‘É preciso pensar a educação do ponto de vista do aluno’, diz ex-ministro britânico


Responsável por serviço para treinar professores, Lorde Jim Knight crê que inovação pode ajudar educação em país de escala como Brasil

Por Giovanna Wolf

Uma plataforma online para treinar professores à distância, com mais de um século de tradição em educação. Trata-se do serviço britânico TES Institute, utilizado por mais de 11,5 milhões de educadores no mundo, com foco especial em países de língua inglesa. Seu chefe é o britânico Lorde Jim Knight, ex-ministro da educação no governo de Gordon Brown. Desde 2015, ele tem a tarefa de comandar o braço digital da TES Global, uma revista de educação criada em 1910. 

“Damos às escolas a chance de construírem talentos e materiais próprios, em vez de importar conhecimentos”, diz Knight ao Estado. Sua experiência na área, com a capacidade de resolver problemas complexos da educação do País, chamou a atenção de estudantes brasileiros da Universidade Stanford. Ele será um dos convidados da Brazil at Silicon Valley, conferência prevista para os dias 8 e 9 de abril, na Califórnia – o evento é apoiado por nomes como Jorge Paulo Lemann e Luciano Huck. 

continua após a publicidade
Escopo. Plataforma de Knight tem 11,5 milhões de usuários no mundo Foto: PETER BOER/DE BEELDUNIE

Em Stanford, Knight discutirá como a inovação pode ajudar a treinar professores em qualquer lugar e melhorar a eficiência do ensino. Na plataforma, além de receber orientação, os educadores podem também divulgar seus trabalhos – como provas, exercícios e apresentações – e oferecê-los a colegas. 

Ao Estado, Knight já deu pistas de como pretende “atacar” o problema: “O Brasil é um país de escala – e quanto mais professores se tem, mais faz sentido usar uma plataforma online, de grande alcance”, diz ele. Mas ele evita respostas fáceis. “Cada país tem uma realidade e é importante pensar a educação do ponto de vista do estudante.” 

continua após a publicidade

Como o sr. define o TES Institute?  Nosso papel é manter os professores informados, colocando-os em contato com materiais escolares e facilitando a conexão entre eles. Começamos essa relação quando eles entram na profissão. Acreditamos no poder da educação de qualidade – e o treinamento de profissionais é responsável por pelo menos metade desse resultado. 

Como foi criar um braço digital em uma empresa centenária? Tivemos uma grande jornada para abraçar as tecnologias necessárias e passar de uma publicação no papel para um negócio de software. É uma enorme transição. Hoje, temos a maior coleção de treinamento online em língua inglesa e uma relação estreita com as escolas, dando a elas a chance de construírem talentos e materiais próprios em vez de importar conhecimentos prontos de universidades. 

A criação da plataforma digital conseguiu aumentar a qualidade da educação?  Hoje, temos 11,5 milhões de usuários e temos muito orgulho disso. Também passamos por inspeções escolares regulares e fomos reconhecidos como uma boa instituição. Além disso, o fato de ser um serviço online e em inglês nos permite explorar nossa capacidade com mais eficiência – já ajudamos professores em Zâmbia, na África, a desenvolverem suas técnicas de ensino. 

continua após a publicidade

O Brasil tem estatísticas ruins em educação. Como plataformas digitais podem aumentar a eficiência do País na área?  Estive no Brasil algumas vezes. Tenho como verdade que o que funciona em um país não necessariamente funciona em outro: temos diferentes pontos de partidas, apesar dos conhecimentos e desafios serem universais, como a retenção de professores. É importante pensar a educação do ponto de vista do ponto de vista do estudante. Os alunos têm diferentes históricos e isso faz com que as classes tenham panos de fundo diferentes. Por isso, a importância do treinamento dos professores. O Brasil é um país de escala – e quanto mais professores se tem, mais faz sentido usar uma plataforma de grande alcance. Outra vantagem é que o conteúdo online pode ser constantemente atualizado, não é algo imutável como uma apostila impressa. Por enquanto, nossa plataforma só está disponível em inglês, mas estamos conversando com a Fundação Lemann, temos uma boa relação. 

Qual é o maior desafio de um professor hoje?  Vivemos uma época de mudanças sem precedentes. Quando eu ia à escola, o que já faz um tempo pois tenho 54 anos, era diferente: se você se dedicasse e passasse nas provas, teria uma vida estável. O sistema de educação ainda é baseado nesse modelo, mas hoje a única certeza é a incerteza: não sabemos como serão as profissões do futuro. 

