KPTL lança fundo para startups dedicadas ao setor público


Gestora aposta no crescimento dos negócios que oferecem soluções para ampliar e melhorar serviços governamentais

Por José Fucs

Um novo fundo de startups, voltado para o investimento em empresas que desenvolvem soluções inovadoras para o setor público, conhecidas como govtechs, está chegando ao mercado. Recém-lançado pela KPTL (fala-se Quépital), uma empresa de capital de risco que administra um total de R$ 1 bilhão, o novo fundo será o primeiro do gênero na América Latina e um dos poucos no mundo dedicados exclusivamente às govtechs. 

Segundo Renato Ramalho, sócio e CEO da KPTL, a meta é captar cerca R$ 200 milhões para investir em 20 a 25 startups que já tenham negócios em andamento em uma das três esferas de governo – federal, estadual e municipal. A ideia é usar parte dos recursos não só para fazer os primeiros investimentos nos empreendimentos, mas também para acelerar os que se mostrarem mais promissores.

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O novo fundo será gerenciado pelo economista Adriano Pitoli ex-diretor de análise setorial e regional da Tendências Consultoria e ex-chefe do núcleo da Secretaria de Indústria e Comércio do Ministério da Economia em São Paulo, e contará com a assessoria de Paulo Ubel, ex-secretário especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital.

Uebel deverá ajudar Pitoli a avaliar as oportunidades de investimento e contribuir com o conhecimento adquirido nos quase 20 meses em que foi responsável pela área, em Brasília. “Enquanto estava no governo, um dos grandes problemas era a dificuldade de financiar esses projetos”, afirma. “Agora, que estou fora, ter a possibilidade de ajudar a montar um fundo direcionado para isso é uma realização.”

Uebel ( à esq.), Pitoli (centro) e Ramalho: filtro seletivo Foto: Daniel Teixeira/Estadão
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Máquina pública

Tradicionalmente dominado pelas big techs, como MicrosoftOracle e IBM, voltadas principalmente para a comercialização de grandes “pacotes” de tecnologia, que custam dezenas ou centenas de milhões de reais, conforme o caso, o setor público está se abrindo para as startups, estimulando a multiplicação de novos negócios dedicados ao segmento. Ramalho conta que a KPTL mapeou cerca de 500 startups em atividade no País voltadas ao desenvolvimento de soluções para os serviços públicos, para ser prospectadas pela empresa. 

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A KPTL, de acordo com ele, já investe em meia dúzia de govtechs que recheiam outros fundos não dedicados exclusivamente a serviços governamentais, com atuação em diferentes atividades da máquina pública, como zeladoria, processos de licitação, cidadania, regulação e educação. Ele afirma que foi com base nessa experiência que a empresa resolveu ampliar a sua exposição na área. “Mais da metade de todo o investimento feito em tecnologia hoje no País vai para o setor público.”

Na visão de Uebel, com as restrições orçamentárias que atingem a União, os Estados e os municípios, a digitalização é a melhor alternativa para ampliar a oferta e melhorar a qualidade dos serviços públicos. Além de exigir apenas uma fração dos investimentos necessários para atender à demanda de forma convencional, a digitalização permite um corte significativo nos custos operacionais, favorece a universalização dos serviços, alivia o sistema público de transporte, reduz a burocracia e traz mais eficiência ao processo, entre outras vantagens. Nas contas de Uebel, a economia proporcionada pela digitalização de serviços é de R$ 5 para cada R$ 1 investido no processo. “Com todo o problema fiscal, vai ser muito difícil para o setor público brasileiro prover serviços de qualidade sem o uso da tecnologia, e sem a adoção de soluções inovadoras”, diz. 

Segundo Pitoli, o fundo deverá buscar preferencialmente empresas em nove frentes de atuação: saúde, educação, mobilidade urbana, segurança pública, cidadania, legislação, smart cities, gestão e moradia. Ele afirma que as startups que vão rechear o fundo não terão de ser necessariamente contratadas pelo governo. Dependendo da situação, o modelo de negócio de uma govtech poderá ter outra forma de remuneração, como no caso do Portal de Compras Públicas, que já faz parte de outro fundo da KPTL. O empreendimento facilita o processo de compras de 2.000 municípios, mas quem custeia o serviço são os mais de 200 mil fornecedores cadastrados que pagam uma taxa para participar das licitações. 

