Em aposta de retomada do turismo, startup Buser recebe aporte de R$ 700 milhões


O aporte é uma preparação da empresa para a retomada do turismo e também será usado para diversificação de serviços; a meta da Buser é investir R$ 1 bilhão no Brasil nos próximos dois anos

Por Bruna Arimathea e Giovanna Wolf

Em uma aposta na retomada do turismo, a startup mineira Buser, de transporte intermunicipal de ônibus, anunciou nesta quinta-feira, 10, um aporte de R$ 700 milhões, liderado pelo fundo LGT Lightrock, que também contou com a participação de Softbank, Monashees, Valor Capital Group, Globo Ventures e Canary, todos investidores da Buser nas séries anteriores, além de Iporanga Ventures.

Segundo a empresa, a rodada é parte de um plano de investimento de R$ 1 bilhão no Brasil nos próximos dois anos, que inclui a entrada em novos negócios – além do aporte, a Buser usará caixa próprio para atingir o valor previsto. 

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"A maior parte dos recursos será usada para expansão nacional, que envolve vários gastos como equipe, promoções que fazemos em locais novos e melhorias das estações de embarque. Dentro disso, cerca de R$ 200 milhões serão usados para financiar veículos para os nossos parceiros", disse Marcelo Abritta, cofundador e presidente executivo da Buser, ao Estadão

A Buser, fundada por Marcelo Abritta, cresceu explorando um modelo de "fretamento colaborativo", em que os passageiros dividem a conta final da viagem Foto: Werther Santana/Estadão

Além de explorar o transporte de passageiros, a Buser agora está voltando atenções para quatro novos segmentos: marketplace em parceria com grandes viações, transporte de cargas, financiamento de ônibus e transporte urbano. "Vamos acelerar a diversificação de serviços que já fazemos hoje em pequena medida", afirma Britta. Segundo ele, a Buser mantém hoje conversas com duas cidades para o primeiro projeto de transporte urbano, e deve tirá-lo do papel até o ano que vem. 

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No mercado desde 2017, a Buser cresceu explorando um modelo de "fretamento colaborativo", em que os passageiros dividem a conta final da viagem. A companhia afirma ter atualmente quase 4 milhões de clientes em sua plataforma.

O potencial para continuar crescendo pode ser ainda mais forte, de acordo com Gilberto Sarfati, professor de inovação da Fundação Getúlio Vargas (FGV). "O aporte vai ajudar a expandir e preparar a empresa pro momento em que o número de viagens aumentar. O potencial para expandir para outras regiões do Brasil é grande e é um bom momento para eles receberem esse investimento".

Pandemia

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O setor de turismo foi um dos mais impactados pela pandemia do novo coronavírus. As atividades turísticas já somam um prejuízo de R$ 341,1 bilhões desde o início da pandemia de covid-19, em março de 2020 – o setor chegou a abril deste ano operando com 61,4% da sua capacidade mensal de geração de receitas, segundo cálculo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

A Buser também sofreu com o cenário e chegou a ficar cerca de 3 meses sem nenhuma operação no ano passado. O começo da retomada das atividades, porém, trouxe bons números: segundo a Buser, em dezembro de 2020, seu volume de passageiros foi o dobro em relação ao mesmo mês de 2019. De acordo com a empresa, o impacto da segunda onda no começo deste ano também está diminuindo: depois de registrar retração de cerca de 50% em viagens em fevereiro, a empresa viu os números se recuperarem a partir de maio. 

Em meio à crise, houve um momento de direcionamento de outros projetos dentro da startup. Com o faturamento próximo de zero, Abritta contou ao Estadão em junho do ano passado que os investimentos adquiridos anteriormente foram fundamentais para manter a empresa durante o período — o Softbank já havia liderado, em outubro de 2019, um aporte de R$ 300 milhões na startup. Sobrevivendo ao período, a empresa agora avança como candidata a unicórnio — startups avaliadas em US$ 1 bilhão.

