Conheça o brasileiro que ajudou a derrubar pesquisador ‘estrela dos supercondutores’


Pedro Pires é coautor de pesquisa que mostrou que resultados de Ranga Dias não eram possíveis

Por Bruno Romani
Atualização:

Em março, a revista Nature divulgou um artigo que prometia ser revolucionário para a ciência. Um grupo de pesquisadores da Universidade de Rochester (EUA) afirmava ter descoberto um material supercondutor em temperatura ambiente. Mas, na última semana, o artigo foi removido pela revista em meio a suspeitas de fraude de seus autores. A correção de rota - e o tombo brusco da equipe comandada por Ranga P. Dias - foi possível graças ao trabalho do pesquisador brasileiro Pedro Pires.

Dias, que é uma espécie de “estrela da supercondutividade”, descreveu em sua pesquisa como o hidreto de lutécio (um material feito de lutécio e hidrogênio) adquiriu propriedades supercondutoras em temperatura ambiente quando misturado a nitrogênio e exposto a uma pressão 10 mil vezes superior à da superfície terrestre. Seria a abertura de uma janela para a fabricação de cabos de transmissão de energia com eficiência máxima, carros elétricos mais econômicos, trens magnéticos mais acessíveis e computadores quânticos menos complexos.

“Se fosse verdade, Dias teria descoberto um novo caminho na física”, conta Pires ao Estadão. O potencial revolucionário fez a descoberta ser recebida com ceticismo pelo mundo acadêmico - especialmente, porque Dias teve outros artigos removidos de publicações científicas por suspeitas de fraude. Assim, grupos que estudam supercondutividade em diferentes partes do mundo se apressaram para tentar replicar o experimento. O grupo do qual o pesquisador nascido em Guaratinguetá (SP) participa na Universidade Técnica de Graz na Áustria, um dos principais no mundo na área de supercondutores, foi um deles.

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“Era sexta-feira e paramos tudo o que a gente estava fazendo para verificar se a afirmação era verdadeira. Parecia uma cena de filme e eu trabalhei quase 20 horas por dia no começo”, relembra. Junto com ele, outros nove pesquisadores das universidades Sapienza de Roma (Itália), de Cambridge (Reino Unido) e de São Paulo tentavam entender se a combinação de lutécio, hidrogênio e nitrogênio poderia resultar em um material que não apresenta resistência elétrica em temperatura ambiente. Além de Pires, o Brasil foi representado por Luiz Tadeu Fernandes Eleno, professor da Escola de Engenharia de Lorena (EEL) da Universidade de São Paulo (USP).

Pedro Pires ajudou a desmentir artigo bombástico da supercondutividade Foto: Taba Benedicto/Estadão

A supercondutividade foi descoberta por Heike Kamerlingh Onnes, um físico holandês, e sua equipe em 1911, mas os primeiros materiais do tipo só exibiam as propriedades “mágicas” a temperaturas baixíssimas, apenas alguns graus acima do zero absoluto, ou - 237 °C. Isso torna esses materiais muito complexos para aplicações em grande escala, e por isso o supercondutor em temperatura ambiente virou um Santo Graal da ciência.

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Enquanto cientistas da área tentavam o caminho experimental - ou seja, reproduzir o composto em laboratório para testar suas propriedades -, Pires, 27, e seus colegas optaram pelo caminho teórico e decidiram rodar simulações complexas em supercomputadores, usando uma combinação de força bruta (quando se tenta todas as combinações possíveis) e algoritmos de inteligência artificial (IA).

