CRM&Bonus: “Se não fosse o cenário atual, poderíamos ser ‘unicórnio’ hoje”


Após aporte de R$ 280 milhões em outubro de 2021, startup lamenta retração econômica mundial, mas comemora resultados em produtos de programa de fidelização de clientes

Por Bruna Arimathea

Este ano não foi fácil para as startups no Brasil e no mundo. Ao contrário da fartura de capital vista em 2021, o cenário de alta dos juros diminui o apetite de investidores, o que enxuga os aportes e freia o nascimento dos “unicórnios”, nome dado às pequenas empresas de tecnologia que superam a avaliação de mercado de US$ 1 bilhão.

Para a brasileira CRM&Bonus, startup de programas de fidelidade que levantou R$ 280 milhões em outubro de 2021, as expectativas eram altas para 2022: “Se não fosse o cenário econômico atual, poderíamos ser unicórnio hoje”, afirma Alexandre Zolko, fundador e CEO da empresa.

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“Eu realmente não tenho essa ‘bitolação’ por ser um unicórnio. Nosso foco é ser uma companhia de crescimento anual de 100% ao ano, pelo menos pelos próximos quatro anos”, diz Zolko, que descarta a necessidade de uma nova captação de investimento no curto prazo.

O CEO tem convicção de que os negócios vão bem mesmo durante a crise. Especializada em bônus de compras em lojas parceiras, a startup cresceu o faturamento em 150% apenas neste ano e afirma estar gerando lucro, graças a clientes de peso como Vivara, Arezzo e Adidas.

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Abaixo, confira os melhores momentos da entrevista ao Estadão:

Em outubro de 2021, a CRM recebeu um aporte de R$ 280 milhões e, desde então, não houve mais rodadas de investimento. Como a empresa operou neste último ano?

Hoje, temos um faturamento anual recorrente que, se a gente não crescer, ainda fechamos na casa de R$ 100 milhões. Quando fechamos o aporte em outubro de 2021, esse número era na casa de R$ 25 milhões. Crescemos muito e conseguimos fazer isso gerando lucro. Estamos organizando novas aquisições e devemos anunciá-las em janeiro de 2023. Mas, mesmo com isso tudo, o caixa da companhia continua igual ao caixa no início da Série A.

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Depois de um ano difícil para o cenário econômico para as startups, ainda faz sentido pensar no status de unicórnio?

Se não fosse o cenário econômico atual, poderíamos ser unicórnio hoje. Talvez seríamos, talvez não. Eu realmente não tenho essa “bitolação” por ser um unicórnio. Nosso foco é fazer o nosso propósito bem feito e ser uma companhia de crescimento 100% ao ano, pelo menos pelos próximos quatro anos. Não necessariamente a gente vai precisar de outra rodada.

E é sustentável não pensar em rodadas de captação neste momento?

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Não temos, hoje, uma necessidade de captação. Não faz sentido uma empresa captar por captar. Você é valorizado pela sua última transação quando você não é uma empresa de capital aberto. Os empreendedores estão aprendendo que é importante ter o livre arbítrio de fazer rodadas de investimentos, mas que, para ter essa liberdade, você precisa se sustentar. Se você queima caixa e sua empresa depende desse caixa, você fica na mão do mercado. E o mercado neste momento não é propício para captação.

Alexandre Zolko é CEO e fundador da startup de programas de fidelidade CRM&Bonus Foto: Felipe Rau/Estadão - 9/11/2022

A internacionalização da empresa ainda está nos planos?

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Hoje, estamos no México e em Portugal, mas em escalas muito menores do que aqui no Brasil. Vimos uma possibilidade de crescimento tão grande por aqui, que estamos dando muito foco ainda para o País neste momento. Mas o meio internacional está crescendo e talvez a forma de chegar em outros países seja por aquisições.

Qual o próximo passo para o desenvolvimento do produto de cupom de desconto (giftback) na empresa?

Estamos analisando a compra de alguma empresa para fazer a comunicação via robô de WhatsApp e não SMS. O problema do SMS transacional é o lembrete sobre a expiração do bônus ou uma possível reativação do benefício. Isso, no SMS, tem um índice muito baixo (de retorno). É mais caro para fazer uma conta verificada, mas o retorno compensa, então é uma coisa muito importante.

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Quais os planos para 2023?