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Governança

De acordo com Pitoli, o novo marco das startups, que foi aprovado no Senado em fevereiro com modificações e agora terá de ser votado novamente na Câmara, deverá favorecer a contratação de novos empreendimento de tecnologia pelo setor público. O novo marco também prevê, entre outras medidas, a possibilidade de acumular créditos tributários com uma startup que não prosperou e ficou no vermelho para usá-los em novos investimentos. 

Para evitar eventuais problemas na relação das empresas com o poder público, que representam sempre um risco no País, Pitoli afirma que o KPTL contratou a consultoria Resultante, especializada em análise ambiental, social e de governança, para elaborar um conjunto de normas que terá de ser seguido pelos empreendimentos que receberem investimentos do fundo. Ele diz que os gestores também deverão acompanhar de perto as empresas, ao participar dos conselhos consultivo e de administração. Se algum desvio for detectado, o fundo poderá excluir a empresa do portfólio e recuperar o capital investido.

Um novo fundo de startups, voltado para o investimento em empresas que desenvolvem soluções inovadoras para o setor público, conhecidas como govtechs, está chegando ao mercado. Recém-lançado pela KPTL (fala-se Quépital), uma empresa de capital de risco que administra um total de R$ 1 bilhão, o novo fundo será o primeiro do gênero na América Latina e um dos poucos no mundo dedicados exclusivamente às govtechs. 

Segundo Renato Ramalho, sócio e CEO da KPTL, a meta é captar cerca R$ 200 milhões para investir em 20 a 25 startups que já tenham negócios em andamento em uma das três esferas de governo – federal, estadual e municipal. A ideia é usar parte dos recursos não só para fazer os primeiros investimentos nos empreendimentos, mas também para acelerar os que se mostrarem mais promissores.

O novo fundo será gerenciado pelo economista Adriano Pitoli ex-diretor de análise setorial e regional da Tendências Consultoria e ex-chefe do núcleo da Secretaria de Indústria e Comércio do Ministério da Economia em São Paulo, e contará com a assessoria de Paulo Ubel, ex-secretário especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital.

Uebel deverá ajudar Pitoli a avaliar as oportunidades de investimento e contribuir com o conhecimento adquirido nos quase 20 meses em que foi responsável pela área, em Brasília. “Enquanto estava no governo, um dos grandes problemas era a dificuldade de financiar esses projetos”, afirma. “Agora, que estou fora, ter a possibilidade de ajudar a montar um fundo direcionado para isso é uma realização.”

Uebel ( à esq.), Pitoli (centro) e Ramalho: filtro seletivo Foto: Daniel Teixeira/Estadão

 

Máquina pública

Tradicionalmente dominado pelas big techs, como MicrosoftOracle e IBM, voltadas principalmente para a comercialização de grandes “pacotes” de tecnologia, que custam dezenas ou centenas de milhões de reais, conforme o caso, o setor público está se abrindo para as startups, estimulando a multiplicação de novos negócios dedicados ao segmento. Ramalho conta que a KPTL mapeou cerca de 500 startups em atividade no País voltadas ao desenvolvimento de soluções para os serviços públicos, para ser prospectadas pela empresa. 

A KPTL, de acordo com ele, já investe em meia dúzia de govtechs que recheiam outros fundos não dedicados exclusivamente a serviços governamentais, com atuação em diferentes atividades da máquina pública, como zeladoria, processos de licitação, cidadania, regulação e educação. Ele afirma que foi com base nessa experiência que a empresa resolveu ampliar a sua exposição na área. “Mais da metade de todo o investimento feito em tecnologia hoje no País vai para o setor público.”

Na visão de Uebel, com as restrições orçamentárias que atingem a União, os Estados e os municípios, a digitalização é a melhor alternativa para ampliar a oferta e melhorar a qualidade dos serviços públicos. Além de exigir apenas uma fração dos investimentos necessários para atender à demanda de forma convencional, a digitalização permite um corte significativo nos custos operacionais, favorece a universalização dos serviços, alivia o sistema público de transporte, reduz a burocracia e traz mais eficiência ao processo, entre outras vantagens. Nas contas de Uebel, a economia proporcionada pela digitalização de serviços é de R$ 5 para cada R$ 1 investido no processo. “Com todo o problema fiscal, vai ser muito difícil para o setor público brasileiro prover serviços de qualidade sem o uso da tecnologia, e sem a adoção de soluções inovadoras”, diz. 

