Crise do Silicon Valley Bank pode elevar custo do dinheiro para startups


Segundo especialistas, falência do banco americano não mata atratividade do setor

Por Cynthia Decloedt
Atualização:

Depois de passar mais de um ano com acesso limitado ao crédito e terem de fazer muitos ajustes internos, as startups e empresas de tecnologia podem enfrentar novas dificuldades, por conta do colapso do Silicon Valley Bank (SVB). O impacto da quebra do banco no qual muitas empresas nascentes mantinham recursos e faziam negócios ainda não é totalmente conhecido. Por enquanto, a avaliação é de que o efeito se concentrará no curto prazo.

“É difícil avaliar ainda se a quebra do SVB trará grande impacto para a indústria”, diz o sócio do escritório norte-americano Hughes Hubbard & Reed, Carlos Lobo. Ele não vê um desfecho dramático, justamente porque a indústria não tem seus negócios totalmente concentrados na instituição, o 16º maior banco dos Estados Unidos, com mais de US$ 200 bilhões em ativos. “Os grandes fundos e suas investidas têm dinheiro em grandes bancos”, diz.

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O governo norte-americano agiu rápido para conter uma crise sistêmica e as análises recorrentes são de que o evento está muito distante de abalos no mercado causados pela bolha da internet em 2000 e pela quebra do Lehman Brothers em 2008.

De toda foram, dizem os especialistas, não dá para negar que foi um choque - com a possibilidade de o custo do dinheiro para essas empresas aumentar ainda mais, em consequência de o banco estar vinculado às startups, justamente após um duro escrutínio pelo qual passou essa indústria recentemente.

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“O fato do SVB ter apelo junto aos fundos de venture capital e a startups provoca uma reanálise desse mercado, puramente por uma questão de impacto de imagem, pelo banco estar ligado a empresas de capital de risco”, diz Pedro Salmeron, CEO do FIDD, grupo de serviços financeiros com foco em administração, custódia e distribuição de fundos de investimentos. “Mas isso não tem relação direta com a avaliação de risco das startups.”

Salmeron afirma que “pelo o que tudo indica”, trata-se do colapso como de um banco qualquer. No entanto, a curva de juro vai aumentar no fim da cadeia, o que vai reberverar para todos os que dependem de crédito. “Pode haver um aperto maior no capital disponível e os gestores vão ficar ainda mais seletivos, preferindo negócios mais líquidos e com gestão de liquidez mais aprumada”, diz.

O ano começou com sinais construtivos para a tecnologia, ainda que em ambiente cauteloso. Muitos fundos de venture capital e até de private equity vinham retomando o olhar para empresas de tecnologia de qualidade, ou seja, capacidade de entrega de resultado e de soluções interessantes.

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Fábio Quintão, diretor de Technology & Digital Services da Alvarez & Marsal (A&M), afirma que tecnologia tem relevância dentro das companhias e esse é um tipo de investimento que nunca parou, já que as startups têm agilidade de entregas que aceleram o ganho com eficiência. Entretanto, o “trauma” causado pelos investimentos feitos em 2020 e 2021 por fundos em startups sobrevalorizadas, sem receita definida e com projeção de crescimento exponencial que não se concretizou mudou o cenário desses investimentos.

Crise do Silicon Valley Bank afeta startups Foto: Michael M. Santiago/Getty Images via AFP

Quintão comanda a área da A&M responsável por fazer diligências em empresas de tecnologia para investidores que querem entender onde estão aportando recursos. De acordo com ele, muitos dos investimentos que deram errado foram em startups nas quais se percebeu que a tecnologia era um “colcha de retalhos ou caixa de palito”.

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De acordo com ele, embora a A&M atue nesse tipo de diligência há seis anos, a busca pelo serviço era baixa. “No ano passado, fizemos uma ou duas. Este ano, estamos com 8 a 10 contratos por mês”, diz Quintão.

Lobo, do Hughes Hubbard & Reed, diz ainda que as empresas de tecnologia calibraram suas operações no pós pandemia à projeções de demanda mais realistas. No ano passado, o cenário de consumo ficou mais próximo do normal e as empresas demitiram para alinhar o tamanho de seus quadros aos novos patamares de crescimento. “O ajuste foi feito, as empresas estão mais enxutas e com a força de trabalho mais adequada, portanto, um negócio mais atraente”, diz.

Lobo, que está sediado nos Estados Unidos, afirma que as startups de tecnologia brasileiras que já passaram por esse processo de ajuste já estão recebendo aportes de investidores norte-americanos. Ele enxerga as fintechs e seus subsetores, assim como de seguros e todas aquelas que envolvem produtos ou serviços de migração para o digital, incluindo transição para energia limpa, como as que mais chamam atenção dos investidores.