Muita gente critica o uso de tecnologia nas salas de aula. O que sr. acha disso?  É uma ferramenta. A partir da experiência que temos todos os dias, sabemos que a tecnologia tem grande potencial. É necessário garantir que as pessoas saibam que hora devem se desligar. Também precisamos garantir um ensino feito de um humano para outro humano – como ferramenta, a tecnologia deve ser usada de forma estratégica. 

continua após a publicidade

*É estagiária, sob supervisão do editor Bruno Capelas

Uma plataforma online para treinar professores à distância, com mais de um século de tradição em educação. Trata-se do serviço britânico TES Institute, utilizado por mais de 11,5 milhões de educadores no mundo, com foco especial em países de língua inglesa. Seu chefe é o britânico Lorde Jim Knight, ex-ministro da educação no governo de Gordon Brown. Desde 2015, ele tem a tarefa de comandar o braço digital da TES Global, uma revista de educação criada em 1910. 

“Damos às escolas a chance de construírem talentos e materiais próprios, em vez de importar conhecimentos”, diz Knight ao Estado. Sua experiência na área, com a capacidade de resolver problemas complexos da educação do País, chamou a atenção de estudantes brasileiros da Universidade Stanford. Ele será um dos convidados da Brazil at Silicon Valley, conferência prevista para os dias 8 e 9 de abril, na Califórnia – o evento é apoiado por nomes como Jorge Paulo Lemann e Luciano Huck. 

Escopo. Plataforma de Knight tem 11,5 milhões de usuários no mundo Foto: PETER BOER/DE BEELDUNIE

Em Stanford, Knight discutirá como a inovação pode ajudar a treinar professores em qualquer lugar e melhorar a eficiência do ensino. Na plataforma, além de receber orientação, os educadores podem também divulgar seus trabalhos – como provas, exercícios e apresentações – e oferecê-los a colegas. 

Ao Estado, Knight já deu pistas de como pretende “atacar” o problema: “O Brasil é um país de escala – e quanto mais professores se tem, mais faz sentido usar uma plataforma online, de grande alcance”, diz ele. Mas ele evita respostas fáceis. “Cada país tem uma realidade e é importante pensar a educação do ponto de vista do estudante.” 

Como o sr. define o TES Institute?  Nosso papel é manter os professores informados, colocando-os em contato com materiais escolares e facilitando a conexão entre eles. Começamos essa relação quando eles entram na profissão. Acreditamos no poder da educação de qualidade – e o treinamento de profissionais é responsável por pelo menos metade desse resultado. 

Como foi criar um braço digital em uma empresa centenária? Tivemos uma grande jornada para abraçar as tecnologias necessárias e passar de uma publicação no papel para um negócio de software. É uma enorme transição. Hoje, temos a maior coleção de treinamento online em língua inglesa e uma relação estreita com as escolas, dando a elas a chance de construírem talentos e materiais próprios em vez de importar conhecimentos prontos de universidades. 

A criação da plataforma digital conseguiu aumentar a qualidade da educação?  Hoje, temos 11,5 milhões de usuários e temos muito orgulho disso. Também passamos por inspeções escolares regulares e fomos reconhecidos como uma boa instituição. Além disso, o fato de ser um serviço online e em inglês nos permite explorar nossa capacidade com mais eficiência – já ajudamos professores em Zâmbia, na África, a desenvolverem suas técnicas de ensino. 

O Brasil tem estatísticas ruins em educação. Como plataformas digitais podem aumentar a eficiência do País na área?  Estive no Brasil algumas vezes. Tenho como verdade que o que funciona em um país não necessariamente funciona em outro: temos diferentes pontos de partidas, apesar dos conhecimentos e desafios serem universais, como a retenção de professores. É importante pensar a educação do ponto de vista do ponto de vista do estudante. Os alunos têm diferentes históricos e isso faz com que as classes tenham panos de fundo diferentes. Por isso, a importância do treinamento dos professores. O Brasil é um país de escala – e quanto mais professores se tem, mais faz sentido usar uma plataforma de grande alcance. Outra vantagem é que o conteúdo online pode ser constantemente atualizado, não é algo imutável como uma apostila impressa. Por enquanto, nossa plataforma só está disponível em inglês, mas estamos conversando com a Fundação Lemann, temos uma boa relação. 

Qual é o maior desafio de um professor hoje?  Vivemos uma época de mudanças sem precedentes. Quando eu ia à escola, o que já faz um tempo pois tenho 54 anos, era diferente: se você se dedicasse e passasse nas provas, teria uma vida estável. O sistema de educação ainda é baseado nesse modelo, mas hoje a única certeza é a incerteza: não sabemos como serão as profissões do futuro. 

Muita gente critica o uso de tecnologia nas salas de aula. O que sr. acha disso?  É uma ferramenta. A partir da experiência que temos todos os dias, sabemos que a tecnologia tem grande potencial. É necessário garantir que as pessoas saibam que hora devem se desligar. Também precisamos garantir um ensino feito de um humano para outro humano – como ferramenta, a tecnologia deve ser usada de forma estratégica. 

