Avon vai abrir centro de inovação no Brasil mirando diversidade local


Gigante dos cosméticos quer ficar mais próximo do seu principal mercado; inauguração será no segundo semestre

Por Bruna Arimathea
Atualização:

Para se aproximar de um de seus maiores mercados, a Avon, empresa americana de cosméticos, está saindo de sua sede em Nova York para desembarcar no Brasil com um centro de pesquisa e inovação em cosméticos. A empresa vai utilizar parte das instalações da Natura, em Cajamar, São Paulo, para desenvolver novas tecnologias de perfumaria e produtos voltados para a pele.

A estrutura deve ser inaugurada no segundo semestre e vai utilizar maquinário importado dos EUA e equipamentos já disponíveis no espaço da Natura. A ideia é que a empresa possa entender melhor as necessidades dos clientes latino-americanos e desenvolver produtos para o público local.

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“O Brasil é a maior operação da Avon no mundo. A América Latina também tem operações, como México, Argentina e Colômbia, que figuram entre as maiores. Percebemos o quão importante é estar perto desses mercados e entender essa diversidade”, diz Daniel Silveira, presidente da Avon Brasil.

Segundo Silveira, porém, as pesquisas em solo brasileiro não devem se limitar à venda regional: a Avon espera aproveitar a especialização do centro para levar produtos também para a Europa e a Ásia, outros dois grandes mercados da marca. A empresa já não comercializava nos EUA desde 2016, quando anunciou sua mudança para o Reino Unido. Um centro de pesquisa ainda estava ativo em Nova York.

Para Susana Pereira, coordenadora do Centro de Inovação da FGV EAESP, o setor representa parte importante do consumo do brasileiro e pode se beneficiar a partir da chegada de novos polos ao País.

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“O mercado de cosméticos tem inovações extensas. Um centro de inovação vai movimentar todo o ecossistema não somente com recursos, mas também uma relação muito forte com pesquisadores locais e instituições. É um desafio tremendo”, afirma.

Daniel Silveira, presidente da Avon Brasil, diz que a Avon viu a importância de criar produtos locais  Foto: Paulo Vitale/Avon

Operação Brasil

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Por aqui, o foco da Avon vai ser realizar pesquisas em produtos de pele e perfumaria. O objetivo é que mais de 80 fórmulas diferentes possam ser desenvolvidas nas novas instalações – anteriormente, cerca de 30 fórmulas compunham o “arsenal” da empresa. Ao trazer os estudos para mais perto das clientes, a ideia é que as novas opções possam atender os diferentes tipos de pele dos clientes da América Latina.

Para isso, a Avon quer unir seu próprio maquinário com o que já existe no centro da Natura. Um dos equipamentos utilizados para gerar os produtos, por exemplo, é uma máquina chamada Multiplex. Por meio de testes químicos e dermatológicos, a tecnologia é capaz de testar diversos componentes combinados ao mesmo tempo, como irritabilidade e durabilidade do produto.

Outro equipamento que será utilizado pela empresa e que já é explorado pela Natura é uma impressora de pele 3D. As amostras geradas pelo equipamento permitem que texturas e características variadas de pele possam ser fabricadas para testar os produtos – desde dermes ressecadas a diferentes tipos de oleosidade.

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“O processo vai se desenrolando. Não precisamos esperar tudo estar pronto para começar a operar. Então já estamos fazendo uma série de trabalhos em perfumaria, alguns trabalhos em pesquisa de pele, cuidando da transferência de conhecimento do time americano para o time que ficará aqui”, afirma Silveira.

“Temos um ecossistema muito bem desenvolvido em São Paulo, com fornecedores que têm condições de desenvolver novos produtos rapidamente”, explica Susana. “O setor de cosméticos é associado a saúde e bem-estar, então é preciso muita pesquisa para entregar o que o consumidor está buscando”, diz.

Um centro de inovação vai movimentar todo o ecossistema não somente com recursos, mas também uma relação muito forte com pesquisadores locais e instituições

Susana Pereira, coordenadora do Centro de Inovação da FGV EAESP

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Parceria

O funcionamento em parceria com a Natura está em transição desde o final de 2022, quando a empresa decidiu dividir seu centro de pesquisa e desenvolvimento em duas vertentes: uma unidade no Brasil e outra na Polônia.