A ideia para o próximo ano é crescer o sistema de vale-bônus. Com o nosso vale-bônus, é possível trocar o giftback por crédito em marcas que querem ter um cliente novo. Você ganha um vale por uma compra em um estabelecimento e transforma isso em bônus para usar em uma outra loja da qual você ainda não é cliente. É uma forma de aumentar o fluxo de todos os nossos estabelecimentos e uma junção do ecossistema que temos por aqui. Essa é a nossa principal aposta.

Este ano não foi fácil para as startups no Brasil e no mundo. Ao contrário da fartura de capital vista em 2021, o cenário de alta dos juros diminui o apetite de investidores, o que enxuga os aportes e freia o nascimento dos “unicórnios”, nome dado às pequenas empresas de tecnologia que superam a avaliação de mercado de US$ 1 bilhão.

Para a brasileira CRM&Bonus, startup de programas de fidelidade que levantou R$ 280 milhões em outubro de 2021, as expectativas eram altas para 2022: “Se não fosse o cenário econômico atual, poderíamos ser unicórnio hoje”, afirma Alexandre Zolko, fundador e CEO da empresa.

“Eu realmente não tenho essa ‘bitolação’ por ser um unicórnio. Nosso foco é ser uma companhia de crescimento anual de 100% ao ano, pelo menos pelos próximos quatro anos”, diz Zolko, que descarta a necessidade de uma nova captação de investimento no curto prazo.

O CEO tem convicção de que os negócios vão bem mesmo durante a crise. Especializada em bônus de compras em lojas parceiras, a startup cresceu o faturamento em 150% apenas neste ano e afirma estar gerando lucro, graças a clientes de peso como Vivara, Arezzo e Adidas.

Abaixo, confira os melhores momentos da entrevista ao Estadão:

Em outubro de 2021, a CRM recebeu um aporte de R$ 280 milhões e, desde então, não houve mais rodadas de investimento. Como a empresa operou neste último ano?

Hoje, temos um faturamento anual recorrente que, se a gente não crescer, ainda fechamos na casa de R$ 100 milhões. Quando fechamos o aporte em outubro de 2021, esse número era na casa de R$ 25 milhões. Crescemos muito e conseguimos fazer isso gerando lucro. Estamos organizando novas aquisições e devemos anunciá-las em janeiro de 2023. Mas, mesmo com isso tudo, o caixa da companhia continua igual ao caixa no início da Série A.

Depois de um ano difícil para o cenário econômico para as startups, ainda faz sentido pensar no status de unicórnio?

Se não fosse o cenário econômico atual, poderíamos ser unicórnio hoje. Talvez seríamos, talvez não. Eu realmente não tenho essa “bitolação” por ser um unicórnio. Nosso foco é fazer o nosso propósito bem feito e ser uma companhia de crescimento 100% ao ano, pelo menos pelos próximos quatro anos. Não necessariamente a gente vai precisar de outra rodada.

E é sustentável não pensar em rodadas de captação neste momento?

Não temos, hoje, uma necessidade de captação. Não faz sentido uma empresa captar por captar. Você é valorizado pela sua última transação quando você não é uma empresa de capital aberto. Os empreendedores estão aprendendo que é importante ter o livre arbítrio de fazer rodadas de investimentos, mas que, para ter essa liberdade, você precisa se sustentar. Se você queima caixa e sua empresa depende desse caixa, você fica na mão do mercado. E o mercado neste momento não é propício para captação.

Alexandre Zolko é CEO e fundador da startup de programas de fidelidade CRM&Bonus Foto: Felipe Rau/Estadão - 9/11/2022

A internacionalização da empresa ainda está nos planos?

Hoje, estamos no México e em Portugal, mas em escalas muito menores do que aqui no Brasil. Vimos uma possibilidade de crescimento tão grande por aqui, que estamos dando muito foco ainda para o País neste momento. Mas o meio internacional está crescendo e talvez a forma de chegar em outros países seja por aquisições.

Qual o próximo passo para o desenvolvimento do produto de cupom de desconto (giftback) na empresa?

Estamos analisando a compra de alguma empresa para fazer a comunicação via robô de WhatsApp e não SMS. O problema do SMS transacional é o lembrete sobre a expiração do bônus ou uma possível reativação do benefício. Isso, no SMS, tem um índice muito baixo (de retorno). É mais caro para fazer uma conta verificada, mas o retorno compensa, então é uma coisa muito importante.

Quais os planos para 2023?

A ideia para o próximo ano é crescer o sistema de vale-bônus. Com o nosso vale-bônus, é possível trocar o giftback por crédito em marcas que querem ter um cliente novo. Você ganha um vale por uma compra em um estabelecimento e transforma isso em bônus para usar em uma outra loja da qual você ainda não é cliente. É uma forma de aumentar o fluxo de todos os nossos estabelecimentos e uma junção do ecossistema que temos por aqui. Essa é a nossa principal aposta.

