SÃO PAULO – Contrariando previsões mais modestas de alguns analistas, a Apple divulgou bons resultados financeiros para o segundo trimestre fiscal dos EUA (entre 1 de janeiro e 29 de março).
A receita da empresa para o período ficou em US$ 45,6 bilhões, com um lucro de US$ 10,2 bilhões e o valor de US$ 11,62 por ação diluída). Os números representam um aumento de 4,7% na receita e de 7% no lucro em comparação com o trimestre anterior. Analistas esperavam vendas totais de US$ 43,5 bilhões e lucro de US$ 9,1 bilhões.
As vendas internacionais foram responsáveis por 66% da receita do trimestre, com destaque para o desempenho no mercado chinês, beneficiado pelo acordo da empresa com a China Mobile, maior operadora do mundo. A receita na região subiu 13%, de US$ 9,3 bilhões para US$ 8,2 bilhões há um ano. No Japão, a empresa detém 50% do mercado de smartphones.
As vendas do iPhone foram, mais uma vez, as grandes responsáveis pelos resultados. “Estamos especialmente orgulhosos das nossas fortes vendas de iPhone”, disse o CEO Tim Cook durante o anúncio.
O celular da empresa vendeu 17% a mais do que no mesmo período no ano anterior. Com especial satisfação, Cook anunciou que 60% dos novos usuários de iPhone 5C migraram de modelos com o sistema operacional rival, o Android. Além disso, incríveis 62% dos compradores de iPhone 4S, o modelo de 2011, vieram de aparelhos Android.
O executivo voltou a dizer que a empresa novos produtos para serem lançados este ano, sem dar detalhes. Os rumores mais fortes apostam em um iPhone de tela maior, um relógio inteligente e um novo modelo de Apple TV.
A empresa garantiu ter alcançado a marca de 20 milhões de unidades vendidas do aparelho que faz streaming de vídeo de aplicativos iTunes, Netflix e YouTube. Segundo a Apple, compras de filmes e outros tipos de conteúdo através da Apple TV ultrapassaram US$ 1 bilhão no ano passado. O número de contas individuais no iTunes chegaram a 800 milhões.
Já o iPad apareceu como a nota dissonante nos resultados positivos, registrando uma queda de 16% nas vendas, sua maior até agora. Um provável motivo é a chegada de inúmeros modelos de baixo custo no mercado.
O executivo comunicou também que a Apple comprou 24 empresas nos últimos 18 meses. Em geral, foram negócios menores que as impressionantes aquisições de rivais como Google e Facebook. “Não estamos em uma corrida para gastar ou adquirir mais”, disse Cook.