Com o local já designado para a operação, a Avon tem vagas abertas para cerca de 40 profissionais de áreas técnicas, para começar a primeira fase da mudança para o País.

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“A nossa expectativa é de que as inovações fiquem mais relevantes, gerando, portanto, resultados melhores de vendas”, diz o executivo. “Acreditamos que vamos atender de maneira mais adequada à necessidade de consumidores”.

Uma das áreas citadas por Silveira é a perfumaria, onde a Natura explora essências brasileiras de diversas regiões para compor seus produtos – para isso, a empresa possui um dos maiores laboratórios da área na América Latina.

Ainda assim, as marcas vão seguir caminhos diferentes na hora de oferecer os cosméticos para os seus públicos, mesmo estando debaixo do “mesmo teto”. Em 2020, a Natura adquiriu a Avon e ficou responsável por 72,3% do grupo americano.

“Claro que estamos no mesmo grupo, então tem uma complementaridade grande, mas são estratégias muito diferentes. O processo de inovação é diferente, e as rotas de inovação são distintas. Isso permanece”, explica Silveira.

Para se aproximar de um de seus maiores mercados, a Avon, empresa americana de cosméticos, está saindo de sua sede em Nova York para desembarcar no Brasil com um centro de pesquisa e inovação em cosméticos. A empresa vai utilizar parte das instalações da Natura, em Cajamar, São Paulo, para desenvolver novas tecnologias de perfumaria e produtos voltados para a pele.

A estrutura deve ser inaugurada no segundo semestre e vai utilizar maquinário importado dos EUA e equipamentos já disponíveis no espaço da Natura. A ideia é que a empresa possa entender melhor as necessidades dos clientes latino-americanos e desenvolver produtos para o público local.

“O Brasil é a maior operação da Avon no mundo. A América Latina também tem operações, como México, Argentina e Colômbia, que figuram entre as maiores. Percebemos o quão importante é estar perto desses mercados e entender essa diversidade”, diz Daniel Silveira, presidente da Avon Brasil.

Segundo Silveira, porém, as pesquisas em solo brasileiro não devem se limitar à venda regional: a Avon espera aproveitar a especialização do centro para levar produtos também para a Europa e a Ásia, outros dois grandes mercados da marca. A empresa já não comercializava nos EUA desde 2016, quando anunciou sua mudança para o Reino Unido. Um centro de pesquisa ainda estava ativo em Nova York.

Para Susana Pereira, coordenadora do Centro de Inovação da FGV EAESP, o setor representa parte importante do consumo do brasileiro e pode se beneficiar a partir da chegada de novos polos ao País.

“O mercado de cosméticos tem inovações extensas. Um centro de inovação vai movimentar todo o ecossistema não somente com recursos, mas também uma relação muito forte com pesquisadores locais e instituições. É um desafio tremendo”, afirma.

Daniel Silveira, presidente da Avon Brasil, diz que a Avon viu a importância de criar produtos locais  Foto: Paulo Vitale/Avon

Operação Brasil

Por aqui, o foco da Avon vai ser realizar pesquisas em produtos de pele e perfumaria. O objetivo é que mais de 80 fórmulas diferentes possam ser desenvolvidas nas novas instalações – anteriormente, cerca de 30 fórmulas compunham o “arsenal” da empresa. Ao trazer os estudos para mais perto das clientes, a ideia é que as novas opções possam atender os diferentes tipos de pele dos clientes da América Latina.

Para isso, a Avon quer unir seu próprio maquinário com o que já existe no centro da Natura. Um dos equipamentos utilizados para gerar os produtos, por exemplo, é uma máquina chamada Multiplex. Por meio de testes químicos e dermatológicos, a tecnologia é capaz de testar diversos componentes combinados ao mesmo tempo, como irritabilidade e durabilidade do produto.

Outro equipamento que será utilizado pela empresa e que já é explorado pela Natura é uma impressora de pele 3D. As amostras geradas pelo equipamento permitem que texturas e características variadas de pele possam ser fabricadas para testar os produtos – desde dermes ressecadas a diferentes tipos de oleosidade.

“O processo vai se desenrolando. Não precisamos esperar tudo estar pronto para começar a operar. Então já estamos fazendo uma série de trabalhos em perfumaria, alguns trabalhos em pesquisa de pele, cuidando da transferência de conhecimento do time americano para o time que ficará aqui”, afirma Silveira.

