‘Modelo de trabalho híbrido veio para ficar’, diz novo diretor do WeWork


Empresa aposta na experiência adquirida na pandemia para conquistar clientes dispostos a adotar novos modelos de trabalho

Por Guilherme Guerra
Atualização:

Em 2020, empresas tiveram de abandonar escritórios da noite para o dia e colocar funcionários no home office. A decisão impactou não só os prédios comerciais, que ficaram esvaziados no período, mas também os coworkings (espaços compartilhados de trabalho), que lentamente ganhavam espaço no mundo corporativo. Entre os afetados está o WeWork, principal startup do setor com mais de 700 unidades espalhadas pelo mundo, das quais 32 estão no Brasil.

O esvaziamento dos escritórios ocorreu em um período que já era conturbado para a startup. Fundado em 2010 nos EUA, o WeWork passou por uma reestruturação severa, após uma fracassada tentativa de entrar no mercado público de ações. De lá para cá, o conglomerado japonês SoftBank, principal investidor da startup, entrou na operação e reorganizou — a intervenção foi ainda mais drástica em alguns mercados, como o brasileiro, onde foi formada uma joint-venture entre as duas partes.

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Após os maus bocados, o pior parece ter ficado para trás.  É o que diz ao Estadão Felipe Rizzo, que assumiu em outubro passado a chefia do WeWork no Brasil. 

Com a aposta no modelo híbrido de trabalho como o futuro do mundo corporativo, a rede de coworking espera finalmente rentabilizar o negócio, inclusive no Brasil, onde a operação está em alta por 13 meses consecutivos e já supera o patamar pré-pandemia. 

“Estamos com um time montado e focado em acelerar a rentabilidade do nosso negócio”, diz.

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Após ficar no prejuízo por anos, WeWork planeja entrar no azul com a retomada pós-pandemia Foto: Kate Munsch/Reuters

Abaixo, leia trechos da entrevista:

A pandemia facilitou o entendimento do que é o trabalho híbrido?

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Acelerou uma mudança que iria acontecer de qualquer forma, o da digitalização e da adaptação veloz. Isso empurrou muitas pessoas a terem que fazer uma grande reflexão, porque vivenciaram uma flexibilidade na vida profissional e pessoal. A pandemia foi um convite para as pessoas repensarem seus hábitos e modelos. A questão que fica é como vai ser o mundo do trabalho nesse novo normal. O WeWork tem intenção de explorar isso, ajudando empresas na transição.

Como vai ser a volta aos escritórios?

Os números começam a nos mostrar que essa mudança para o híbrido veio para ficar. Passado o momento mais complexo da pandemia, estamos crescendo há 13 meses seguidos. Chegamos em novembro passado ao maior número de membros desde a chegada do WeWork ao Brasil e hoje temos 20% mais membros do que em fevereiro de 2020. O perfil segue sendo startups e empreendedores, mas agora também temos grandes empresas. Muitas companhias conversam conosco a respeito dessa volta e elas ainda buscam ajuda para decidir como e quando voltar, qual seria o propósito desse espaço de trabalho e se deveria fomentar mais colaboração. A vantagem grande do nosso ecossistema, de mais de 700 unidades, é que processamos e estudamos todos esses dados de hábitos de empresas. 

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Como foi a adaptação no Brasil durante 2020?

Já acreditávamos no modelo híbrido desde antes da pandemia. Tentamos unir as boas práticas globais com as questões brasileiras, porque há questões específicas para cumprir, como as regulações e legislações locais. 

Qual é a estratégia de expansão pelo Brasil?

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No curto prazo, é a cristalização e consolidação dessa estrutura mais forte local no País. Estamos com um time montado e focado em rentabilizar ao máximo os ativos atuais que já temos e em como aceleramos a rentabilidade do negócio.

Ex-Uber, Felipe Rizzo é o novo diretor geral do WeWork no Brasil Foto: Divulgação/WeWork

O que vai trazer a joint-venture com o SoftBank?

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Esse modelo de joint-venture já foi implementado em outros países, como Japão, China e Índia. O SoftBank é um investidor que conhece os diferentes modelos do WeWork e é o maior investidor na América Latina. Ele traz um conhecimento prévio do modelo de negócio, agrega a chancela de alguém próximo do negócio de dobrar a aposta e também todo o conhecimento da região e a rede de contatos. Somado a todo o poder da marca WeWork e esse modelo de empoderamento local, é um momento único para nós. Ter um CEO para o Brasil, reportando diretamente para a CEO da joint-venture, traz capacidade de tomar uma decisão rápida.

Como vocês vão tirar vantagem da rede do SoftBank?