Segundo Pitoli, o fundo deverá buscar preferencialmente empresas em nove frentes de atuação: saúde, educação, mobilidade urbana, segurança pública, cidadania, legislação, smart cities, gestão e moradia. Ele afirma que as startups que vão rechear o fundo não terão de ser necessariamente contratadas pelo governo. Dependendo da situação, o modelo de negócio de uma govtech poderá ter outra forma de remuneração, como no caso do Portal de Compras Públicas, que já faz parte de outro fundo da KPTL. O empreendimento facilita o processo de compras de 2.000 municípios, mas quem custeia o serviço são os mais de 200 mil fornecedores cadastrados que pagam uma taxa para participar das licitações. 

Governança

De acordo com Pitoli, o novo marco das startups, que foi aprovado no Senado em fevereiro com modificações e agora terá de ser votado novamente na Câmara, deverá favorecer a contratação de novos empreendimento de tecnologia pelo setor público. O novo marco também prevê, entre outras medidas, a possibilidade de acumular créditos tributários com uma startup que não prosperou e ficou no vermelho para usá-los em novos investimentos. 

Para evitar eventuais problemas na relação das empresas com o poder público, que representam sempre um risco no País, Pitoli afirma que o KPTL contratou a consultoria Resultante, especializada em análise ambiental, social e de governança, para elaborar um conjunto de normas que terá de ser seguido pelos empreendimentos que receberem investimentos do fundo. Ele diz que os gestores também deverão acompanhar de perto as empresas, ao participar dos conselhos consultivo e de administração. Se algum desvio for detectado, o fundo poderá excluir a empresa do portfólio e recuperar o capital investido.

Um novo fundo de startups, voltado para o investimento em empresas que desenvolvem soluções inovadoras para o setor público, conhecidas como govtechs, está chegando ao mercado. Recém-lançado pela KPTL (fala-se Quépital), uma empresa de capital de risco que administra um total de R$ 1 bilhão, o novo fundo será o primeiro do gênero na América Latina e um dos poucos no mundo dedicados exclusivamente às govtechs. 

Segundo Renato Ramalho, sócio e CEO da KPTL, a meta é captar cerca R$ 200 milhões para investir em 20 a 25 startups que já tenham negócios em andamento em uma das três esferas de governo – federal, estadual e municipal. A ideia é usar parte dos recursos não só para fazer os primeiros investimentos nos empreendimentos, mas também para acelerar os que se mostrarem mais promissores.

O novo fundo será gerenciado pelo economista Adriano Pitoli ex-diretor de análise setorial e regional da Tendências Consultoria e ex-chefe do núcleo da Secretaria de Indústria e Comércio do Ministério da Economia em São Paulo, e contará com a assessoria de Paulo Ubel, ex-secretário especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital.

Uebel deverá ajudar Pitoli a avaliar as oportunidades de investimento e contribuir com o conhecimento adquirido nos quase 20 meses em que foi responsável pela área, em Brasília. “Enquanto estava no governo, um dos grandes problemas era a dificuldade de financiar esses projetos”, afirma. “Agora, que estou fora, ter a possibilidade de ajudar a montar um fundo direcionado para isso é uma realização.”

Uebel ( à esq.), Pitoli (centro) e Ramalho: filtro seletivo Foto: Daniel Teixeira/Estadão

 

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Tradicionalmente dominado pelas big techs, como MicrosoftOracle e IBM, voltadas principalmente para a comercialização de grandes “pacotes” de tecnologia, que custam dezenas ou centenas de milhões de reais, conforme o caso, o setor público está se abrindo para as startups, estimulando a multiplicação de novos negócios dedicados ao segmento. Ramalho conta que a KPTL mapeou cerca de 500 startups em atividade no País voltadas ao desenvolvimento de soluções para os serviços públicos, para ser prospectadas pela empresa. 

A KPTL, de acordo com ele, já investe em meia dúzia de govtechs que recheiam outros fundos não dedicados exclusivamente a serviços governamentais, com atuação em diferentes atividades da máquina pública, como zeladoria, processos de licitação, cidadania, regulação e educação. Ele afirma que foi com base nessa experiência que a empresa resolveu ampliar a sua exposição na área. “Mais da metade de todo o investimento feito em tecnologia hoje no País vai para o setor público.”

