Moises, startup de brasileiros nos EUA, levanta US$ 8,65 mi para ir além do karaokê


Dona de algoritmos que removem os vocais de canções, companhia quer virar central de inteligência artificial para a indústria da música

Por Bruno Romani
Atualização:

Conhecida pelos algoritmos de “karaokê”, a startup Moises anuncia nesta segunda, 22, um aporte US$ 8,65 milhões em rodada liderada por Monashees e Kickstart Fund, o fundo do estado de Utah, EUA, que já havia investido anteriormente na companhia. Participarão também Norwest, Toba Capital, Alumni Ventures, Goodwater e Valutia.

Fundada nos EUA em 2019 pelos brasileiros Geraldo Ramos, Eddie Hsu e Jardson Almeida, a Moises ficou conhecida pelos algoritmos de “desmixagem”, que permitem separar instrumentos musicais de uma música. É por meio da tecnologia, por exemplo, que é possível remover as vozes de músicas e criar um karaokê de possibilidades infinitas - é também a mesma técnica usada do documentário sobre os Beatles Get Back, disponível no Disney+.

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Porém, ao contrário do diretor Peter Jackson, a Moises disponibiliza sua inteligência artificial (IA) para qualquer pessoa. A startup cobra uma assinatura mensal para dar acesso à sua plataforma e algoritmos - atualmente, são 3 milhões de usuários ativos e 20 milhões de cadastrados no serviço.

Com o investimento, a Moises quer ir além do karaokê. “Queremos ser o principal ponto de parada para quem procura por algoritmos de música. A ideia é ser líder no campo na criatividade em geral”, conta Ramos ao Estadão. Isso significa que a empresa vai turbinar as pesquisas para ampliar os tipos de algoritmos musicais e produtos turbinados por eles. Com isso, Ramos espera não apenas servir músicos e entusiastas, mas também outros players da indústria da música.

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O empresário, por exemplo, conta que rádios do Japão já usam os algoritmos de desmixagem para separar instrumentos. Algoritmos de detecção também poderiam ser usados por editoras musicais, gravadoras, distribuidoras e plataformas de streaming. A companhia está testando uma plataforma de APIs para que desenvolvedores criem recursos com a tecnologia da companhia.

Entre os algoritmos no horizonte da companhia estão o “detector de acordes”, que permite saber exatamente como uma música foi construída, e o “auxiliar de composição”, que ajuda compositores a encontrarem acordes e harmonias para as suas obras.

Tudo isso acaba virando um arsenal de ferramentas que costuma encantar quem percorre os caminhos da música - uma dessas pessoas é Eric Acher, cofundador e managing partner da Monashees. “O Eric é músico. Ele toca piano e tem uma banda. Ele ficou muito empolgado com a Moises e virou usuário. Foi também por causa dessa relação que a Monashees entrou na rodada. O que nos uniu foi a música”, conta Ramos. O último cheque da Moises, ainda sem a gestora brasileira, foi recebido em agosto do ano passado - o valor foi de US$ 1,6 milhão.

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“Acreditamos fortemente que qualquer pessoa apaixonada por música deve ser capaz de criar peças de alta qualidade com as ferramentas certas”, disse em nota Acher.

Ramos, fundador da Moises e baterista, quer que startup seja referência em algoritmos para música Foto: Divulgação

Pesquisa

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O desenvolvimento de novos produtos vai exigir pesquisa em IA, o que fará a Moises contratar. O time de 50 pessoas deverá dobrar de tamanho até o ano que vem - em breve, a companhia deve anunciar a chegada de um cientista de dados que estava na Pandora, serviço de streaming de música indisponível no Brasil. O restante dos funcionários está espalhada entre Brasil e EUA, sendo João Pessoa (PB), terra natal de Ramos, o principal hub de desenvolvimento da companhia.

Além disso, a Moises vem desenvolvendo projetos em parcerias com universidades brasileiras. “Fechamos um grande projeto com a Universidade Federal de Goiás (UFG) para pesquisar voice cloning”, conta Ramos - a instituição é uma das principais do País em pesquisas de IA. Com um projeto fechado por 18 meses, os algoritmos desenvolvidos lá permitem alterar a voz em gravações, emprestando estilo e timbre de cantores famosos. Outro algoritmo transformaria as letras cantadas em uma canção em texto.

