Os desafios que todo o empreendedor enfrenta – mas ninguém fala

Aprendizados sobre ser um homem que trabalha com inovação e usa vestidos


Por Vinícius Machado

Desde que eu comecei a usar meus vestidões, muita gente me pergunta os motivos que me levaram a usá-los. Achei que seria interessante abrir esta história e alguns debates para mais pessoas. Então, decidi contar aqui no blog. É uma mistura de um pouco de história, inseguranças pessoais, aprendizados, debates que estão se abrindo e também o que eu estou planejando para o futuro. E misturado a tudo isto, seguem algumas reflexões e resultados involuntários de como é ser um homem de vestido que trabalha com inovação, empreendedorismo e startups.

(colagem de imagens de arquivo pessoal) 

Como tudo começou ou por que raios você usa vestidos?

continua após a publicidade

Para você entender o motivo de hoje eu usar vestidos, você precisa entender que eu sou uma pessoa curiosa e que gosto de tudo que tem a ver com criatividade humana: arte, fotografia, tecnologia, origami, moda, culinária, arquitetura, publicidade, design... Eu acredito que para ser uma pessoa que trabalha com inovação, o repertório pessoal precisa ser diverso e multifacetado.

Do outro lado, eu sou uma pessoa que representa minha empresa. E constantemente paro para refletir como eu devo representar minha empresa, como uma extensão de cada um dos que trabalham conosco. Muito ainda do que é a Startadora, passa pela impressão pessoal de cada um dos sócios diante do mercado. Eu sendo um deles - e o que geralmente cuida da parte comercial, comecei a passar por um processo de tentar entender mais profundamente como minhas atitudes e imagem pessoal colaboram para meu negócio. Afinal eu trabalho ajudando grandes empresas a pensar, agir e inovar como as startups.

Eu definitivamente não sou um cara que trabalha em um cubículo e nem quero parecer com um. Daí, tenho tentado entender o que fazia sentido para mim como personal branding e para como eu deveria me portar socialmente. Principalmente sem trair meus princípios e ficando confortável comigo mesmo.

continua após a publicidade

Por isso, pensei e conversei com muita gente sobre marketing pessoal. Mas vendo outras pessoas como exemplo, parecia que alguma coisa não conectava comigo. E  no final, eu acredito que preciso me expor mais. No meu caso, é muito através da rede de contatos que tenho feito os melhores clientes.

Mas, eu nunca soube direito como deveria passar a usar mais as redes sociais para me "vender" mais. É um processo de contínuo aprendizado. Sigo validando como fazer este equilíbrio sem me sentir fake. Eu trabalho com inovação hoje, mas toda a minha carreira profissional sempre teve a ver com tecnologia, empreendedorismo e criatividade. Comecei fazendo design, sabia?

Por ser curioso e empolgado com várias coisas, em minhas navegadas sobre moda já tinha me deparado com a figura de André Leon Talley - ex editor da revista Vogue americana. Ele usa Kaftans, que são uns vestidões enormes e normalmente coloridos. O André parecia uma pessoa muito confortável em como se projeta para o mundo. E sempre pensava nele como modelo de imagem pessoal que conecta com o profissional de forma brilhante. Ainda mais olhando aquelas roupas, me deu vontade de ousar também um dia. Conectou comigo de alguma forma. Mas, sabe aquelas coisas que a gente fica só querendo e nunca vão virar verdade? Eu achei que seria assim comigo também.

continua após a publicidade

O primeiro vestido e o começo de vários questionamentos e aprendizados

No dia 11 de Novembro de 2018 eu comecei a fazer uma busca na internet: "roupas plus size masculinas". Aquela pesquisa era a culminação de um momento onde eu estava querendo ir além das roupas normais e desconfortáveis que existem para cara gordos como eu. Mas também refletindo sobre toda esta questão de marca pessoal, opiniões, vontade de me expressar de outras formas. Andaram me dizendo que isto acontece com todo mundo aos 30 anos: você começa a desligar os padrões sociais e a querer realizar as suas vontades sem se preocupar com os outros. Pode ser uma explicação viável. Vai saber!

Depois de passar por várias lojas, eu cheguei no site do Laboratório Fantasma, a marca do Emicida. Lá tinha uma peça diferente entre todos os ítens focados em plus size: um vestido. Aí é que vieram uma série de lembranças, sentimentos e aquele ponto crucial: eu já tinha cogitado a ideia de usar vestidos. Sempre achei que deveria ser super confortável. Além de achar que combina com caras gordos como eu.

continua após a publicidade

Depois de ficar mais de uma hora olhando o vestido, tomei a primeira atitude: mandar mensagem para minha mãe. Eu disse a ela que estava pensando em comprar. O retorno foi: "não gostei do design, mas a escolha é sua"! Aquele apoio moral que eu procurava chegou, mas veio de uma forma diferente. A decisão era somente minha, MESMO!