Para ele, a guinada nos trabalhos era óbvia já que as pesquisas do brasileiro envolvem a busca por materiais supercondutores. Doutorando da Escola de Engenharia de Lorena (EEL) da Universidade de São Paulo (USP) com financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), Pires escolheu realizar parte de seus estudos na Áustria por causa do professor Christoph Heil, um dos principais nomes na área no mundo

Ranga Dias teve artigo removido pela Nature  Foto: J. Adam Fenster / Universidade de Rochester
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“Usamos vários conceitos de Teoria da Evolução. A gente cria aleatoriamente estruturas com a proporção dos elementos e simula essas estruturas, calculando a energia de cada uma delas. E a gente seleciona as estruturas que têm a menor energia. E vamos realizando vários testes nas gerações seguintes de materiais. Fizemos isso com mais de 80 gerações de estruturas até que sobra uma única estrutura candidata a ser supercondutora e passamos a testar suas propriedades. Fizemos isso explorando todas as possibilidades possíveis com lutécio, hidrogênio e nitrogênio”, conta ele.

Todas as simulações foram feitas em supercomputadores do Cluster Científico de Viena, que está entre os 300 computadores mais potentes do mundo. “Seria impossível fazer isso no Brasil, pois a demanda de infraestrutura é grande e nós não temos isso”, diz ele.

Ao final, os cientistas tinham simulado 200 mil compostos diferentes e o resultado foi tão frustrante quanto o fato de o Brasil não oferecer condições para pesquisadores de ponta: era impossível o material proposto por Dias apresentar propriedades supercondutoras. O grupo chegou a testar até outras temperaturas das propostas pelo pesquisador de Rochester, mas o resultado permaneceu igual. “Nada explicava os resultados do artigo da Nature”, diz ele.

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Os resultados do grupo de Pires foi disponibilizado em abril, apenas um mês depois do artigo de Dias ser publicado na revista científica. A agilidade dos pesquisadores ajudou a aumentar a pressão não apenas sobre Dias, mas sobre a Nature, que foi criticada por publicar um artigo com supostos dados falsos.

A remoção do artigo de Dias no dia 8 de novembro aconteceu dois meses após a publicação americana destacar o trabalho do brasileiro. Nesse período, pesou também o fato de que oito dos coautores da pesquisa pediram a remoção do artigo. Eles disseram que levantaram preocupações durante a preparação da pesquisa. “Essas preocupações incluíam representações claramente enganosas e/ou imprecisas”, escreveram.

O porta-voz de Dias diz que o cientista negou as alegações de má conduta na pesquisa. “O professor Dias pretende reenviar o artigo científico para uma revista com um processo editorial mais independente”, afirma o representante.

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Enquanto isso, Pires se prepara para mais uma temporada na Áustria, onde sonha ser contratado pela Universidade Técnica de Graz. Ele também deve ter um novo artigo publicado em breve pela Nature, no qual analisa em mais detalhes o composto proposto por Dias. Sobre o colega americano, ele diz que não quer julgar suas ações, mas acredita que ele tenha perdido a reputação na área. “Caso ele apresente um novo artigo bombástico, eu não alocaria os recursos como fizemos neste ano para tentar desmenti-lo”.

Em março, a revista Nature divulgou um artigo que prometia ser revolucionário para a ciência. Um grupo de pesquisadores da Universidade de Rochester (EUA) afirmava ter descoberto um material supercondutor em temperatura ambiente. Mas, na última semana, o artigo foi removido pela revista em meio a suspeitas de fraude de seus autores. A correção de rota - e o tombo brusco da equipe comandada por Ranga P. Dias - foi possível graças ao trabalho do pesquisador brasileiro Pedro Pires.

Dias, que é uma espécie de “estrela da supercondutividade”, descreveu em sua pesquisa como o hidreto de lutécio (um material feito de lutécio e hidrogênio) adquiriu propriedades supercondutoras em temperatura ambiente quando misturado a nitrogênio e exposto a uma pressão 10 mil vezes superior à da superfície terrestre. Seria a abertura de uma janela para a fabricação de cabos de transmissão de energia com eficiência máxima, carros elétricos mais econômicos, trens magnéticos mais acessíveis e computadores quânticos menos complexos.