A parceria acadêmica não é novidade: no ano passado, a Moises desenvolveu um projeto com a Universidade Federal da Paraíba para algoritmos de composição musical - deu tão certo que dois pesquisadores acabaram contratados. “Temos conseguido talentos incríveis na região”, diz.

Conhecida pelos algoritmos de “karaokê”, a startup Moises anuncia nesta segunda, 22, um aporte US$ 8,65 milhões em rodada liderada por Monashees e Kickstart Fund, o fundo do estado de Utah, EUA, que já havia investido anteriormente na companhia. Participarão também Norwest, Toba Capital, Alumni Ventures, Goodwater e Valutia.

Fundada nos EUA em 2019 pelos brasileiros Geraldo Ramos, Eddie Hsu e Jardson Almeida, a Moises ficou conhecida pelos algoritmos de “desmixagem”, que permitem separar instrumentos musicais de uma música. É por meio da tecnologia, por exemplo, que é possível remover as vozes de músicas e criar um karaokê de possibilidades infinitas - é também a mesma técnica usada do documentário sobre os Beatles Get Back, disponível no Disney+.

Porém, ao contrário do diretor Peter Jackson, a Moises disponibiliza sua inteligência artificial (IA) para qualquer pessoa. A startup cobra uma assinatura mensal para dar acesso à sua plataforma e algoritmos - atualmente, são 3 milhões de usuários ativos e 20 milhões de cadastrados no serviço.

Com o investimento, a Moises quer ir além do karaokê. “Queremos ser o principal ponto de parada para quem procura por algoritmos de música. A ideia é ser líder no campo na criatividade em geral”, conta Ramos ao Estadão. Isso significa que a empresa vai turbinar as pesquisas para ampliar os tipos de algoritmos musicais e produtos turbinados por eles. Com isso, Ramos espera não apenas servir músicos e entusiastas, mas também outros players da indústria da música.

O empresário, por exemplo, conta que rádios do Japão já usam os algoritmos de desmixagem para separar instrumentos. Algoritmos de detecção também poderiam ser usados por editoras musicais, gravadoras, distribuidoras e plataformas de streaming. A companhia está testando uma plataforma de APIs para que desenvolvedores criem recursos com a tecnologia da companhia.

Entre os algoritmos no horizonte da companhia estão o “detector de acordes”, que permite saber exatamente como uma música foi construída, e o “auxiliar de composição”, que ajuda compositores a encontrarem acordes e harmonias para as suas obras.

Tudo isso acaba virando um arsenal de ferramentas que costuma encantar quem percorre os caminhos da música - uma dessas pessoas é Eric Acher, cofundador e managing partner da Monashees. “O Eric é músico. Ele toca piano e tem uma banda. Ele ficou muito empolgado com a Moises e virou usuário. Foi também por causa dessa relação que a Monashees entrou na rodada. O que nos uniu foi a música”, conta Ramos. O último cheque da Moises, ainda sem a gestora brasileira, foi recebido em agosto do ano passado - o valor foi de US$ 1,6 milhão.

“Acreditamos fortemente que qualquer pessoa apaixonada por música deve ser capaz de criar peças de alta qualidade com as ferramentas certas”, disse em nota Acher.

Ramos, fundador da Moises e baterista, quer que startup seja referência em algoritmos para música Foto: Divulgação

Pesquisa

O desenvolvimento de novos produtos vai exigir pesquisa em IA, o que fará a Moises contratar. O time de 50 pessoas deverá dobrar de tamanho até o ano que vem - em breve, a companhia deve anunciar a chegada de um cientista de dados que estava na Pandora, serviço de streaming de música indisponível no Brasil. O restante dos funcionários está espalhada entre Brasil e EUA, sendo João Pessoa (PB), terra natal de Ramos, o principal hub de desenvolvimento da companhia.

Além disso, a Moises vem desenvolvendo projetos em parcerias com universidades brasileiras. “Fechamos um grande projeto com a Universidade Federal de Goiás (UFG) para pesquisar voice cloning”, conta Ramos - a instituição é uma das principais do País em pesquisas de IA. Com um projeto fechado por 18 meses, os algoritmos desenvolvidos lá permitem alterar a voz em gravações, emprestando estilo e timbre de cantores famosos. Outro algoritmo transformaria as letras cantadas em uma canção em texto.

