Hospital Albert Einstein inaugura laboratório para pesquisas em 5G na saúde


Hospital tem duas unidades de pesquisa para desenvolver e adaptar soluções médicas com a rede

Por Bruna Arimathea

Não é só na rua que a rede 5G é uma ferramenta de conexão importante: em breve, ela também vai ser um instrumento médico dentro dos hospitais. De olho na tecnologia, o Centro de Ensino e Pesquisa Albert Einstein está inaugurando dois laboratórios para testes de uso da rede em saúde. A intenção é que o futuro possa viabilizar serviços como cirurgia digital e suporte remoto de especialistas em emergências médicas.

As unidades estão em dois locais de São Paulo — uma delas, no Eretz.bio, centro de inovação e negócios do hospital. “Começamos a olhar para o 5G há um ano e meio e decidimos criar um ambiente com estrutura segura para desenvolver experimentos na área. Na saúde, nós somos treinados para não falhar, mas a inovação precisa ter um espaço para errar e aprender”, afirma Rodrigo Demarch, diretor de inovação do hospital.

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Parte das pesquisas que estão sendo experimentadas não são exatamente novidade na rotina médica, mas é o uso da conexão 5G que entrou em campo. A quinta geração de redes móveis chegou oficialmente ao Brasil em julho de 2022, com velocidade de conexão até 10 vezes maior do que a geração anterior.

Em um dos estudos, por exemplo, o laboratório analisa o uso da tecnologia em um produto de inteligência artificial (IA) aplicada a imagens médicas. O projeto é uma plataforma que compara diversas imagens de ressonância magnética para tentar prever as chances de um acidente vascular cerebral (AVC) no paciente. Hoje, essa plataforma funciona com a rede 4G, mas a pesquisa quer identificar se é possível obter os mesmos resultados com maior eficiência por meio do 5G.

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A nova geração de rede traz características fundamentais para melhorar a comunicação de sistemas, aparelhos e informações. Por conta da velocidade de conexão, a rede 5G consegue se manter estável mesmo com um grande número de aparelhos conectados ao mesmo tempo — o sinal permite que a necessidade de antenas, que dividem o sinal, seja menor do que na rede 4G, por exemplo.

Com a tecnologia 5G, o equipamento em ambulâncias pode transmitir exames de imagem e outros procedimentos a caminho do hospital Foto: Daniel Teixeira/Estadão - 7/3/2023

Além disso, a tecnologia é visada porque possui menor latência do que outras redes já existentes — a latência é o tempo de condução da informação na rede. Quanto menor o indicador, mais rápida é a comunicação entre os sistemas. Na medicina, essa característica pode ajudar uma cirurgia remota, por exemplo, diminuindo o tempo de resposta entre o comando do médico em um robô e a execução do aparelho.

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“Não é só a questão da velocidade, são várias tecnologias que permitem uma conexão mais estável e com menos latência. São várias tecnologias de distribuição deste sinal também, além da questão específica que chega no consumidor”, explica Eduardo Pellanda, professor da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul.

No laboratório do Einstein, porém, não é apenas a parte robótica que deve se beneficiar do 5G. Outra área menos futurista, mas, ainda sim, extremamente importante, é forte candidata a ser uma das primeiras a adotar a rede com sucesso: a transferência de dados.

Com o desenvolvimento de equipamentos com cada vez mais resolução de resultados — seja em imagens, radiologia ou mesmo análises mais extensas — os produtos do diagnósticos se tornam arquivos mais pesados, às vezes com centenas de gigabytes para download ou upload. O 5G também pode ser utilizado nesses casos, agilizando a forma como esses documentos médicos são movidos entre sistemas.

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Novo capítulo

O laboratório não está sozinho na exploração do 5G. O InovaHC, centro de inovação em saúde da Universidade de São Paulo (USP), também conduz pesquisas que integram o 5G com serviços médicos. Segundo Marco Bego, diretor de inovação do InovaHC, já existem estudos ligados à rede pública e a parcerias privadas para testar a rede em ultrassonografias remotas, por exemplo.

“Esse tipo de tecnologia ajuda em locais onde não existem médicos especialistas. Assim, é possível ter remotamente um diagnóstico em tempo real e sem atrasos mesmo com o grande volume de imagens que se é transportado nesses casos”, explica Bego.