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Para Guilherme Fowler, professor de inovação do Insper, o novo aporte na Buser é uma aposta de que a economia vai retomar com o avanço da vacinação. "Talvez seja otimismo demais. Mas, se a vacinação for rápida, pode haver um aumento de movimento de turismo interno mais rápido que viagens internacionais e a Buser se favoreceria", explica. 

Britta confia nisso: "Se não for possível agora, vamos simplesmente esperar e fazer essa expansão mais tarde. O fato é que assim que for possível, as pessoas vão voltar a viajar muito internamente. Já vemos isso claramente em feriados, com picos de viagens". 

A Buser espera crescer 10 vezes em faturamento até o final de 2022 – quanto a funcionários, a meta é triplicar a equipe neste período, chegando a 600 pessoas. 

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Para Sarfati, de fato a perspectiva para o futuro tem peso nisso. "Para um aporte desse tipo, a questão do momento pode não ser tão sensível. Se, por exemplo, as viagens não aumentarem no começo de 2022, mas aumentarem no final do ano, ainda assim esse aumento vai acontecer. Esses seis, sete meses adicionais não vão prejudicar a empresa".

Batalha na estrada

Além da crise sanitária, a Buser tem convivido, desde sua fundação, com regulamentações para sua operação no Brasil, em uma batalha com empresas tradicionais de viagens, por conta do seu serviço. Companhias de ônibus acreditam que, o uso de apps, como o da Buser, vai prejudicar o mercado do setor e enfraquecer a concorrência de empresas. 

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A Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp) abriu uma consulta pública no ano passado sobre a  regulamentação da prestação do serviço intermunicipal de transporte coletivo de passageiros sob o regime de fretamento, modalidade em que a Buser se enquadra hoje. Na época, a ideia era que a Buser, por operar com fretamento, deveria oferecer viagens de ida e volta para os mesmos passageiros, algo que inviabilizaria o negócio da startup. 

Isso porque, por trabalhar no sistema de divisão de custos e sem precisar de uma estação de embarque e desembarque do porte de uma rodoviária, por exemplo, a startup consegue oferecer custos mais baixos, sem precisar cobrar taxas de manutenção dos usuários para esses estabelecimentos municipais. 

Apesar disso, em abril deste ano, um pedido de desistência de ações contra a Buser foi protocolado no Supremo Tribunal Federal (STF), permitindo a atividade legal da empresa. Em São Paulo e e Minas Gerais, os tribunal de Justiça também deram respaldo à operação da startup nos respectivos Estados. 

Fowler, do Insper, explica que a diversificação de serviços que a Buser está buscando também pode ajudar a proteger a empresa de riscos regulatórios. "Quando a Buser vai para vários mercados adjacentes, ela está olhando para outras fontes de receita que não têm tanta regulação", diz.

 A Buser afirma que considera os problemas regulatórios superados./ COM REUTERS

Em uma aposta na retomada do turismo, a startup mineira Buser, de transporte intermunicipal de ônibus, anunciou nesta quinta-feira, 10, um aporte de R$ 700 milhões, liderado pelo fundo LGT Lightrock, que também contou com a participação de Softbank, Monashees, Valor Capital Group, Globo Ventures e Canary, todos investidores da Buser nas séries anteriores, além de Iporanga Ventures.

Segundo a empresa, a rodada é parte de um plano de investimento de R$ 1 bilhão no Brasil nos próximos dois anos, que inclui a entrada em novos negócios – além do aporte, a Buser usará caixa próprio para atingir o valor previsto. 

