CES 2019: Brasileiro cria sistema para cadeira de rodas 'movida a sorrisos'


Plataforma da Hoobox, criada por Paulo Pinheiro, utiliza reconhecimento de expressões faciais para comandar movimentos de dispositivo; empresa já recebeu investimento do Albert Einstein

Por Bruno Capelas

Um sorriso pode fazer o mundo se mover – ou, ao menos, movimentar uma cadeira de rodas. É nisso que acredita o cientista brasileiro Paulo Pinheiro, fundador da startup Hoobox Robotics: desde 2016, a empresa trabalha no desenvolvimento do Wheelie, uma plataforma que permite cadeirantes controlarem seus veículos a partir de expressões faciais, como um levantar de sobrancelhas, colocar a língua para fora da boca ou até mesmo mandar um beijinho. 

Startup criada por brasileiro, Hoobox já recebeu investimento do Hospital Albert Einstein Foto: Hoobox
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Exibido nesta semana durante a Consumer Electronics Show (CES), feira de tecnologia que ocorre em Las Vegas, o Wheelie é um dos destaques do estande da Intel, parceira de Pinheiro no desenvolvimento do projeto. O sistema consiste em uma câmera e em um computador de bordo. Juntos, eles são capazes de entender as expressões do usuário e transformá-la em comandos específicos para a cadeira de rodas. 

Segundo Pinheiro, a plataforma é capaz de entender pelo menos dez gestos faciais diferentes – embora o sistema precise apenas de cinco (esquerda, direita, ir para a frente, ir para a trás e parar a cadeira) para comandar o veículo. “O kit pode ser adaptado para qualquer cadeira de rodas motorizada em apenas sete minutos”, explica. 

De acordo com o fundador da Hoobox, as outras funções podem ser customizadas pelo usuário para, em conjunto com a assistente pessoal Alexa, da Amazon, realizar comandos dentro de uma casa conectada, como ligar a televisão, acender lâmpadas ou abrir e fechar cortinas. 

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O projeto surgiu como fruto da pesquisa de Paulo Pinheiro em seu pós-doutorado na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), na área de visão computacional. Ele teve a ideia para o projeto quando estava em um aeroporto. “Vi uma menina paraplégica: ela não era capaz de mover a cadeira de rodas, mas tinha um sorriso lindo. Foi aí que eu tive o estalo que precisava”, conta o empreendedor.

Estrutura. Hoje, a Hoobox tem 11 funcionários, divididos entre Brasil e EUA. No País, a equipe da empresa fica alocada dentro do Hospital Albert Einstein, que realizou em 2017 uma rodada de investimento-semente na startup. Já nos EUA, o time da empresa tem base em Houston, dentro do laboratório de inovação da Johnson & Johnson, desenvolvendo áreas como design, usabilidade e segurança. Em Las Vegas, a Hoobox busca gerar interesse para a captação de uma segunda rodada de aportes, avaliada em US$ 2,5 milhões – os recursos serão utilizados para que a empresa desenvolva a versão final de seu produto. 

Por enquanto, o que há disponível no mercado é uma versão protótipo, que a empresa envia a pacientes e centros de saúde. Para faturar, a Hoobox cobra uma assinatura mensal de US$ 300 pelo serviço, utilizado por hospitais e também pelo usuário final. “Queremos entregar 3 mil kits para consumidores nos próximos meses”, afirma Pinheiro. De acordo com o executivo, outro mercado em potencial da startup são cuidadores de saúde – nos últimos meses, a Hoobox fechou acordo com duas empresas de cuidadores da Califórnia, que pagam uma assinatura só mas utilizam a solução da empresa em diversos pacientes.

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*O repórter viajou a convite da Intel

Um sorriso pode fazer o mundo se mover – ou, ao menos, movimentar uma cadeira de rodas. É nisso que acredita o cientista brasileiro Paulo Pinheiro, fundador da startup Hoobox Robotics: desde 2016, a empresa trabalha no desenvolvimento do Wheelie, uma plataforma que permite cadeirantes controlarem seus veículos a partir de expressões faciais, como um levantar de sobrancelhas, colocar a língua para fora da boca ou até mesmo mandar um beijinho. 

Startup criada por brasileiro, Hoobox já recebeu investimento do Hospital Albert Einstein Foto: Hoobox

Exibido nesta semana durante a Consumer Electronics Show (CES), feira de tecnologia que ocorre em Las Vegas, o Wheelie é um dos destaques do estande da Intel, parceira de Pinheiro no desenvolvimento do projeto. O sistema consiste em uma câmera e em um computador de bordo. Juntos, eles são capazes de entender as expressões do usuário e transformá-la em comandos específicos para a cadeira de rodas. 

Segundo Pinheiro, a plataforma é capaz de entender pelo menos dez gestos faciais diferentes – embora o sistema precise apenas de cinco (esquerda, direita, ir para a frente, ir para a trás e parar a cadeira) para comandar o veículo. “O kit pode ser adaptado para qualquer cadeira de rodas motorizada em apenas sete minutos”, explica. 

De acordo com o fundador da Hoobox, as outras funções podem ser customizadas pelo usuário para, em conjunto com a assistente pessoal Alexa, da Amazon, realizar comandos dentro de uma casa conectada, como ligar a televisão, acender lâmpadas ou abrir e fechar cortinas. 

