Unico, de identidade digital, torna-se unicórnio após aporte de R$ 625 milhões do SoftBank


Startup é a primeira empresa brasileira do ramo de “idtech” a ter avaliação superior a US$ 1 bilhão

Por Guilherme Guerra
Atualização:

Do segmento de startups de autenticação digital de identidades para evitar fraudes (“idtech”), a paulista Unico anunciou nesta terça-feira, 3, que recebeu aporte de R$ 625 milhões em rodada liderada pelos fundos de investimento General Atlantic e SoftBank, tornando-se o 16.º novo unicórnio brasileiro (startups avaliadas em mais de US$1 bilhão) e o primeiro da categoria de idtech.

O cheque, do tipo série C, vem após a Unico ter recebido outra rodada de R$ 580 milhões em outubro de 2020, também liderada pelo General Atlantic e pelo SoftBank. Agora, com o novo investimento, a startup pretende acelerar a criação de produtos de autenticação digital, já que esse tipo de solução tem tido usos distintos, como em aplicativos de bancos e do varejo — setores que surfaram na digitalização acelerada durante a pandemia de covid-19.

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Diego Martins, presidente da startup Unico Foto: Unico

“Tornar-se unicórnio é um reconhecimento importante para nós, claro, mas é só uma pequena parte da nossa meta, que é ser uma ‘big tech’ brasileira”, explica ao Estadão o fundador e presidente da Unico, Diego Martins. O executivo vê no Google e Facebook a inspiração para desenvolver tecnologias “made in Brazil” que sirvam para outros mercados. “Queremos criar uma empresa que não pare de inovar no nível global.”

Com 800 negócios como clientes no País, entre eles Magazine Luiza e Banco Original, a startup agora mira mercados internacionais, apesar de não detalhar a rota. Martins conta que visitou o México recentemente e que encontrou muitas similaridades com o mercado brasileiro. Sem detalhar, o CEO da Unico não descarta iniciar a operação no país latinoamericano — a Europa também é citada como eventual local para embarcar.

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“Nos próximos meses, queremos avaliar as similaridades entre Brasil e outros países e, mais importante, com qual produto iremos começar a internacionalização”, explica Martins, falando que a conclusão da pesquisa deve ocorrer até o fim do ano. “O processo de autenticação biométrica é uma tendência global, seja para entrar em prédios, seja para celulares. E a assinatura eletrônica é outra demanda mundial, já que a utilização do papel para documentos deve ser abolida.”

O sócio do SoftBank Latin America Fund Paulo Passoni elogia esse desenvolvimento de tecnologias próprias da startup, motivo para o fundo de investimento japonês voltar a apostar no sucesso da Unico. “O ecossistema e a trajetória da Unico tornam a empresa um celeiro de inovação dentro e fora do Brasil”, observa em nota.

Já Martin Escobari, copresidente, diretor executivo e chefe para a América Latina da General Atlantic, aposta que a Unico é o principal nome do segmento de idtechs, que deve começar a despontar nos próximos anos. “Existe um futuro digital com autenticação de identidade instantânea, sem senhas e com segurança”, afirma em nota o executivo.

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Além da Unico, existem a Idwall, especializada em analisar documentos de cidadãos e que recebeu aporte de US$ 38 milhões em junho passado, e a pernambucana Incognia, que usa geolocalização para criar identidades únicas dos usuários, dispensando o uso de senhas.

Crescer com tecnologia

Criada em 2007 e com sede em São Paulo, a Unico, antes conhecida como Acesso Digital, tem hoje 700 funcionários e vem apostando no desenvolvimento de tecnologias próprias para acelerar o crescimento. 

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Além de aprimorar as soluções de biometria facial e assinatura eletrônica, Martins afirma que a startup desenvolve uma tecnologia que reconhece se, no momento da autenticação de um documento em uma abertura de conta digital, por exemplo, a foto foi tirada naquele momento ou se era uma imagem antiga em mãos de um fraudador — depois dos megavazamentos de dados, esse risco aumentou, já que milhares de fotografias de cidadãos também foram expostas na internet. “Ou seja, é a sua foto, mas não é você quem estava fazendo a abertura de conta. E agora temos um time interno para criar uma tecnologia que avalia se as características da foto são recentes”, explica.

Além disso, a Unico vem adotando uma agenda de fusões e aquisições (M&A) para expandir os negócios da empresa. No ano passado, a paulista comprou a startup gaúcha de análise de imagens Meerkat. Já em 2021, a companhia adquiriu a Vianuvem e a CredDefense, especializadas em biometria para comércio de veículos. 

