Fintech Neon é o novo 'unicórnio' brasileiro após aporte de US$ 300 mi


A startup movimenta hoje mais de R$ 5,8 bilhões por mês em transações

Por Bruno Romani e Giovanna Wolf

A fintech brasileira Neon anunciou nesta segunda-feira, 14, que levantou uma rodada de investimentos de US$ 300 milhões (R$ 1,6 bilhão). Além do aporte, a empresa revelou que atingiu o status de “unicórnio” (avaliação de mercado superior a US$ 1 bilhão).

A rodada, do tipo série D, foi captada junto ao grupo bancário espanhol BBVA – o investimento prevê uma fatia de 21,7% na fintech. Segundo apurou o Estadão, a Neon chegou à avaliação bilionária logo após levantar um aporte de US$ 300 milhões em setembro de 2020, liderado pelo fundo General Atlantic, com participação de investidores como Monashees, Flourish Ventures, PayPal Ventures, Endeavor Catalyst e o próprio BBVA. 

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Pedro Conrade, fundador da Neon Foto: Daniel Teixeira/Estadão

"Não anunciamos na época, porque preferimos abaixar a cabeça e trabalhar. Deixamos para ser high profile em outras ocasiões", conta ao Estadão Jean Sigrist, copresidente executivo da Neon. E o perfil "quieto" da empresa deverá continuar: Sigrist não revela a atual avaliação de mercado da fintech. 

Porém, a entrada da Neon no hall de unicórnios brasileiros era uma das bolas mais cantadas do ecossistema brasileiro de inovação. Presente em diversas listas de candidatas nos últimos dois anos, a fintech era a startup com o maior volume de captações entre as empresas brasileiras de tecnologia que ainda não haviam anunciado ser unicórnio: soma mais de R$ 3,7 bilhões levantados desde sua fundação em 2016.

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Os outros números também impressionam. A fintech diz ter triplicado de tamanho em 2021, chegando a 15 milhões de clientes, sendo 88% das classes C, D e E. A empresa movimenta hoje mais de R$ 5,8 bilhões por mês em transações. Nos últimos 18 meses, a empresa cresceu a sua base de clientes em 6 milhões de pessoas - a ideia é manter o ritmo de crescimento em taxas parecidas. 

O otimismo acontece em um cenário no qual começam a surgir dúvidas entre investidores em todo o mundo sobre a capacidade de crescimento de bancos digitais, o que ajudou a derrubar as ações do Nubank desde a sua abertura de capital em dezembro. Sigrist não considera isso um obstáculo. "O mercado não ficou mais difícil para a gente nos últimos tempos. Ele continua favorável para boas empresas e bons projetos. Temos controle sobre nosso balanço vai se comportar no tempo e isso nos coloca numa posição de conforto", diz. 

Crescimento 

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Os novos recursos serão usados para investimentos em áreas como tecnologia, marketing e produto – o plano é mais que dobrar a receita neste ano. Uma das estratégias da fintech é lançar novos produtos em sua plataforma Democredit, focada em concessão de crédito. "Queremos ser o banco do trabalhador brasileiro e queremos dar crédito ao trabalhador brasileiro. E essa é uma atividade intensiva de capitais", diz Sigrist. 

“Daremos para todos os nossos clientes caminhos simples e sustentáveis para obter crédito de forma justa. A captação nos permite acelerar esse propósito e atender cada vez mais trabalhadores”, disse Pedro Conrade, fundador da Neon, em comunicado nesta segunda-feira. “Com o apoio e experiência global do BBVA em digitalização e crédito teremos avanços ainda maiores”. 

Além do crescimento da carteira de crédito, a Neon deve intensificar suas ações como uma martech (nome dado a empresas que usam tecnologia para o segmento de marketing). A divisão, claro, não atua com clientes externos: o propósito do braço de marketing da empresa é encontrar estratégias tecnológicas para chegar a novos clientes de forma mais eficiente.   