“Se fosse verdade, Dias teria descoberto um novo caminho na física”, conta Pires ao Estadão. O potencial revolucionário fez a descoberta ser recebida com ceticismo pelo mundo acadêmico - especialmente, porque Dias teve outros artigos removidos de publicações científicas por suspeitas de fraude. Assim, grupos que estudam supercondutividade em diferentes partes do mundo se apressaram para tentar replicar o experimento. O grupo do qual o pesquisador nascido em Guaratinguetá (SP) participa na Universidade Técnica de Graz na Áustria, um dos principais no mundo na área de supercondutores, foi um deles.

“Era sexta-feira e paramos tudo o que a gente estava fazendo para verificar se a afirmação era verdadeira. Parecia uma cena de filme e eu trabalhei quase 20 horas por dia no começo”, relembra. Junto com ele, outros nove pesquisadores das universidades Sapienza de Roma (Itália), de Cambridge (Reino Unido) e de São Paulo tentavam entender se a combinação de lutécio, hidrogênio e nitrogênio poderia resultar em um material que não apresenta resistência elétrica em temperatura ambiente. Além de Pires, o Brasil foi representado por Luiz Tadeu Fernandes Eleno, professor da Escola de Engenharia de Lorena (EEL) da Universidade de São Paulo (USP).

Pedro Pires ajudou a desmentir artigo bombástico da supercondutividade Foto: Taba Benedicto/Estadão

A supercondutividade foi descoberta por Heike Kamerlingh Onnes, um físico holandês, e sua equipe em 1911, mas os primeiros materiais do tipo só exibiam as propriedades “mágicas” a temperaturas baixíssimas, apenas alguns graus acima do zero absoluto, ou - 237 °C. Isso torna esses materiais muito complexos para aplicações em grande escala, e por isso o supercondutor em temperatura ambiente virou um Santo Graal da ciência.

Enquanto cientistas da área tentavam o caminho experimental - ou seja, reproduzir o composto em laboratório para testar suas propriedades -, Pires, 27, e seus colegas optaram pelo caminho teórico e decidiram rodar simulações complexas em supercomputadores, usando uma combinação de força bruta (quando se tenta todas as combinações possíveis) e algoritmos de inteligência artificial (IA).

Para ele, a guinada nos trabalhos era óbvia já que as pesquisas do brasileiro envolvem a busca por materiais supercondutores. Doutorando da Escola de Engenharia de Lorena (EEL) da Universidade de São Paulo (USP) com financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), Pires escolheu realizar parte de seus estudos na Áustria por causa do professor Christoph Heil, um dos principais nomes na área no mundo

Ranga Dias teve artigo removido pela Nature  Foto: J. Adam Fenster / Universidade de Rochester

“Usamos vários conceitos de Teoria da Evolução. A gente cria aleatoriamente estruturas com a proporção dos elementos e simula essas estruturas, calculando a energia de cada uma delas. E a gente seleciona as estruturas que têm a menor energia. E vamos realizando vários testes nas gerações seguintes de materiais. Fizemos isso com mais de 80 gerações de estruturas até que sobra uma única estrutura candidata a ser supercondutora e passamos a testar suas propriedades. Fizemos isso explorando todas as possibilidades possíveis com lutécio, hidrogênio e nitrogênio”, conta ele.

Todas as simulações foram feitas em supercomputadores do Cluster Científico de Viena, que está entre os 300 computadores mais potentes do mundo. “Seria impossível fazer isso no Brasil, pois a demanda de infraestrutura é grande e nós não temos isso”, diz ele.

Ao final, os cientistas tinham simulado 200 mil compostos diferentes e o resultado foi tão frustrante quanto o fato de o Brasil não oferecer condições para pesquisadores de ponta: era impossível o material proposto por Dias apresentar propriedades supercondutoras. O grupo chegou a testar até outras temperaturas das propostas pelo pesquisador de Rochester, mas o resultado permaneceu igual. “Nada explicava os resultados do artigo da Nature”, diz ele.