Fiquei eu com meus pensamentos sobre como as pessoas iam me ver, se iriam me julgar, como eu iria lidar com aquilo. Hoje fico refletindo se eu deveria ter pensado nisto, quando afinal era apenas uma peça de roupa. Mas foi o que aconteceu. Era parte de toda a questão de imagem pessoal versus conforto.

Para "ajudar", o vestido estava em promoção. Tomei a atitude de ver o vídeo do desfile e pronto. Lá estava um rapaz usando o vestido na passarela. Juntei o pouco de coragem e decidi fazer a compra.

continua após a publicidade

Demorou um pouco até eu conseguir pegar o vestido. Tive que ir na loja, pois estava dando problemas com os Correios. E finalmente chegou o dia de eu usar o vestido. No dia que eu coloquei e fui para o escritório da Startadora, pensei: agora é essa a minha vida.

Eu me senti confortável e confiante. Todo mundo que olhava na rua, eu achava que eram olhares encorajadores. Se eram ou não, nem ligo. No fim do dia eu curti toda a experiência.

Tiveram várias brincadeiras e perguntas curiosas das pessoas sobre como era usar um vestido: como era a sensação? É confortável? Como você usa o mictório? Você está pelado por baixo? Eu sempre respondo tudo que perguntam, quando estou com meus vestidos.

continua após a publicidade

Reflexões a partir do primeiro vestido e o experimento social inevitável

O que tem sido curioso é ver como uma peça de roupa pode provocar tantas conversas. Eu sinto que estou rodando constantemente um experimento social. Não é minha intenção, mas eu acabei entendendo que isto ocorre naturalmente. Então eu abracei este acontecimento recorrente.

Eu costumo brincar que o choque de ver um cara de vestido dura exatos dois segundos. Não é algo que vai mudar a sua vida. Também não é fator de militância para mim. É uma questão de atitude, conforto e expressão pessoal. O problema de "moda" que até então era só meu. Mas o papo sobre isto se torna cada dia mais público. Tanto que estou escrevendo sobre isso, né?

Em busca de mais vestidos, mais reflexões

Eu decidi continuar e achar mais peças como a primeira. Afinal eu só tinha aquela peça e não dava para bancar a Mônica, usando a mesma roupa todos os dias.

Não foi nada fácil. Até que voltando para minhas buscas por roupas plus size masculinas, me deparei com uma loja de roupas de hipop chamada Meio Swag no Mercado Livre. Eles tinham vários modelos de "oversized t-shirt". Achei vários modelos interessantes por serem minimalistas. Mas, nenhum tinha meu tamanho.

Achei o whatsapp da loja e falei que tinha gostado de vários modelos, mas nada era exatamente plus size. Até que a pessoa do outro lado me falou que eles eram a confecção por trás das peças e por um pequeno valor a mais, fariam as peças no tamanho que eu quisesse. Aquilo foi música para meus ouvidos.

Peguei o tamanho do vestido que tinha comprado na Laboratório Fantasma e mandei com os modelos que eu queria via whatsapp. A pessoa do outro lado falou: mas você sabe que vai ficar tudo tipo vestido, né? Eu disse que sabia e era o que eu mais queria! Dali comprei 14 modelos com eles.

Fiquei feliz com o resultado e gargalhei da pergunta da pessoa da marca. Lá estava eu novamente causando sem querer causar. Mas principalmente, me fez pensar em quanto precisamos de mais inovação até no quesito "roupa". Principalmente para caras gordinhos como eu que querem vestir algo "diferente". Me pergunto: aonde estão estes inovadores? Por onde andam essas marcas? Até achei algumas coisas depois, mas nada no meu estilo - que estava ali se formando. Será que sempre vai ser uma questão de estilo mais hypster ou underground?

O tal do dress code ou começando a ver uma "marca pessoal"

Eu sei que não é a coisa mais normal do mundo aqui no Brasil, ver um homem de vestido. Já fui perguntado até se eu era de alguma religião. E tenho levado tudo na maior tranquilidade. Afinal, para mim tem sido interessante abrir conversas sobre expressão pessoal e normas sociais. Usar vestidos - batas, camisetões ou como você queira chamar - já é algo normal para mim. É confortável, mas também é um pouco do lado criativo e inovador colocado para fora.