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Parte do cheque também deve ser direcionado para aquisições, que têm sido uma das estratégias da empresa para crescer. Em janeiro, a Neon assinou um contrato para a aquisição da financeira Biorc que, se aprovada pelo Banco Central, será a quarta aquisição da fintech. 

A startup deu o pontapé inicial em aquisições em 2019 ao comprar a MEI Fácil, voltada a serviços financeiros e educação para microempreendedores individuais. No ano seguinte, comprou a Magliano Invest, corretora de valores da Bovespa. Também em 2020, a Neon trouxe um reforço para seu portfólio de empréstimo consignado com a compra da fintech ConsigaMais+.

Na visão de Bruno Diniz, especialista em inovação e sócio da Consultoria Spiralem, o aporte da Neon mostra que o mercado de bancos digitais no Brasil se tornou uma corrida de cachorro grande. "Com 15 milhões de clientes, a Neon já rivaliza com grandes bancos digitais da Europa. É natural vermos grandes fundos, incluindo instituições internacionais, olhando para os nomes brasileiros do setor", afirma. Diniz também sinaliza que o investimento pode abrir portas para a Neon no exterior, já que o BBVA tem franquias em mercados como América Latina e Turquia, além da Espanha. 

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Essa, porém, não é uma ideia do radar imediato. "Já fizemos algum estudo, mas o Brasil é um mercado grande e temos muito a crescer", diz Sigrist. Segundo ele, a ideia do aporte solitário partiu do BBVA, que teria pedido aos outros investidores da Neon para não participar da rodada. "O BBVA nos acompanha muito tempo. Eles são um caso de sucesso de transformação digital e nos entendemo muitos bem com eles. É muito importante essa parceria com o investidores", diz. 

A fintech brasileira Neon anunciou nesta segunda-feira, 14, que levantou uma rodada de investimentos de US$ 300 milhões (R$ 1,6 bilhão). Além do aporte, a empresa revelou que atingiu o status de “unicórnio” (avaliação de mercado superior a US$ 1 bilhão).

A rodada, do tipo série D, foi captada junto ao grupo bancário espanhol BBVA – o investimento prevê uma fatia de 21,7% na fintech. Segundo apurou o Estadão, a Neon chegou à avaliação bilionária logo após levantar um aporte de US$ 300 milhões em setembro de 2020, liderado pelo fundo General Atlantic, com participação de investidores como Monashees, Flourish Ventures, PayPal Ventures, Endeavor Catalyst e o próprio BBVA. 

Pedro Conrade, fundador da Neon Foto: Daniel Teixeira/Estadão

"Não anunciamos na época, porque preferimos abaixar a cabeça e trabalhar. Deixamos para ser high profile em outras ocasiões", conta ao Estadão Jean Sigrist, copresidente executivo da Neon. E o perfil "quieto" da empresa deverá continuar: Sigrist não revela a atual avaliação de mercado da fintech. 

Porém, a entrada da Neon no hall de unicórnios brasileiros era uma das bolas mais cantadas do ecossistema brasileiro de inovação. Presente em diversas listas de candidatas nos últimos dois anos, a fintech era a startup com o maior volume de captações entre as empresas brasileiras de tecnologia que ainda não haviam anunciado ser unicórnio: soma mais de R$ 3,7 bilhões levantados desde sua fundação em 2016.

Os outros números também impressionam. A fintech diz ter triplicado de tamanho em 2021, chegando a 15 milhões de clientes, sendo 88% das classes C, D e E. A empresa movimenta hoje mais de R$ 5,8 bilhões por mês em transações. Nos últimos 18 meses, a empresa cresceu a sua base de clientes em 6 milhões de pessoas - a ideia é manter o ritmo de crescimento em taxas parecidas. 