A parceria é muito positiva. Toda startup investida pelo SoftBank é um potencial cliente para nós. É uma fonte de clientes. Existem muitas parcerias e conexões que podem ser feitas para o nosso portfólio. 

Em 2020, empresas tiveram de abandonar escritórios da noite para o dia e colocar funcionários no home office. A decisão impactou não só os prédios comerciais, que ficaram esvaziados no período, mas também os coworkings (espaços compartilhados de trabalho), que lentamente ganhavam espaço no mundo corporativo. Entre os afetados está o WeWork, principal startup do setor com mais de 700 unidades espalhadas pelo mundo, das quais 32 estão no Brasil.

O esvaziamento dos escritórios ocorreu em um período que já era conturbado para a startup. Fundado em 2010 nos EUA, o WeWork passou por uma reestruturação severa, após uma fracassada tentativa de entrar no mercado público de ações. De lá para cá, o conglomerado japonês SoftBank, principal investidor da startup, entrou na operação e reorganizou — a intervenção foi ainda mais drástica em alguns mercados, como o brasileiro, onde foi formada uma joint-venture entre as duas partes.

Após os maus bocados, o pior parece ter ficado para trás.  É o que diz ao Estadão Felipe Rizzo, que assumiu em outubro passado a chefia do WeWork no Brasil. 

Com a aposta no modelo híbrido de trabalho como o futuro do mundo corporativo, a rede de coworking espera finalmente rentabilizar o negócio, inclusive no Brasil, onde a operação está em alta por 13 meses consecutivos e já supera o patamar pré-pandemia. 

“Estamos com um time montado e focado em acelerar a rentabilidade do nosso negócio”, diz.

Após ficar no prejuízo por anos, WeWork planeja entrar no azul com a retomada pós-pandemia Foto: Kate Munsch/Reuters

Abaixo, leia trechos da entrevista:

A pandemia facilitou o entendimento do que é o trabalho híbrido?

Acelerou uma mudança que iria acontecer de qualquer forma, o da digitalização e da adaptação veloz. Isso empurrou muitas pessoas a terem que fazer uma grande reflexão, porque vivenciaram uma flexibilidade na vida profissional e pessoal. A pandemia foi um convite para as pessoas repensarem seus hábitos e modelos. A questão que fica é como vai ser o mundo do trabalho nesse novo normal. O WeWork tem intenção de explorar isso, ajudando empresas na transição.

Como vai ser a volta aos escritórios?

Os números começam a nos mostrar que essa mudança para o híbrido veio para ficar. Passado o momento mais complexo da pandemia, estamos crescendo há 13 meses seguidos. Chegamos em novembro passado ao maior número de membros desde a chegada do WeWork ao Brasil e hoje temos 20% mais membros do que em fevereiro de 2020. O perfil segue sendo startups e empreendedores, mas agora também temos grandes empresas. Muitas companhias conversam conosco a respeito dessa volta e elas ainda buscam ajuda para decidir como e quando voltar, qual seria o propósito desse espaço de trabalho e se deveria fomentar mais colaboração. A vantagem grande do nosso ecossistema, de mais de 700 unidades, é que processamos e estudamos todos esses dados de hábitos de empresas. 

Como foi a adaptação no Brasil durante 2020?

Já acreditávamos no modelo híbrido desde antes da pandemia. Tentamos unir as boas práticas globais com as questões brasileiras, porque há questões específicas para cumprir, como as regulações e legislações locais. 

Qual é a estratégia de expansão pelo Brasil?

No curto prazo, é a cristalização e consolidação dessa estrutura mais forte local no País. Estamos com um time montado e focado em rentabilizar ao máximo os ativos atuais que já temos e em como aceleramos a rentabilidade do negócio.

Ex-Uber, Felipe Rizzo é o novo diretor geral do WeWork no Brasil Foto: Divulgação/WeWork

O que vai trazer a joint-venture com o SoftBank?

Esse modelo de joint-venture já foi implementado em outros países, como Japão, China e Índia. O SoftBank é um investidor que conhece os diferentes modelos do WeWork e é o maior investidor na América Latina. Ele traz um conhecimento prévio do modelo de negócio, agrega a chancela de alguém próximo do negócio de dobrar a aposta e também todo o conhecimento da região e a rede de contatos. Somado a todo o poder da marca WeWork e esse modelo de empoderamento local, é um momento único para nós. Ter um CEO para o Brasil, reportando diretamente para a CEO da joint-venture, traz capacidade de tomar uma decisão rápida.

Como vocês vão tirar vantagem da rede do SoftBank?

A parceria é muito positiva. Toda startup investida pelo SoftBank é um potencial cliente para nós. É uma fonte de clientes. Existem muitas parcerias e conexões que podem ser feitas para o nosso portfólio. 