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Com o óculos de realidade virtual, é possível realizar consultas de telemedicina e até cirurgias no metaverso Foto: Daniel Teixeira/Estadão - 7/3/2023

Mas quem lidera a corrida pelo uso do 5G na saúde também precisa encarar outro desafio além da medicina: como uma tecnologia relativamente nova, a rede ainda não tem abrangência em todo o País, o que pode dificultar a implementação das descobertas na prática. De acordo com o Ministério das Comunicações, até novembro de 2022 apenas 24% da população brasileira tinha acesso à nova geração, restrita apenas às capitais.

Além disso, ainda é preciso avançar no campo da pesquisa para que a tecnologia se torne popular dentro dos hospitais. Para Demarch, do Einstein, porém, o caminho está em vias de pavimentação para que o 5G possa, de fato, mudar a forma como a medicina opera atualmente.

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“O 5G tem um impacto importante, ele vem como um habilitador. Muitas coisas já eram possíveis com o 4G, mas nós entendemos que, com essa nova rede, vai existir uma maior precisão e uma estrutura mais adequada para a realização dos processos”, afirma Demarch.

Não é só na rua que a rede 5G é uma ferramenta de conexão importante: em breve, ela também vai ser um instrumento médico dentro dos hospitais. De olho na tecnologia, o Centro de Ensino e Pesquisa Albert Einstein está inaugurando dois laboratórios para testes de uso da rede em saúde. A intenção é que o futuro possa viabilizar serviços como cirurgia digital e suporte remoto de especialistas em emergências médicas.

As unidades estão em dois locais de São Paulo — uma delas, no Eretz.bio, centro de inovação e negócios do hospital. “Começamos a olhar para o 5G há um ano e meio e decidimos criar um ambiente com estrutura segura para desenvolver experimentos na área. Na saúde, nós somos treinados para não falhar, mas a inovação precisa ter um espaço para errar e aprender”, afirma Rodrigo Demarch, diretor de inovação do hospital.

Parte das pesquisas que estão sendo experimentadas não são exatamente novidade na rotina médica, mas é o uso da conexão 5G que entrou em campo. A quinta geração de redes móveis chegou oficialmente ao Brasil em julho de 2022, com velocidade de conexão até 10 vezes maior do que a geração anterior.

Em um dos estudos, por exemplo, o laboratório analisa o uso da tecnologia em um produto de inteligência artificial (IA) aplicada a imagens médicas. O projeto é uma plataforma que compara diversas imagens de ressonância magnética para tentar prever as chances de um acidente vascular cerebral (AVC) no paciente. Hoje, essa plataforma funciona com a rede 4G, mas a pesquisa quer identificar se é possível obter os mesmos resultados com maior eficiência por meio do 5G.

A nova geração de rede traz características fundamentais para melhorar a comunicação de sistemas, aparelhos e informações. Por conta da velocidade de conexão, a rede 5G consegue se manter estável mesmo com um grande número de aparelhos conectados ao mesmo tempo — o sinal permite que a necessidade de antenas, que dividem o sinal, seja menor do que na rede 4G, por exemplo.

Com a tecnologia 5G, o equipamento em ambulâncias pode transmitir exames de imagem e outros procedimentos a caminho do hospital Foto: Daniel Teixeira/Estadão - 7/3/2023

Além disso, a tecnologia é visada porque possui menor latência do que outras redes já existentes — a latência é o tempo de condução da informação na rede. Quanto menor o indicador, mais rápida é a comunicação entre os sistemas. Na medicina, essa característica pode ajudar uma cirurgia remota, por exemplo, diminuindo o tempo de resposta entre o comando do médico em um robô e a execução do aparelho.

“Não é só a questão da velocidade, são várias tecnologias que permitem uma conexão mais estável e com menos latência. São várias tecnologias de distribuição deste sinal também, além da questão específica que chega no consumidor”, explica Eduardo Pellanda, professor da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul.

No laboratório do Einstein, porém, não é apenas a parte robótica que deve se beneficiar do 5G. Outra área menos futurista, mas, ainda sim, extremamente importante, é forte candidata a ser uma das primeiras a adotar a rede com sucesso: a transferência de dados.