O otimismo acontece em um cenário no qual começam a surgir dúvidas entre investidores em todo o mundo sobre a capacidade de crescimento de bancos digitais, o que ajudou a derrubar as ações do Nubank desde a sua abertura de capital em dezembro. Sigrist não considera isso um obstáculo. "O mercado não ficou mais difícil para a gente nos últimos tempos. Ele continua favorável para boas empresas e bons projetos. Temos controle sobre nosso balanço vai se comportar no tempo e isso nos coloca numa posição de conforto", diz. 

Crescimento 

Os novos recursos serão usados para investimentos em áreas como tecnologia, marketing e produto – o plano é mais que dobrar a receita neste ano. Uma das estratégias da fintech é lançar novos produtos em sua plataforma Democredit, focada em concessão de crédito. "Queremos ser o banco do trabalhador brasileiro e queremos dar crédito ao trabalhador brasileiro. E essa é uma atividade intensiva de capitais", diz Sigrist. 

“Daremos para todos os nossos clientes caminhos simples e sustentáveis para obter crédito de forma justa. A captação nos permite acelerar esse propósito e atender cada vez mais trabalhadores”, disse Pedro Conrade, fundador da Neon, em comunicado nesta segunda-feira. “Com o apoio e experiência global do BBVA em digitalização e crédito teremos avanços ainda maiores”. 

Além do crescimento da carteira de crédito, a Neon deve intensificar suas ações como uma martech (nome dado a empresas que usam tecnologia para o segmento de marketing). A divisão, claro, não atua com clientes externos: o propósito do braço de marketing da empresa é encontrar estratégias tecnológicas para chegar a novos clientes de forma mais eficiente.   

Parte do cheque também deve ser direcionado para aquisições, que têm sido uma das estratégias da empresa para crescer. Em janeiro, a Neon assinou um contrato para a aquisição da financeira Biorc que, se aprovada pelo Banco Central, será a quarta aquisição da fintech. 

A startup deu o pontapé inicial em aquisições em 2019 ao comprar a MEI Fácil, voltada a serviços financeiros e educação para microempreendedores individuais. No ano seguinte, comprou a Magliano Invest, corretora de valores da Bovespa. Também em 2020, a Neon trouxe um reforço para seu portfólio de empréstimo consignado com a compra da fintech ConsigaMais+.

Na visão de Bruno Diniz, especialista em inovação e sócio da Consultoria Spiralem, o aporte da Neon mostra que o mercado de bancos digitais no Brasil se tornou uma corrida de cachorro grande. "Com 15 milhões de clientes, a Neon já rivaliza com grandes bancos digitais da Europa. É natural vermos grandes fundos, incluindo instituições internacionais, olhando para os nomes brasileiros do setor", afirma. Diniz também sinaliza que o investimento pode abrir portas para a Neon no exterior, já que o BBVA tem franquias em mercados como América Latina e Turquia, além da Espanha. 

Essa, porém, não é uma ideia do radar imediato. "Já fizemos algum estudo, mas o Brasil é um mercado grande e temos muito a crescer", diz Sigrist. Segundo ele, a ideia do aporte solitário partiu do BBVA, que teria pedido aos outros investidores da Neon para não participar da rodada. "O BBVA nos acompanha muito tempo. Eles são um caso de sucesso de transformação digital e nos entendemo muitos bem com eles. É muito importante essa parceria com o investidores", diz. 

A fintech brasileira Neon anunciou nesta segunda-feira, 14, que levantou uma rodada de investimentos de US$ 300 milhões (R$ 1,6 bilhão). Além do aporte, a empresa revelou que atingiu o status de “unicórnio” (avaliação de mercado superior a US$ 1 bilhão).

A rodada, do tipo série D, foi captada junto ao grupo bancário espanhol BBVA – o investimento prevê uma fatia de 21,7% na fintech. Segundo apurou o Estadão, a Neon chegou à avaliação bilionária logo após levantar um aporte de US$ 300 milhões em setembro de 2020, liderado pelo fundo General Atlantic, com participação de investidores como Monashees, Flourish Ventures, PayPal Ventures, Endeavor Catalyst e o próprio BBVA. 

