Como startups estão forçando grandes corporações a tirar a burocracia do caminho


Demanda por colaborações aumentaram, mas empresas precisaram mudar processos internos para acomodar formas diferentes de trabalho

Por Angelica Mari
Atualização:

ESPECIAL PARA O ESTADÃO - Incrementar negócios com a ajuda de startups é um movimento que tem crescido entre grandes corporações no Brasil. Segundo a 100 Open Startups, foram fechados 42,5 mil contratos do tipo em 2022, alta de 60% em relação a 2021 - o montante total chegou a R$ 2,7 bilhões, ou R$ 260 mil por contrato. Mas a relação entre empresas e startups nem sempre é fácil, o que vem forçando nomes tradicionais a ajustarem seus processos internos para lidar com as novatas tecnológicas.

A Globo, que interagiu com mais de 2 mil startups no Brasil e no Vale do Silício, enfrentou desafios no processo, como o alinhamento de suas próprias prioridades com as das startups. Segundo Carlos Octavio Queiroz, diretor de estratégia corporativa e arquitetura da empresa, a companhia precisou balancear suas metas imediatas com o horizonte de exploração das inovações e a execução da estratégia de longo prazo.

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“Criamos um fluxo de experimentação e de processos internos para avaliação mais ágil das startups. Também tivemos que adequar processos jurídicos e de suprimentos, criamos documentos mais leves e bilaterais para gerar agilidade nos processos de maneira geral”, acrescenta o executivo.

A burocracia é um dos grandes entraves enfrentados por startups, diz Amanda Graciano, colunista do Estadão e sócia da Fisher Venture Builder: ”Isso pode tornar as coisas mais lentas, mas também é uma forma de reduzir riscos,” diz.

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Mudanças nesse sentido aconteceram na Nestlé, que se relacionou com mais de 500 startups nos últimos dois anos em áreas desde automatização de limpeza de tubulações de máquinas de café até logística.

“Durante processos de compras que envolvem startups, ficamos mais próximos. Pagamentos são feitos em prazos menores, pois sabemos que muitas destas empresas não têm caixa para sustentar grandes investimentos”, diz Roberto Boiani, gerente de transformação digital da Nestlé, que investe entre R$ 50mil e R$ 100 mil por prova de conceito conduzida com startups.

A questão dos pagamentos é complexa, diz Jhonata Emerick, CEO da startup de análise de dados Datarisk. “Algumas empresas pagam em mais de 90 dias após o início da prestação de serviço, e isso pode ser difícil para startups no começo da jornada”.

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As adaptações são fundamentais para as novatas. Fechar um grande contrato é um dos fatores que pode determinar a sobrevivência de uma startup. Segundo a Associação Brasileira de Startups (ABStartups), sete em cada 10 startups fecham as portas antes de completar cinco anos de atividade, por motivos como acesso a capital e dificuldades para entrar no mercado.

Carlos Queiroz, da Globo: trabalho com startups para projetar futuros Foto: Divulgação/Globo

Mudança de mentalidade

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Processos de transformação mais profundos costumam anteceder o sucesso de empresas que avançaram com startups, um processo conhecido como inovação aberta. Na Ambev (onde 20% da receita vem de novos negócios), as conquistas vieram na esteira de uma transformação interna iniciada em 2018.

Entre os aprendizados da gigante está envolver “o quanto antes” áreas como compliance e jurídico nos projetos com startups, bem como a participação do alto escalão. Bruno Stefani, diretor de inovação da companhia, diz que usa startups em frentes como experiência do consumidor, logística e sustentabilidade. “Reconhecer as áreas transversais envolvidas, com a presença das lideranças, é fundamental para mantermos o engajamento e o trabalho colaborativo”, frisa.

A Gerdau é outra empresa que tem colhido frutos: a Gerdau Next, área criada em 2020 que inclui um braço de investimento e uma aceleradora, gerou mais de R$ 1 bilhão em novas receitas só no primeiro ano de operação. Cerca de 50 startups trabalham com a companhia no Brasil nas Américas em áreas como construção civil, mobilidade, sustentabilidade e logística. Além disso, a empresa criou suas próprias startups, em áreas como grafeno.