Depois de passar mais de um ano com acesso limitado ao crédito e terem de fazer muitos ajustes internos, as startups e empresas de tecnologia podem enfrentar novas dificuldades, por conta do colapso do Silicon Valley Bank (SVB). O impacto da quebra do banco no qual muitas empresas nascentes mantinham recursos e faziam negócios ainda não é totalmente conhecido. Por enquanto, a avaliação é de que o efeito se concentrará no curto prazo.

“É difícil avaliar ainda se a quebra do SVB trará grande impacto para a indústria”, diz o sócio do escritório norte-americano Hughes Hubbard & Reed, Carlos Lobo. Ele não vê um desfecho dramático, justamente porque a indústria não tem seus negócios totalmente concentrados na instituição, o 16º maior banco dos Estados Unidos, com mais de US$ 200 bilhões em ativos. “Os grandes fundos e suas investidas têm dinheiro em grandes bancos”, diz.

O governo norte-americano agiu rápido para conter uma crise sistêmica e as análises recorrentes são de que o evento está muito distante de abalos no mercado causados pela bolha da internet em 2000 e pela quebra do Lehman Brothers em 2008.

De toda foram, dizem os especialistas, não dá para negar que foi um choque - com a possibilidade de o custo do dinheiro para essas empresas aumentar ainda mais, em consequência de o banco estar vinculado às startups, justamente após um duro escrutínio pelo qual passou essa indústria recentemente.

“O fato do SVB ter apelo junto aos fundos de venture capital e a startups provoca uma reanálise desse mercado, puramente por uma questão de impacto de imagem, pelo banco estar ligado a empresas de capital de risco”, diz Pedro Salmeron, CEO do FIDD, grupo de serviços financeiros com foco em administração, custódia e distribuição de fundos de investimentos. “Mas isso não tem relação direta com a avaliação de risco das startups.”

Salmeron afirma que “pelo o que tudo indica”, trata-se do colapso como de um banco qualquer. No entanto, a curva de juro vai aumentar no fim da cadeia, o que vai reberverar para todos os que dependem de crédito. “Pode haver um aperto maior no capital disponível e os gestores vão ficar ainda mais seletivos, preferindo negócios mais líquidos e com gestão de liquidez mais aprumada”, diz.

O ano começou com sinais construtivos para a tecnologia, ainda que em ambiente cauteloso. Muitos fundos de venture capital e até de private equity vinham retomando o olhar para empresas de tecnologia de qualidade, ou seja, capacidade de entrega de resultado e de soluções interessantes.

Fábio Quintão, diretor de Technology & Digital Services da Alvarez & Marsal (A&M), afirma que tecnologia tem relevância dentro das companhias e esse é um tipo de investimento que nunca parou, já que as startups têm agilidade de entregas que aceleram o ganho com eficiência. Entretanto, o “trauma” causado pelos investimentos feitos em 2020 e 2021 por fundos em startups sobrevalorizadas, sem receita definida e com projeção de crescimento exponencial que não se concretizou mudou o cenário desses investimentos.

Crise do Silicon Valley Bank afeta startups Foto: Michael M. Santiago/Getty Images via AFP

Quintão comanda a área da A&M responsável por fazer diligências em empresas de tecnologia para investidores que querem entender onde estão aportando recursos. De acordo com ele, muitos dos investimentos que deram errado foram em startups nas quais se percebeu que a tecnologia era um “colcha de retalhos ou caixa de palito”.

De acordo com ele, embora a A&M atue nesse tipo de diligência há seis anos, a busca pelo serviço era baixa. “No ano passado, fizemos uma ou duas. Este ano, estamos com 8 a 10 contratos por mês”, diz Quintão.

Lobo, do Hughes Hubbard & Reed, diz ainda que as empresas de tecnologia calibraram suas operações no pós pandemia à projeções de demanda mais realistas. No ano passado, o cenário de consumo ficou mais próximo do normal e as empresas demitiram para alinhar o tamanho de seus quadros aos novos patamares de crescimento. “O ajuste foi feito, as empresas estão mais enxutas e com a força de trabalho mais adequada, portanto, um negócio mais atraente”, diz.

Lobo, que está sediado nos Estados Unidos, afirma que as startups de tecnologia brasileiras que já passaram por esse processo de ajuste já estão recebendo aportes de investidores norte-americanos. Ele enxerga as fintechs e seus subsetores, assim como de seguros e todas aquelas que envolvem produtos ou serviços de migração para o digital, incluindo transição para energia limpa, como as que mais chamam atenção dos investidores.

