Enquanto o Quinto Andar está de olho em reformas para aquecer o mercado de locação, diversas startups têm utilizado a mesma tática para comprar e vender imóveis. Fundada em agosto do ano passado pela dupla Mate Pencz e Florian Hagenbuch, ambos da gráfica online Printi, a Loft usa dados para entender a avaliação correta dos imóveis em um bairro e oferecer “preços justos” para quem deseja se desfazer dos ativos.
Depois disso, a empresa faz uma reforma padronizada e revende o apartamento. A iniciativa foi apoiada por fundos americanos como o Andressen Horowitz, levando a empresa a ser avaliada em R$ 1,5 bilhão. Por enquanto, a empresa está apenas em bairros como Jardins, Itaim e Vila Nova Conceição, mas a meta é estar em 12 regiões da cidade até o fim do ano.
Perímetro semelhante é coberto pela Keycash, liderada por Paulo Humberg – pioneiro da internet do Brasil, ele criou o e-commerce Shoptime nos anos 1990. A empresa levantou US$ 10 milhões e tem negociado apartamentos na faixa de R$ 500 mil a R$ 1 milhão – um pouco abaixo do que tem feito a Loft.
As duas terão em breve um rival de peso: o Grupo Zap, tradicional site de imóveis, também decidiu entrar no negócio de reformas. “A ideia é fazer o dinheiro rodar mais rápido”, diz Lucas Vargas, presidente executivo do Grupo Zap. Até agora, a empresa reformou quatro apartamentos – até o fim do ano, quer chegar a centenas.