A Niantic, criadora do jogo Pokémon Go, planeja mapear o mundo em 3D com a ajuda das câmeras dos celulares de seus jogadores. A ideia é unir o mundo real e o virtual e criar um mapa de realidade aumentada por meio de um cenário de jogo que seria constantemente atualizado pelos usuários e manteria um ciclo de dados novos. Além de levar mais tecnologia aos jogos da Niantic, o recurso interessa– e muito– a indústria da tecnologia, que ainda não conhece uma ferramenta igual ao mapa que a Niantic planeja construir.
O Pokémon Go já foi baixado mais de 800 milhões de vezes, segundo a Niantic, e foi responsável por tornar os recursos de realidade aumentada populares. Hoje, os aplicativos de câmera conseguem digitalizar um Pokémon ou um balanço em um parque. Mas a companhia planeja ir além. “Queremos que os jogadores construam o tabuleiro do jogo que querem jogar”, disse à Reuters o presidente-executivo da Niantic, John Hanke, veterano do mapeamento que trabalhou no Google Earth e no Google Street View. Nesse tabuleiro, os usuários poderiam criar novos desenhos virtuais que poderiam ser vistos pelos outros jogadores.
Executivos da indústria estimam que a ferramenta tem potencial para se tornar parte de um negócio global multibilionário. Google, Apple e dezenas de startups trabalham com mapeamento digital, mas ainda não têm em mãos uma maneira eficiente de coletar e processar dados para criar um mapa de realidade aumentada. A Niantic tem a ajuda de seus jogadores. Hanke disse que a companhia permitirá que desenvolvedores terceirizados usem seu novo recurso.
Os espaços públicos como parques e praças serão os primeiros alvos de mapeamento. Ainda não se sabe quando o recurso estará disponível nem como ele se encaixará nos jogos da Niantic, como o Harry Potter: Wizards Unite, que será lançado em breve.