Este ano não foi fácil para as startups no Brasil e no mundo. Ao contrário da fartura de capital vista em 2021, o cenário de alta dos juros diminui o apetite de investidores, o que enxuga os aportes e freia o nascimento dos “unicórnios”, nome dado às pequenas empresas de tecnologia que superam a avaliação de mercado de US$ 1 bilhão.

Para a brasileira CRM&Bonus, startup de programas de fidelidade que levantou R$ 280 milhões em outubro de 2021, as expectativas eram altas para 2022: “Se não fosse o cenário econômico atual, poderíamos ser unicórnio hoje”, afirma Alexandre Zolko, fundador e CEO da empresa.

“Eu realmente não tenho essa ‘bitolação’ por ser um unicórnio. Nosso foco é ser uma companhia de crescimento anual de 100% ao ano, pelo menos pelos próximos quatro anos”, diz Zolko, que descarta a necessidade de uma nova captação de investimento no curto prazo.

O CEO tem convicção de que os negócios vão bem mesmo durante a crise. Especializada em bônus de compras em lojas parceiras, a startup cresceu o faturamento em 150% apenas neste ano e afirma estar gerando lucro, graças a clientes de peso como Vivara, Arezzo e Adidas.

Abaixo, confira os melhores momentos da entrevista ao Estadão:

Em outubro de 2021, a CRM recebeu um aporte de R$ 280 milhões e, desde então, não houve mais rodadas de investimento. Como a empresa operou neste último ano?

Hoje, temos um faturamento anual recorrente que, se a gente não crescer, ainda fechamos na casa de R$ 100 milhões. Quando fechamos o aporte em outubro de 2021, esse número era na casa de R$ 25 milhões. Crescemos muito e conseguimos fazer isso gerando lucro. Estamos organizando novas aquisições e devemos anunciá-las em janeiro de 2023. Mas, mesmo com isso tudo, o caixa da companhia continua igual ao caixa no início da Série A.

Depois de um ano difícil para o cenário econômico para as startups, ainda faz sentido pensar no status de unicórnio?

Se não fosse o cenário econômico atual, poderíamos ser unicórnio hoje. Talvez seríamos, talvez não. Eu realmente não tenho essa “bitolação” por ser um unicórnio. Nosso foco é fazer o nosso propósito bem feito e ser uma companhia de crescimento 100% ao ano, pelo menos pelos próximos quatro anos. Não necessariamente a gente vai precisar de outra rodada.

E é sustentável não pensar em rodadas de captação neste momento?

Não temos, hoje, uma necessidade de captação. Não faz sentido uma empresa captar por captar. Você é valorizado pela sua última transação quando você não é uma empresa de capital aberto. Os empreendedores estão aprendendo que é importante ter o livre arbítrio de fazer rodadas de investimentos, mas que, para ter essa liberdade, você precisa se sustentar. Se você queima caixa e sua empresa depende desse caixa, você fica na mão do mercado. E o mercado neste momento não é propício para captação.

Alexandre Zolko é CEO e fundador da startup de programas de fidelidade CRM&Bonus Foto: Felipe Rau/Estadão - 9/11/2022

A internacionalização da empresa ainda está nos planos?

Hoje, estamos no México e em Portugal, mas em escalas muito menores do que aqui no Brasil. Vimos uma possibilidade de crescimento tão grande por aqui, que estamos dando muito foco ainda para o País neste momento. Mas o meio internacional está crescendo e talvez a forma de chegar em outros países seja por aquisições.

Qual o próximo passo para o desenvolvimento do produto de cupom de desconto (giftback) na empresa?

Estamos analisando a compra de alguma empresa para fazer a comunicação via robô de WhatsApp e não SMS. O problema do SMS transacional é o lembrete sobre a expiração do bônus ou uma possível reativação do benefício. Isso, no SMS, tem um índice muito baixo (de retorno). É mais caro para fazer uma conta verificada, mas o retorno compensa, então é uma coisa muito importante.

Quais os planos para 2023?

A ideia para o próximo ano é crescer o sistema de vale-bônus. Com o nosso vale-bônus, é possível trocar o giftback por crédito em marcas que querem ter um cliente novo. Você ganha um vale por uma compra em um estabelecimento e transforma isso em bônus para usar em uma outra loja da qual você ainda não é cliente. É uma forma de aumentar o fluxo de todos os nossos estabelecimentos e uma junção do ecossistema que temos por aqui. Essa é a nossa principal aposta.