“Temos um ecossistema muito bem desenvolvido em São Paulo, com fornecedores que têm condições de desenvolver novos produtos rapidamente”, explica Susana. “O setor de cosméticos é associado a saúde e bem-estar, então é preciso muita pesquisa para entregar o que o consumidor está buscando”, diz.

Um centro de inovação vai movimentar todo o ecossistema não somente com recursos, mas também uma relação muito forte com pesquisadores locais e instituições

Susana Pereira, coordenadora do Centro de Inovação da FGV EAESP

Parceria

O funcionamento em parceria com a Natura está em transição desde o final de 2022, quando a empresa decidiu dividir seu centro de pesquisa e desenvolvimento em duas vertentes: uma unidade no Brasil e outra na Polônia.

Com o local já designado para a operação, a Avon tem vagas abertas para cerca de 40 profissionais de áreas técnicas, para começar a primeira fase da mudança para o País.

“A nossa expectativa é de que as inovações fiquem mais relevantes, gerando, portanto, resultados melhores de vendas”, diz o executivo. “Acreditamos que vamos atender de maneira mais adequada à necessidade de consumidores”.

Uma das áreas citadas por Silveira é a perfumaria, onde a Natura explora essências brasileiras de diversas regiões para compor seus produtos – para isso, a empresa possui um dos maiores laboratórios da área na América Latina.

Ainda assim, as marcas vão seguir caminhos diferentes na hora de oferecer os cosméticos para os seus públicos, mesmo estando debaixo do “mesmo teto”. Em 2020, a Natura adquiriu a Avon e ficou responsável por 72,3% do grupo americano.

“Claro que estamos no mesmo grupo, então tem uma complementaridade grande, mas são estratégias muito diferentes. O processo de inovação é diferente, e as rotas de inovação são distintas. Isso permanece”, explica Silveira.

Para se aproximar de um de seus maiores mercados, a Avon, empresa americana de cosméticos, está saindo de sua sede em Nova York para desembarcar no Brasil com um centro de pesquisa e inovação em cosméticos. A empresa vai utilizar parte das instalações da Natura, em Cajamar, São Paulo, para desenvolver novas tecnologias de perfumaria e produtos voltados para a pele.

A estrutura deve ser inaugurada no segundo semestre e vai utilizar maquinário importado dos EUA e equipamentos já disponíveis no espaço da Natura. A ideia é que a empresa possa entender melhor as necessidades dos clientes latino-americanos e desenvolver produtos para o público local.

“O Brasil é a maior operação da Avon no mundo. A América Latina também tem operações, como México, Argentina e Colômbia, que figuram entre as maiores. Percebemos o quão importante é estar perto desses mercados e entender essa diversidade”, diz Daniel Silveira, presidente da Avon Brasil.

Segundo Silveira, porém, as pesquisas em solo brasileiro não devem se limitar à venda regional: a Avon espera aproveitar a especialização do centro para levar produtos também para a Europa e a Ásia, outros dois grandes mercados da marca. A empresa já não comercializava nos EUA desde 2016, quando anunciou sua mudança para o Reino Unido. Um centro de pesquisa ainda estava ativo em Nova York.

Para Susana Pereira, coordenadora do Centro de Inovação da FGV EAESP, o setor representa parte importante do consumo do brasileiro e pode se beneficiar a partir da chegada de novos polos ao País.

“O mercado de cosméticos tem inovações extensas. Um centro de inovação vai movimentar todo o ecossistema não somente com recursos, mas também uma relação muito forte com pesquisadores locais e instituições. É um desafio tremendo”, afirma.

Daniel Silveira, presidente da Avon Brasil, diz que a Avon viu a importância de criar produtos locais  Foto: Paulo Vitale/Avon

Operação Brasil

Por aqui, o foco da Avon vai ser realizar pesquisas em produtos de pele e perfumaria. O objetivo é que mais de 80 fórmulas diferentes possam ser desenvolvidas nas novas instalações – anteriormente, cerca de 30 fórmulas compunham o “arsenal” da empresa. Ao trazer os estudos para mais perto das clientes, a ideia é que as novas opções possam atender os diferentes tipos de pele dos clientes da América Latina.

