Startup Incognia recebe US$ 15,5 mi para substituir senhas por ‘comportamento digital’


Empresa mudou o foco durante a pandemia e oferece um sistema de verificação de identidade com base em geolocalização

Por Bruna Arimathea

A Incognia, startup que autentica identidades por geolocalização, anunciou nesta quinta-feira, 2, o recebimento de um aporte no valor de US$ 15,5 milhões, liderado pelo fundo Point72 Ventures. O investimento é do tipo Série A e chega na empresa para ajudar a tornar o produto conhecido no mercado de segurança digital.

Com o aporte, a startup de identificação quer investir nas áreas de vendas e marketing. A alocação de recursos para as áreas é fundamental para dar sequência nos planos de expansão da empresa.

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André Ferraz é presidente da Incognia Foto: Incognia

“Levantamos essa rodada para acelerar o negócio. Nosso foco vai ser cada vez mais comercial. Vamos investir no aumento do time de vendas, na divulgação do negócio, essa é a meta”, afirma André Ferraz, cofundador e presidente da Incognia, em entrevista ao Estadão.

Com foco em segurança digital, a Incognia oferece uma espécie de verificação e autenticação e identidade para aplicativos. Para isso, a startup usa a geolocalização do usuário para mapear seu comportamento diário. Esses dados funcionam como uma pegada, que identifica lugares e rotas utilizadas, e constrói um padrão - de acordo com a empresa, é um método 17 vezes mais seguro que o reconhecimento facial da Apple

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Quando um login é efetuado em um local que o usuário nunca esteve ou em uma rede Wi-Fi nunca utilizada, por exemplo, o app automaticamente manda os dados de login para a Incognia, que analisa qual a porcentagem de segurança naquela tentativa de acesso. A partir disso, a empresa oferece um feedback com as informações e a dona do app decide de que forma a verificação de dados para o login será feita. 

“O objetivo é usar essa tecnologia que a gente desenvolveu para criar uma identidade para cada usuário com base no seu comportamento de localização. Esse comportamento é único. Quando a gente fala de uma identidade baseada nisso, a pessoa precisa se comportar da mesma forma que você. É muito mais difícil para o fraudador”, explica o presidente da startup.

Adaptação

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A Incognia nem sempre trabalhou nesse modelo de negócios. Parte da ideia nasceu quando Ferraz e alguns amigos ainda estavam na universidade e construíram um protótipo de uso da geolocalização para operações automáticas - como abrir um cardápio no celular toda vez que um usuário entrasse em um restaurante. Na época, porém, não havia recursos para tornar essa identificação de locais precisa no mapa. 

Os fundadores também trabalharam para criar a Inloco, que também usava geolocalização, dessa vez para oferecer anúncios digitais para atrair clientes nas lojas físicas. Esse último negócio, entretanto, encontrou duas barreiras: a entrada de Google e Facebook nesse mesmo setor e a pandemia, que tirou as pessoas das atividades presenciais. 

“Nessa fase de crise, resolvemos voltar para as nossas raízes, nessa visão de usar geolocalização para automatizar a vida das pessoas.entendemos que a forma de fazer isso seria por meio da autenticação. Vendemos a Inloco para o Magazine Luiza e mudamos completamente o produto”, explica Ferraz.

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Agora, com o serviço em 25 países e mais de 200 milhões de pessoas sob a tecnologia, a Incognia aproveitou o momento de captação para tentar apresentar o sistema para outras empresas que podem se beneficiar do produto. Para quem contrata, são cobrados alguns centavos por cada verificação feita pela Incognia. Segundo a startup, nenhuma taxa é cobrada para começar a usar o produto.

De acordo com a empresa, os dados são processados de acordo com a autorização do usuário, vinculada ao app que contém a tecnologia - são os termos de uso, aqueles que aparecem sempre que um cadastro é feito em um app, que formaliza o compartilhamento de dados com a Incognia. 

Para construir o padrão comportamental é preciso saber exatamente a localização do usuário. Mas Ferraz garante que o monitoramento chega para a empresa sem identificação. “Quando o usuário aceita os termos, quem processa os dados dele é a própria Incognia. Isso é importante porque o app, muitas vezes, sabe quem é a pessoa que está do outro lado. A gente não precisa dessas informações, o que importa é a forma como a pessoa se comporta pela localização”.