Depois de passar mais de um ano com acesso limitado ao crédito e terem de fazer muitos ajustes internos, as startups e empresas de tecnologia podem enfrentar novas dificuldades, por conta do colapso do Silicon Valley Bank (SVB). O impacto da quebra do banco no qual muitas empresas nascentes mantinham recursos e faziam negócios ainda não é totalmente conhecido. Por enquanto, a avaliação é de que o efeito se concentrará no curto prazo.

“É difícil avaliar ainda se a quebra do SVB trará grande impacto para a indústria”, diz o sócio do escritório norte-americano Hughes Hubbard & Reed, Carlos Lobo. Ele não vê um desfecho dramático, justamente porque a indústria não tem seus negócios totalmente concentrados na instituição, o 16º maior banco dos Estados Unidos, com mais de US$ 200 bilhões em ativos. “Os grandes fundos e suas investidas têm dinheiro em grandes bancos”, diz.

O governo norte-americano agiu rápido para conter uma crise sistêmica e as análises recorrentes são de que o evento está muito distante de abalos no mercado causados pela bolha da internet em 2000 e pela quebra do Lehman Brothers em 2008.

De toda foram, dizem os especialistas, não dá para negar que foi um choque - com a possibilidade de o custo do dinheiro para essas empresas aumentar ainda mais, em consequência de o banco estar vinculado às startups, justamente após um duro escrutínio pelo qual passou essa indústria recentemente.

“O fato do SVB ter apelo junto aos fundos de venture capital e a startups provoca uma reanálise desse mercado, puramente por uma questão de impacto de imagem, pelo banco estar ligado a empresas de capital de risco”, diz Pedro Salmeron, CEO do FIDD, grupo de serviços financeiros com foco em administração, custódia e distribuição de fundos de investimentos. “Mas isso não tem relação direta com a avaliação de risco das startups.”

Salmeron afirma que “pelo o que tudo indica”, trata-se do colapso como de um banco qualquer. No entanto, a curva de juro vai aumentar no fim da cadeia, o que vai reberverar para todos os que dependem de crédito. “Pode haver um aperto maior no capital disponível e os gestores vão ficar ainda mais seletivos, preferindo negócios mais líquidos e com gestão de liquidez mais aprumada”, diz.

O ano começou com sinais construtivos para a tecnologia, ainda que em ambiente cauteloso. Muitos fundos de venture capital e até de private equity vinham retomando o olhar para empresas de tecnologia de qualidade, ou seja, capacidade de entrega de resultado e de soluções interessantes.

Fábio Quintão, diretor de Technology & Digital Services da Alvarez & Marsal (A&M), afirma que tecnologia tem relevância dentro das companhias e esse é um tipo de investimento que nunca parou, já que as startups têm agilidade de entregas que aceleram o ganho com eficiência. Entretanto, o “trauma” causado pelos investimentos feitos em 2020 e 2021 por fundos em startups sobrevalorizadas, sem receita definida e com projeção de crescimento exponencial que não se concretizou mudou o cenário desses investimentos.

Crise do Silicon Valley Bank afeta startups Foto: Michael M. Santiago/Getty Images via AFP

Quintão comanda a área da A&M responsável por fazer diligências em empresas de tecnologia para investidores que querem entender onde estão aportando recursos. De acordo com ele, muitos dos investimentos que deram errado foram em startups nas quais se percebeu que a tecnologia era um “colcha de retalhos ou caixa de palito”.

De acordo com ele, embora a A&M atue nesse tipo de diligência há seis anos, a busca pelo serviço era baixa. “No ano passado, fizemos uma ou duas. Este ano, estamos com 8 a 10 contratos por mês”, diz Quintão.

Lobo, do Hughes Hubbard & Reed, diz ainda que as empresas de tecnologia calibraram suas operações no pós pandemia à projeções de demanda mais realistas. No ano passado, o cenário de consumo ficou mais próximo do normal e as empresas demitiram para alinhar o tamanho de seus quadros aos novos patamares de crescimento. “O ajuste foi feito, as empresas estão mais enxutas e com a força de trabalho mais adequada, portanto, um negócio mais atraente”, diz.

Lobo, que está sediado nos Estados Unidos, afirma que as startups de tecnologia brasileiras que já passaram por esse processo de ajuste já estão recebendo aportes de investidores norte-americanos. Ele enxerga as fintechs e seus subsetores, assim como de seguros e todas aquelas que envolvem produtos ou serviços de migração para o digital, incluindo transição para energia limpa, como as que mais chamam atenção dos investidores.