Disto tudo, tem um fator que tem sido interessante. Quem vem conversar comigo, logo depois de perguntar os motivos que me levaram a usar vestidos, começa a se abrir. As pessoas me contam como se sentem pressionadas socialmente a se comportar de uma forma específica. Elas me mostram como é a auto imagem que possuem delas mesmas. Eu tenho levado todas estas conversas em consideração, principalmente por me ajudar a ter mais empatia com as pessoas. Por entender que parte de ter um negócio de inovação é criar coisas novas para pessoas que nem sempre conseguem se expressar livremente. Seja em ambiente de trabalho ou seja em qualquer local.

Onde eu chego de vestido, eu sei que vai parecer que eu quero causar. E mesmo não sendo a intenção, acaba provocando mais conversas. É a parte que eu tenho gostado. Hoje eu brinco com isto em minhas palestras ou workshops. O que ajuda a acelerar as conversas sobre inovação e deixar todo mundo mais confortável. Hey, eu sei que eu estou vestido assim! HAHAHA!

(imagem arquivo pessoal) 

Algumas pessoas agora me cobram se eu chego em um local sem vestido. E muitos tem pedido para que eu vá em reuniões ou até mesmo palestrar em suas empresas com esse meu dress code particular. Eu acho tudo um barato! Mas principalmente, acho legal poder conversar sobre tudo isto de forma leve. Ajudando a refletir sobre cultura empresarial e inovação. Afinal, o que tem demais em um cara vir de vestido? Só isso já ajuda a começar as discussões. Interessante, né?

Inovação, novos negócios e para onde os vestidos estão me levando

Eu sigo na busca por mais peças diferentes para usar. Meu pinterest é cheio de referências! E numa dessas conversas, um rapaz da minha rede me conectou com a fundadora de uma marca que faz roupas super confortáveis. Ele me disse que eu precisaria fazer algo junto desta moça criativa. Na primeira reunião, deu para entender que realmente tínhamos que fazer algo juntos. Curiosamente a marca desta empreendedora, a Mimoo, é hoje uma marca de pijamas. Mas, a fundadora está mil passos a frente, pensando em criar formas das pessoas se sentirem confortáveis em qualquer lugar.

Resultado: estamos começando a pensar em uma forma de criar algumas peças juntos. Eu estou animado de colocar esse lado criativo, empreendedor e inovador nessa colaboração. Além do mais, eu já tive a vontade de fazer uma marca de camisetas. Fiz uns designs aqui e ali, para materializar este sonho. Mas nunca levei a sério. Agora estou com este desafio: inovação em roupas e acessórios. Olha só onde estou chegando!

Ampliando a conversa e querendo interagir com você também

Eu quero muito que este novo desafio também seja uma conversa. Assim como tem sido toda esta minha jornada empreendedora. Sempre trocando com amigos e gente do ecossistema de startups. Tendo este espaço aqui, quero que este papo seja estendido para mais pessoas. Que chegue até você.

Me diga aqui nos comentários ou me mande um email. Quero entender como é sua percepção de imagem pessoal. Como você tem se expressado por aí? E você quer me dar algum pitaco ou mentoria sobre como deveria ser esta minha aventura têxtil? Vamos conversar! Tem sido maravilhoso até aqui. Vamos juntos?

Desde que eu comecei a usar meus vestidões, muita gente me pergunta os motivos que me levaram a usá-los. Achei que seria interessante abrir esta história e alguns debates para mais pessoas. Então, decidi contar aqui no blog. É uma mistura de um pouco de história, inseguranças pessoais, aprendizados, debates que estão se abrindo e também o que eu estou planejando para o futuro. E misturado a tudo isto, seguem algumas reflexões e resultados involuntários de como é ser um homem de vestido que trabalha com inovação, empreendedorismo e startups.

(colagem de imagens de arquivo pessoal) 

Como tudo começou ou por que raios você usa vestidos?

Para você entender o motivo de hoje eu usar vestidos, você precisa entender que eu sou uma pessoa curiosa e que gosto de tudo que tem a ver com criatividade humana: arte, fotografia, tecnologia, origami, moda, culinária, arquitetura, publicidade, design... Eu acredito que para ser uma pessoa que trabalha com inovação, o repertório pessoal precisa ser diverso e multifacetado.

Do outro lado, eu sou uma pessoa que representa minha empresa. E constantemente paro para refletir como eu devo representar minha empresa, como uma extensão de cada um dos que trabalham conosco. Muito ainda do que é a Startadora, passa pela impressão pessoal de cada um dos sócios diante do mercado. Eu sendo um deles - e o que geralmente cuida da parte comercial, comecei a passar por um processo de tentar entender mais profundamente como minhas atitudes e imagem pessoal colaboram para meu negócio. Afinal eu trabalho ajudando grandes empresas a pensar, agir e inovar como as startups.