A parceria acadêmica não é novidade: no ano passado, a Moises desenvolveu um projeto com a Universidade Federal da Paraíba para algoritmos de composição musical - deu tão certo que dois pesquisadores acabaram contratados. “Temos conseguido talentos incríveis na região”, diz.

Conhecida pelos algoritmos de “karaokê”, a startup Moises anuncia nesta segunda, 22, um aporte US$ 8,65 milhões em rodada liderada por Monashees e Kickstart Fund, o fundo do estado de Utah, EUA, que já havia investido anteriormente na companhia. Participarão também Norwest, Toba Capital, Alumni Ventures, Goodwater e Valutia.

Fundada nos EUA em 2019 pelos brasileiros Geraldo Ramos, Eddie Hsu e Jardson Almeida, a Moises ficou conhecida pelos algoritmos de “desmixagem”, que permitem separar instrumentos musicais de uma música. É por meio da tecnologia, por exemplo, que é possível remover as vozes de músicas e criar um karaokê de possibilidades infinitas - é também a mesma técnica usada do documentário sobre os Beatles Get Back, disponível no Disney+.

Porém, ao contrário do diretor Peter Jackson, a Moises disponibiliza sua inteligência artificial (IA) para qualquer pessoa. A startup cobra uma assinatura mensal para dar acesso à sua plataforma e algoritmos - atualmente, são 3 milhões de usuários ativos e 20 milhões de cadastrados no serviço.

Com o investimento, a Moises quer ir além do karaokê. “Queremos ser o principal ponto de parada para quem procura por algoritmos de música. A ideia é ser líder no campo na criatividade em geral”, conta Ramos ao Estadão. Isso significa que a empresa vai turbinar as pesquisas para ampliar os tipos de algoritmos musicais e produtos turbinados por eles. Com isso, Ramos espera não apenas servir músicos e entusiastas, mas também outros players da indústria da música.

O empresário, por exemplo, conta que rádios do Japão já usam os algoritmos de desmixagem para separar instrumentos. Algoritmos de detecção também poderiam ser usados por editoras musicais, gravadoras, distribuidoras e plataformas de streaming. A companhia está testando uma plataforma de APIs para que desenvolvedores criem recursos com a tecnologia da companhia.

Entre os algoritmos no horizonte da companhia estão o “detector de acordes”, que permite saber exatamente como uma música foi construída, e o “auxiliar de composição”, que ajuda compositores a encontrarem acordes e harmonias para as suas obras.

Tudo isso acaba virando um arsenal de ferramentas que costuma encantar quem percorre os caminhos da música - uma dessas pessoas é Eric Acher, cofundador e managing partner da Monashees. “O Eric é músico. Ele toca piano e tem uma banda. Ele ficou muito empolgado com a Moises e virou usuário. Foi também por causa dessa relação que a Monashees entrou na rodada. O que nos uniu foi a música”, conta Ramos. O último cheque da Moises, ainda sem a gestora brasileira, foi recebido em agosto do ano passado - o valor foi de US$ 1,6 milhão.

“Acreditamos fortemente que qualquer pessoa apaixonada por música deve ser capaz de criar peças de alta qualidade com as ferramentas certas”, disse em nota Acher.

Ramos, fundador da Moises e baterista, quer que startup seja referência em algoritmos para música Foto: Divulgação

Pesquisa

O desenvolvimento de novos produtos vai exigir pesquisa em IA, o que fará a Moises contratar. O time de 50 pessoas deverá dobrar de tamanho até o ano que vem - em breve, a companhia deve anunciar a chegada de um cientista de dados que estava na Pandora, serviço de streaming de música indisponível no Brasil. O restante dos funcionários está espalhada entre Brasil e EUA, sendo João Pessoa (PB), terra natal de Ramos, o principal hub de desenvolvimento da companhia.

Além disso, a Moises vem desenvolvendo projetos em parcerias com universidades brasileiras. “Fechamos um grande projeto com a Universidade Federal de Goiás (UFG) para pesquisar voice cloning”, conta Ramos - a instituição é uma das principais do País em pesquisas de IA. Com um projeto fechado por 18 meses, os algoritmos desenvolvidos lá permitem alterar a voz em gravações, emprestando estilo e timbre de cantores famosos. Outro algoritmo transformaria as letras cantadas em uma canção em texto.

A parceria acadêmica não é novidade: no ano passado, a Moises desenvolveu um projeto com a Universidade Federal da Paraíba para algoritmos de composição musical - deu tão certo que dois pesquisadores acabaram contratados. “Temos conseguido talentos incríveis na região”, diz.