Para isso, a Avon quer unir seu próprio maquinário com o que já existe no centro da Natura. Um dos equipamentos utilizados para gerar os produtos, por exemplo, é uma máquina chamada Multiplex. Por meio de testes químicos e dermatológicos, a tecnologia é capaz de testar diversos componentes combinados ao mesmo tempo, como irritabilidade e durabilidade do produto.

Outro equipamento que será utilizado pela empresa e que já é explorado pela Natura é uma impressora de pele 3D. As amostras geradas pelo equipamento permitem que texturas e características variadas de pele possam ser fabricadas para testar os produtos – desde dermes ressecadas a diferentes tipos de oleosidade.

“O processo vai se desenrolando. Não precisamos esperar tudo estar pronto para começar a operar. Então já estamos fazendo uma série de trabalhos em perfumaria, alguns trabalhos em pesquisa de pele, cuidando da transferência de conhecimento do time americano para o time que ficará aqui”, afirma Silveira.

“Temos um ecossistema muito bem desenvolvido em São Paulo, com fornecedores que têm condições de desenvolver novos produtos rapidamente”, explica Susana. “O setor de cosméticos é associado a saúde e bem-estar, então é preciso muita pesquisa para entregar o que o consumidor está buscando”, diz.

Um centro de inovação vai movimentar todo o ecossistema não somente com recursos, mas também uma relação muito forte com pesquisadores locais e instituições

Susana Pereira, coordenadora do Centro de Inovação da FGV EAESP

Parceria

O funcionamento em parceria com a Natura está em transição desde o final de 2022, quando a empresa decidiu dividir seu centro de pesquisa e desenvolvimento em duas vertentes: uma unidade no Brasil e outra na Polônia.

Com o local já designado para a operação, a Avon tem vagas abertas para cerca de 40 profissionais de áreas técnicas, para começar a primeira fase da mudança para o País.

“A nossa expectativa é de que as inovações fiquem mais relevantes, gerando, portanto, resultados melhores de vendas”, diz o executivo. “Acreditamos que vamos atender de maneira mais adequada à necessidade de consumidores”.

Uma das áreas citadas por Silveira é a perfumaria, onde a Natura explora essências brasileiras de diversas regiões para compor seus produtos – para isso, a empresa possui um dos maiores laboratórios da área na América Latina.

Ainda assim, as marcas vão seguir caminhos diferentes na hora de oferecer os cosméticos para os seus públicos, mesmo estando debaixo do “mesmo teto”. Em 2020, a Natura adquiriu a Avon e ficou responsável por 72,3% do grupo americano.

“Claro que estamos no mesmo grupo, então tem uma complementaridade grande, mas são estratégias muito diferentes. O processo de inovação é diferente, e as rotas de inovação são distintas. Isso permanece”, explica Silveira.

Para se aproximar de um de seus maiores mercados, a Avon, empresa americana de cosméticos, está saindo de sua sede em Nova York para desembarcar no Brasil com um centro de pesquisa e inovação em cosméticos. A empresa vai utilizar parte das instalações da Natura, em Cajamar, São Paulo, para desenvolver novas tecnologias de perfumaria e produtos voltados para a pele.

A estrutura deve ser inaugurada no segundo semestre e vai utilizar maquinário importado dos EUA e equipamentos já disponíveis no espaço da Natura. A ideia é que a empresa possa entender melhor as necessidades dos clientes latino-americanos e desenvolver produtos para o público local.

“O Brasil é a maior operação da Avon no mundo. A América Latina também tem operações, como México, Argentina e Colômbia, que figuram entre as maiores. Percebemos o quão importante é estar perto desses mercados e entender essa diversidade”, diz Daniel Silveira, presidente da Avon Brasil.

Segundo Silveira, porém, as pesquisas em solo brasileiro não devem se limitar à venda regional: a Avon espera aproveitar a especialização do centro para levar produtos também para a Europa e a Ásia, outros dois grandes mercados da marca. A empresa já não comercializava nos EUA desde 2016, quando anunciou sua mudança para o Reino Unido. Um centro de pesquisa ainda estava ativo em Nova York.

Para Susana Pereira, coordenadora do Centro de Inovação da FGV EAESP, o setor representa parte importante do consumo do brasileiro e pode se beneficiar a partir da chegada de novos polos ao País.

“O mercado de cosméticos tem inovações extensas. Um centro de inovação vai movimentar todo o ecossistema não somente com recursos, mas também uma relação muito forte com pesquisadores locais e instituições. É um desafio tremendo”, afirma.