Na visão de Uebel, com as restrições orçamentárias que atingem a União, os Estados e os municípios, a digitalização é a melhor alternativa para ampliar a oferta e melhorar a qualidade dos serviços públicos. Além de exigir apenas uma fração dos investimentos necessários para atender à demanda de forma convencional, a digitalização permite um corte significativo nos custos operacionais, favorece a universalização dos serviços, alivia o sistema público de transporte, reduz a burocracia e traz mais eficiência ao processo, entre outras vantagens. Nas contas de Uebel, a economia proporcionada pela digitalização de serviços é de R$ 5 para cada R$ 1 investido no processo. “Com todo o problema fiscal, vai ser muito difícil para o setor público brasileiro prover serviços de qualidade sem o uso da tecnologia, e sem a adoção de soluções inovadoras”, diz. 

Segundo Pitoli, o fundo deverá buscar preferencialmente empresas em nove frentes de atuação: saúde, educação, mobilidade urbana, segurança pública, cidadania, legislação, smart cities, gestão e moradia. Ele afirma que as startups que vão rechear o fundo não terão de ser necessariamente contratadas pelo governo. Dependendo da situação, o modelo de negócio de uma govtech poderá ter outra forma de remuneração, como no caso do Portal de Compras Públicas, que já faz parte de outro fundo da KPTL. O empreendimento facilita o processo de compras de 2.000 municípios, mas quem custeia o serviço são os mais de 200 mil fornecedores cadastrados que pagam uma taxa para participar das licitações. 

Governança

De acordo com Pitoli, o novo marco das startups, que foi aprovado no Senado em fevereiro com modificações e agora terá de ser votado novamente na Câmara, deverá favorecer a contratação de novos empreendimento de tecnologia pelo setor público. O novo marco também prevê, entre outras medidas, a possibilidade de acumular créditos tributários com uma startup que não prosperou e ficou no vermelho para usá-los em novos investimentos. 

Para evitar eventuais problemas na relação das empresas com o poder público, que representam sempre um risco no País, Pitoli afirma que o KPTL contratou a consultoria Resultante, especializada em análise ambiental, social e de governança, para elaborar um conjunto de normas que terá de ser seguido pelos empreendimentos que receberem investimentos do fundo. Ele diz que os gestores também deverão acompanhar de perto as empresas, ao participar dos conselhos consultivo e de administração. Se algum desvio for detectado, o fundo poderá excluir a empresa do portfólio e recuperar o capital investido.

Um novo fundo de startups, voltado para o investimento em empresas que desenvolvem soluções inovadoras para o setor público, conhecidas como govtechs, está chegando ao mercado. Recém-lançado pela KPTL (fala-se Quépital), uma empresa de capital de risco que administra um total de R$ 1 bilhão, o novo fundo será o primeiro do gênero na América Latina e um dos poucos no mundo dedicados exclusivamente às govtechs. 

Segundo Renato Ramalho, sócio e CEO da KPTL, a meta é captar cerca R$ 200 milhões para investir em 20 a 25 startups que já tenham negócios em andamento em uma das três esferas de governo – federal, estadual e municipal. A ideia é usar parte dos recursos não só para fazer os primeiros investimentos nos empreendimentos, mas também para acelerar os que se mostrarem mais promissores.

O novo fundo será gerenciado pelo economista Adriano Pitoli ex-diretor de análise setorial e regional da Tendências Consultoria e ex-chefe do núcleo da Secretaria de Indústria e Comércio do Ministério da Economia em São Paulo, e contará com a assessoria de Paulo Ubel, ex-secretário especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital.

Uebel deverá ajudar Pitoli a avaliar as oportunidades de investimento e contribuir com o conhecimento adquirido nos quase 20 meses em que foi responsável pela área, em Brasília. “Enquanto estava no governo, um dos grandes problemas era a dificuldade de financiar esses projetos”, afirma. “Agora, que estou fora, ter a possibilidade de ajudar a montar um fundo direcionado para isso é uma realização.”