Depois de passar mais de um ano com acesso limitado ao crédito e terem de fazer muitos ajustes internos, as startups e empresas de tecnologia podem enfrentar novas dificuldades, por conta do colapso do Silicon Valley Bank (SVB). O impacto da quebra do banco no qual muitas empresas nascentes mantinham recursos e faziam negócios ainda não é totalmente conhecido. Por enquanto, a avaliação é de que o efeito se concentrará no curto prazo.

“É difícil avaliar ainda se a quebra do SVB trará grande impacto para a indústria”, diz o sócio do escritório norte-americano Hughes Hubbard & Reed, Carlos Lobo. Ele não vê um desfecho dramático, justamente porque a indústria não tem seus negócios totalmente concentrados na instituição, o 16º maior banco dos Estados Unidos, com mais de US$ 200 bilhões em ativos. “Os grandes fundos e suas investidas têm dinheiro em grandes bancos”, diz.

O governo norte-americano agiu rápido para conter uma crise sistêmica e as análises recorrentes são de que o evento está muito distante de abalos no mercado causados pela bolha da internet em 2000 e pela quebra do Lehman Brothers em 2008.

De toda foram, dizem os especialistas, não dá para negar que foi um choque - com a possibilidade de o custo do dinheiro para essas empresas aumentar ainda mais, em consequência de o banco estar vinculado às startups, justamente após um duro escrutínio pelo qual passou essa indústria recentemente.

“O fato do SVB ter apelo junto aos fundos de venture capital e a startups provoca uma reanálise desse mercado, puramente por uma questão de impacto de imagem, pelo banco estar ligado a empresas de capital de risco”, diz Pedro Salmeron, CEO do FIDD, grupo de serviços financeiros com foco em administração, custódia e distribuição de fundos de investimentos. “Mas isso não tem relação direta com a avaliação de risco das startups.”

Salmeron afirma que “pelo o que tudo indica”, trata-se do colapso como de um banco qualquer. No entanto, a curva de juro vai aumentar no fim da cadeia, o que vai reberverar para todos os que dependem de crédito. “Pode haver um aperto maior no capital disponível e os gestores vão ficar ainda mais seletivos, preferindo negócios mais líquidos e com gestão de liquidez mais aprumada”, diz.

O ano começou com sinais construtivos para a tecnologia, ainda que em ambiente cauteloso. Muitos fundos de venture capital e até de private equity vinham retomando o olhar para empresas de tecnologia de qualidade, ou seja, capacidade de entrega de resultado e de soluções interessantes.

Fábio Quintão, diretor de Technology & Digital Services da Alvarez & Marsal (A&M), afirma que tecnologia tem relevância dentro das companhias e esse é um tipo de investimento que nunca parou, já que as startups têm agilidade de entregas que aceleram o ganho com eficiência. Entretanto, o “trauma” causado pelos investimentos feitos em 2020 e 2021 por fundos em startups sobrevalorizadas, sem receita definida e com projeção de crescimento exponencial que não se concretizou mudou o cenário desses investimentos.

Crise do Silicon Valley Bank afeta startups Foto: Michael M. Santiago/Getty Images via AFP

Quintão comanda a área da A&M responsável por fazer diligências em empresas de tecnologia para investidores que querem entender onde estão aportando recursos. De acordo com ele, muitos dos investimentos que deram errado foram em startups nas quais se percebeu que a tecnologia era um “colcha de retalhos ou caixa de palito”.

De acordo com ele, embora a A&M atue nesse tipo de diligência há seis anos, a busca pelo serviço era baixa. “No ano passado, fizemos uma ou duas. Este ano, estamos com 8 a 10 contratos por mês”, diz Quintão.

Lobo, do Hughes Hubbard & Reed, diz ainda que as empresas de tecnologia calibraram suas operações no pós pandemia à projeções de demanda mais realistas. No ano passado, o cenário de consumo ficou mais próximo do normal e as empresas demitiram para alinhar o tamanho de seus quadros aos novos patamares de crescimento. “O ajuste foi feito, as empresas estão mais enxutas e com a força de trabalho mais adequada, portanto, um negócio mais atraente”, diz.

Lobo, que está sediado nos Estados Unidos, afirma que as startups de tecnologia brasileiras que já passaram por esse processo de ajuste já estão recebendo aportes de investidores norte-americanos. Ele enxerga as fintechs e seus subsetores, assim como de seguros e todas aquelas que envolvem produtos ou serviços de migração para o digital, incluindo transição para energia limpa, como as que mais chamam atenção dos investidores.

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