“Pretendemos continuar o foco em adquirir empresas que estejam em setores com muita burocracia e risco, de modo que a gente construa soluções para a vida das pessoas com segurança”, conta Martins.

Do segmento de startups de autenticação digital de identidades para evitar fraudes (“idtech”), a paulista Unico anunciou nesta terça-feira, 3, que recebeu aporte de R$ 625 milhões em rodada liderada pelos fundos de investimento General Atlantic e SoftBank, tornando-se o 16.º novo unicórnio brasileiro (startups avaliadas em mais de US$1 bilhão) e o primeiro da categoria de idtech.

O cheque, do tipo série C, vem após a Unico ter recebido outra rodada de R$ 580 milhões em outubro de 2020, também liderada pelo General Atlantic e pelo SoftBank. Agora, com o novo investimento, a startup pretende acelerar a criação de produtos de autenticação digital, já que esse tipo de solução tem tido usos distintos, como em aplicativos de bancos e do varejo — setores que surfaram na digitalização acelerada durante a pandemia de covid-19.

Diego Martins, presidente da startup Unico Foto: Unico

“Tornar-se unicórnio é um reconhecimento importante para nós, claro, mas é só uma pequena parte da nossa meta, que é ser uma ‘big tech’ brasileira”, explica ao Estadão o fundador e presidente da Unico, Diego Martins. O executivo vê no Google e Facebook a inspiração para desenvolver tecnologias “made in Brazil” que sirvam para outros mercados. “Queremos criar uma empresa que não pare de inovar no nível global.”

Com 800 negócios como clientes no País, entre eles Magazine Luiza e Banco Original, a startup agora mira mercados internacionais, apesar de não detalhar a rota. Martins conta que visitou o México recentemente e que encontrou muitas similaridades com o mercado brasileiro. Sem detalhar, o CEO da Unico não descarta iniciar a operação no país latinoamericano — a Europa também é citada como eventual local para embarcar.

“Nos próximos meses, queremos avaliar as similaridades entre Brasil e outros países e, mais importante, com qual produto iremos começar a internacionalização”, explica Martins, falando que a conclusão da pesquisa deve ocorrer até o fim do ano. “O processo de autenticação biométrica é uma tendência global, seja para entrar em prédios, seja para celulares. E a assinatura eletrônica é outra demanda mundial, já que a utilização do papel para documentos deve ser abolida.”

O sócio do SoftBank Latin America Fund Paulo Passoni elogia esse desenvolvimento de tecnologias próprias da startup, motivo para o fundo de investimento japonês voltar a apostar no sucesso da Unico. “O ecossistema e a trajetória da Unico tornam a empresa um celeiro de inovação dentro e fora do Brasil”, observa em nota.

Já Martin Escobari, copresidente, diretor executivo e chefe para a América Latina da General Atlantic, aposta que a Unico é o principal nome do segmento de idtechs, que deve começar a despontar nos próximos anos. “Existe um futuro digital com autenticação de identidade instantânea, sem senhas e com segurança”, afirma em nota o executivo.

Além da Unico, existem a Idwall, especializada em analisar documentos de cidadãos e que recebeu aporte de US$ 38 milhões em junho passado, e a pernambucana Incognia, que usa geolocalização para criar identidades únicas dos usuários, dispensando o uso de senhas.

Crescer com tecnologia

Criada em 2007 e com sede em São Paulo, a Unico, antes conhecida como Acesso Digital, tem hoje 700 funcionários e vem apostando no desenvolvimento de tecnologias próprias para acelerar o crescimento. 

Além de aprimorar as soluções de biometria facial e assinatura eletrônica, Martins afirma que a startup desenvolve uma tecnologia que reconhece se, no momento da autenticação de um documento em uma abertura de conta digital, por exemplo, a foto foi tirada naquele momento ou se era uma imagem antiga em mãos de um fraudador — depois dos megavazamentos de dados, esse risco aumentou, já que milhares de fotografias de cidadãos também foram expostas na internet. “Ou seja, é a sua foto, mas não é você quem estava fazendo a abertura de conta. E agora temos um time interno para criar uma tecnologia que avalia se as características da foto são recentes”, explica.

Além disso, a Unico vem adotando uma agenda de fusões e aquisições (M&A) para expandir os negócios da empresa. No ano passado, a paulista comprou a startup gaúcha de análise de imagens Meerkat. Já em 2021, a companhia adquiriu a Vianuvem e a CredDefense, especializadas em biometria para comércio de veículos. 

“Pretendemos continuar o foco em adquirir empresas que estejam em setores com muita burocracia e risco, de modo que a gente construa soluções para a vida das pessoas com segurança”, conta Martins.