Eu definitivamente não sou um cara que trabalha em um cubículo e nem quero parecer com um. Daí, tenho tentado entender o que fazia sentido para mim como personal branding e para como eu deveria me portar socialmente. Principalmente sem trair meus princípios e ficando confortável comigo mesmo.

Por isso, pensei e conversei com muita gente sobre marketing pessoal. Mas vendo outras pessoas como exemplo, parecia que alguma coisa não conectava comigo. E  no final, eu acredito que preciso me expor mais. No meu caso, é muito através da rede de contatos que tenho feito os melhores clientes.

Mas, eu nunca soube direito como deveria passar a usar mais as redes sociais para me "vender" mais. É um processo de contínuo aprendizado. Sigo validando como fazer este equilíbrio sem me sentir fake. Eu trabalho com inovação hoje, mas toda a minha carreira profissional sempre teve a ver com tecnologia, empreendedorismo e criatividade. Comecei fazendo design, sabia?

Por ser curioso e empolgado com várias coisas, em minhas navegadas sobre moda já tinha me deparado com a figura de André Leon Talley - ex editor da revista Vogue americana. Ele usa Kaftans, que são uns vestidões enormes e normalmente coloridos. O André parecia uma pessoa muito confortável em como se projeta para o mundo. E sempre pensava nele como modelo de imagem pessoal que conecta com o profissional de forma brilhante. Ainda mais olhando aquelas roupas, me deu vontade de ousar também um dia. Conectou comigo de alguma forma. Mas, sabe aquelas coisas que a gente fica só querendo e nunca vão virar verdade? Eu achei que seria assim comigo também.

O primeiro vestido e o começo de vários questionamentos e aprendizados

No dia 11 de Novembro de 2018 eu comecei a fazer uma busca na internet: "roupas plus size masculinas". Aquela pesquisa era a culminação de um momento onde eu estava querendo ir além das roupas normais e desconfortáveis que existem para cara gordos como eu. Mas também refletindo sobre toda esta questão de marca pessoal, opiniões, vontade de me expressar de outras formas. Andaram me dizendo que isto acontece com todo mundo aos 30 anos: você começa a desligar os padrões sociais e a querer realizar as suas vontades sem se preocupar com os outros. Pode ser uma explicação viável. Vai saber!

Depois de passar por várias lojas, eu cheguei no site do Laboratório Fantasma, a marca do Emicida. Lá tinha uma peça diferente entre todos os ítens focados em plus size: um vestido. Aí é que vieram uma série de lembranças, sentimentos e aquele ponto crucial: eu já tinha cogitado a ideia de usar vestidos. Sempre achei que deveria ser super confortável. Além de achar que combina com caras gordos como eu.

Depois de ficar mais de uma hora olhando o vestido, tomei a primeira atitude: mandar mensagem para minha mãe. Eu disse a ela que estava pensando em comprar. O retorno foi: "não gostei do design, mas a escolha é sua"! Aquele apoio moral que eu procurava chegou, mas veio de uma forma diferente. A decisão era somente minha, MESMO!

Fiquei eu com meus pensamentos sobre como as pessoas iam me ver, se iriam me julgar, como eu iria lidar com aquilo. Hoje fico refletindo se eu deveria ter pensado nisto, quando afinal era apenas uma peça de roupa. Mas foi o que aconteceu. Era parte de toda a questão de imagem pessoal versus conforto.

Para "ajudar", o vestido estava em promoção. Tomei a atitude de ver o vídeo do desfile e pronto. Lá estava um rapaz usando o vestido na passarela. Juntei o pouco de coragem e decidi fazer a compra.

Demorou um pouco até eu conseguir pegar o vestido. Tive que ir na loja, pois estava dando problemas com os Correios. E finalmente chegou o dia de eu usar o vestido. No dia que eu coloquei e fui para o escritório da Startadora, pensei: agora é essa a minha vida.

Eu me senti confortável e confiante. Todo mundo que olhava na rua, eu achava que eram olhares encorajadores. Se eram ou não, nem ligo. No fim do dia eu curti toda a experiência.

Tiveram várias brincadeiras e perguntas curiosas das pessoas sobre como era usar um vestido: como era a sensação? É confortável? Como você usa o mictório? Você está pelado por baixo? Eu sempre respondo tudo que perguntam, quando estou com meus vestidos.

Reflexões a partir do primeiro vestido e o experimento social inevitável

O que tem sido curioso é ver como uma peça de roupa pode provocar tantas conversas. Eu sinto que estou rodando constantemente um experimento social. Não é minha intenção, mas eu acabei entendendo que isto ocorre naturalmente. Então eu abracei este acontecimento recorrente.