Pedro Conrade, fundador da Neon Foto: Daniel Teixeira/Estadão

"Não anunciamos na época, porque preferimos abaixar a cabeça e trabalhar. Deixamos para ser high profile em outras ocasiões", conta ao Estadão Jean Sigrist, copresidente executivo da Neon. E o perfil "quieto" da empresa deverá continuar: Sigrist não revela a atual avaliação de mercado da fintech. 

Porém, a entrada da Neon no hall de unicórnios brasileiros era uma das bolas mais cantadas do ecossistema brasileiro de inovação. Presente em diversas listas de candidatas nos últimos dois anos, a fintech era a startup com o maior volume de captações entre as empresas brasileiras de tecnologia que ainda não haviam anunciado ser unicórnio: soma mais de R$ 3,7 bilhões levantados desde sua fundação em 2016.

Os outros números também impressionam. A fintech diz ter triplicado de tamanho em 2021, chegando a 15 milhões de clientes, sendo 88% das classes C, D e E. A empresa movimenta hoje mais de R$ 5,8 bilhões por mês em transações. Nos últimos 18 meses, a empresa cresceu a sua base de clientes em 6 milhões de pessoas - a ideia é manter o ritmo de crescimento em taxas parecidas. 

O otimismo acontece em um cenário no qual começam a surgir dúvidas entre investidores em todo o mundo sobre a capacidade de crescimento de bancos digitais, o que ajudou a derrubar as ações do Nubank desde a sua abertura de capital em dezembro. Sigrist não considera isso um obstáculo. "O mercado não ficou mais difícil para a gente nos últimos tempos. Ele continua favorável para boas empresas e bons projetos. Temos controle sobre nosso balanço vai se comportar no tempo e isso nos coloca numa posição de conforto", diz. 

Crescimento 

Os novos recursos serão usados para investimentos em áreas como tecnologia, marketing e produto – o plano é mais que dobrar a receita neste ano. Uma das estratégias da fintech é lançar novos produtos em sua plataforma Democredit, focada em concessão de crédito. "Queremos ser o banco do trabalhador brasileiro e queremos dar crédito ao trabalhador brasileiro. E essa é uma atividade intensiva de capitais", diz Sigrist. 

“Daremos para todos os nossos clientes caminhos simples e sustentáveis para obter crédito de forma justa. A captação nos permite acelerar esse propósito e atender cada vez mais trabalhadores”, disse Pedro Conrade, fundador da Neon, em comunicado nesta segunda-feira. “Com o apoio e experiência global do BBVA em digitalização e crédito teremos avanços ainda maiores”. 

Além do crescimento da carteira de crédito, a Neon deve intensificar suas ações como uma martech (nome dado a empresas que usam tecnologia para o segmento de marketing). A divisão, claro, não atua com clientes externos: o propósito do braço de marketing da empresa é encontrar estratégias tecnológicas para chegar a novos clientes de forma mais eficiente.   

Parte do cheque também deve ser direcionado para aquisições, que têm sido uma das estratégias da empresa para crescer. Em janeiro, a Neon assinou um contrato para a aquisição da financeira Biorc que, se aprovada pelo Banco Central, será a quarta aquisição da fintech. 

A startup deu o pontapé inicial em aquisições em 2019 ao comprar a MEI Fácil, voltada a serviços financeiros e educação para microempreendedores individuais. No ano seguinte, comprou a Magliano Invest, corretora de valores da Bovespa. Também em 2020, a Neon trouxe um reforço para seu portfólio de empréstimo consignado com a compra da fintech ConsigaMais+.