*É estagiária, sob supervisão do editor Bruno Capelas

Uma plataforma online para treinar professores à distância, com mais de um século de tradição em educação. Trata-se do serviço britânico TES Institute, utilizado por mais de 11,5 milhões de educadores no mundo, com foco especial em países de língua inglesa. Seu chefe é o britânico Lorde Jim Knight, ex-ministro da educação no governo de Gordon Brown. Desde 2015, ele tem a tarefa de comandar o braço digital da TES Global, uma revista de educação criada em 1910. 

“Damos às escolas a chance de construírem talentos e materiais próprios, em vez de importar conhecimentos”, diz Knight ao Estado. Sua experiência na área, com a capacidade de resolver problemas complexos da educação do País, chamou a atenção de estudantes brasileiros da Universidade Stanford. Ele será um dos convidados da Brazil at Silicon Valley, conferência prevista para os dias 8 e 9 de abril, na Califórnia – o evento é apoiado por nomes como Jorge Paulo Lemann e Luciano Huck. 

Escopo. Plataforma de Knight tem 11,5 milhões de usuários no mundo Foto: PETER BOER/DE BEELDUNIE

Em Stanford, Knight discutirá como a inovação pode ajudar a treinar professores em qualquer lugar e melhorar a eficiência do ensino. Na plataforma, além de receber orientação, os educadores podem também divulgar seus trabalhos – como provas, exercícios e apresentações – e oferecê-los a colegas. 

Ao Estado, Knight já deu pistas de como pretende “atacar” o problema: “O Brasil é um país de escala – e quanto mais professores se tem, mais faz sentido usar uma plataforma online, de grande alcance”, diz ele. Mas ele evita respostas fáceis. “Cada país tem uma realidade e é importante pensar a educação do ponto de vista do estudante.” 

Como o sr. define o TES Institute?  Nosso papel é manter os professores informados, colocando-os em contato com materiais escolares e facilitando a conexão entre eles. Começamos essa relação quando eles entram na profissão. Acreditamos no poder da educação de qualidade – e o treinamento de profissionais é responsável por pelo menos metade desse resultado. 

Como foi criar um braço digital em uma empresa centenária? Tivemos uma grande jornada para abraçar as tecnologias necessárias e passar de uma publicação no papel para um negócio de software. É uma enorme transição. Hoje, temos a maior coleção de treinamento online em língua inglesa e uma relação estreita com as escolas, dando a elas a chance de construírem talentos e materiais próprios em vez de importar conhecimentos prontos de universidades. 

A criação da plataforma digital conseguiu aumentar a qualidade da educação?  Hoje, temos 11,5 milhões de usuários e temos muito orgulho disso. Também passamos por inspeções escolares regulares e fomos reconhecidos como uma boa instituição. Além disso, o fato de ser um serviço online e em inglês nos permite explorar nossa capacidade com mais eficiência – já ajudamos professores em Zâmbia, na África, a desenvolverem suas técnicas de ensino. 

O Brasil tem estatísticas ruins em educação. Como plataformas digitais podem aumentar a eficiência do País na área?  Estive no Brasil algumas vezes. Tenho como verdade que o que funciona em um país não necessariamente funciona em outro: temos diferentes pontos de partidas, apesar dos conhecimentos e desafios serem universais, como a retenção de professores. É importante pensar a educação do ponto de vista do ponto de vista do estudante. Os alunos têm diferentes históricos e isso faz com que as classes tenham panos de fundo diferentes. Por isso, a importância do treinamento dos professores. O Brasil é um país de escala – e quanto mais professores se tem, mais faz sentido usar uma plataforma de grande alcance. Outra vantagem é que o conteúdo online pode ser constantemente atualizado, não é algo imutável como uma apostila impressa. Por enquanto, nossa plataforma só está disponível em inglês, mas estamos conversando com a Fundação Lemann, temos uma boa relação. 

Qual é o maior desafio de um professor hoje?  Vivemos uma época de mudanças sem precedentes. Quando eu ia à escola, o que já faz um tempo pois tenho 54 anos, era diferente: se você se dedicasse e passasse nas provas, teria uma vida estável. O sistema de educação ainda é baseado nesse modelo, mas hoje a única certeza é a incerteza: não sabemos como serão as profissões do futuro. 

Muita gente critica o uso de tecnologia nas salas de aula. O que sr. acha disso?  É uma ferramenta. A partir da experiência que temos todos os dias, sabemos que a tecnologia tem grande potencial. É necessário garantir que as pessoas saibam que hora devem se desligar. Também precisamos garantir um ensino feito de um humano para outro humano – como ferramenta, a tecnologia deve ser usada de forma estratégica. 

