A OnLive anunciou nesta terça-feira, 15, uma pacote inicial de jogos e um novo plano de preços para o lançamento do seu aguardado serviço de games em nuvem, que será no dia 17 de junho.
A OnLive surgiu em 2009, depois de anos de desenvolvimento discreto, com o plano de oferecer acesso instantâneo a games armazenados remotamente em suas centrais de processamento. O lançamento está sendo acompanhado com atenção pelo setor, porque representa ameaça aos jogos tradicionais que usam consoles.
O conceito é o mesmo do Hotmail, Gmail ou Google Docs: você acesso e joga o game de qualquer computador conectado à internet e seu progresso ficará salvo na nuvem; assim, você pode seguir o jogo de onde parou, de qualquer computador.
A companhia vai oferecer mais de 20 jogos para locação ou aquisição quando lançar o serviço, incluindo títulos como Assassin Creed II, Mass Effect II, e Batman: Arkham Asylum.
Quase todas as grandes distribuidoras de videogames vão oferecer jogos por intermédio do novo serviço, com a notável exceção da Activision Blizzard, maior distribuidora independente do mundo, por valor de mercado, desenvolvedora do game World of Warcraft.
A OnLive estará disponível gratuitamente no primeiro ano de uso nos Estados Unidos, por meio de uma oferta de prazo limitado patrocinada pela operadora de telecomunicações AT&T, que investiu no serviço.
A companhia não informou o preço que planeja cobrar pelas assinaturas mensais no futuro, anunciando apenas que será substancialmente inferior aos US$ 14,95 anunciados inicialmente. O serviço pode ser acessado por meio de um computador comuns e estará disponível também para televisores posteriormente, segundo a companhia.
Os jogos no OnLive custarão até US$ 60, preço comparável ao varejo tradicional. A empresa também oferecerá aluguel por 3 ou 5 dias por preços inferiores a US$ 10.
Steve Perlman, o presidente-executivo da OnLive, informou que os distribuidores estão ansiosos pelo sucesso de sua companhia porque jogos distribuídos digitalmente oferecem margens bem melhores do que os jogos vendidos em mídia física. A tecnologia também ajuda a eliminar o mercado de revenda de jogos, que não propicia qualquer lucro às distribuidoras.
“As distribuidoras vinham pressionando os fabricantes de consoles por uma solução para a questão dos jogos usados, mas eles não desenvolveram nenhuma. O OnLive resolve o problema”, disse Perlman.
A empresa está sendo observada de perto pela indústria, que se mostra ansiosa para ver se a tecnologia funciona como o promovido pela companhia e se os jogadores vão adotar o novo modelo, que é similar aos filmes que operadoras de TV a cabo oferecem sob demanda.
Mais de 25 mil interessados já se registraram no site da OnLive, disse Perlman.
A OnLive instalou em seus centros de processamento de dados servidores especialmente projetados pela Dell em diferentes regiões dos Estados Unidos. A companhia planeja adicionar usuários com cautela para não sobrecarregar as máquinas e evitar interrupções nos serviços.
(REUTERS)