Na visão de Bruno Diniz, especialista em inovação e sócio da Consultoria Spiralem, o aporte da Neon mostra que o mercado de bancos digitais no Brasil se tornou uma corrida de cachorro grande. "Com 15 milhões de clientes, a Neon já rivaliza com grandes bancos digitais da Europa. É natural vermos grandes fundos, incluindo instituições internacionais, olhando para os nomes brasileiros do setor", afirma. Diniz também sinaliza que o investimento pode abrir portas para a Neon no exterior, já que o BBVA tem franquias em mercados como América Latina e Turquia, além da Espanha. 

Essa, porém, não é uma ideia do radar imediato. "Já fizemos algum estudo, mas o Brasil é um mercado grande e temos muito a crescer", diz Sigrist. Segundo ele, a ideia do aporte solitário partiu do BBVA, que teria pedido aos outros investidores da Neon para não participar da rodada. "O BBVA nos acompanha muito tempo. Eles são um caso de sucesso de transformação digital e nos entendemo muitos bem com eles. É muito importante essa parceria com o investidores", diz. 

A fintech brasileira Neon anunciou nesta segunda-feira, 14, que levantou uma rodada de investimentos de US$ 300 milhões (R$ 1,6 bilhão). Além do aporte, a empresa revelou que atingiu o status de “unicórnio” (avaliação de mercado superior a US$ 1 bilhão).

A rodada, do tipo série D, foi captada junto ao grupo bancário espanhol BBVA – o investimento prevê uma fatia de 21,7% na fintech. Segundo apurou o Estadão, a Neon chegou à avaliação bilionária logo após levantar um aporte de US$ 300 milhões em setembro de 2020, liderado pelo fundo General Atlantic, com participação de investidores como Monashees, Flourish Ventures, PayPal Ventures, Endeavor Catalyst e o próprio BBVA. 

Pedro Conrade, fundador da Neon Foto: Daniel Teixeira/Estadão

"Não anunciamos na época, porque preferimos abaixar a cabeça e trabalhar. Deixamos para ser high profile em outras ocasiões", conta ao Estadão Jean Sigrist, copresidente executivo da Neon. E o perfil "quieto" da empresa deverá continuar: Sigrist não revela a atual avaliação de mercado da fintech. 

Porém, a entrada da Neon no hall de unicórnios brasileiros era uma das bolas mais cantadas do ecossistema brasileiro de inovação. Presente em diversas listas de candidatas nos últimos dois anos, a fintech era a startup com o maior volume de captações entre as empresas brasileiras de tecnologia que ainda não haviam anunciado ser unicórnio: soma mais de R$ 3,7 bilhões levantados desde sua fundação em 2016.

Os outros números também impressionam. A fintech diz ter triplicado de tamanho em 2021, chegando a 15 milhões de clientes, sendo 88% das classes C, D e E. A empresa movimenta hoje mais de R$ 5,8 bilhões por mês em transações. Nos últimos 18 meses, a empresa cresceu a sua base de clientes em 6 milhões de pessoas - a ideia é manter o ritmo de crescimento em taxas parecidas. 

O otimismo acontece em um cenário no qual começam a surgir dúvidas entre investidores em todo o mundo sobre a capacidade de crescimento de bancos digitais, o que ajudou a derrubar as ações do Nubank desde a sua abertura de capital em dezembro. Sigrist não considera isso um obstáculo. "O mercado não ficou mais difícil para a gente nos últimos tempos. Ele continua favorável para boas empresas e bons projetos. Temos controle sobre nosso balanço vai se comportar no tempo e isso nos coloca numa posição de conforto", diz. 

Crescimento 

Os novos recursos serão usados para investimentos em áreas como tecnologia, marketing e produto – o plano é mais que dobrar a receita neste ano. Uma das estratégias da fintech é lançar novos produtos em sua plataforma Democredit, focada em concessão de crédito. "Queremos ser o banco do trabalhador brasileiro e queremos dar crédito ao trabalhador brasileiro. E essa é uma atividade intensiva de capitais", diz Sigrist. 