Uebel ( à esq.), Pitoli (centro) e Ramalho: filtro seletivo Foto: Daniel Teixeira/Estadão

 

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Tradicionalmente dominado pelas big techs, como MicrosoftOracle e IBM, voltadas principalmente para a comercialização de grandes “pacotes” de tecnologia, que custam dezenas ou centenas de milhões de reais, conforme o caso, o setor público está se abrindo para as startups, estimulando a multiplicação de novos negócios dedicados ao segmento. Ramalho conta que a KPTL mapeou cerca de 500 startups em atividade no País voltadas ao desenvolvimento de soluções para os serviços públicos, para ser prospectadas pela empresa. 

A KPTL, de acordo com ele, já investe em meia dúzia de govtechs que recheiam outros fundos não dedicados exclusivamente a serviços governamentais, com atuação em diferentes atividades da máquina pública, como zeladoria, processos de licitação, cidadania, regulação e educação. Ele afirma que foi com base nessa experiência que a empresa resolveu ampliar a sua exposição na área. “Mais da metade de todo o investimento feito em tecnologia hoje no País vai para o setor público.”

Na visão de Uebel, com as restrições orçamentárias que atingem a União, os Estados e os municípios, a digitalização é a melhor alternativa para ampliar a oferta e melhorar a qualidade dos serviços públicos. Além de exigir apenas uma fração dos investimentos necessários para atender à demanda de forma convencional, a digitalização permite um corte significativo nos custos operacionais, favorece a universalização dos serviços, alivia o sistema público de transporte, reduz a burocracia e traz mais eficiência ao processo, entre outras vantagens. Nas contas de Uebel, a economia proporcionada pela digitalização de serviços é de R$ 5 para cada R$ 1 investido no processo. “Com todo o problema fiscal, vai ser muito difícil para o setor público brasileiro prover serviços de qualidade sem o uso da tecnologia, e sem a adoção de soluções inovadoras”, diz. 

Segundo Pitoli, o fundo deverá buscar preferencialmente empresas em nove frentes de atuação: saúde, educação, mobilidade urbana, segurança pública, cidadania, legislação, smart cities, gestão e moradia. Ele afirma que as startups que vão rechear o fundo não terão de ser necessariamente contratadas pelo governo. Dependendo da situação, o modelo de negócio de uma govtech poderá ter outra forma de remuneração, como no caso do Portal de Compras Públicas, que já faz parte de outro fundo da KPTL. O empreendimento facilita o processo de compras de 2.000 municípios, mas quem custeia o serviço são os mais de 200 mil fornecedores cadastrados que pagam uma taxa para participar das licitações. 

Governança

De acordo com Pitoli, o novo marco das startups, que foi aprovado no Senado em fevereiro com modificações e agora terá de ser votado novamente na Câmara, deverá favorecer a contratação de novos empreendimento de tecnologia pelo setor público. O novo marco também prevê, entre outras medidas, a possibilidade de acumular créditos tributários com uma startup que não prosperou e ficou no vermelho para usá-los em novos investimentos. 

Para evitar eventuais problemas na relação das empresas com o poder público, que representam sempre um risco no País, Pitoli afirma que o KPTL contratou a consultoria Resultante, especializada em análise ambiental, social e de governança, para elaborar um conjunto de normas que terá de ser seguido pelos empreendimentos que receberem investimentos do fundo. Ele diz que os gestores também deverão acompanhar de perto as empresas, ao participar dos conselhos consultivo e de administração. Se algum desvio for detectado, o fundo poderá excluir a empresa do portfólio e recuperar o capital investido.

Um novo fundo de startups, voltado para o investimento em empresas que desenvolvem soluções inovadoras para o setor público, conhecidas como govtechs, está chegando ao mercado. Recém-lançado pela KPTL (fala-se Quépital), uma empresa de capital de risco que administra um total de R$ 1 bilhão, o novo fundo será o primeiro do gênero na América Latina e um dos poucos no mundo dedicados exclusivamente às govtechs. 

Segundo Renato Ramalho, sócio e CEO da KPTL, a meta é captar cerca R$ 200 milhões para investir em 20 a 25 startups que já tenham negócios em andamento em uma das três esferas de governo – federal, estadual e municipal. A ideia é usar parte dos recursos não só para fazer os primeiros investimentos nos empreendimentos, mas também para acelerar os que se mostrarem mais promissores.