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Futuro

De olho no aumento da pauta da segurança em apps, a Incognia quer contratar de 20 a 30 funcionários até o final do ano - a maioria nos Estados Unidos, na sede que fica em Palo Alto, Califórnia. Por lá, a empresa também quer aumentar os recursos do time de vendas. Atualmente oito pessoas trabalham nos EUA. 

Isso porque o próximo passo é mais que dobrar o número de usuários atingidos pela tecnologia: de 200 milhões para 500 milhões, além de estimar um aumento no número de clientes. Hoje, a empresa conta com cerca de 30 empresas parceiras.

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“Estamos tendo uma boa aceitação. Todas as empresas que testaram o produto quiseram usar o serviço. Queremos, daqui para frente, fazer o maior barulho possível no mercado de segurança para, nos próximos 12 meses, triplicar a receita. É uma tecnologia construída no Brasil e queremos que as empresas saibam disso”, aponta Ferraz.

A Incognia, startup que autentica identidades por geolocalização, anunciou nesta quinta-feira, 2, o recebimento de um aporte no valor de US$ 15,5 milhões, liderado pelo fundo Point72 Ventures. O investimento é do tipo Série A e chega na empresa para ajudar a tornar o produto conhecido no mercado de segurança digital.

Com o aporte, a startup de identificação quer investir nas áreas de vendas e marketing. A alocação de recursos para as áreas é fundamental para dar sequência nos planos de expansão da empresa.

André Ferraz é presidente da Incognia Foto: Incognia

“Levantamos essa rodada para acelerar o negócio. Nosso foco vai ser cada vez mais comercial. Vamos investir no aumento do time de vendas, na divulgação do negócio, essa é a meta”, afirma André Ferraz, cofundador e presidente da Incognia, em entrevista ao Estadão.

Com foco em segurança digital, a Incognia oferece uma espécie de verificação e autenticação e identidade para aplicativos. Para isso, a startup usa a geolocalização do usuário para mapear seu comportamento diário. Esses dados funcionam como uma pegada, que identifica lugares e rotas utilizadas, e constrói um padrão - de acordo com a empresa, é um método 17 vezes mais seguro que o reconhecimento facial da Apple

Quando um login é efetuado em um local que o usuário nunca esteve ou em uma rede Wi-Fi nunca utilizada, por exemplo, o app automaticamente manda os dados de login para a Incognia, que analisa qual a porcentagem de segurança naquela tentativa de acesso. A partir disso, a empresa oferece um feedback com as informações e a dona do app decide de que forma a verificação de dados para o login será feita. 

“O objetivo é usar essa tecnologia que a gente desenvolveu para criar uma identidade para cada usuário com base no seu comportamento de localização. Esse comportamento é único. Quando a gente fala de uma identidade baseada nisso, a pessoa precisa se comportar da mesma forma que você. É muito mais difícil para o fraudador”, explica o presidente da startup.

Adaptação

A Incognia nem sempre trabalhou nesse modelo de negócios. Parte da ideia nasceu quando Ferraz e alguns amigos ainda estavam na universidade e construíram um protótipo de uso da geolocalização para operações automáticas - como abrir um cardápio no celular toda vez que um usuário entrasse em um restaurante. Na época, porém, não havia recursos para tornar essa identificação de locais precisa no mapa. 

Os fundadores também trabalharam para criar a Inloco, que também usava geolocalização, dessa vez para oferecer anúncios digitais para atrair clientes nas lojas físicas. Esse último negócio, entretanto, encontrou duas barreiras: a entrada de Google e Facebook nesse mesmo setor e a pandemia, que tirou as pessoas das atividades presenciais. 

“Nessa fase de crise, resolvemos voltar para as nossas raízes, nessa visão de usar geolocalização para automatizar a vida das pessoas.entendemos que a forma de fazer isso seria por meio da autenticação. Vendemos a Inloco para o Magazine Luiza e mudamos completamente o produto”, explica Ferraz.