“Daremos para todos os nossos clientes caminhos simples e sustentáveis para obter crédito de forma justa. A captação nos permite acelerar esse propósito e atender cada vez mais trabalhadores”, disse Pedro Conrade, fundador da Neon, em comunicado nesta segunda-feira. “Com o apoio e experiência global do BBVA em digitalização e crédito teremos avanços ainda maiores”. 

Além do crescimento da carteira de crédito, a Neon deve intensificar suas ações como uma martech (nome dado a empresas que usam tecnologia para o segmento de marketing). A divisão, claro, não atua com clientes externos: o propósito do braço de marketing da empresa é encontrar estratégias tecnológicas para chegar a novos clientes de forma mais eficiente.   

Parte do cheque também deve ser direcionado para aquisições, que têm sido uma das estratégias da empresa para crescer. Em janeiro, a Neon assinou um contrato para a aquisição da financeira Biorc que, se aprovada pelo Banco Central, será a quarta aquisição da fintech. 

A startup deu o pontapé inicial em aquisições em 2019 ao comprar a MEI Fácil, voltada a serviços financeiros e educação para microempreendedores individuais. No ano seguinte, comprou a Magliano Invest, corretora de valores da Bovespa. Também em 2020, a Neon trouxe um reforço para seu portfólio de empréstimo consignado com a compra da fintech ConsigaMais+.

Na visão de Bruno Diniz, especialista em inovação e sócio da Consultoria Spiralem, o aporte da Neon mostra que o mercado de bancos digitais no Brasil se tornou uma corrida de cachorro grande. "Com 15 milhões de clientes, a Neon já rivaliza com grandes bancos digitais da Europa. É natural vermos grandes fundos, incluindo instituições internacionais, olhando para os nomes brasileiros do setor", afirma. Diniz também sinaliza que o investimento pode abrir portas para a Neon no exterior, já que o BBVA tem franquias em mercados como América Latina e Turquia, além da Espanha. 

Essa, porém, não é uma ideia do radar imediato. "Já fizemos algum estudo, mas o Brasil é um mercado grande e temos muito a crescer", diz Sigrist. Segundo ele, a ideia do aporte solitário partiu do BBVA, que teria pedido aos outros investidores da Neon para não participar da rodada. "O BBVA nos acompanha muito tempo. Eles são um caso de sucesso de transformação digital e nos entendemo muitos bem com eles. É muito importante essa parceria com o investidores", diz. 

A fintech brasileira Neon anunciou nesta segunda-feira, 14, que levantou uma rodada de investimentos de US$ 300 milhões (R$ 1,6 bilhão). Além do aporte, a empresa revelou que atingiu o status de “unicórnio” (avaliação de mercado superior a US$ 1 bilhão).

A rodada, do tipo série D, foi captada junto ao grupo bancário espanhol BBVA – o investimento prevê uma fatia de 21,7% na fintech. Segundo apurou o Estadão, a Neon chegou à avaliação bilionária logo após levantar um aporte de US$ 300 milhões em setembro de 2020, liderado pelo fundo General Atlantic, com participação de investidores como Monashees, Flourish Ventures, PayPal Ventures, Endeavor Catalyst e o próprio BBVA. 

Pedro Conrade, fundador da Neon Foto: Daniel Teixeira/Estadão

"Não anunciamos na época, porque preferimos abaixar a cabeça e trabalhar. Deixamos para ser high profile em outras ocasiões", conta ao Estadão Jean Sigrist, copresidente executivo da Neon. E o perfil "quieto" da empresa deverá continuar: Sigrist não revela a atual avaliação de mercado da fintech. 

Porém, a entrada da Neon no hall de unicórnios brasileiros era uma das bolas mais cantadas do ecossistema brasileiro de inovação. Presente em diversas listas de candidatas nos últimos dois anos, a fintech era a startup com o maior volume de captações entre as empresas brasileiras de tecnologia que ainda não haviam anunciado ser unicórnio: soma mais de R$ 3,7 bilhões levantados desde sua fundação em 2016.