Eu costumo brincar que o choque de ver um cara de vestido dura exatos dois segundos. Não é algo que vai mudar a sua vida. Também não é fator de militância para mim. É uma questão de atitude, conforto e expressão pessoal. O problema de "moda" que até então era só meu. Mas o papo sobre isto se torna cada dia mais público. Tanto que estou escrevendo sobre isso, né?

Em busca de mais vestidos, mais reflexões

Eu decidi continuar e achar mais peças como a primeira. Afinal eu só tinha aquela peça e não dava para bancar a Mônica, usando a mesma roupa todos os dias.

Não foi nada fácil. Até que voltando para minhas buscas por roupas plus size masculinas, me deparei com uma loja de roupas de hipop chamada Meio Swag no Mercado Livre. Eles tinham vários modelos de "oversized t-shirt". Achei vários modelos interessantes por serem minimalistas. Mas, nenhum tinha meu tamanho.

Achei o whatsapp da loja e falei que tinha gostado de vários modelos, mas nada era exatamente plus size. Até que a pessoa do outro lado me falou que eles eram a confecção por trás das peças e por um pequeno valor a mais, fariam as peças no tamanho que eu quisesse. Aquilo foi música para meus ouvidos.

Peguei o tamanho do vestido que tinha comprado na Laboratório Fantasma e mandei com os modelos que eu queria via whatsapp. A pessoa do outro lado falou: mas você sabe que vai ficar tudo tipo vestido, né? Eu disse que sabia e era o que eu mais queria! Dali comprei 14 modelos com eles.

Fiquei feliz com o resultado e gargalhei da pergunta da pessoa da marca. Lá estava eu novamente causando sem querer causar. Mas principalmente, me fez pensar em quanto precisamos de mais inovação até no quesito "roupa". Principalmente para caras gordinhos como eu que querem vestir algo "diferente". Me pergunto: aonde estão estes inovadores? Por onde andam essas marcas? Até achei algumas coisas depois, mas nada no meu estilo - que estava ali se formando. Será que sempre vai ser uma questão de estilo mais hypster ou underground?

O tal do dress code ou começando a ver uma "marca pessoal"

Eu sei que não é a coisa mais normal do mundo aqui no Brasil, ver um homem de vestido. Já fui perguntado até se eu era de alguma religião. E tenho levado tudo na maior tranquilidade. Afinal, para mim tem sido interessante abrir conversas sobre expressão pessoal e normas sociais. Usar vestidos - batas, camisetões ou como você queira chamar - já é algo normal para mim. É confortável, mas também é um pouco do lado criativo e inovador colocado para fora.

Disto tudo, tem um fator que tem sido interessante. Quem vem conversar comigo, logo depois de perguntar os motivos que me levaram a usar vestidos, começa a se abrir. As pessoas me contam como se sentem pressionadas socialmente a se comportar de uma forma específica. Elas me mostram como é a auto imagem que possuem delas mesmas. Eu tenho levado todas estas conversas em consideração, principalmente por me ajudar a ter mais empatia com as pessoas. Por entender que parte de ter um negócio de inovação é criar coisas novas para pessoas que nem sempre conseguem se expressar livremente. Seja em ambiente de trabalho ou seja em qualquer local.

Onde eu chego de vestido, eu sei que vai parecer que eu quero causar. E mesmo não sendo a intenção, acaba provocando mais conversas. É a parte que eu tenho gostado. Hoje eu brinco com isto em minhas palestras ou workshops. O que ajuda a acelerar as conversas sobre inovação e deixar todo mundo mais confortável. Hey, eu sei que eu estou vestido assim! HAHAHA!

(imagem arquivo pessoal) 

Algumas pessoas agora me cobram se eu chego em um local sem vestido. E muitos tem pedido para que eu vá em reuniões ou até mesmo palestrar em suas empresas com esse meu dress code particular. Eu acho tudo um barato! Mas principalmente, acho legal poder conversar sobre tudo isto de forma leve. Ajudando a refletir sobre cultura empresarial e inovação. Afinal, o que tem demais em um cara vir de vestido? Só isso já ajuda a começar as discussões. Interessante, né?

Inovação, novos negócios e para onde os vestidos estão me levando

Eu sigo na busca por mais peças diferentes para usar. Meu pinterest é cheio de referências! E numa dessas conversas, um rapaz da minha rede me conectou com a fundadora de uma marca que faz roupas super confortáveis. Ele me disse que eu precisaria fazer algo junto desta moça criativa. Na primeira reunião, deu para entender que realmente tínhamos que fazer algo juntos. Curiosamente a marca desta empreendedora, a Mimoo, é hoje uma marca de pijamas. Mas, a fundadora está mil passos a frente, pensando em criar formas das pessoas se sentirem confortáveis em qualquer lugar.

