto, o maior valor levantado em rodada veio de fora do segmento por meio da Unico, startup de biometria e reconhecimento facial: o cheque recebido totaliza US$ 100 milhões, oito meses após a empresa se tornar um “unicórnio” (avaliação de mercado superior a US$ 1 bilhão).

Além disso, o Stark Bank, cujo nome é inspirado no herói dos quadrinhos da Marvel, levantou US$ 45 milhões com um investidor inédito no Brasil: Jeff Bezos, fundador da Amazon e segundo homem mais rico do mundo.

Abaixo, leia um resumo do mês.

Com unicórnios pisando no freio, mercado de startups têm mês mais calmo Foto: Tiago Queiroz/Estadão

Unicórnio Unico

Biometria. O unicórnio Unico, já conhecido por seu sistema de biometria e identidade digital, levantou nova rodada de US$ 100 milhões, liderada pelo banco americano Goldman Sachs — oito meses depois de ultrapassar a marca de US$ 1 bilhão em avaliação de mercado. A empresa tem entre seus clientes o banco Santander, a área Latam e o Mercado Livre e, com o novo cheque, quer expandir seus negócios para México e Colômbia.

Homem de Ferro das startups

Amiga dos unicórnios. Servindo de ajuda com serviços bancários para unicórnios, a brasileira Stark Bank oferece cartão corporativo que permite limites de gastos por moeda, país, estabelecimentos e frequência de operações, além de produtos como gestão de cobrança via boleto e Pix, fluxo customizado de aprovação de pagamentos e folha de pagamentos. Com o aporte, a companhia deve oferecer produtos financeiros, como investimentos e linhas de crédito. 

O cheque de US$ 45 milhões teve sua rodada liderada pela Ribbit Capital, firma americana especializada em fintechs. Participaram da rodada também a SEA Capital, Lachy Groom e K5 Global. O destaque fica para a participação inédita do fundo da Bezos Expeditions, de Jeff Bezos, Brasil.

Mês do varejo

Para bares e restaurantes. A Floki, startup brasileira que trabalha com a automatização de processos de compras para donos de bares e restaurantes, como no preenchimento de planilhas e no orçamento de preços com fornecedores. O cheque, de R$ 50 milhões, é o primeiro grande investimento formal da startup. A rodada foi liderada pelos fundos NFX e Valor Capital Group. A quantia será usada para aumentar em até 20 vezes o volume dos valores transacionados pela empresa e focar em soluções para atender grandes redes de restaurantes.

Reforço nas entregas. A mexicana Zubale chegou ao Brasil oferecendo serviços de ajuda na entrega de varejistas. A empresa atende pedidos de e-commerce para revendedores por meio de seu marketplace de sua força de trabalho independentes, que coleta, embala e entrega os produtos do revendedor. O cheque foi de US$ 40 milhões, liderado pela QED Investors. Objetivo é ampliar os serviços em outros países, como Chile, e crescer em tecnologia.

Mais produtos. A brasileira Inventa trabalha oferecendo serviços de compra de produtos para varejistas. A partir do seu sistema da análise de informações das compras anteriores das lojas e dos produtos que outros comércios semelhantes estão vendendo, novos itens são sugeridos aos lojistas parceiros. O cheque foi de US$ 55 milhões numa rodada liderada pela Greylock Partners e, com ele, a empresa pretende aumentar de três para sete a quantidade de categorias de produtos com as quais trabalha.

Coladinho. A DoLado levantou US$ 10 milhões, com foco em fisgar os “invisíveis do varejo”, ou seja, os pequenos lojistas de bairro. Nascida em 2020, a startup faz reposição inteligente de produtos para os varejistas, poupando tempo e reduzindo custos. O cheque foi liderado pelo fundo Valor Capital, seguido por Flourish (Grupo Omidyar Network), GFC, Clocktower Ventures, IDB (em estreia em investimentos no Brasil) e Endeavor.

Nova foodtech

Criando raízes. A brasileira Raízs foi a mais nova foodtech no País a atrair investidores. O negócio consiste em cuidar em colher alimentos da terra e entregá-los à mesa do consumidor. A companhia, que compete com a LivUp, elimina intermediários, negociando os produtos com pequenos agricultores e reduzindo custos. A rodada foi liderada pelo fundo carioca Solum Capital, acompanhado do KPTL Capital, num cheque de US$ 4 milhões. Startup mira entrar no Rio de Janeiro em 2022.

Saúde

Para mulheres. Dentro do ramo das startups de saúde (healthtechs), o mês de abril trouxe uma empresa especializada na saúde da mulher (femtechs), a Theia. A empresa começou como um serviço de telemedicina, que inclui consultas com especialistas, psicólogos, nutricionistas e fisioterapeutas para complementar os serviços de obstetrícia. Recentemente, inaugurou uma clínica em São Paulo para fazer exames que não podem ser feitos de forma remota.

O cheque de R$ 30 milhões foi liderado pela 8VC e Canaan, ambos estrangeiros e especializados em saúde, e o dinheiro vai ser utilizado para aumentar o time de profissionais da saúde, além de ter parte destinada para o time de tecnologia.

Jovens no mercado de trabalho

Trainee digital. A startup de educação brasileira Galena tem como serviço a preparação de estudantes de escola pública para trabalhar em grandes empresas, como um treinamento especializado para o mundo corporativo. O cheque de US$ 16 milhões contou com a estreia do fundo americano Altos Ventures no Brasil e vai ser usado para investir em tecnologia e no aumento da equipe da empresa.

Moradia

Nem compra nem aluguel. A startup Amora apareceu no mês para servir como uma espécie de 3ª via para aqueles que não conseguem decidir entre aluguel ou compra de imóveis. O cliente escolhe onde quer morar, a companhia compra o imóvel e o disponibiliza para a moradia em um contrato de 36 meses. O valor pago mensalmente é dividido: parte é um custo mensal, equivalente a um aluguel, enquanto a outra serve como poupança para que o usuário compre o imóvel.

O cheque da empresa foi de R$ 16 milhões em rodada liderada pela Global Founders Capital (GFC), além de Moore Strategic. O dinheiro será usado na tecnologia e na melhoria dos processos.

A Octa ajuda na intermediação dareciclagem de peças automobilísticas Foto: Octa / Divulgação

Reciclagem automotiva

Tentáculos. O mês começou com a Octa, startup brasileira que une empresas com frotas de carros inutilizados (batidos, queimados ou sucateados) a recicladoras e frotistas, que podem reutilizar peças ainda aproveitáveis. O aporte foi de R$ 8 milhões, em rodada liderada pela VOX Capital. O cheque será usado para investimentos na ampliação da equipe de tecnologia, produtos e comercial e para o lançamento de produtos.

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