Do segmento de startups de autenticação digital de identidades para evitar fraudes (“idtech”), a paulista Unico anunciou nesta terça-feira, 3, que recebeu aporte de R$ 625 milhões em rodada liderada pelos fundos de investimento General Atlantic e SoftBank, tornando-se o 16.º novo unicórnio brasileiro (startups avaliadas em mais de US$1 bilhão) e o primeiro da categoria de idtech.

O cheque, do tipo série C, vem após a Unico ter recebido outra rodada de R$ 580 milhões em outubro de 2020, também liderada pelo General Atlantic e pelo SoftBank. Agora, com o novo investimento, a startup pretende acelerar a criação de produtos de autenticação digital, já que esse tipo de solução tem tido usos distintos, como em aplicativos de bancos e do varejo — setores que surfaram na digitalização acelerada durante a pandemia de covid-19.

Diego Martins, presidente da startup Unico Foto: Unico

“Tornar-se unicórnio é um reconhecimento importante para nós, claro, mas é só uma pequena parte da nossa meta, que é ser uma ‘big tech’ brasileira”, explica ao Estadão o fundador e presidente da Unico, Diego Martins. O executivo vê no Google e Facebook a inspiração para desenvolver tecnologias “made in Brazil” que sirvam para outros mercados. “Queremos criar uma empresa que não pare de inovar no nível global.”

Com 800 negócios como clientes no País, entre eles Magazine Luiza e Banco Original, a startup agora mira mercados internacionais, apesar de não detalhar a rota. Martins conta que visitou o México recentemente e que encontrou muitas similaridades com o mercado brasileiro. Sem detalhar, o CEO da Unico não descarta iniciar a operação no país latinoamericano — a Europa também é citada como eventual local para embarcar.

“Nos próximos meses, queremos avaliar as similaridades entre Brasil e outros países e, mais importante, com qual produto iremos começar a internacionalização”, explica Martins, falando que a conclusão da pesquisa deve ocorrer até o fim do ano. “O processo de autenticação biométrica é uma tendência global, seja para entrar em prédios, seja para celulares. E a assinatura eletrônica é outra demanda mundial, já que a utilização do papel para documentos deve ser abolida.”

O sócio do SoftBank Latin America Fund Paulo Passoni elogia esse desenvolvimento de tecnologias próprias da startup, motivo para o fundo de investimento japonês voltar a apostar no sucesso da Unico. “O ecossistema e a trajetória da Unico tornam a empresa um celeiro de inovação dentro e fora do Brasil”, observa em nota.

Já Martin Escobari, copresidente, diretor executivo e chefe para a América Latina da General Atlantic, aposta que a Unico é o principal nome do segmento de idtechs, que deve começar a despontar nos próximos anos. “Existe um futuro digital com autenticação de identidade instantânea, sem senhas e com segurança”, afirma em nota o executivo.

Além da Unico, existem a Idwall, especializada em analisar documentos de cidadãos e que recebeu aporte de US$ 38 milhões em junho passado, e a pernambucana Incognia, que usa geolocalização para criar identidades únicas dos usuários, dispensando o uso de senhas.

Crescer com tecnologia

Criada em 2007 e com sede em São Paulo, a Unico, antes conhecida como Acesso Digital, tem hoje 700 funcionários e vem apostando no desenvolvimento de tecnologias próprias para acelerar o crescimento. 

Além de aprimorar as soluções de biometria facial e assinatura eletrônica, Martins afirma que a startup desenvolve uma tecnologia que reconhece se, no momento da autenticação de um documento em uma abertura de conta digital, por exemplo, a foto foi tirada naquele momento ou se era uma imagem antiga em mãos de um fraudador — depois dos megavazamentos de dados, esse risco aumentou, já que milhares de fotografias de cidadãos também foram expostas na internet. “Ou seja, é a sua foto, mas não é você quem estava fazendo a abertura de conta. E agora temos um time interno para criar uma tecnologia que avalia se as características da foto são recentes”, explica.

Além disso, a Unico vem adotando uma agenda de fusões e aquisições (M&A) para expandir os negócios da empresa. No ano passado, a paulista comprou a startup gaúcha de análise de imagens Meerkat. Já em 2021, a companhia adquiriu a Vianuvem e a CredDefense, especializadas em biometria para comércio de veículos. 

“Pretendemos continuar o foco em adquirir empresas que estejam em setores com muita burocracia e risco, de modo que a gente construa soluções para a vida das pessoas com segurança”, conta Martins.

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