Resultado: estamos começando a pensar em uma forma de criar algumas peças juntos. Eu estou animado de colocar esse lado criativo, empreendedor e inovador nessa colaboração. Além do mais, eu já tive a vontade de fazer uma marca de camisetas. Fiz uns designs aqui e ali, para materializar este sonho. Mas nunca levei a sério. Agora estou com este desafio: inovação em roupas e acessórios. Olha só onde estou chegando!

Ampliando a conversa e querendo interagir com você também

Eu quero muito que este novo desafio também seja uma conversa. Assim como tem sido toda esta minha jornada empreendedora. Sempre trocando com amigos e gente do ecossistema de startups. Tendo este espaço aqui, quero que este papo seja estendido para mais pessoas. Que chegue até você.

Me diga aqui nos comentários ou me mande um email. Quero entender como é sua percepção de imagem pessoal. Como você tem se expressado por aí? E você quer me dar algum pitaco ou mentoria sobre como deveria ser esta minha aventura têxtil? Vamos conversar! Tem sido maravilhoso até aqui. Vamos juntos?

Desde que eu comecei a usar meus vestidões, muita gente me pergunta os motivos que me levaram a usá-los. Achei que seria interessante abrir esta história e alguns debates para mais pessoas. Então, decidi contar aqui no blog. É uma mistura de um pouco de história, inseguranças pessoais, aprendizados, debates que estão se abrindo e também o que eu estou planejando para o futuro. E misturado a tudo isto, seguem algumas reflexões e resultados involuntários de como é ser um homem de vestido que trabalha com inovação, empreendedorismo e startups.

(colagem de imagens de arquivo pessoal) 

Como tudo começou ou por que raios você usa vestidos?

Para você entender o motivo de hoje eu usar vestidos, você precisa entender que eu sou uma pessoa curiosa e que gosto de tudo que tem a ver com criatividade humana: arte, fotografia, tecnologia, origami, moda, culinária, arquitetura, publicidade, design... Eu acredito que para ser uma pessoa que trabalha com inovação, o repertório pessoal precisa ser diverso e multifacetado.

Do outro lado, eu sou uma pessoa que representa minha empresa. E constantemente paro para refletir como eu devo representar minha empresa, como uma extensão de cada um dos que trabalham conosco. Muito ainda do que é a Startadora, passa pela impressão pessoal de cada um dos sócios diante do mercado. Eu sendo um deles - e o que geralmente cuida da parte comercial, comecei a passar por um processo de tentar entender mais profundamente como minhas atitudes e imagem pessoal colaboram para meu negócio. Afinal eu trabalho ajudando grandes empresas a pensar, agir e inovar como as startups.

Eu definitivamente não sou um cara que trabalha em um cubículo e nem quero parecer com um. Daí, tenho tentado entender o que fazia sentido para mim como personal branding e para como eu deveria me portar socialmente. Principalmente sem trair meus princípios e ficando confortável comigo mesmo.

Por isso, pensei e conversei com muita gente sobre marketing pessoal. Mas vendo outras pessoas como exemplo, parecia que alguma coisa não conectava comigo. E  no final, eu acredito que preciso me expor mais. No meu caso, é muito através da rede de contatos que tenho feito os melhores clientes.

Mas, eu nunca soube direito como deveria passar a usar mais as redes sociais para me "vender" mais. É um processo de contínuo aprendizado. Sigo validando como fazer este equilíbrio sem me sentir fake. Eu trabalho com inovação hoje, mas toda a minha carreira profissional sempre teve a ver com tecnologia, empreendedorismo e criatividade. Comecei fazendo design, sabia?

Por ser curioso e empolgado com várias coisas, em minhas navegadas sobre moda já tinha me deparado com a figura de André Leon Talley - ex editor da revista Vogue americana. Ele usa Kaftans, que são uns vestidões enormes e normalmente coloridos. O André parecia uma pessoa muito confortável em como se projeta para o mundo. E sempre pensava nele como modelo de imagem pessoal que conecta com o profissional de forma brilhante. Ainda mais olhando aquelas roupas, me deu vontade de ousar também um dia. Conectou comigo de alguma forma. Mas, sabe aquelas coisas que a gente fica só querendo e nunca vão virar verdade? Eu achei que seria assim comigo também.

O primeiro vestido e o começo de vários questionamentos e aprendizados

No dia 11 de Novembro de 2018 eu comecei a fazer uma busca na internet: "roupas plus size masculinas". Aquela pesquisa era a culminação de um momento onde eu estava querendo ir além das roupas normais e desconfortáveis que existem para cara gordos como eu. Mas também refletindo sobre toda esta questão de marca pessoal, opiniões, vontade de me expressar de outras formas. Andaram me dizendo que isto acontece com todo mundo aos 30 anos: você começa a desligar os padrões sociais e a querer realizar as suas vontades sem se preocupar com os outros. Pode ser uma explicação viável. Vai saber!