Agora, com o serviço em 25 países e mais de 200 milhões de pessoas sob a tecnologia, a Incognia aproveitou o momento de captação para tentar apresentar o sistema para outras empresas que podem se beneficiar do produto. Para quem contrata, são cobrados alguns centavos por cada verificação feita pela Incognia. Segundo a startup, nenhuma taxa é cobrada para começar a usar o produto.

De acordo com a empresa, os dados são processados de acordo com a autorização do usuário, vinculada ao app que contém a tecnologia - são os termos de uso, aqueles que aparecem sempre que um cadastro é feito em um app, que formaliza o compartilhamento de dados com a Incognia. 

Para construir o padrão comportamental é preciso saber exatamente a localização do usuário. Mas Ferraz garante que o monitoramento chega para a empresa sem identificação. “Quando o usuário aceita os termos, quem processa os dados dele é a própria Incognia. Isso é importante porque o app, muitas vezes, sabe quem é a pessoa que está do outro lado. A gente não precisa dessas informações, o que importa é a forma como a pessoa se comporta pela localização”.

Futuro

De olho no aumento da pauta da segurança em apps, a Incognia quer contratar de 20 a 30 funcionários até o final do ano - a maioria nos Estados Unidos, na sede que fica em Palo Alto, Califórnia. Por lá, a empresa também quer aumentar os recursos do time de vendas. Atualmente oito pessoas trabalham nos EUA. 

Isso porque o próximo passo é mais que dobrar o número de usuários atingidos pela tecnologia: de 200 milhões para 500 milhões, além de estimar um aumento no número de clientes. Hoje, a empresa conta com cerca de 30 empresas parceiras.

“Estamos tendo uma boa aceitação. Todas as empresas que testaram o produto quiseram usar o serviço. Queremos, daqui para frente, fazer o maior barulho possível no mercado de segurança para, nos próximos 12 meses, triplicar a receita. É uma tecnologia construída no Brasil e queremos que as empresas saibam disso”, aponta Ferraz.

A Incognia, startup que autentica identidades por geolocalização, anunciou nesta quinta-feira, 2, o recebimento de um aporte no valor de US$ 15,5 milhões, liderado pelo fundo Point72 Ventures. O investimento é do tipo Série A e chega na empresa para ajudar a tornar o produto conhecido no mercado de segurança digital.

Com o aporte, a startup de identificação quer investir nas áreas de vendas e marketing. A alocação de recursos para as áreas é fundamental para dar sequência nos planos de expansão da empresa.

André Ferraz é presidente da Incognia Foto: Incognia

“Levantamos essa rodada para acelerar o negócio. Nosso foco vai ser cada vez mais comercial. Vamos investir no aumento do time de vendas, na divulgação do negócio, essa é a meta”, afirma André Ferraz, cofundador e presidente da Incognia, em entrevista ao Estadão.

Com foco em segurança digital, a Incognia oferece uma espécie de verificação e autenticação e identidade para aplicativos. Para isso, a startup usa a geolocalização do usuário para mapear seu comportamento diário. Esses dados funcionam como uma pegada, que identifica lugares e rotas utilizadas, e constrói um padrão - de acordo com a empresa, é um método 17 vezes mais seguro que o reconhecimento facial da Apple

Quando um login é efetuado em um local que o usuário nunca esteve ou em uma rede Wi-Fi nunca utilizada, por exemplo, o app automaticamente manda os dados de login para a Incognia, que analisa qual a porcentagem de segurança naquela tentativa de acesso. A partir disso, a empresa oferece um feedback com as informações e a dona do app decide de que forma a verificação de dados para o login será feita. 

“O objetivo é usar essa tecnologia que a gente desenvolveu para criar uma identidade para cada usuário com base no seu comportamento de localização. Esse comportamento é único. Quando a gente fala de uma identidade baseada nisso, a pessoa precisa se comportar da mesma forma que você. É muito mais difícil para o fraudador”, explica o presidente da startup.

Adaptação

A Incognia nem sempre trabalhou nesse modelo de negócios. Parte da ideia nasceu quando Ferraz e alguns amigos ainda estavam na universidade e construíram um protótipo de uso da geolocalização para operações automáticas - como abrir um cardápio no celular toda vez que um usuário entrasse em um restaurante. Na época, porém, não havia recursos para tornar essa identificação de locais precisa no mapa. 

