A Jeeves acaba de levantar US$ 180 milhões em rodada Série C para impulsionar sua expansão global, incluindo o Brasil. O País é o 24º a receber os serviços da plataforma de gerenciamento de despesas e cartões corporativos para startups globais.Após um ano do seu lançamento público, a fintech soma mais de US$ 380 milhões em aportes e avaliação de US$ 2,1 bilhões. A rodada de investimentos mais recente, liderada pela Tencent, contou também com o fundo soberano de Cingapura (GIC, na sigla em inglês) e outros nomes relevantes do segmento de inovação.
A Jeeves fornece também linhas de crédito para capital de giro, além da plataforma de gestão de gastos corporativos, incluindo internacionais, em qualquer moeda e de forma instantânea, com um cartão atrelado. “O objetivo é permitir que as startups economizem tempo com o gerenciamento de despesas para focar em empreender e crescer”, Fernando Torres, em entrevista, líder de operações da Jeeves no Brasil.
A empresa diz ter ultrapassado US$ 1 bilhão em volume bruto anual de transações (GTV) 11 meses após seu lançamento público em março de 2021, com um crescimento médio mês a mês de 76% desde o início de suas operações.
O mercado mexicano foi o primeiro a ser explorado pela startup, criada em 2019 nos Estados Unidos. Desde então, a Jeeves passou a atender startups da América do Norte, União Europeia e América Latina.As empresas brasileiras de tecnologia devem entrar nessa lista até maio, com o início das operações de concessão de crédito, segundo Torres. Para as plataformas de cartões, a expectativa é que estejam disponíveis por aqui a partir de junho.
A chegada ao Brasil é motivada principalmente pelo crescimento dos investimentos em inovação visto nos últimos anos e potencial de expansão para a empresa, segundo Torres. “Por causa do grande tamanho do País, há espaço para entrarmos na casa dos milhares de clientes só aqui ”, aponta o executivo. Atualmente, a Jeeves atende mais de 3 mil empresas globalmente.
Como principais desafios para atuar no mercado brasileiro, o líder de operações da startup cita a complexidade regulatória e tributária. O cenário macroeconômico desafiador fica em segundo plano. “O nosso foco está no empreendedor, enquanto nossos clientes estiverem crescendo, recebendo investimentos, ficamos tranquilos”, afirma.
O aporte anunciado nesta terça, 22, será utilizado ainda para aumentar a infraestrutura, possibilitando atuar com diferentes moedas, contratar mão de obra qualificada e acelerar a integração de novas empresas à plataforma. A Universidade de Stanford e o Banco do Vale do Silício também participaram da rodada Série C. Assim como os escritórios familiares dos fundadores da FAANG (Facebook, Apple, Amazon, Netflix e Google) e Carlo Enrico, Presidente da Mastercard para América Latina e Caribe, entre outros.