Os resultados do grupo de Pires foi disponibilizado em abril, apenas um mês depois do artigo de Dias ser publicado na revista científica. A agilidade dos pesquisadores ajudou a aumentar a pressão não apenas sobre Dias, mas sobre a Nature, que foi criticada por publicar um artigo com supostos dados falsos.

A remoção do artigo de Dias no dia 8 de novembro aconteceu dois meses após a publicação americana destacar o trabalho do brasileiro. Nesse período, pesou também o fato de que oito dos coautores da pesquisa pediram a remoção do artigo. Eles disseram que levantaram preocupações durante a preparação da pesquisa. “Essas preocupações incluíam representações claramente enganosas e/ou imprecisas”, escreveram.

O porta-voz de Dias diz que o cientista negou as alegações de má conduta na pesquisa. “O professor Dias pretende reenviar o artigo científico para uma revista com um processo editorial mais independente”, afirma o representante.

Enquanto isso, Pires se prepara para mais uma temporada na Áustria, onde sonha ser contratado pela Universidade Técnica de Graz. Ele também deve ter um novo artigo publicado em breve pela Nature, no qual analisa em mais detalhes o composto proposto por Dias. Sobre o colega americano, ele diz que não quer julgar suas ações, mas acredita que ele tenha perdido a reputação na área. “Caso ele apresente um novo artigo bombástico, eu não alocaria os recursos como fizemos neste ano para tentar desmenti-lo”.

Em março, a revista Nature divulgou um artigo que prometia ser revolucionário para a ciência. Um grupo de pesquisadores da Universidade de Rochester (EUA) afirmava ter descoberto um material supercondutor em temperatura ambiente. Mas, na última semana, o artigo foi removido pela revista em meio a suspeitas de fraude de seus autores. A correção de rota - e o tombo brusco da equipe comandada por Ranga P. Dias - foi possível graças ao trabalho do pesquisador brasileiro Pedro Pires.

Dias, que é uma espécie de “estrela da supercondutividade”, descreveu em sua pesquisa como o hidreto de lutécio (um material feito de lutécio e hidrogênio) adquiriu propriedades supercondutoras em temperatura ambiente quando misturado a nitrogênio e exposto a uma pressão 10 mil vezes superior à da superfície terrestre. Seria a abertura de uma janela para a fabricação de cabos de transmissão de energia com eficiência máxima, carros elétricos mais econômicos, trens magnéticos mais acessíveis e computadores quânticos menos complexos.

“Se fosse verdade, Dias teria descoberto um novo caminho na física”, conta Pires ao Estadão. O potencial revolucionário fez a descoberta ser recebida com ceticismo pelo mundo acadêmico - especialmente, porque Dias teve outros artigos removidos de publicações científicas por suspeitas de fraude. Assim, grupos que estudam supercondutividade em diferentes partes do mundo se apressaram para tentar replicar o experimento. O grupo do qual o pesquisador nascido em Guaratinguetá (SP) participa na Universidade Técnica de Graz na Áustria, um dos principais no mundo na área de supercondutores, foi um deles.

“Era sexta-feira e paramos tudo o que a gente estava fazendo para verificar se a afirmação era verdadeira. Parecia uma cena de filme e eu trabalhei quase 20 horas por dia no começo”, relembra. Junto com ele, outros nove pesquisadores das universidades Sapienza de Roma (Itália), de Cambridge (Reino Unido) e de São Paulo tentavam entender se a combinação de lutécio, hidrogênio e nitrogênio poderia resultar em um material que não apresenta resistência elétrica em temperatura ambiente. Além de Pires, o Brasil foi representado por Luiz Tadeu Fernandes Eleno, professor da Escola de Engenharia de Lorena (EEL) da Universidade de São Paulo (USP).