"A maior parte dos recursos será usada para expansão nacional, que envolve vários gastos como equipe, promoções que fazemos em locais novos e melhorias das estações de embarque. Dentro disso, cerca de R$ 200 milhões serão usados para financiar veículos para os nossos parceiros", disse Marcelo Abritta, cofundador e presidente executivo da Buser, ao Estadão

A Buser, fundada por Marcelo Abritta, cresceu explorando um modelo de "fretamento colaborativo", em que os passageiros dividem a conta final da viagem Foto: Werther Santana/Estadão

Além de explorar o transporte de passageiros, a Buser agora está voltando atenções para quatro novos segmentos: marketplace em parceria com grandes viações, transporte de cargas, financiamento de ônibus e transporte urbano. "Vamos acelerar a diversificação de serviços que já fazemos hoje em pequena medida", afirma Britta. Segundo ele, a Buser mantém hoje conversas com duas cidades para o primeiro projeto de transporte urbano, e deve tirá-lo do papel até o ano que vem. 

No mercado desde 2017, a Buser cresceu explorando um modelo de "fretamento colaborativo", em que os passageiros dividem a conta final da viagem. A companhia afirma ter atualmente quase 4 milhões de clientes em sua plataforma.

O potencial para continuar crescendo pode ser ainda mais forte, de acordo com Gilberto Sarfati, professor de inovação da Fundação Getúlio Vargas (FGV). "O aporte vai ajudar a expandir e preparar a empresa pro momento em que o número de viagens aumentar. O potencial para expandir para outras regiões do Brasil é grande e é um bom momento para eles receberem esse investimento".

Pandemia

O setor de turismo foi um dos mais impactados pela pandemia do novo coronavírus. As atividades turísticas já somam um prejuízo de R$ 341,1 bilhões desde o início da pandemia de covid-19, em março de 2020 – o setor chegou a abril deste ano operando com 61,4% da sua capacidade mensal de geração de receitas, segundo cálculo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

A Buser também sofreu com o cenário e chegou a ficar cerca de 3 meses sem nenhuma operação no ano passado. O começo da retomada das atividades, porém, trouxe bons números: segundo a Buser, em dezembro de 2020, seu volume de passageiros foi o dobro em relação ao mesmo mês de 2019. De acordo com a empresa, o impacto da segunda onda no começo deste ano também está diminuindo: depois de registrar retração de cerca de 50% em viagens em fevereiro, a empresa viu os números se recuperarem a partir de maio. 

Em meio à crise, houve um momento de direcionamento de outros projetos dentro da startup. Com o faturamento próximo de zero, Abritta contou ao Estadão em junho do ano passado que os investimentos adquiridos anteriormente foram fundamentais para manter a empresa durante o período — o Softbank já havia liderado, em outubro de 2019, um aporte de R$ 300 milhões na startup. Sobrevivendo ao período, a empresa agora avança como candidata a unicórnio — startups avaliadas em US$ 1 bilhão.

Para Guilherme Fowler, professor de inovação do Insper, o novo aporte na Buser é uma aposta de que a economia vai retomar com o avanço da vacinação. "Talvez seja otimismo demais. Mas, se a vacinação for rápida, pode haver um aumento de movimento de turismo interno mais rápido que viagens internacionais e a Buser se favoreceria", explica. 

Britta confia nisso: "Se não for possível agora, vamos simplesmente esperar e fazer essa expansão mais tarde. O fato é que assim que for possível, as pessoas vão voltar a viajar muito internamente. Já vemos isso claramente em feriados, com picos de viagens". 

A Buser espera crescer 10 vezes em faturamento até o final de 2022 – quanto a funcionários, a meta é triplicar a equipe neste período, chegando a 600 pessoas. 

Para Sarfati, de fato a perspectiva para o futuro tem peso nisso. "Para um aporte desse tipo, a questão do momento pode não ser tão sensível. Se, por exemplo, as viagens não aumentarem no começo de 2022, mas aumentarem no final do ano, ainda assim esse aumento vai acontecer. Esses seis, sete meses adicionais não vão prejudicar a empresa".

Batalha na estrada

Além da crise sanitária, a Buser tem convivido, desde sua fundação, com regulamentações para sua operação no Brasil, em uma batalha com empresas tradicionais de viagens, por conta do seu serviço. Companhias de ônibus acreditam que, o uso de apps, como o da Buser, vai prejudicar o mercado do setor e enfraquecer a concorrência de empresas. 

A Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp) abriu uma consulta pública no ano passado sobre a  regulamentação da prestação do serviço intermunicipal de transporte coletivo de passageiros sob o regime de fretamento, modalidade em que a Buser se enquadra hoje. Na época, a ideia era que a Buser, por operar com fretamento, deveria oferecer viagens de ida e volta para os mesmos passageiros, algo que inviabilizaria o negócio da startup. 

Isso porque, por trabalhar no sistema de divisão de custos e sem precisar de uma estação de embarque e desembarque do porte de uma rodoviária, por exemplo, a startup consegue oferecer custos mais baixos, sem precisar cobrar taxas de manutenção dos usuários para esses estabelecimentos municipais. 

Apesar disso, em abril deste ano, um pedido de desistência de ações contra a Buser foi protocolado no Supremo Tribunal Federal (STF), permitindo a atividade legal da empresa. Em São Paulo e e Minas Gerais, os tribunal de Justiça também deram respaldo à operação da startup nos respectivos Estados. 

Fowler, do Insper, explica que a diversificação de serviços que a Buser está buscando também pode ajudar a proteger a empresa de riscos regulatórios. "Quando a Buser vai para vários mercados adjacentes, ela está olhando para outras fontes de receita que não têm tanta regulação", diz.

 A Buser afirma que considera os problemas regulatórios superados./ COM REUTERS

Em uma aposta na retomada do turismo, a startup mineira Buser, de transporte intermunicipal de ônibus, anunciou nesta quinta-feira, 10, um aporte de R$ 700 milhões, liderado pelo fundo LGT Lightrock, que também contou com a participação de Softbank, Monashees, Valor Capital Group, Globo Ventures e Canary, todos investidores da Buser nas séries anteriores, além de Iporanga Ventures.

Segundo a empresa, a rodada é parte de um plano de investimento de R$ 1 bilhão no Brasil nos próximos dois anos, que inclui a entrada em novos negócios – além do aporte, a Buser usará caixa próprio para atingir o valor previsto. 

"A maior parte dos recursos será usada para expansão nacional, que envolve vários gastos como equipe, promoções que fazemos em locais novos e melhorias das estações de embarque. Dentro disso, cerca de R$ 200 milhões serão usados para financiar veículos para os nossos parceiros", disse Marcelo Abritta, cofundador e presidente executivo da Buser, ao Estadão

A Buser, fundada por Marcelo Abritta, cresceu explorando um modelo de "fretamento colaborativo", em que os passageiros dividem a conta final da viagem Foto: Werther Santana/Estadão

Além de explorar o transporte de passageiros, a Buser agora está voltando atenções para quatro novos segmentos: marketplace em parceria com grandes viações, transporte de cargas, financiamento de ônibus e transporte urbano. "Vamos acelerar a diversificação de serviços que já fazemos hoje em pequena medida", afirma Britta. Segundo ele, a Buser mantém hoje conversas com duas cidades para o primeiro projeto de transporte urbano, e deve tirá-lo do papel até o ano que vem. 

No mercado desde 2017, a Buser cresceu explorando um modelo de "fretamento colaborativo", em que os passageiros dividem a conta final da viagem. A companhia afirma ter atualmente quase 4 milhões de clientes em sua plataforma.

O potencial para continuar crescendo pode ser ainda mais forte, de acordo com Gilberto Sarfati, professor de inovação da Fundação Getúlio Vargas (FGV). "O aporte vai ajudar a expandir e preparar a empresa pro momento em que o número de viagens aumentar. O potencial para expandir para outras regiões do Brasil é grande e é um bom momento para eles receberem esse investimento".

Pandemia

O setor de turismo foi um dos mais impactados pela pandemia do novo coronavírus. As atividades turísticas já somam um prejuízo de R$ 341,1 bilhões desde o início da pandemia de covid-19, em março de 2020 – o setor chegou a abril deste ano operando com 61,4% da sua capacidade mensal de geração de receitas, segundo cálculo da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).