Em 2020, empresas tiveram de abandonar escritórios da noite para o dia e colocar funcionários no home office. A decisão impactou não só os prédios comerciais, que ficaram esvaziados no período, mas também os coworkings (espaços compartilhados de trabalho), que lentamente ganhavam espaço no mundo corporativo. Entre os afetados está o WeWork, principal startup do setor com mais de 700 unidades espalhadas pelo mundo, das quais 32 estão no Brasil.

O esvaziamento dos escritórios ocorreu em um período que já era conturbado para a startup. Fundado em 2010 nos EUA, o WeWork passou por uma reestruturação severa, após uma fracassada tentativa de entrar no mercado público de ações. De lá para cá, o conglomerado japonês SoftBank, principal investidor da startup, entrou na operação e reorganizou — a intervenção foi ainda mais drástica em alguns mercados, como o brasileiro, onde foi formada uma joint-venture entre as duas partes.

Após os maus bocados, o pior parece ter ficado para trás.  É o que diz ao Estadão Felipe Rizzo, que assumiu em outubro passado a chefia do WeWork no Brasil. 

Com a aposta no modelo híbrido de trabalho como o futuro do mundo corporativo, a rede de coworking espera finalmente rentabilizar o negócio, inclusive no Brasil, onde a operação está em alta por 13 meses consecutivos e já supera o patamar pré-pandemia. 

“Estamos com um time montado e focado em acelerar a rentabilidade do nosso negócio”, diz.

Após ficar no prejuízo por anos, WeWork planeja entrar no azul com a retomada pós-pandemia Foto: Kate Munsch/Reuters

Abaixo, leia trechos da entrevista:

A pandemia facilitou o entendimento do que é o trabalho híbrido?

Acelerou uma mudança que iria acontecer de qualquer forma, o da digitalização e da adaptação veloz. Isso empurrou muitas pessoas a terem que fazer uma grande reflexão, porque vivenciaram uma flexibilidade na vida profissional e pessoal. A pandemia foi um convite para as pessoas repensarem seus hábitos e modelos. A questão que fica é como vai ser o mundo do trabalho nesse novo normal. O WeWork tem intenção de explorar isso, ajudando empresas na transição.

Como vai ser a volta aos escritórios?

Os números começam a nos mostrar que essa mudança para o híbrido veio para ficar. Passado o momento mais complexo da pandemia, estamos crescendo há 13 meses seguidos. Chegamos em novembro passado ao maior número de membros desde a chegada do WeWork ao Brasil e hoje temos 20% mais membros do que em fevereiro de 2020. O perfil segue sendo startups e empreendedores, mas agora também temos grandes empresas. Muitas companhias conversam conosco a respeito dessa volta e elas ainda buscam ajuda para decidir como e quando voltar, qual seria o propósito desse espaço de trabalho e se deveria fomentar mais colaboração. A vantagem grande do nosso ecossistema, de mais de 700 unidades, é que processamos e estudamos todos esses dados de hábitos de empresas. 

Como foi a adaptação no Brasil durante 2020?

Já acreditávamos no modelo híbrido desde antes da pandemia. Tentamos unir as boas práticas globais com as questões brasileiras, porque há questões específicas para cumprir, como as regulações e legislações locais. 

Qual é a estratégia de expansão pelo Brasil?

No curto prazo, é a cristalização e consolidação dessa estrutura mais forte local no País. Estamos com um time montado e focado em rentabilizar ao máximo os ativos atuais que já temos e em como aceleramos a rentabilidade do negócio.

Ex-Uber, Felipe Rizzo é o novo diretor geral do WeWork no Brasil Foto: Divulgação/WeWork

O que vai trazer a joint-venture com o SoftBank?

Esse modelo de joint-venture já foi implementado em outros países, como Japão, China e Índia. O SoftBank é um investidor que conhece os diferentes modelos do WeWork e é o maior investidor na América Latina. Ele traz um conhecimento prévio do modelo de negócio, agrega a chancela de alguém próximo do negócio de dobrar a aposta e também todo o conhecimento da região e a rede de contatos. Somado a todo o poder da marca WeWork e esse modelo de empoderamento local, é um momento único para nós. Ter um CEO para o Brasil, reportando diretamente para a CEO da joint-venture, traz capacidade de tomar uma decisão rápida.

Como vocês vão tirar vantagem da rede do SoftBank?

A parceria é muito positiva. Toda startup investida pelo SoftBank é um potencial cliente para nós. É uma fonte de clientes. Existem muitas parcerias e conexões que podem ser feitas para o nosso portfólio. 

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