Conhecida pelos algoritmos de “karaokê”, a startup Moises anuncia nesta segunda, 22, um aporte US$ 8,65 milhões em rodada liderada por Monashees e Kickstart Fund, o fundo do estado de Utah, EUA, que já havia investido anteriormente na companhia. Participarão também Norwest, Toba Capital, Alumni Ventures, Goodwater e Valutia.

Fundada nos EUA em 2019 pelos brasileiros Geraldo Ramos, Eddie Hsu e Jardson Almeida, a Moises ficou conhecida pelos algoritmos de “desmixagem”, que permitem separar instrumentos musicais de uma música. É por meio da tecnologia, por exemplo, que é possível remover as vozes de músicas e criar um karaokê de possibilidades infinitas - é também a mesma técnica usada do documentário sobre os Beatles Get Back, disponível no Disney+.

Porém, ao contrário do diretor Peter Jackson, a Moises disponibiliza sua inteligência artificial (IA) para qualquer pessoa. A startup cobra uma assinatura mensal para dar acesso à sua plataforma e algoritmos - atualmente, são 3 milhões de usuários ativos e 20 milhões de cadastrados no serviço.

Com o investimento, a Moises quer ir além do karaokê. “Queremos ser o principal ponto de parada para quem procura por algoritmos de música. A ideia é ser líder no campo na criatividade em geral”, conta Ramos ao Estadão. Isso significa que a empresa vai turbinar as pesquisas para ampliar os tipos de algoritmos musicais e produtos turbinados por eles. Com isso, Ramos espera não apenas servir músicos e entusiastas, mas também outros players da indústria da música.

O empresário, por exemplo, conta que rádios do Japão já usam os algoritmos de desmixagem para separar instrumentos. Algoritmos de detecção também poderiam ser usados por editoras musicais, gravadoras, distribuidoras e plataformas de streaming. A companhia está testando uma plataforma de APIs para que desenvolvedores criem recursos com a tecnologia da companhia.

Entre os algoritmos no horizonte da companhia estão o “detector de acordes”, que permite saber exatamente como uma música foi construída, e o “auxiliar de composição”, que ajuda compositores a encontrarem acordes e harmonias para as suas obras.

Tudo isso acaba virando um arsenal de ferramentas que costuma encantar quem percorre os caminhos da música - uma dessas pessoas é Eric Acher, cofundador e managing partner da Monashees. “O Eric é músico. Ele toca piano e tem uma banda. Ele ficou muito empolgado com a Moises e virou usuário. Foi também por causa dessa relação que a Monashees entrou na rodada. O que nos uniu foi a música”, conta Ramos. O último cheque da Moises, ainda sem a gestora brasileira, foi recebido em agosto do ano passado - o valor foi de US$ 1,6 milhão.

“Acreditamos fortemente que qualquer pessoa apaixonada por música deve ser capaz de criar peças de alta qualidade com as ferramentas certas”, disse em nota Acher.

Ramos, fundador da Moises e baterista, quer que startup seja referência em algoritmos para música Foto: Divulgação

Pesquisa

O desenvolvimento de novos produtos vai exigir pesquisa em IA, o que fará a Moises contratar. O time de 50 pessoas deverá dobrar de tamanho até o ano que vem - em breve, a companhia deve anunciar a chegada de um cientista de dados que estava na Pandora, serviço de streaming de música indisponível no Brasil. O restante dos funcionários está espalhada entre Brasil e EUA, sendo João Pessoa (PB), terra natal de Ramos, o principal hub de desenvolvimento da companhia.

Além disso, a Moises vem desenvolvendo projetos em parcerias com universidades brasileiras. “Fechamos um grande projeto com a Universidade Federal de Goiás (UFG) para pesquisar voice cloning”, conta Ramos - a instituição é uma das principais do País em pesquisas de IA. Com um projeto fechado por 18 meses, os algoritmos desenvolvidos lá permitem alterar a voz em gravações, emprestando estilo e timbre de cantores famosos. Outro algoritmo transformaria as letras cantadas em uma canção em texto.

A parceria acadêmica não é novidade: no ano passado, a Moises desenvolveu um projeto com a Universidade Federal da Paraíba para algoritmos de composição musical - deu tão certo que dois pesquisadores acabaram contratados. “Temos conseguido talentos incríveis na região”, diz.