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Graças à transformação digital promovida desde 2012, a Gerdau automatiza processos como homologação e pagamentos, diz Juliano Prado, vice-presidente da companhia e responsável pela Gerdau Next. “Hoje, as coisas acontecem de forma fluida, porque nos adaptamos dentro de casa. Abraçamos a velocidade, a experimentação, e a mentalidade que fomenta a inovação e colaboração com as startups”, frisa.

Juliano Prado, da Gerdau: R$ 1 bilhão em novas receitas com startups Foto: LAN

Sobrevivência

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Apesar de casos de sucesso, as corporações ainda precisam evoluir suas abordagens em inovação aberta de forma geral tanto do ponto de vista digital quanto cultural, avalia Hugo Tadeu, professor da Fundação Dom Cabral (FDC). “Ainda há um descompasso entre a quantidade de dinheiro que está na mesa e os resultados. Deveríamos buscar mais profundidade e técnica na relação com startups”, diz o professor.

“Muitas empresas se esforçam para mostrar que estão se relacionando com startups mas nunca terminam um projeto”, dispara Arthur Rufino, CEO da Octa, startup que criou um marketplace circular que conecta frotistas a centros de desmontagem veicular, e atende empresas como a Gerdau, EDP, Audi e Basf. “Ainda vamos ver isso por um tempo, mas precisamos focar na prática e menos no hype.”

Cultura também importa

Além das mudanças processuais, as corporações precisam aplicar uma mudança cultural para trabalhar com startups, Amanda. “Quando se toma uma decisão de trazer startups para perto, não deveria ser só uma agenda de ganhos de eficiência e escala. É também sobre contratar negócios que têm culturas diferentes do seu”, diz.

Parte desta mudança cultural precisa estar relacionada ao trabalho com startups lideradas por times diversos, diz Marina Ratton, CEO da Feel, femtech que desenvolve produtos e serviços com foco na saúde íntima feminina, e trabalha com nomes como Renner e Grupo Boticário.

“(Grandes empresas) precisam considerar, como será possível olhar para este mundo novo de forma realmente abrangente, se o conselho é 100% masculino, branco e hétero? Esta é uma grande contradição, dada a composição da população brasileira”, diz a fundadora.

Corporações ainda têm arestas a aparar quando o assunto é o modus operandi junto a startups, mas Bruno Rondani, CEO da 100 Open Startups, prefere ver o copo meio cheio. “As empresas precisam fazer ajustes internos, alinhar projetos com a estratégia eI fazer uma melhor curadoria das startups. Mas o ponto central é reconhecer que este ecossistema existe, e gera muito resultado”, diz.

ESPECIAL PARA O ESTADÃO - Incrementar negócios com a ajuda de startups é um movimento que tem crescido entre grandes corporações no Brasil. Segundo a 100 Open Startups, foram fechados 42,5 mil contratos do tipo em 2022, alta de 60% em relação a 2021 - o montante total chegou a R$ 2,7 bilhões, ou R$ 260 mil por contrato. Mas a relação entre empresas e startups nem sempre é fácil, o que vem forçando nomes tradicionais a ajustarem seus processos internos para lidar com as novatas tecnológicas.

A Globo, que interagiu com mais de 2 mil startups no Brasil e no Vale do Silício, enfrentou desafios no processo, como o alinhamento de suas próprias prioridades com as das startups. Segundo Carlos Octavio Queiroz, diretor de estratégia corporativa e arquitetura da empresa, a companhia precisou balancear suas metas imediatas com o horizonte de exploração das inovações e a execução da estratégia de longo prazo.

“Criamos um fluxo de experimentação e de processos internos para avaliação mais ágil das startups. Também tivemos que adequar processos jurídicos e de suprimentos, criamos documentos mais leves e bilaterais para gerar agilidade nos processos de maneira geral”, acrescenta o executivo.