Depois de passar por várias lojas, eu cheguei no site do Laboratório Fantasma, a marca do Emicida. Lá tinha uma peça diferente entre todos os ítens focados em plus size: um vestido. Aí é que vieram uma série de lembranças, sentimentos e aquele ponto crucial: eu já tinha cogitado a ideia de usar vestidos. Sempre achei que deveria ser super confortável. Além de achar que combina com caras gordos como eu.

Depois de ficar mais de uma hora olhando o vestido, tomei a primeira atitude: mandar mensagem para minha mãe. Eu disse a ela que estava pensando em comprar. O retorno foi: "não gostei do design, mas a escolha é sua"! Aquele apoio moral que eu procurava chegou, mas veio de uma forma diferente. A decisão era somente minha, MESMO!

Fiquei eu com meus pensamentos sobre como as pessoas iam me ver, se iriam me julgar, como eu iria lidar com aquilo. Hoje fico refletindo se eu deveria ter pensado nisto, quando afinal era apenas uma peça de roupa. Mas foi o que aconteceu. Era parte de toda a questão de imagem pessoal versus conforto.

Para "ajudar", o vestido estava em promoção. Tomei a atitude de ver o vídeo do desfile e pronto. Lá estava um rapaz usando o vestido na passarela. Juntei o pouco de coragem e decidi fazer a compra.

Demorou um pouco até eu conseguir pegar o vestido. Tive que ir na loja, pois estava dando problemas com os Correios. E finalmente chegou o dia de eu usar o vestido. No dia que eu coloquei e fui para o escritório da Startadora, pensei: agora é essa a minha vida.

Eu me senti confortável e confiante. Todo mundo que olhava na rua, eu achava que eram olhares encorajadores. Se eram ou não, nem ligo. No fim do dia eu curti toda a experiência.

Tiveram várias brincadeiras e perguntas curiosas das pessoas sobre como era usar um vestido: como era a sensação? É confortável? Como você usa o mictório? Você está pelado por baixo? Eu sempre respondo tudo que perguntam, quando estou com meus vestidos.

Reflexões a partir do primeiro vestido e o experimento social inevitável

O que tem sido curioso é ver como uma peça de roupa pode provocar tantas conversas. Eu sinto que estou rodando constantemente um experimento social. Não é minha intenção, mas eu acabei entendendo que isto ocorre naturalmente. Então eu abracei este acontecimento recorrente.

Eu costumo brincar que o choque de ver um cara de vestido dura exatos dois segundos. Não é algo que vai mudar a sua vida. Também não é fator de militância para mim. É uma questão de atitude, conforto e expressão pessoal. O problema de "moda" que até então era só meu. Mas o papo sobre isto se torna cada dia mais público. Tanto que estou escrevendo sobre isso, né?

Em busca de mais vestidos, mais reflexões

Eu decidi continuar e achar mais peças como a primeira. Afinal eu só tinha aquela peça e não dava para bancar a Mônica, usando a mesma roupa todos os dias.

Não foi nada fácil. Até que voltando para minhas buscas por roupas plus size masculinas, me deparei com uma loja de roupas de hipop chamada Meio Swag no Mercado Livre. Eles tinham vários modelos de "oversized t-shirt". Achei vários modelos interessantes por serem minimalistas. Mas, nenhum tinha meu tamanho.

Achei o whatsapp da loja e falei que tinha gostado de vários modelos, mas nada era exatamente plus size. Até que a pessoa do outro lado me falou que eles eram a confecção por trás das peças e por um pequeno valor a mais, fariam as peças no tamanho que eu quisesse. Aquilo foi música para meus ouvidos.

Peguei o tamanho do vestido que tinha comprado na Laboratório Fantasma e mandei com os modelos que eu queria via whatsapp. A pessoa do outro lado falou: mas você sabe que vai ficar tudo tipo vestido, né? Eu disse que sabia e era o que eu mais queria! Dali comprei 14 modelos com eles.

Fiquei feliz com o resultado e gargalhei da pergunta da pessoa da marca. Lá estava eu novamente causando sem querer causar. Mas principalmente, me fez pensar em quanto precisamos de mais inovação até no quesito "roupa". Principalmente para caras gordinhos como eu que querem vestir algo "diferente". Me pergunto: aonde estão estes inovadores? Por onde andam essas marcas? Até achei algumas coisas depois, mas nada no meu estilo - que estava ali se formando. Será que sempre vai ser uma questão de estilo mais hypster ou underground?