Os fundadores também trabalharam para criar a Inloco, que também usava geolocalização, dessa vez para oferecer anúncios digitais para atrair clientes nas lojas físicas. Esse último negócio, entretanto, encontrou duas barreiras: a entrada de Google e Facebook nesse mesmo setor e a pandemia, que tirou as pessoas das atividades presenciais. 

“Nessa fase de crise, resolvemos voltar para as nossas raízes, nessa visão de usar geolocalização para automatizar a vida das pessoas.entendemos que a forma de fazer isso seria por meio da autenticação. Vendemos a Inloco para o Magazine Luiza e mudamos completamente o produto”, explica Ferraz.

Agora, com o serviço em 25 países e mais de 200 milhões de pessoas sob a tecnologia, a Incognia aproveitou o momento de captação para tentar apresentar o sistema para outras empresas que podem se beneficiar do produto. Para quem contrata, são cobrados alguns centavos por cada verificação feita pela Incognia. Segundo a startup, nenhuma taxa é cobrada para começar a usar o produto.

De acordo com a empresa, os dados são processados de acordo com a autorização do usuário, vinculada ao app que contém a tecnologia - são os termos de uso, aqueles que aparecem sempre que um cadastro é feito em um app, que formaliza o compartilhamento de dados com a Incognia. 

Para construir o padrão comportamental é preciso saber exatamente a localização do usuário. Mas Ferraz garante que o monitoramento chega para a empresa sem identificação. “Quando o usuário aceita os termos, quem processa os dados dele é a própria Incognia. Isso é importante porque o app, muitas vezes, sabe quem é a pessoa que está do outro lado. A gente não precisa dessas informações, o que importa é a forma como a pessoa se comporta pela localização”.

Futuro

De olho no aumento da pauta da segurança em apps, a Incognia quer contratar de 20 a 30 funcionários até o final do ano - a maioria nos Estados Unidos, na sede que fica em Palo Alto, Califórnia. Por lá, a empresa também quer aumentar os recursos do time de vendas. Atualmente oito pessoas trabalham nos EUA. 

Isso porque o próximo passo é mais que dobrar o número de usuários atingidos pela tecnologia: de 200 milhões para 500 milhões, além de estimar um aumento no número de clientes. Hoje, a empresa conta com cerca de 30 empresas parceiras.

“Estamos tendo uma boa aceitação. Todas as empresas que testaram o produto quiseram usar o serviço. Queremos, daqui para frente, fazer o maior barulho possível no mercado de segurança para, nos próximos 12 meses, triplicar a receita. É uma tecnologia construída no Brasil e queremos que as empresas saibam disso”, aponta Ferraz.

A Incognia, startup que autentica identidades por geolocalização, anunciou nesta quinta-feira, 2, o recebimento de um aporte no valor de US$ 15,5 milhões, liderado pelo fundo Point72 Ventures. O investimento é do tipo Série A e chega na empresa para ajudar a tornar o produto conhecido no mercado de segurança digital.

Com o aporte, a startup de identificação quer investir nas áreas de vendas e marketing. A alocação de recursos para as áreas é fundamental para dar sequência nos planos de expansão da empresa.

André Ferraz é presidente da Incognia Foto: Incognia

“Levantamos essa rodada para acelerar o negócio. Nosso foco vai ser cada vez mais comercial. Vamos investir no aumento do time de vendas, na divulgação do negócio, essa é a meta”, afirma André Ferraz, cofundador e presidente da Incognia, em entrevista ao Estadão.

Com foco em segurança digital, a Incognia oferece uma espécie de verificação e autenticação e identidade para aplicativos. Para isso, a startup usa a geolocalização do usuário para mapear seu comportamento diário. Esses dados funcionam como uma pegada, que identifica lugares e rotas utilizadas, e constrói um padrão - de acordo com a empresa, é um método 17 vezes mais seguro que o reconhecimento facial da Apple

Quando um login é efetuado em um local que o usuário nunca esteve ou em uma rede Wi-Fi nunca utilizada, por exemplo, o app automaticamente manda os dados de login para a Incognia, que analisa qual a porcentagem de segurança naquela tentativa de acesso. A partir disso, a empresa oferece um feedback com as informações e a dona do app decide de que forma a verificação de dados para o login será feita. 

