A Uotel anunciou nesta semana um novo rumo para seu negócio. A startup recebeu um aporte de R$ 50 milhões da Loft e mudou o seu nome para Nomah. Comprada pela Loft no ano passado, a Nomah atua com aluguel de apartamentos para estadias na cidade de São Paulo.
Apesar da remodelação da cara da empresa, o negócio segue fazendo o que se propôs quando foi fundado: dar atenção aos usuários que procuram estadia em apartamentos. Com o investimento, o objetivo é expandir as locações para outras cidades do Brasil e apoiar o time de tecnologia, para crescer até cinco vezes em 2021.
“Vamos conseguir entregar valor para o nosso cliente final com tecnologia, com dados, queremos investir nisso. Esse investimento também vai nos ajudar a expandir para outras capitais. Queremos agora crescer de forma agressiva”, afirma Thomaz Guz, presidente e fundador da Nomah.
Com a expansão, a startup prevê chegar aos 1,2 mil apartamentos no País. Entre as cidades que podem receber as estadias, o Rio de Janeiro é a mais próxima de fechar negócio com a empresa.
Criada em 2016, a Nomah é uma plataforma de hospedagem especializada em pequenos apartamentos, de 20 a 35 metros quadrados. A startup reforma e padroniza os imóveis e oferece pequenas estadias, em regime parecido com o do Airbnb. Atualmente, são 400 imóveis disponíveis para locação em São Paulo por meio da plataforma.
A mudança veio acompanhada do aporte de R$ 50 milhões da empresa-mãe do grupo: a Loft. Dentro desse portfólio, a remodelação — ou o rebranding — se tornou a opção mais rentável para manter a proposta das locações flexíveis.
“A gente tinha uma operação com foco em estadia curta. A gente entendeu que a Uotel tinha uma limitação e que a gente tinha um espaço para desbravar nessas locações flexíveis como um todo. Esse foi o primeiro caminho que fazia muito sentido para nossa remodelação”, explica.
A Nomah foi comprada pela Loft em julho de 2020, mas segue um caminho próprio dentro do guarda-chuva da empresa. O foco no mercado de aluguéis, por exemplo, não é a prioridade da Loft, mas Guz afirma que o alinhamento com os objetivos entre as empresas faz com que possam se desenvolver paralelamente.
“O foco da Loft é compra e venda e estamos alinhados com isso. O que a gente tem é a sinergia para trabalhar a longo prazo. Quando a gente olha para a Loft, para a compra e venda, de fato, a Nomah é um player separado, temos o nosso próprio plano de negócios. Isso não é um obstáculo”, afirma Guz.
Em 2021, a empresa já registra um aumento de 300% nas estadias curtas, de olho no mercado imobiliário que se desenvolve mesmo em meio a pandemia. Para Guz, os próximos passos precisam se concentrar em atravessar o período de crise com bons números.
“Acho que o setor como um todo ainda está sofrendo com as restrições da pandemia. A gente entende que a partir do segundo semestre as coisas tendem a melhorar. Então o que a gente quer, por enquanto, é conseguir navegar nesse período e se consolidar como uma frente de locação flexível”.