*É estagiária, sob supervisão do editor Bruno Capelas

Uma plataforma online para treinar professores à distância, com mais de um século de tradição em educação. Trata-se do serviço britânico TES Institute, utilizado por mais de 11,5 milhões de educadores no mundo, com foco especial em países de língua inglesa. Seu chefe é o britânico Lorde Jim Knight, ex-ministro da educação no governo de Gordon Brown. Desde 2015, ele tem a tarefa de comandar o braço digital da TES Global, uma revista de educação criada em 1910. 

“Damos às escolas a chance de construírem talentos e materiais próprios, em vez de importar conhecimentos”, diz Knight ao Estado. Sua experiência na área, com a capacidade de resolver problemas complexos da educação do País, chamou a atenção de estudantes brasileiros da Universidade Stanford. Ele será um dos convidados da Brazil at Silicon Valley, conferência prevista para os dias 8 e 9 de abril, na Califórnia – o evento é apoiado por nomes como Jorge Paulo Lemann e Luciano Huck. 

Escopo. Plataforma de Knight tem 11,5 milhões de usuários no mundo Foto: PETER BOER/DE BEELDUNIE

Em Stanford, Knight discutirá como a inovação pode ajudar a treinar professores em qualquer lugar e melhorar a eficiência do ensino. Na plataforma, além de receber orientação, os educadores podem também divulgar seus trabalhos – como provas, exercícios e apresentações – e oferecê-los a colegas. 

Ao Estado, Knight já deu pistas de como pretende “atacar” o problema: “O Brasil é um país de escala – e quanto mais professores se tem, mais faz sentido usar uma plataforma online, de grande alcance”, diz ele. Mas ele evita respostas fáceis. “Cada país tem uma realidade e é importante pensar a educação do ponto de vista do estudante.” 

Como o sr. define o TES Institute?  Nosso papel é manter os professores informados, colocando-os em contato com materiais escolares e facilitando a conexão entre eles. Começamos essa relação quando eles entram na profissão. Acreditamos no poder da educação de qualidade – e o treinamento de profissionais é responsável por pelo menos metade desse resultado. 

Como foi criar um braço digital em uma empresa centenária? Tivemos uma grande jornada para abraçar as tecnologias necessárias e passar de uma publicação no papel para um negócio de software. É uma enorme transição. Hoje, temos a maior coleção de treinamento online em língua inglesa e uma relação estreita com as escolas, dando a elas a chance de construírem talentos e materiais próprios em vez de importar conhecimentos prontos de universidades. 

A criação da plataforma digital conseguiu aumentar a qualidade da educação?  Hoje, temos 11,5 milhões de usuários e temos muito orgulho disso. Também passamos por inspeções escolares regulares e fomos reconhecidos como uma boa instituição. Além disso, o fato de ser um serviço online e em inglês nos permite explorar nossa capacidade com mais eficiência – já ajudamos professores em Zâmbia, na África, a desenvolverem suas técnicas de ensino. 

O Brasil tem estatísticas ruins em educação. Como plataformas digitais podem aumentar a eficiência do País na área?  Estive no Brasil algumas vezes. Tenho como verdade que o que funciona em um país não necessariamente funciona em outro: temos diferentes pontos de partidas, apesar dos conhecimentos e desafios serem universais, como a retenção de professores. É importante pensar a educação do ponto de vista do ponto de vista do estudante. Os alunos têm diferentes históricos e isso faz com que as classes tenham panos de fundo diferentes. Por isso, a importância do treinamento dos professores. O Brasil é um país de escala – e quanto mais professores se tem, mais faz sentido usar uma plataforma de grande alcance. Outra vantagem é que o conteúdo online pode ser constantemente atualizado, não é algo imutável como uma apostila impressa. Por enquanto, nossa plataforma só está disponível em inglês, mas estamos conversando com a Fundação Lemann, temos uma boa relação. 

Qual é o maior desafio de um professor hoje?  Vivemos uma época de mudanças sem precedentes. Quando eu ia à escola, o que já faz um tempo pois tenho 54 anos, era diferente: se você se dedicasse e passasse nas provas, teria uma vida estável. O sistema de educação ainda é baseado nesse modelo, mas hoje a única certeza é a incerteza: não sabemos como serão as profissões do futuro. 

Muita gente critica o uso de tecnologia nas salas de aula. O que sr. acha disso?  É uma ferramenta. A partir da experiência que temos todos os dias, sabemos que a tecnologia tem grande potencial. É necessário garantir que as pessoas saibam que hora devem se desligar. Também precisamos garantir um ensino feito de um humano para outro humano – como ferramenta, a tecnologia deve ser usada de forma estratégica. 

*É estagiária, sob supervisão do editor Bruno Capelas

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.