O projeto surgiu como fruto da pesquisa de Paulo Pinheiro em seu pós-doutorado na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), na área de visão computacional. Ele teve a ideia para o projeto quando estava em um aeroporto. “Vi uma menina paraplégica: ela não era capaz de mover a cadeira de rodas, mas tinha um sorriso lindo. Foi aí que eu tive o estalo que precisava”, conta o empreendedor.

Estrutura. Hoje, a Hoobox tem 11 funcionários, divididos entre Brasil e EUA. No País, a equipe da empresa fica alocada dentro do Hospital Albert Einstein, que realizou em 2017 uma rodada de investimento-semente na startup. Já nos EUA, o time da empresa tem base em Houston, dentro do laboratório de inovação da Johnson & Johnson, desenvolvendo áreas como design, usabilidade e segurança. Em Las Vegas, a Hoobox busca gerar interesse para a captação de uma segunda rodada de aportes, avaliada em US$ 2,5 milhões – os recursos serão utilizados para que a empresa desenvolva a versão final de seu produto. 

Por enquanto, o que há disponível no mercado é uma versão protótipo, que a empresa envia a pacientes e centros de saúde. Para faturar, a Hoobox cobra uma assinatura mensal de US$ 300 pelo serviço, utilizado por hospitais e também pelo usuário final. “Queremos entregar 3 mil kits para consumidores nos próximos meses”, afirma Pinheiro. De acordo com o executivo, outro mercado em potencial da startup são cuidadores de saúde – nos últimos meses, a Hoobox fechou acordo com duas empresas de cuidadores da Califórnia, que pagam uma assinatura só mas utilizam a solução da empresa em diversos pacientes.

*O repórter viajou a convite da Intel

Um sorriso pode fazer o mundo se mover – ou, ao menos, movimentar uma cadeira de rodas. É nisso que acredita o cientista brasileiro Paulo Pinheiro, fundador da startup Hoobox Robotics: desde 2016, a empresa trabalha no desenvolvimento do Wheelie, uma plataforma que permite cadeirantes controlarem seus veículos a partir de expressões faciais, como um levantar de sobrancelhas, colocar a língua para fora da boca ou até mesmo mandar um beijinho. 

Startup criada por brasileiro, Hoobox já recebeu investimento do Hospital Albert Einstein Foto: Hoobox

Exibido nesta semana durante a Consumer Electronics Show (CES), feira de tecnologia que ocorre em Las Vegas, o Wheelie é um dos destaques do estande da Intel, parceira de Pinheiro no desenvolvimento do projeto. O sistema consiste em uma câmera e em um computador de bordo. Juntos, eles são capazes de entender as expressões do usuário e transformá-la em comandos específicos para a cadeira de rodas. 

Segundo Pinheiro, a plataforma é capaz de entender pelo menos dez gestos faciais diferentes – embora o sistema precise apenas de cinco (esquerda, direita, ir para a frente, ir para a trás e parar a cadeira) para comandar o veículo. “O kit pode ser adaptado para qualquer cadeira de rodas motorizada em apenas sete minutos”, explica. 

De acordo com o fundador da Hoobox, as outras funções podem ser customizadas pelo usuário para, em conjunto com a assistente pessoal Alexa, da Amazon, realizar comandos dentro de uma casa conectada, como ligar a televisão, acender lâmpadas ou abrir e fechar cortinas. 

O projeto surgiu como fruto da pesquisa de Paulo Pinheiro em seu pós-doutorado na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), na área de visão computacional. Ele teve a ideia para o projeto quando estava em um aeroporto. “Vi uma menina paraplégica: ela não era capaz de mover a cadeira de rodas, mas tinha um sorriso lindo. Foi aí que eu tive o estalo que precisava”, conta o empreendedor.

Estrutura. Hoje, a Hoobox tem 11 funcionários, divididos entre Brasil e EUA. No País, a equipe da empresa fica alocada dentro do Hospital Albert Einstein, que realizou em 2017 uma rodada de investimento-semente na startup. Já nos EUA, o time da empresa tem base em Houston, dentro do laboratório de inovação da Johnson & Johnson, desenvolvendo áreas como design, usabilidade e segurança. Em Las Vegas, a Hoobox busca gerar interesse para a captação de uma segunda rodada de aportes, avaliada em US$ 2,5 milhões – os recursos serão utilizados para que a empresa desenvolva a versão final de seu produto. 

Por enquanto, o que há disponível no mercado é uma versão protótipo, que a empresa envia a pacientes e centros de saúde. Para faturar, a Hoobox cobra uma assinatura mensal de US$ 300 pelo serviço, utilizado por hospitais e também pelo usuário final. “Queremos entregar 3 mil kits para consumidores nos próximos meses”, afirma Pinheiro. De acordo com o executivo, outro mercado em potencial da startup são cuidadores de saúde – nos últimos meses, a Hoobox fechou acordo com duas empresas de cuidadores da Califórnia, que pagam uma assinatura só mas utilizam a solução da empresa em diversos pacientes.

*O repórter viajou a convite da Intel

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