A burocracia é um dos grandes entraves enfrentados por startups, diz Amanda Graciano, colunista do Estadão e sócia da Fisher Venture Builder: ”Isso pode tornar as coisas mais lentas, mas também é uma forma de reduzir riscos,” diz.

Mudanças nesse sentido aconteceram na Nestlé, que se relacionou com mais de 500 startups nos últimos dois anos em áreas desde automatização de limpeza de tubulações de máquinas de café até logística.

“Durante processos de compras que envolvem startups, ficamos mais próximos. Pagamentos são feitos em prazos menores, pois sabemos que muitas destas empresas não têm caixa para sustentar grandes investimentos”, diz Roberto Boiani, gerente de transformação digital da Nestlé, que investe entre R$ 50mil e R$ 100 mil por prova de conceito conduzida com startups.

A questão dos pagamentos é complexa, diz Jhonata Emerick, CEO da startup de análise de dados Datarisk. “Algumas empresas pagam em mais de 90 dias após o início da prestação de serviço, e isso pode ser difícil para startups no começo da jornada”.

As adaptações são fundamentais para as novatas. Fechar um grande contrato é um dos fatores que pode determinar a sobrevivência de uma startup. Segundo a Associação Brasileira de Startups (ABStartups), sete em cada 10 startups fecham as portas antes de completar cinco anos de atividade, por motivos como acesso a capital e dificuldades para entrar no mercado.

Carlos Queiroz, da Globo: trabalho com startups para projetar futuros Foto: Divulgação/Globo

Mudança de mentalidade

Processos de transformação mais profundos costumam anteceder o sucesso de empresas que avançaram com startups, um processo conhecido como inovação aberta. Na Ambev (onde 20% da receita vem de novos negócios), as conquistas vieram na esteira de uma transformação interna iniciada em 2018.

Entre os aprendizados da gigante está envolver “o quanto antes” áreas como compliance e jurídico nos projetos com startups, bem como a participação do alto escalão. Bruno Stefani, diretor de inovação da companhia, diz que usa startups em frentes como experiência do consumidor, logística e sustentabilidade. “Reconhecer as áreas transversais envolvidas, com a presença das lideranças, é fundamental para mantermos o engajamento e o trabalho colaborativo”, frisa.

A Gerdau é outra empresa que tem colhido frutos: a Gerdau Next, área criada em 2020 que inclui um braço de investimento e uma aceleradora, gerou mais de R$ 1 bilhão em novas receitas só no primeiro ano de operação. Cerca de 50 startups trabalham com a companhia no Brasil nas Américas em áreas como construção civil, mobilidade, sustentabilidade e logística. Além disso, a empresa criou suas próprias startups, em áreas como grafeno.

Graças à transformação digital promovida desde 2012, a Gerdau automatiza processos como homologação e pagamentos, diz Juliano Prado, vice-presidente da companhia e responsável pela Gerdau Next. “Hoje, as coisas acontecem de forma fluida, porque nos adaptamos dentro de casa. Abraçamos a velocidade, a experimentação, e a mentalidade que fomenta a inovação e colaboração com as startups”, frisa.

Juliano Prado, da Gerdau: R$ 1 bilhão em novas receitas com startups Foto: LAN

Sobrevivência

Apesar de casos de sucesso, as corporações ainda precisam evoluir suas abordagens em inovação aberta de forma geral tanto do ponto de vista digital quanto cultural, avalia Hugo Tadeu, professor da Fundação Dom Cabral (FDC). “Ainda há um descompasso entre a quantidade de dinheiro que está na mesa e os resultados. Deveríamos buscar mais profundidade e técnica na relação com startups”, diz o professor.

“Muitas empresas se esforçam para mostrar que estão se relacionando com startups mas nunca terminam um projeto”, dispara Arthur Rufino, CEO da Octa, startup que criou um marketplace circular que conecta frotistas a centros de desmontagem veicular, e atende empresas como a Gerdau, EDP, Audi e Basf. “Ainda vamos ver isso por um tempo, mas precisamos focar na prática e menos no hype.”