A Buser também sofreu com o cenário e chegou a ficar cerca de 3 meses sem nenhuma operação no ano passado. O começo da retomada das atividades, porém, trouxe bons números: segundo a Buser, em dezembro de 2020, seu volume de passageiros foi o dobro em relação ao mesmo mês de 2019. De acordo com a empresa, o impacto da segunda onda no começo deste ano também está diminuindo: depois de registrar retração de cerca de 50% em viagens em fevereiro, a empresa viu os números se recuperarem a partir de maio. 

Em meio à crise, houve um momento de direcionamento de outros projetos dentro da startup. Com o faturamento próximo de zero, Abritta contou ao Estadão em junho do ano passado que os investimentos adquiridos anteriormente foram fundamentais para manter a empresa durante o período — o Softbank já havia liderado, em outubro de 2019, um aporte de R$ 300 milhões na startup. Sobrevivendo ao período, a empresa agora avança como candidata a unicórnio — startups avaliadas em US$ 1 bilhão.

Para Guilherme Fowler, professor de inovação do Insper, o novo aporte na Buser é uma aposta de que a economia vai retomar com o avanço da vacinação. "Talvez seja otimismo demais. Mas, se a vacinação for rápida, pode haver um aumento de movimento de turismo interno mais rápido que viagens internacionais e a Buser se favoreceria", explica. 

Britta confia nisso: "Se não for possível agora, vamos simplesmente esperar e fazer essa expansão mais tarde. O fato é que assim que for possível, as pessoas vão voltar a viajar muito internamente. Já vemos isso claramente em feriados, com picos de viagens". 

A Buser espera crescer 10 vezes em faturamento até o final de 2022 – quanto a funcionários, a meta é triplicar a equipe neste período, chegando a 600 pessoas. 

Para Sarfati, de fato a perspectiva para o futuro tem peso nisso. "Para um aporte desse tipo, a questão do momento pode não ser tão sensível. Se, por exemplo, as viagens não aumentarem no começo de 2022, mas aumentarem no final do ano, ainda assim esse aumento vai acontecer. Esses seis, sete meses adicionais não vão prejudicar a empresa".

Batalha na estrada

Além da crise sanitária, a Buser tem convivido, desde sua fundação, com regulamentações para sua operação no Brasil, em uma batalha com empresas tradicionais de viagens, por conta do seu serviço. Companhias de ônibus acreditam que, o uso de apps, como o da Buser, vai prejudicar o mercado do setor e enfraquecer a concorrência de empresas. 

A Agência de Transporte do Estado de São Paulo (Artesp) abriu uma consulta pública no ano passado sobre a  regulamentação da prestação do serviço intermunicipal de transporte coletivo de passageiros sob o regime de fretamento, modalidade em que a Buser se enquadra hoje. Na época, a ideia era que a Buser, por operar com fretamento, deveria oferecer viagens de ida e volta para os mesmos passageiros, algo que inviabilizaria o negócio da startup. 

Isso porque, por trabalhar no sistema de divisão de custos e sem precisar de uma estação de embarque e desembarque do porte de uma rodoviária, por exemplo, a startup consegue oferecer custos mais baixos, sem precisar cobrar taxas de manutenção dos usuários para esses estabelecimentos municipais. 

Apesar disso, em abril deste ano, um pedido de desistência de ações contra a Buser foi protocolado no Supremo Tribunal Federal (STF), permitindo a atividade legal da empresa. Em São Paulo e e Minas Gerais, os tribunal de Justiça também deram respaldo à operação da startup nos respectivos Estados. 

Fowler, do Insper, explica que a diversificação de serviços que a Buser está buscando também pode ajudar a proteger a empresa de riscos regulatórios. "Quando a Buser vai para vários mercados adjacentes, ela está olhando para outras fontes de receita que não têm tanta regulação", diz.

 A Buser afirma que considera os problemas regulatórios superados./ COM REUTERS

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