Daniel Silveira, presidente da Avon Brasil, diz que a Avon viu a importância de criar produtos locais  Foto: Paulo Vitale/Avon

Operação Brasil

Por aqui, o foco da Avon vai ser realizar pesquisas em produtos de pele e perfumaria. O objetivo é que mais de 80 fórmulas diferentes possam ser desenvolvidas nas novas instalações – anteriormente, cerca de 30 fórmulas compunham o “arsenal” da empresa. Ao trazer os estudos para mais perto das clientes, a ideia é que as novas opções possam atender os diferentes tipos de pele dos clientes da América Latina.

Para isso, a Avon quer unir seu próprio maquinário com o que já existe no centro da Natura. Um dos equipamentos utilizados para gerar os produtos, por exemplo, é uma máquina chamada Multiplex. Por meio de testes químicos e dermatológicos, a tecnologia é capaz de testar diversos componentes combinados ao mesmo tempo, como irritabilidade e durabilidade do produto.

Outro equipamento que será utilizado pela empresa e que já é explorado pela Natura é uma impressora de pele 3D. As amostras geradas pelo equipamento permitem que texturas e características variadas de pele possam ser fabricadas para testar os produtos – desde dermes ressecadas a diferentes tipos de oleosidade.

“O processo vai se desenrolando. Não precisamos esperar tudo estar pronto para começar a operar. Então já estamos fazendo uma série de trabalhos em perfumaria, alguns trabalhos em pesquisa de pele, cuidando da transferência de conhecimento do time americano para o time que ficará aqui”, afirma Silveira.

“Temos um ecossistema muito bem desenvolvido em São Paulo, com fornecedores que têm condições de desenvolver novos produtos rapidamente”, explica Susana. “O setor de cosméticos é associado a saúde e bem-estar, então é preciso muita pesquisa para entregar o que o consumidor está buscando”, diz.

Um centro de inovação vai movimentar todo o ecossistema não somente com recursos, mas também uma relação muito forte com pesquisadores locais e instituições

Susana Pereira, coordenadora do Centro de Inovação da FGV EAESP

Parceria

O funcionamento em parceria com a Natura está em transição desde o final de 2022, quando a empresa decidiu dividir seu centro de pesquisa e desenvolvimento em duas vertentes: uma unidade no Brasil e outra na Polônia.

Com o local já designado para a operação, a Avon tem vagas abertas para cerca de 40 profissionais de áreas técnicas, para começar a primeira fase da mudança para o País.

“A nossa expectativa é de que as inovações fiquem mais relevantes, gerando, portanto, resultados melhores de vendas”, diz o executivo. “Acreditamos que vamos atender de maneira mais adequada à necessidade de consumidores”.

Uma das áreas citadas por Silveira é a perfumaria, onde a Natura explora essências brasileiras de diversas regiões para compor seus produtos – para isso, a empresa possui um dos maiores laboratórios da área na América Latina.

Ainda assim, as marcas vão seguir caminhos diferentes na hora de oferecer os cosméticos para os seus públicos, mesmo estando debaixo do “mesmo teto”. Em 2020, a Natura adquiriu a Avon e ficou responsável por 72,3% do grupo americano.

“Claro que estamos no mesmo grupo, então tem uma complementaridade grande, mas são estratégias muito diferentes. O processo de inovação é diferente, e as rotas de inovação são distintas. Isso permanece”, explica Silveira.

Para se aproximar de um de seus maiores mercados, a Avon, empresa americana de cosméticos, está saindo de sua sede em Nova York para desembarcar no Brasil com um centro de pesquisa e inovação em cosméticos. A empresa vai utilizar parte das instalações da Natura, em Cajamar, São Paulo, para desenvolver novas tecnologias de perfumaria e produtos voltados para a pele.

A estrutura deve ser inaugurada no segundo semestre e vai utilizar maquinário importado dos EUA e equipamentos já disponíveis no espaço da Natura. A ideia é que a empresa possa entender melhor as necessidades dos clientes latino-americanos e desenvolver produtos para o público local.

“O Brasil é a maior operação da Avon no mundo. A América Latina também tem operações, como México, Argentina e Colômbia, que figuram entre as maiores. Percebemos o quão importante é estar perto desses mercados e entender essa diversidade”, diz Daniel Silveira, presidente da Avon Brasil.