Este ano não foi fácil para as startups no Brasil e no mundo. Ao contrário da fartura de capital vista em 2021, o cenário de alta dos juros diminui o apetite de investidores, o que enxuga os aportes e freia o nascimento dos “unicórnios”, nome dado às pequenas empresas de tecnologia que superam a avaliação de mercado de US$ 1 bilhão.

Para a brasileira CRM&Bonus, startup de programas de fidelidade que levantou R$ 280 milhões em outubro de 2021, as expectativas eram altas para 2022: “Se não fosse o cenário econômico atual, poderíamos ser unicórnio hoje”, afirma Alexandre Zolko, fundador e CEO da empresa.

“Eu realmente não tenho essa ‘bitolação’ por ser um unicórnio. Nosso foco é ser uma companhia de crescimento anual de 100% ao ano, pelo menos pelos próximos quatro anos”, diz Zolko, que descarta a necessidade de uma nova captação de investimento no curto prazo.

O CEO tem convicção de que os negócios vão bem mesmo durante a crise. Especializada em bônus de compras em lojas parceiras, a startup cresceu o faturamento em 150% apenas neste ano e afirma estar gerando lucro, graças a clientes de peso como Vivara, Arezzo e Adidas.

Abaixo, confira os melhores momentos da entrevista ao Estadão:

Em outubro de 2021, a CRM recebeu um aporte de R$ 280 milhões e, desde então, não houve mais rodadas de investimento. Como a empresa operou neste último ano?

Hoje, temos um faturamento anual recorrente que, se a gente não crescer, ainda fechamos na casa de R$ 100 milhões. Quando fechamos o aporte em outubro de 2021, esse número era na casa de R$ 25 milhões. Crescemos muito e conseguimos fazer isso gerando lucro. Estamos organizando novas aquisições e devemos anunciá-las em janeiro de 2023. Mas, mesmo com isso tudo, o caixa da companhia continua igual ao caixa no início da Série A.

Depois de um ano difícil para o cenário econômico para as startups, ainda faz sentido pensar no status de unicórnio?

Se não fosse o cenário econômico atual, poderíamos ser unicórnio hoje. Talvez seríamos, talvez não. Eu realmente não tenho essa “bitolação” por ser um unicórnio. Nosso foco é fazer o nosso propósito bem feito e ser uma companhia de crescimento 100% ao ano, pelo menos pelos próximos quatro anos. Não necessariamente a gente vai precisar de outra rodada.

E é sustentável não pensar em rodadas de captação neste momento?

Não temos, hoje, uma necessidade de captação. Não faz sentido uma empresa captar por captar. Você é valorizado pela sua última transação quando você não é uma empresa de capital aberto. Os empreendedores estão aprendendo que é importante ter o livre arbítrio de fazer rodadas de investimentos, mas que, para ter essa liberdade, você precisa se sustentar. Se você queima caixa e sua empresa depende desse caixa, você fica na mão do mercado. E o mercado neste momento não é propício para captação.

Alexandre Zolko é CEO e fundador da startup de programas de fidelidade CRM&Bonus Foto: Felipe Rau/Estadão - 9/11/2022

A internacionalização da empresa ainda está nos planos?

Hoje, estamos no México e em Portugal, mas em escalas muito menores do que aqui no Brasil. Vimos uma possibilidade de crescimento tão grande por aqui, que estamos dando muito foco ainda para o País neste momento. Mas o meio internacional está crescendo e talvez a forma de chegar em outros países seja por aquisições.

Qual o próximo passo para o desenvolvimento do produto de cupom de desconto (giftback) na empresa?

Estamos analisando a compra de alguma empresa para fazer a comunicação via robô de WhatsApp e não SMS. O problema do SMS transacional é o lembrete sobre a expiração do bônus ou uma possível reativação do benefício. Isso, no SMS, tem um índice muito baixo (de retorno). É mais caro para fazer uma conta verificada, mas o retorno compensa, então é uma coisa muito importante.

Quais os planos para 2023?

A ideia para o próximo ano é crescer o sistema de vale-bônus. Com o nosso vale-bônus, é possível trocar o giftback por crédito em marcas que querem ter um cliente novo. Você ganha um vale por uma compra em um estabelecimento e transforma isso em bônus para usar em uma outra loja da qual você ainda não é cliente. É uma forma de aumentar o fluxo de todos os nossos estabelecimentos e uma junção do ecossistema que temos por aqui. Essa é a nossa principal aposta.