Conhecida pelos algoritmos de “karaokê”, a startup Moises anuncia nesta segunda, 22, um aporte US$ 8,65 milhões em rodada liderada por Monashees e Kickstart Fund, o fundo do estado de Utah, EUA, que já havia investido anteriormente na companhia. Participarão também Norwest, Toba Capital, Alumni Ventures, Goodwater e Valutia.

Fundada nos EUA em 2019 pelos brasileiros Geraldo Ramos, Eddie Hsu e Jardson Almeida, a Moises ficou conhecida pelos algoritmos de “desmixagem”, que permitem separar instrumentos musicais de uma música. É por meio da tecnologia, por exemplo, que é possível remover as vozes de músicas e criar um karaokê de possibilidades infinitas - é também a mesma técnica usada do documentário sobre os Beatles Get Back, disponível no Disney+.

Porém, ao contrário do diretor Peter Jackson, a Moises disponibiliza sua inteligência artificial (IA) para qualquer pessoa. A startup cobra uma assinatura mensal para dar acesso à sua plataforma e algoritmos - atualmente, são 3 milhões de usuários ativos e 20 milhões de cadastrados no serviço.

Com o investimento, a Moises quer ir além do karaokê. “Queremos ser o principal ponto de parada para quem procura por algoritmos de música. A ideia é ser líder no campo na criatividade em geral”, conta Ramos ao Estadão. Isso significa que a empresa vai turbinar as pesquisas para ampliar os tipos de algoritmos musicais e produtos turbinados por eles. Com isso, Ramos espera não apenas servir músicos e entusiastas, mas também outros players da indústria da música.

O empresário, por exemplo, conta que rádios do Japão já usam os algoritmos de desmixagem para separar instrumentos. Algoritmos de detecção também poderiam ser usados por editoras musicais, gravadoras, distribuidoras e plataformas de streaming. A companhia está testando uma plataforma de APIs para que desenvolvedores criem recursos com a tecnologia da companhia.

Entre os algoritmos no horizonte da companhia estão o “detector de acordes”, que permite saber exatamente como uma música foi construída, e o “auxiliar de composição”, que ajuda compositores a encontrarem acordes e harmonias para as suas obras.

Tudo isso acaba virando um arsenal de ferramentas que costuma encantar quem percorre os caminhos da música - uma dessas pessoas é Eric Acher, cofundador e managing partner da Monashees. “O Eric é músico. Ele toca piano e tem uma banda. Ele ficou muito empolgado com a Moises e virou usuário. Foi também por causa dessa relação que a Monashees entrou na rodada. O que nos uniu foi a música”, conta Ramos. O último cheque da Moises, ainda sem a gestora brasileira, foi recebido em agosto do ano passado - o valor foi de US$ 1,6 milhão.

“Acreditamos fortemente que qualquer pessoa apaixonada por música deve ser capaz de criar peças de alta qualidade com as ferramentas certas”, disse em nota Acher.

Ramos, fundador da Moises e baterista, quer que startup seja referência em algoritmos para música Foto: Divulgação

Pesquisa

O desenvolvimento de novos produtos vai exigir pesquisa em IA, o que fará a Moises contratar. O time de 50 pessoas deverá dobrar de tamanho até o ano que vem - em breve, a companhia deve anunciar a chegada de um cientista de dados que estava na Pandora, serviço de streaming de música indisponível no Brasil. O restante dos funcionários está espalhada entre Brasil e EUA, sendo João Pessoa (PB), terra natal de Ramos, o principal hub de desenvolvimento da companhia.

Além disso, a Moises vem desenvolvendo projetos em parcerias com universidades brasileiras. “Fechamos um grande projeto com a Universidade Federal de Goiás (UFG) para pesquisar voice cloning”, conta Ramos - a instituição é uma das principais do País em pesquisas de IA. Com um projeto fechado por 18 meses, os algoritmos desenvolvidos lá permitem alterar a voz em gravações, emprestando estilo e timbre de cantores famosos. Outro algoritmo transformaria as letras cantadas em uma canção em texto.

A parceria acadêmica não é novidade: no ano passado, a Moises desenvolveu um projeto com a Universidade Federal da Paraíba para algoritmos de composição musical - deu tão certo que dois pesquisadores acabaram contratados. “Temos conseguido talentos incríveis na região”, diz.

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