Cultura também importa

Além das mudanças processuais, as corporações precisam aplicar uma mudança cultural para trabalhar com startups, Amanda. “Quando se toma uma decisão de trazer startups para perto, não deveria ser só uma agenda de ganhos de eficiência e escala. É também sobre contratar negócios que têm culturas diferentes do seu”, diz.

Parte desta mudança cultural precisa estar relacionada ao trabalho com startups lideradas por times diversos, diz Marina Ratton, CEO da Feel, femtech que desenvolve produtos e serviços com foco na saúde íntima feminina, e trabalha com nomes como Renner e Grupo Boticário.

“(Grandes empresas) precisam considerar, como será possível olhar para este mundo novo de forma realmente abrangente, se o conselho é 100% masculino, branco e hétero? Esta é uma grande contradição, dada a composição da população brasileira”, diz a fundadora.

Corporações ainda têm arestas a aparar quando o assunto é o modus operandi junto a startups, mas Bruno Rondani, CEO da 100 Open Startups, prefere ver o copo meio cheio. “As empresas precisam fazer ajustes internos, alinhar projetos com a estratégia eI fazer uma melhor curadoria das startups. Mas o ponto central é reconhecer que este ecossistema existe, e gera muito resultado”, diz.

ESPECIAL PARA O ESTADÃO - Incrementar negócios com a ajuda de startups é um movimento que tem crescido entre grandes corporações no Brasil. Segundo a 100 Open Startups, foram fechados 42,5 mil contratos do tipo em 2022, alta de 60% em relação a 2021 - o montante total chegou a R$ 2,7 bilhões, ou R$ 260 mil por contrato. Mas a relação entre empresas e startups nem sempre é fácil, o que vem forçando nomes tradicionais a ajustarem seus processos internos para lidar com as novatas tecnológicas.

A Globo, que interagiu com mais de 2 mil startups no Brasil e no Vale do Silício, enfrentou desafios no processo, como o alinhamento de suas próprias prioridades com as das startups. Segundo Carlos Octavio Queiroz, diretor de estratégia corporativa e arquitetura da empresa, a companhia precisou balancear suas metas imediatas com o horizonte de exploração das inovações e a execução da estratégia de longo prazo.

“Criamos um fluxo de experimentação e de processos internos para avaliação mais ágil das startups. Também tivemos que adequar processos jurídicos e de suprimentos, criamos documentos mais leves e bilaterais para gerar agilidade nos processos de maneira geral”, acrescenta o executivo.

A burocracia é um dos grandes entraves enfrentados por startups, diz Amanda Graciano, colunista do Estadão e sócia da Fisher Venture Builder: ”Isso pode tornar as coisas mais lentas, mas também é uma forma de reduzir riscos,” diz.

Mudanças nesse sentido aconteceram na Nestlé, que se relacionou com mais de 500 startups nos últimos dois anos em áreas desde automatização de limpeza de tubulações de máquinas de café até logística.

“Durante processos de compras que envolvem startups, ficamos mais próximos. Pagamentos são feitos em prazos menores, pois sabemos que muitas destas empresas não têm caixa para sustentar grandes investimentos”, diz Roberto Boiani, gerente de transformação digital da Nestlé, que investe entre R$ 50mil e R$ 100 mil por prova de conceito conduzida com startups.

A questão dos pagamentos é complexa, diz Jhonata Emerick, CEO da startup de análise de dados Datarisk. “Algumas empresas pagam em mais de 90 dias após o início da prestação de serviço, e isso pode ser difícil para startups no começo da jornada”.

As adaptações são fundamentais para as novatas. Fechar um grande contrato é um dos fatores que pode determinar a sobrevivência de uma startup. Segundo a Associação Brasileira de Startups (ABStartups), sete em cada 10 startups fecham as portas antes de completar cinco anos de atividade, por motivos como acesso a capital e dificuldades para entrar no mercado.