O novo fundo será gerenciado pelo economista Adriano Pitoli ex-diretor de análise setorial e regional da Tendências Consultoria e ex-chefe do núcleo da Secretaria de Indústria e Comércio do Ministério da Economia em São Paulo, e contará com a assessoria de Paulo Ubel, ex-secretário especial de Desburocratização, Gestão e Governo Digital.

Uebel deverá ajudar Pitoli a avaliar as oportunidades de investimento e contribuir com o conhecimento adquirido nos quase 20 meses em que foi responsável pela área, em Brasília. “Enquanto estava no governo, um dos grandes problemas era a dificuldade de financiar esses projetos”, afirma. “Agora, que estou fora, ter a possibilidade de ajudar a montar um fundo direcionado para isso é uma realização.”

Uebel ( à esq.), Pitoli (centro) e Ramalho: filtro seletivo Foto: Daniel Teixeira/Estadão

 

Máquina pública

Tradicionalmente dominado pelas big techs, como MicrosoftOracle e IBM, voltadas principalmente para a comercialização de grandes “pacotes” de tecnologia, que custam dezenas ou centenas de milhões de reais, conforme o caso, o setor público está se abrindo para as startups, estimulando a multiplicação de novos negócios dedicados ao segmento. Ramalho conta que a KPTL mapeou cerca de 500 startups em atividade no País voltadas ao desenvolvimento de soluções para os serviços públicos, para ser prospectadas pela empresa. 

A KPTL, de acordo com ele, já investe em meia dúzia de govtechs que recheiam outros fundos não dedicados exclusivamente a serviços governamentais, com atuação em diferentes atividades da máquina pública, como zeladoria, processos de licitação, cidadania, regulação e educação. Ele afirma que foi com base nessa experiência que a empresa resolveu ampliar a sua exposição na área. “Mais da metade de todo o investimento feito em tecnologia hoje no País vai para o setor público.”

Na visão de Uebel, com as restrições orçamentárias que atingem a União, os Estados e os municípios, a digitalização é a melhor alternativa para ampliar a oferta e melhorar a qualidade dos serviços públicos. Além de exigir apenas uma fração dos investimentos necessários para atender à demanda de forma convencional, a digitalização permite um corte significativo nos custos operacionais, favorece a universalização dos serviços, alivia o sistema público de transporte, reduz a burocracia e traz mais eficiência ao processo, entre outras vantagens. Nas contas de Uebel, a economia proporcionada pela digitalização de serviços é de R$ 5 para cada R$ 1 investido no processo. “Com todo o problema fiscal, vai ser muito difícil para o setor público brasileiro prover serviços de qualidade sem o uso da tecnologia, e sem a adoção de soluções inovadoras”, diz. 

Segundo Pitoli, o fundo deverá buscar preferencialmente empresas em nove frentes de atuação: saúde, educação, mobilidade urbana, segurança pública, cidadania, legislação, smart cities, gestão e moradia. Ele afirma que as startups que vão rechear o fundo não terão de ser necessariamente contratadas pelo governo. Dependendo da situação, o modelo de negócio de uma govtech poderá ter outra forma de remuneração, como no caso do Portal de Compras Públicas, que já faz parte de outro fundo da KPTL. O empreendimento facilita o processo de compras de 2.000 municípios, mas quem custeia o serviço são os mais de 200 mil fornecedores cadastrados que pagam uma taxa para participar das licitações. 

Governança

De acordo com Pitoli, o novo marco das startups, que foi aprovado no Senado em fevereiro com modificações e agora terá de ser votado novamente na Câmara, deverá favorecer a contratação de novos empreendimento de tecnologia pelo setor público. O novo marco também prevê, entre outras medidas, a possibilidade de acumular créditos tributários com uma startup que não prosperou e ficou no vermelho para usá-los em novos investimentos. 

Para evitar eventuais problemas na relação das empresas com o poder público, que representam sempre um risco no País, Pitoli afirma que o KPTL contratou a consultoria Resultante, especializada em análise ambiental, social e de governança, para elaborar um conjunto de normas que terá de ser seguido pelos empreendimentos que receberem investimentos do fundo. Ele diz que os gestores também deverão acompanhar de perto as empresas, ao participar dos conselhos consultivo e de administração. Se algum desvio for detectado, o fundo poderá excluir a empresa do portfólio e recuperar o capital investido.

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