Os outros números também impressionam. A fintech diz ter triplicado de tamanho em 2021, chegando a 15 milhões de clientes, sendo 88% das classes C, D e E. A empresa movimenta hoje mais de R$ 5,8 bilhões por mês em transações. Nos últimos 18 meses, a empresa cresceu a sua base de clientes em 6 milhões de pessoas - a ideia é manter o ritmo de crescimento em taxas parecidas. 

O otimismo acontece em um cenário no qual começam a surgir dúvidas entre investidores em todo o mundo sobre a capacidade de crescimento de bancos digitais, o que ajudou a derrubar as ações do Nubank desde a sua abertura de capital em dezembro. Sigrist não considera isso um obstáculo. "O mercado não ficou mais difícil para a gente nos últimos tempos. Ele continua favorável para boas empresas e bons projetos. Temos controle sobre nosso balanço vai se comportar no tempo e isso nos coloca numa posição de conforto", diz. 

Crescimento 

Os novos recursos serão usados para investimentos em áreas como tecnologia, marketing e produto – o plano é mais que dobrar a receita neste ano. Uma das estratégias da fintech é lançar novos produtos em sua plataforma Democredit, focada em concessão de crédito. "Queremos ser o banco do trabalhador brasileiro e queremos dar crédito ao trabalhador brasileiro. E essa é uma atividade intensiva de capitais", diz Sigrist. 

“Daremos para todos os nossos clientes caminhos simples e sustentáveis para obter crédito de forma justa. A captação nos permite acelerar esse propósito e atender cada vez mais trabalhadores”, disse Pedro Conrade, fundador da Neon, em comunicado nesta segunda-feira. “Com o apoio e experiência global do BBVA em digitalização e crédito teremos avanços ainda maiores”. 

Além do crescimento da carteira de crédito, a Neon deve intensificar suas ações como uma martech (nome dado a empresas que usam tecnologia para o segmento de marketing). A divisão, claro, não atua com clientes externos: o propósito do braço de marketing da empresa é encontrar estratégias tecnológicas para chegar a novos clientes de forma mais eficiente.   

Parte do cheque também deve ser direcionado para aquisições, que têm sido uma das estratégias da empresa para crescer. Em janeiro, a Neon assinou um contrato para a aquisição da financeira Biorc que, se aprovada pelo Banco Central, será a quarta aquisição da fintech. 

A startup deu o pontapé inicial em aquisições em 2019 ao comprar a MEI Fácil, voltada a serviços financeiros e educação para microempreendedores individuais. No ano seguinte, comprou a Magliano Invest, corretora de valores da Bovespa. Também em 2020, a Neon trouxe um reforço para seu portfólio de empréstimo consignado com a compra da fintech ConsigaMais+.

Na visão de Bruno Diniz, especialista em inovação e sócio da Consultoria Spiralem, o aporte da Neon mostra que o mercado de bancos digitais no Brasil se tornou uma corrida de cachorro grande. "Com 15 milhões de clientes, a Neon já rivaliza com grandes bancos digitais da Europa. É natural vermos grandes fundos, incluindo instituições internacionais, olhando para os nomes brasileiros do setor", afirma. Diniz também sinaliza que o investimento pode abrir portas para a Neon no exterior, já que o BBVA tem franquias em mercados como América Latina e Turquia, além da Espanha. 

Essa, porém, não é uma ideia do radar imediato. "Já fizemos algum estudo, mas o Brasil é um mercado grande e temos muito a crescer", diz Sigrist. Segundo ele, a ideia do aporte solitário partiu do BBVA, que teria pedido aos outros investidores da Neon para não participar da rodada. "O BBVA nos acompanha muito tempo. Eles são um caso de sucesso de transformação digital e nos entendemo muitos bem com eles. É muito importante essa parceria com o investidores", diz. 

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