Carlos Queiroz, da Globo: trabalho com startups para projetar futuros Foto: Divulgação/Globo

Mudança de mentalidade

Processos de transformação mais profundos costumam anteceder o sucesso de empresas que avançaram com startups, um processo conhecido como inovação aberta. Na Ambev (onde 20% da receita vem de novos negócios), as conquistas vieram na esteira de uma transformação interna iniciada em 2018.

Entre os aprendizados da gigante está envolver “o quanto antes” áreas como compliance e jurídico nos projetos com startups, bem como a participação do alto escalão. Bruno Stefani, diretor de inovação da companhia, diz que usa startups em frentes como experiência do consumidor, logística e sustentabilidade. “Reconhecer as áreas transversais envolvidas, com a presença das lideranças, é fundamental para mantermos o engajamento e o trabalho colaborativo”, frisa.

A Gerdau é outra empresa que tem colhido frutos: a Gerdau Next, área criada em 2020 que inclui um braço de investimento e uma aceleradora, gerou mais de R$ 1 bilhão em novas receitas só no primeiro ano de operação. Cerca de 50 startups trabalham com a companhia no Brasil nas Américas em áreas como construção civil, mobilidade, sustentabilidade e logística. Além disso, a empresa criou suas próprias startups, em áreas como grafeno.

Graças à transformação digital promovida desde 2012, a Gerdau automatiza processos como homologação e pagamentos, diz Juliano Prado, vice-presidente da companhia e responsável pela Gerdau Next. “Hoje, as coisas acontecem de forma fluida, porque nos adaptamos dentro de casa. Abraçamos a velocidade, a experimentação, e a mentalidade que fomenta a inovação e colaboração com as startups”, frisa.

Juliano Prado, da Gerdau: R$ 1 bilhão em novas receitas com startups Foto: LAN

Sobrevivência

Apesar de casos de sucesso, as corporações ainda precisam evoluir suas abordagens em inovação aberta de forma geral tanto do ponto de vista digital quanto cultural, avalia Hugo Tadeu, professor da Fundação Dom Cabral (FDC). “Ainda há um descompasso entre a quantidade de dinheiro que está na mesa e os resultados. Deveríamos buscar mais profundidade e técnica na relação com startups”, diz o professor.

“Muitas empresas se esforçam para mostrar que estão se relacionando com startups mas nunca terminam um projeto”, dispara Arthur Rufino, CEO da Octa, startup que criou um marketplace circular que conecta frotistas a centros de desmontagem veicular, e atende empresas como a Gerdau, EDP, Audi e Basf. “Ainda vamos ver isso por um tempo, mas precisamos focar na prática e menos no hype.”

Cultura também importa

Além das mudanças processuais, as corporações precisam aplicar uma mudança cultural para trabalhar com startups, Amanda. “Quando se toma uma decisão de trazer startups para perto, não deveria ser só uma agenda de ganhos de eficiência e escala. É também sobre contratar negócios que têm culturas diferentes do seu”, diz.

Parte desta mudança cultural precisa estar relacionada ao trabalho com startups lideradas por times diversos, diz Marina Ratton, CEO da Feel, femtech que desenvolve produtos e serviços com foco na saúde íntima feminina, e trabalha com nomes como Renner e Grupo Boticário.

“(Grandes empresas) precisam considerar, como será possível olhar para este mundo novo de forma realmente abrangente, se o conselho é 100% masculino, branco e hétero? Esta é uma grande contradição, dada a composição da população brasileira”, diz a fundadora.

Corporações ainda têm arestas a aparar quando o assunto é o modus operandi junto a startups, mas Bruno Rondani, CEO da 100 Open Startups, prefere ver o copo meio cheio. “As empresas precisam fazer ajustes internos, alinhar projetos com a estratégia eI fazer uma melhor curadoria das startups. Mas o ponto central é reconhecer que este ecossistema existe, e gera muito resultado”, diz.

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