Com o desenvolvimento de equipamentos com cada vez mais resolução de resultados — seja em imagens, radiologia ou mesmo análises mais extensas — os produtos do diagnósticos se tornam arquivos mais pesados, às vezes com centenas de gigabytes para download ou upload. O 5G também pode ser utilizado nesses casos, agilizando a forma como esses documentos médicos são movidos entre sistemas.

Novo capítulo

O laboratório não está sozinho na exploração do 5G. O InovaHC, centro de inovação em saúde da Universidade de São Paulo (USP), também conduz pesquisas que integram o 5G com serviços médicos. Segundo Marco Bego, diretor de inovação do InovaHC, já existem estudos ligados à rede pública e a parcerias privadas para testar a rede em ultrassonografias remotas, por exemplo.

“Esse tipo de tecnologia ajuda em locais onde não existem médicos especialistas. Assim, é possível ter remotamente um diagnóstico em tempo real e sem atrasos mesmo com o grande volume de imagens que se é transportado nesses casos”, explica Bego.

Com o óculos de realidade virtual, é possível realizar consultas de telemedicina e até cirurgias no metaverso Foto: Daniel Teixeira/Estadão - 7/3/2023

Mas quem lidera a corrida pelo uso do 5G na saúde também precisa encarar outro desafio além da medicina: como uma tecnologia relativamente nova, a rede ainda não tem abrangência em todo o País, o que pode dificultar a implementação das descobertas na prática. De acordo com o Ministério das Comunicações, até novembro de 2022 apenas 24% da população brasileira tinha acesso à nova geração, restrita apenas às capitais.

Além disso, ainda é preciso avançar no campo da pesquisa para que a tecnologia se torne popular dentro dos hospitais. Para Demarch, do Einstein, porém, o caminho está em vias de pavimentação para que o 5G possa, de fato, mudar a forma como a medicina opera atualmente.

“O 5G tem um impacto importante, ele vem como um habilitador. Muitas coisas já eram possíveis com o 4G, mas nós entendemos que, com essa nova rede, vai existir uma maior precisão e uma estrutura mais adequada para a realização dos processos”, afirma Demarch.

Não é só na rua que a rede 5G é uma ferramenta de conexão importante: em breve, ela também vai ser um instrumento médico dentro dos hospitais. De olho na tecnologia, o Centro de Ensino e Pesquisa Albert Einstein está inaugurando dois laboratórios para testes de uso da rede em saúde. A intenção é que o futuro possa viabilizar serviços como cirurgia digital e suporte remoto de especialistas em emergências médicas.

As unidades estão em dois locais de São Paulo — uma delas, no Eretz.bio, centro de inovação e negócios do hospital. “Começamos a olhar para o 5G há um ano e meio e decidimos criar um ambiente com estrutura segura para desenvolver experimentos na área. Na saúde, nós somos treinados para não falhar, mas a inovação precisa ter um espaço para errar e aprender”, afirma Rodrigo Demarch, diretor de inovação do hospital.

Parte das pesquisas que estão sendo experimentadas não são exatamente novidade na rotina médica, mas é o uso da conexão 5G que entrou em campo. A quinta geração de redes móveis chegou oficialmente ao Brasil em julho de 2022, com velocidade de conexão até 10 vezes maior do que a geração anterior.

Em um dos estudos, por exemplo, o laboratório analisa o uso da tecnologia em um produto de inteligência artificial (IA) aplicada a imagens médicas. O projeto é uma plataforma que compara diversas imagens de ressonância magnética para tentar prever as chances de um acidente vascular cerebral (AVC) no paciente. Hoje, essa plataforma funciona com a rede 4G, mas a pesquisa quer identificar se é possível obter os mesmos resultados com maior eficiência por meio do 5G.

A nova geração de rede traz características fundamentais para melhorar a comunicação de sistemas, aparelhos e informações. Por conta da velocidade de conexão, a rede 5G consegue se manter estável mesmo com um grande número de aparelhos conectados ao mesmo tempo — o sinal permite que a necessidade de antenas, que dividem o sinal, seja menor do que na rede 4G, por exemplo.