Pedro Pires ajudou a desmentir artigo bombástico da supercondutividade Foto: Taba Benedicto/Estadão

A supercondutividade foi descoberta por Heike Kamerlingh Onnes, um físico holandês, e sua equipe em 1911, mas os primeiros materiais do tipo só exibiam as propriedades “mágicas” a temperaturas baixíssimas, apenas alguns graus acima do zero absoluto, ou - 237 °C. Isso torna esses materiais muito complexos para aplicações em grande escala, e por isso o supercondutor em temperatura ambiente virou um Santo Graal da ciência.

Enquanto cientistas da área tentavam o caminho experimental - ou seja, reproduzir o composto em laboratório para testar suas propriedades -, Pires, 27, e seus colegas optaram pelo caminho teórico e decidiram rodar simulações complexas em supercomputadores, usando uma combinação de força bruta (quando se tenta todas as combinações possíveis) e algoritmos de inteligência artificial (IA).

Para ele, a guinada nos trabalhos era óbvia já que as pesquisas do brasileiro envolvem a busca por materiais supercondutores. Doutorando da Escola de Engenharia de Lorena (EEL) da Universidade de São Paulo (USP) com financiamento da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), Pires escolheu realizar parte de seus estudos na Áustria por causa do professor Christoph Heil, um dos principais nomes na área no mundo

Ranga Dias teve artigo removido pela Nature  Foto: J. Adam Fenster / Universidade de Rochester

“Usamos vários conceitos de Teoria da Evolução. A gente cria aleatoriamente estruturas com a proporção dos elementos e simula essas estruturas, calculando a energia de cada uma delas. E a gente seleciona as estruturas que têm a menor energia. E vamos realizando vários testes nas gerações seguintes de materiais. Fizemos isso com mais de 80 gerações de estruturas até que sobra uma única estrutura candidata a ser supercondutora e passamos a testar suas propriedades. Fizemos isso explorando todas as possibilidades possíveis com lutécio, hidrogênio e nitrogênio”, conta ele.

Todas as simulações foram feitas em supercomputadores do Cluster Científico de Viena, que está entre os 300 computadores mais potentes do mundo. “Seria impossível fazer isso no Brasil, pois a demanda de infraestrutura é grande e nós não temos isso”, diz ele.

Ao final, os cientistas tinham simulado 200 mil compostos diferentes e o resultado foi tão frustrante quanto o fato de o Brasil não oferecer condições para pesquisadores de ponta: era impossível o material proposto por Dias apresentar propriedades supercondutoras. O grupo chegou a testar até outras temperaturas das propostas pelo pesquisador de Rochester, mas o resultado permaneceu igual. “Nada explicava os resultados do artigo da Nature”, diz ele.

Os resultados do grupo de Pires foi disponibilizado em abril, apenas um mês depois do artigo de Dias ser publicado na revista científica. A agilidade dos pesquisadores ajudou a aumentar a pressão não apenas sobre Dias, mas sobre a Nature, que foi criticada por publicar um artigo com supostos dados falsos.

A remoção do artigo de Dias no dia 8 de novembro aconteceu dois meses após a publicação americana destacar o trabalho do brasileiro. Nesse período, pesou também o fato de que oito dos coautores da pesquisa pediram a remoção do artigo. Eles disseram que levantaram preocupações durante a preparação da pesquisa. “Essas preocupações incluíam representações claramente enganosas e/ou imprecisas”, escreveram.

O porta-voz de Dias diz que o cientista negou as alegações de má conduta na pesquisa. “O professor Dias pretende reenviar o artigo científico para uma revista com um processo editorial mais independente”, afirma o representante.

Enquanto isso, Pires se prepara para mais uma temporada na Áustria, onde sonha ser contratado pela Universidade Técnica de Graz. Ele também deve ter um novo artigo publicado em breve pela Nature, no qual analisa em mais detalhes o composto proposto por Dias. Sobre o colega americano, ele diz que não quer julgar suas ações, mas acredita que ele tenha perdido a reputação na área. “Caso ele apresente um novo artigo bombástico, eu não alocaria os recursos como fizemos neste ano para tentar desmenti-lo”.

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