“O objetivo é usar essa tecnologia que a gente desenvolveu para criar uma identidade para cada usuário com base no seu comportamento de localização. Esse comportamento é único. Quando a gente fala de uma identidade baseada nisso, a pessoa precisa se comportar da mesma forma que você. É muito mais difícil para o fraudador”, explica o presidente da startup.

Adaptação

A Incognia nem sempre trabalhou nesse modelo de negócios. Parte da ideia nasceu quando Ferraz e alguns amigos ainda estavam na universidade e construíram um protótipo de uso da geolocalização para operações automáticas - como abrir um cardápio no celular toda vez que um usuário entrasse em um restaurante. Na época, porém, não havia recursos para tornar essa identificação de locais precisa no mapa. 

Os fundadores também trabalharam para criar a Inloco, que também usava geolocalização, dessa vez para oferecer anúncios digitais para atrair clientes nas lojas físicas. Esse último negócio, entretanto, encontrou duas barreiras: a entrada de Google e Facebook nesse mesmo setor e a pandemia, que tirou as pessoas das atividades presenciais. 

“Nessa fase de crise, resolvemos voltar para as nossas raízes, nessa visão de usar geolocalização para automatizar a vida das pessoas.entendemos que a forma de fazer isso seria por meio da autenticação. Vendemos a Inloco para o Magazine Luiza e mudamos completamente o produto”, explica Ferraz.

Agora, com o serviço em 25 países e mais de 200 milhões de pessoas sob a tecnologia, a Incognia aproveitou o momento de captação para tentar apresentar o sistema para outras empresas que podem se beneficiar do produto. Para quem contrata, são cobrados alguns centavos por cada verificação feita pela Incognia. Segundo a startup, nenhuma taxa é cobrada para começar a usar o produto.

De acordo com a empresa, os dados são processados de acordo com a autorização do usuário, vinculada ao app que contém a tecnologia - são os termos de uso, aqueles que aparecem sempre que um cadastro é feito em um app, que formaliza o compartilhamento de dados com a Incognia. 

Para construir o padrão comportamental é preciso saber exatamente a localização do usuário. Mas Ferraz garante que o monitoramento chega para a empresa sem identificação. “Quando o usuário aceita os termos, quem processa os dados dele é a própria Incognia. Isso é importante porque o app, muitas vezes, sabe quem é a pessoa que está do outro lado. A gente não precisa dessas informações, o que importa é a forma como a pessoa se comporta pela localização”.

Futuro

De olho no aumento da pauta da segurança em apps, a Incognia quer contratar de 20 a 30 funcionários até o final do ano - a maioria nos Estados Unidos, na sede que fica em Palo Alto, Califórnia. Por lá, a empresa também quer aumentar os recursos do time de vendas. Atualmente oito pessoas trabalham nos EUA. 

Isso porque o próximo passo é mais que dobrar o número de usuários atingidos pela tecnologia: de 200 milhões para 500 milhões, além de estimar um aumento no número de clientes. Hoje, a empresa conta com cerca de 30 empresas parceiras.

“Estamos tendo uma boa aceitação. Todas as empresas que testaram o produto quiseram usar o serviço. Queremos, daqui para frente, fazer o maior barulho possível no mercado de segurança para, nos próximos 12 meses, triplicar a receita. É uma tecnologia construída no Brasil e queremos que as empresas saibam disso”, aponta Ferraz.

A Incognia, startup que autentica identidades por geolocalização, anunciou nesta quinta-feira, 2, o recebimento de um aporte no valor de US$ 15,5 milhões, liderado pelo fundo Point72 Ventures. O investimento é do tipo Série A e chega na empresa para ajudar a tornar o produto conhecido no mercado de segurança digital.

Com o aporte, a startup de identificação quer investir nas áreas de vendas e marketing. A alocação de recursos para as áreas é fundamental para dar sequência nos planos de expansão da empresa.

André Ferraz é presidente da Incognia Foto: Incognia

“Levantamos essa rodada para acelerar o negócio. Nosso foco vai ser cada vez mais comercial. Vamos investir no aumento do time de vendas, na divulgação do negócio, essa é a meta”, afirma André Ferraz, cofundador e presidente da Incognia, em entrevista ao Estadão.