Com a tecnologia 5G, o equipamento em ambulâncias pode transmitir exames de imagem e outros procedimentos a caminho do hospital Foto: Daniel Teixeira/Estadão - 7/3/2023

Além disso, a tecnologia é visada porque possui menor latência do que outras redes já existentes — a latência é o tempo de condução da informação na rede. Quanto menor o indicador, mais rápida é a comunicação entre os sistemas. Na medicina, essa característica pode ajudar uma cirurgia remota, por exemplo, diminuindo o tempo de resposta entre o comando do médico em um robô e a execução do aparelho.

“Não é só a questão da velocidade, são várias tecnologias que permitem uma conexão mais estável e com menos latência. São várias tecnologias de distribuição deste sinal também, além da questão específica que chega no consumidor”, explica Eduardo Pellanda, professor da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul.

No laboratório do Einstein, porém, não é apenas a parte robótica que deve se beneficiar do 5G. Outra área menos futurista, mas, ainda sim, extremamente importante, é forte candidata a ser uma das primeiras a adotar a rede com sucesso: a transferência de dados.

Com o desenvolvimento de equipamentos com cada vez mais resolução de resultados — seja em imagens, radiologia ou mesmo análises mais extensas — os produtos do diagnósticos se tornam arquivos mais pesados, às vezes com centenas de gigabytes para download ou upload. O 5G também pode ser utilizado nesses casos, agilizando a forma como esses documentos médicos são movidos entre sistemas.

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O laboratório não está sozinho na exploração do 5G. O InovaHC, centro de inovação em saúde da Universidade de São Paulo (USP), também conduz pesquisas que integram o 5G com serviços médicos. Segundo Marco Bego, diretor de inovação do InovaHC, já existem estudos ligados à rede pública e a parcerias privadas para testar a rede em ultrassonografias remotas, por exemplo.

“Esse tipo de tecnologia ajuda em locais onde não existem médicos especialistas. Assim, é possível ter remotamente um diagnóstico em tempo real e sem atrasos mesmo com o grande volume de imagens que se é transportado nesses casos”, explica Bego.

Com o óculos de realidade virtual, é possível realizar consultas de telemedicina e até cirurgias no metaverso Foto: Daniel Teixeira/Estadão - 7/3/2023

Mas quem lidera a corrida pelo uso do 5G na saúde também precisa encarar outro desafio além da medicina: como uma tecnologia relativamente nova, a rede ainda não tem abrangência em todo o País, o que pode dificultar a implementação das descobertas na prática. De acordo com o Ministério das Comunicações, até novembro de 2022 apenas 24% da população brasileira tinha acesso à nova geração, restrita apenas às capitais.

Além disso, ainda é preciso avançar no campo da pesquisa para que a tecnologia se torne popular dentro dos hospitais. Para Demarch, do Einstein, porém, o caminho está em vias de pavimentação para que o 5G possa, de fato, mudar a forma como a medicina opera atualmente.

“O 5G tem um impacto importante, ele vem como um habilitador. Muitas coisas já eram possíveis com o 4G, mas nós entendemos que, com essa nova rede, vai existir uma maior precisão e uma estrutura mais adequada para a realização dos processos”, afirma Demarch.

Não é só na rua que a rede 5G é uma ferramenta de conexão importante: em breve, ela também vai ser um instrumento médico dentro dos hospitais. De olho na tecnologia, o Centro de Ensino e Pesquisa Albert Einstein está inaugurando dois laboratórios para testes de uso da rede em saúde. A intenção é que o futuro possa viabilizar serviços como cirurgia digital e suporte remoto de especialistas em emergências médicas.

As unidades estão em dois locais de São Paulo — uma delas, no Eretz.bio, centro de inovação e negócios do hospital. “Começamos a olhar para o 5G há um ano e meio e decidimos criar um ambiente com estrutura segura para desenvolver experimentos na área. Na saúde, nós somos treinados para não falhar, mas a inovação precisa ter um espaço para errar e aprender”, afirma Rodrigo Demarch, diretor de inovação do hospital.