Segundo Silveira, porém, as pesquisas em solo brasileiro não devem se limitar à venda regional: a Avon espera aproveitar a especialização do centro para levar produtos também para a Europa e a Ásia, outros dois grandes mercados da marca. A empresa já não comercializava nos EUA desde 2016, quando anunciou sua mudança para o Reino Unido. Um centro de pesquisa ainda estava ativo em Nova York.

Para Susana Pereira, coordenadora do Centro de Inovação da FGV EAESP, o setor representa parte importante do consumo do brasileiro e pode se beneficiar a partir da chegada de novos polos ao País.

“O mercado de cosméticos tem inovações extensas. Um centro de inovação vai movimentar todo o ecossistema não somente com recursos, mas também uma relação muito forte com pesquisadores locais e instituições. É um desafio tremendo”, afirma.

Daniel Silveira, presidente da Avon Brasil, diz que a Avon viu a importância de criar produtos locais  Foto: Paulo Vitale/Avon

Operação Brasil

Por aqui, o foco da Avon vai ser realizar pesquisas em produtos de pele e perfumaria. O objetivo é que mais de 80 fórmulas diferentes possam ser desenvolvidas nas novas instalações – anteriormente, cerca de 30 fórmulas compunham o “arsenal” da empresa. Ao trazer os estudos para mais perto das clientes, a ideia é que as novas opções possam atender os diferentes tipos de pele dos clientes da América Latina.

Para isso, a Avon quer unir seu próprio maquinário com o que já existe no centro da Natura. Um dos equipamentos utilizados para gerar os produtos, por exemplo, é uma máquina chamada Multiplex. Por meio de testes químicos e dermatológicos, a tecnologia é capaz de testar diversos componentes combinados ao mesmo tempo, como irritabilidade e durabilidade do produto.

Outro equipamento que será utilizado pela empresa e que já é explorado pela Natura é uma impressora de pele 3D. As amostras geradas pelo equipamento permitem que texturas e características variadas de pele possam ser fabricadas para testar os produtos – desde dermes ressecadas a diferentes tipos de oleosidade.

“O processo vai se desenrolando. Não precisamos esperar tudo estar pronto para começar a operar. Então já estamos fazendo uma série de trabalhos em perfumaria, alguns trabalhos em pesquisa de pele, cuidando da transferência de conhecimento do time americano para o time que ficará aqui”, afirma Silveira.

“Temos um ecossistema muito bem desenvolvido em São Paulo, com fornecedores que têm condições de desenvolver novos produtos rapidamente”, explica Susana. “O setor de cosméticos é associado a saúde e bem-estar, então é preciso muita pesquisa para entregar o que o consumidor está buscando”, diz.

Um centro de inovação vai movimentar todo o ecossistema não somente com recursos, mas também uma relação muito forte com pesquisadores locais e instituições

Susana Pereira, coordenadora do Centro de Inovação da FGV EAESP

Parceria

O funcionamento em parceria com a Natura está em transição desde o final de 2022, quando a empresa decidiu dividir seu centro de pesquisa e desenvolvimento em duas vertentes: uma unidade no Brasil e outra na Polônia.

Com o local já designado para a operação, a Avon tem vagas abertas para cerca de 40 profissionais de áreas técnicas, para começar a primeira fase da mudança para o País.

“A nossa expectativa é de que as inovações fiquem mais relevantes, gerando, portanto, resultados melhores de vendas”, diz o executivo. “Acreditamos que vamos atender de maneira mais adequada à necessidade de consumidores”.

Uma das áreas citadas por Silveira é a perfumaria, onde a Natura explora essências brasileiras de diversas regiões para compor seus produtos – para isso, a empresa possui um dos maiores laboratórios da área na América Latina.

Ainda assim, as marcas vão seguir caminhos diferentes na hora de oferecer os cosméticos para os seus públicos, mesmo estando debaixo do “mesmo teto”. Em 2020, a Natura adquiriu a Avon e ficou responsável por 72,3% do grupo americano.

“Claro que estamos no mesmo grupo, então tem uma complementaridade grande, mas são estratégias muito diferentes. O processo de inovação é diferente, e as rotas de inovação são distintas. Isso permanece”, explica Silveira.

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