Depois de aprender a desenhar (DALL-E 2) e a responder perguntas complexas (ChatGPT), agora a inteligência artificial está se passando por personalidades famosas. É o que faz a empresa Character.AI, cujo robô de conversas (chatbot) se passa por políticos, artistas, personagens fictícios e até filósofos.
No site da Character.AI, por exemplo, é possível escolher quem vai ser o seu interlocutor: Winston Churchill, Billie Eilllish, Elon Musk, Tony Stark ou Sócrates, por exemplo. Ao clicar sobre cada um, o usuário pode enviar perguntas, fazer comentários e a IA, por sua vez, irá responder “dentro do personagem”.
A proposta é permitir que pessoas conversem, por ferramenta de bate-papo, com robôs com capacidade de imitar características de diversos tipos de pessoas em evidência, inclusive os “chavões” de cada um.
“Estamos trazendo o sonho da ficção-científica de conversas e colaboações com computadores”, afirma o site da Character.AI, afirmando que, apesar do caráter “divertido”, o robô pode ter usos em diversas áreas, como entretenimento e educação, por exemplo.
A tecnologia foi criada pela própria Character.AI, criada em novembro de 2021 por Noam Shazeer e pelo brasileiro Daniel De Freitas, ex-engenheiros do Google e com participação na criação do LaMDA, inteligência artificial de texto que, no ano passado, ganhou os holofotes por supostamente ter adquirido consciência.
“Nossos agentes de diálogo são baseados em tecnologia proprietária de grandes modelos de linguagem, construídos e treinados do zero com as conversas em mente”, diz o site da companhia.
Apesar da tentativa em ser fiel ao que diriam essas personalidades, a Character.AI frisa: tudo ali é fictício.
“Desnecessário dizer que um supercomputador alucinado não é uma fonte confiável de informação”, diz a companhia. “Ainda assim, esperamos que você use a Character.AI como uma ferramenta útil para a imaginação, pensar novas ideias, aprender línguas e uma série de outros propósitos que não imaginamos.”
O site da Character.AI pode ser acessado por este link, em inglês.