Com foco em segurança digital, a Incognia oferece uma espécie de verificação e autenticação e identidade para aplicativos. Para isso, a startup usa a geolocalização do usuário para mapear seu comportamento diário. Esses dados funcionam como uma pegada, que identifica lugares e rotas utilizadas, e constrói um padrão - de acordo com a empresa, é um método 17 vezes mais seguro que o reconhecimento facial da Apple

Quando um login é efetuado em um local que o usuário nunca esteve ou em uma rede Wi-Fi nunca utilizada, por exemplo, o app automaticamente manda os dados de login para a Incognia, que analisa qual a porcentagem de segurança naquela tentativa de acesso. A partir disso, a empresa oferece um feedback com as informações e a dona do app decide de que forma a verificação de dados para o login será feita. 

“O objetivo é usar essa tecnologia que a gente desenvolveu para criar uma identidade para cada usuário com base no seu comportamento de localização. Esse comportamento é único. Quando a gente fala de uma identidade baseada nisso, a pessoa precisa se comportar da mesma forma que você. É muito mais difícil para o fraudador”, explica o presidente da startup.

Adaptação

A Incognia nem sempre trabalhou nesse modelo de negócios. Parte da ideia nasceu quando Ferraz e alguns amigos ainda estavam na universidade e construíram um protótipo de uso da geolocalização para operações automáticas - como abrir um cardápio no celular toda vez que um usuário entrasse em um restaurante. Na época, porém, não havia recursos para tornar essa identificação de locais precisa no mapa. 

Os fundadores também trabalharam para criar a Inloco, que também usava geolocalização, dessa vez para oferecer anúncios digitais para atrair clientes nas lojas físicas. Esse último negócio, entretanto, encontrou duas barreiras: a entrada de Google e Facebook nesse mesmo setor e a pandemia, que tirou as pessoas das atividades presenciais. 

“Nessa fase de crise, resolvemos voltar para as nossas raízes, nessa visão de usar geolocalização para automatizar a vida das pessoas.entendemos que a forma de fazer isso seria por meio da autenticação. Vendemos a Inloco para o Magazine Luiza e mudamos completamente o produto”, explica Ferraz.

Agora, com o serviço em 25 países e mais de 200 milhões de pessoas sob a tecnologia, a Incognia aproveitou o momento de captação para tentar apresentar o sistema para outras empresas que podem se beneficiar do produto. Para quem contrata, são cobrados alguns centavos por cada verificação feita pela Incognia. Segundo a startup, nenhuma taxa é cobrada para começar a usar o produto.

De acordo com a empresa, os dados são processados de acordo com a autorização do usuário, vinculada ao app que contém a tecnologia - são os termos de uso, aqueles que aparecem sempre que um cadastro é feito em um app, que formaliza o compartilhamento de dados com a Incognia. 

Para construir o padrão comportamental é preciso saber exatamente a localização do usuário. Mas Ferraz garante que o monitoramento chega para a empresa sem identificação. “Quando o usuário aceita os termos, quem processa os dados dele é a própria Incognia. Isso é importante porque o app, muitas vezes, sabe quem é a pessoa que está do outro lado. A gente não precisa dessas informações, o que importa é a forma como a pessoa se comporta pela localização”.

Futuro

De olho no aumento da pauta da segurança em apps, a Incognia quer contratar de 20 a 30 funcionários até o final do ano - a maioria nos Estados Unidos, na sede que fica em Palo Alto, Califórnia. Por lá, a empresa também quer aumentar os recursos do time de vendas. Atualmente oito pessoas trabalham nos EUA. 

Isso porque o próximo passo é mais que dobrar o número de usuários atingidos pela tecnologia: de 200 milhões para 500 milhões, além de estimar um aumento no número de clientes. Hoje, a empresa conta com cerca de 30 empresas parceiras.

“Estamos tendo uma boa aceitação. Todas as empresas que testaram o produto quiseram usar o serviço. Queremos, daqui para frente, fazer o maior barulho possível no mercado de segurança para, nos próximos 12 meses, triplicar a receita. É uma tecnologia construída no Brasil e queremos que as empresas saibam disso”, aponta Ferraz.

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