Este ano não foi fácil para as startups no Brasil e no mundo. Ao contrário da fartura de capital vista em 2021, o cenário de alta dos juros diminui o apetite de investidores, o que enxuga os aportes e freia o nascimento dos “unicórnios”, nome dado às pequenas empresas de tecnologia que superam a avaliação de mercado de US$ 1 bilhão.

Para a brasileira CRM&Bonus, startup de programas de fidelidade que levantou R$ 280 milhões em outubro de 2021, as expectativas eram altas para 2022: “Se não fosse o cenário econômico atual, poderíamos ser unicórnio hoje”, afirma Alexandre Zolko, fundador e CEO da empresa.

“Eu realmente não tenho essa ‘bitolação’ por ser um unicórnio. Nosso foco é ser uma companhia de crescimento anual de 100% ao ano, pelo menos pelos próximos quatro anos”, diz Zolko, que descarta a necessidade de uma nova captação de investimento no curto prazo.

O CEO tem convicção de que os negócios vão bem mesmo durante a crise. Especializada em bônus de compras em lojas parceiras, a startup cresceu o faturamento em 150% apenas neste ano e afirma estar gerando lucro, graças a clientes de peso como Vivara, Arezzo e Adidas.

Abaixo, confira os melhores momentos da entrevista ao Estadão:

Em outubro de 2021, a CRM recebeu um aporte de R$ 280 milhões e, desde então, não houve mais rodadas de investimento. Como a empresa operou neste último ano?

Hoje, temos um faturamento anual recorrente que, se a gente não crescer, ainda fechamos na casa de R$ 100 milhões. Quando fechamos o aporte em outubro de 2021, esse número era na casa de R$ 25 milhões. Crescemos muito e conseguimos fazer isso gerando lucro. Estamos organizando novas aquisições e devemos anunciá-las em janeiro de 2023. Mas, mesmo com isso tudo, o caixa da companhia continua igual ao caixa no início da Série A.

Depois de um ano difícil para o cenário econômico para as startups, ainda faz sentido pensar no status de unicórnio?

Se não fosse o cenário econômico atual, poderíamos ser unicórnio hoje. Talvez seríamos, talvez não. Eu realmente não tenho essa “bitolação” por ser um unicórnio. Nosso foco é fazer o nosso propósito bem feito e ser uma companhia de crescimento 100% ao ano, pelo menos pelos próximos quatro anos. Não necessariamente a gente vai precisar de outra rodada.

E é sustentável não pensar em rodadas de captação neste momento?

Não temos, hoje, uma necessidade de captação. Não faz sentido uma empresa captar por captar. Você é valorizado pela sua última transação quando você não é uma empresa de capital aberto. Os empreendedores estão aprendendo que é importante ter o livre arbítrio de fazer rodadas de investimentos, mas que, para ter essa liberdade, você precisa se sustentar. Se você queima caixa e sua empresa depende desse caixa, você fica na mão do mercado. E o mercado neste momento não é propício para captação.

Alexandre Zolko é CEO e fundador da startup de programas de fidelidade CRM&Bonus Foto: Felipe Rau/Estadão - 9/11/2022

A internacionalização da empresa ainda está nos planos?

Hoje, estamos no México e em Portugal, mas em escalas muito menores do que aqui no Brasil. Vimos uma possibilidade de crescimento tão grande por aqui, que estamos dando muito foco ainda para o País neste momento. Mas o meio internacional está crescendo e talvez a forma de chegar em outros países seja por aquisições.

Qual o próximo passo para o desenvolvimento do produto de cupom de desconto (giftback) na empresa?

Estamos analisando a compra de alguma empresa para fazer a comunicação via robô de WhatsApp e não SMS. O problema do SMS transacional é o lembrete sobre a expiração do bônus ou uma possível reativação do benefício. Isso, no SMS, tem um índice muito baixo (de retorno). É mais caro para fazer uma conta verificada, mas o retorno compensa, então é uma coisa muito importante.

Quais os planos para 2023?

A ideia para o próximo ano é crescer o sistema de vale-bônus. Com o nosso vale-bônus, é possível trocar o giftback por crédito em marcas que querem ter um cliente novo. Você ganha um vale por uma compra em um estabelecimento e transforma isso em bônus para usar em uma outra loja da qual você ainda não é cliente. É uma forma de aumentar o fluxo de todos os nossos estabelecimentos e uma junção do ecossistema que temos por aqui. Essa é a nossa principal aposta.

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