Parte das pesquisas que estão sendo experimentadas não são exatamente novidade na rotina médica, mas é o uso da conexão 5G que entrou em campo. A quinta geração de redes móveis chegou oficialmente ao Brasil em julho de 2022, com velocidade de conexão até 10 vezes maior do que a geração anterior.

Em um dos estudos, por exemplo, o laboratório analisa o uso da tecnologia em um produto de inteligência artificial (IA) aplicada a imagens médicas. O projeto é uma plataforma que compara diversas imagens de ressonância magnética para tentar prever as chances de um acidente vascular cerebral (AVC) no paciente. Hoje, essa plataforma funciona com a rede 4G, mas a pesquisa quer identificar se é possível obter os mesmos resultados com maior eficiência por meio do 5G.

A nova geração de rede traz características fundamentais para melhorar a comunicação de sistemas, aparelhos e informações. Por conta da velocidade de conexão, a rede 5G consegue se manter estável mesmo com um grande número de aparelhos conectados ao mesmo tempo — o sinal permite que a necessidade de antenas, que dividem o sinal, seja menor do que na rede 4G, por exemplo.

Com a tecnologia 5G, o equipamento em ambulâncias pode transmitir exames de imagem e outros procedimentos a caminho do hospital Foto: Daniel Teixeira/Estadão - 7/3/2023

Além disso, a tecnologia é visada porque possui menor latência do que outras redes já existentes — a latência é o tempo de condução da informação na rede. Quanto menor o indicador, mais rápida é a comunicação entre os sistemas. Na medicina, essa característica pode ajudar uma cirurgia remota, por exemplo, diminuindo o tempo de resposta entre o comando do médico em um robô e a execução do aparelho.

“Não é só a questão da velocidade, são várias tecnologias que permitem uma conexão mais estável e com menos latência. São várias tecnologias de distribuição deste sinal também, além da questão específica que chega no consumidor”, explica Eduardo Pellanda, professor da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul.

No laboratório do Einstein, porém, não é apenas a parte robótica que deve se beneficiar do 5G. Outra área menos futurista, mas, ainda sim, extremamente importante, é forte candidata a ser uma das primeiras a adotar a rede com sucesso: a transferência de dados.

Com o desenvolvimento de equipamentos com cada vez mais resolução de resultados — seja em imagens, radiologia ou mesmo análises mais extensas — os produtos do diagnósticos se tornam arquivos mais pesados, às vezes com centenas de gigabytes para download ou upload. O 5G também pode ser utilizado nesses casos, agilizando a forma como esses documentos médicos são movidos entre sistemas.

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O laboratório não está sozinho na exploração do 5G. O InovaHC, centro de inovação em saúde da Universidade de São Paulo (USP), também conduz pesquisas que integram o 5G com serviços médicos. Segundo Marco Bego, diretor de inovação do InovaHC, já existem estudos ligados à rede pública e a parcerias privadas para testar a rede em ultrassonografias remotas, por exemplo.

“Esse tipo de tecnologia ajuda em locais onde não existem médicos especialistas. Assim, é possível ter remotamente um diagnóstico em tempo real e sem atrasos mesmo com o grande volume de imagens que se é transportado nesses casos”, explica Bego.

Com o óculos de realidade virtual, é possível realizar consultas de telemedicina e até cirurgias no metaverso Foto: Daniel Teixeira/Estadão - 7/3/2023

Mas quem lidera a corrida pelo uso do 5G na saúde também precisa encarar outro desafio além da medicina: como uma tecnologia relativamente nova, a rede ainda não tem abrangência em todo o País, o que pode dificultar a implementação das descobertas na prática. De acordo com o Ministério das Comunicações, até novembro de 2022 apenas 24% da população brasileira tinha acesso à nova geração, restrita apenas às capitais.

Além disso, ainda é preciso avançar no campo da pesquisa para que a tecnologia se torne popular dentro dos hospitais. Para Demarch, do Einstein, porém, o caminho está em vias de pavimentação para que o 5G possa, de fato, mudar a forma como a medicina opera atualmente.

“O 5G tem um impacto importante, ele vem como um habilitador. Muitas coisas já eram possíveis com o 4G, mas nós entendemos que, com essa nova rede, vai existir uma maior precisão e uma estrutura mais adequada para a realização dos processos”, afirma Demarch.

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