O tal do dress code ou começando a ver uma "marca pessoal"

Eu sei que não é a coisa mais normal do mundo aqui no Brasil, ver um homem de vestido. Já fui perguntado até se eu era de alguma religião. E tenho levado tudo na maior tranquilidade. Afinal, para mim tem sido interessante abrir conversas sobre expressão pessoal e normas sociais. Usar vestidos - batas, camisetões ou como você queira chamar - já é algo normal para mim. É confortável, mas também é um pouco do lado criativo e inovador colocado para fora.

Disto tudo, tem um fator que tem sido interessante. Quem vem conversar comigo, logo depois de perguntar os motivos que me levaram a usar vestidos, começa a se abrir. As pessoas me contam como se sentem pressionadas socialmente a se comportar de uma forma específica. Elas me mostram como é a auto imagem que possuem delas mesmas. Eu tenho levado todas estas conversas em consideração, principalmente por me ajudar a ter mais empatia com as pessoas. Por entender que parte de ter um negócio de inovação é criar coisas novas para pessoas que nem sempre conseguem se expressar livremente. Seja em ambiente de trabalho ou seja em qualquer local.

Onde eu chego de vestido, eu sei que vai parecer que eu quero causar. E mesmo não sendo a intenção, acaba provocando mais conversas. É a parte que eu tenho gostado. Hoje eu brinco com isto em minhas palestras ou workshops. O que ajuda a acelerar as conversas sobre inovação e deixar todo mundo mais confortável. Hey, eu sei que eu estou vestido assim! HAHAHA!

(imagem arquivo pessoal) 

Algumas pessoas agora me cobram se eu chego em um local sem vestido. E muitos tem pedido para que eu vá em reuniões ou até mesmo palestrar em suas empresas com esse meu dress code particular. Eu acho tudo um barato! Mas principalmente, acho legal poder conversar sobre tudo isto de forma leve. Ajudando a refletir sobre cultura empresarial e inovação. Afinal, o que tem demais em um cara vir de vestido? Só isso já ajuda a começar as discussões. Interessante, né?

Inovação, novos negócios e para onde os vestidos estão me levando

Eu sigo na busca por mais peças diferentes para usar. Meu pinterest é cheio de referências! E numa dessas conversas, um rapaz da minha rede me conectou com a fundadora de uma marca que faz roupas super confortáveis. Ele me disse que eu precisaria fazer algo junto desta moça criativa. Na primeira reunião, deu para entender que realmente tínhamos que fazer algo juntos. Curiosamente a marca desta empreendedora, a Mimoo, é hoje uma marca de pijamas. Mas, a fundadora está mil passos a frente, pensando em criar formas das pessoas se sentirem confortáveis em qualquer lugar.

Resultado: estamos começando a pensar em uma forma de criar algumas peças juntos. Eu estou animado de colocar esse lado criativo, empreendedor e inovador nessa colaboração. Além do mais, eu já tive a vontade de fazer uma marca de camisetas. Fiz uns designs aqui e ali, para materializar este sonho. Mas nunca levei a sério. Agora estou com este desafio: inovação em roupas e acessórios. Olha só onde estou chegando!

Ampliando a conversa e querendo interagir com você também

Eu quero muito que este novo desafio também seja uma conversa. Assim como tem sido toda esta minha jornada empreendedora. Sempre trocando com amigos e gente do ecossistema de startups. Tendo este espaço aqui, quero que este papo seja estendido para mais pessoas. Que chegue até você.

Me diga aqui nos comentários ou me mande um email. Quero entender como é sua percepção de imagem pessoal. Como você tem se expressado por aí? E você quer me dar algum pitaco ou mentoria sobre como deveria ser esta minha aventura têxtil? Vamos conversar! Tem sido maravilhoso até aqui. Vamos juntos?

Desde que eu comecei a usar meus vestidões, muita gente me pergunta os motivos que me levaram a usá-los. Achei que seria interessante abrir esta história e alguns debates para mais pessoas. Então, decidi contar aqui no blog. É uma mistura de um pouco de história, inseguranças pessoais, aprendizados, debates que estão se abrindo e também o que eu estou planejando para o futuro. E misturado a tudo isto, seguem algumas reflexões e resultados involuntários de como é ser um homem de vestido que trabalha com inovação, empreendedorismo e startups.

(colagem de imagens de arquivo pessoal) 

Como tudo começou ou por que raios você usa vestidos?

Para você entender o motivo de hoje eu usar vestidos, você precisa entender que eu sou uma pessoa curiosa e que gosto de tudo que tem a ver com criatividade humana: arte, fotografia, tecnologia, origami, moda, culinária, arquitetura, publicidade, design... Eu acredito que para ser uma pessoa que trabalha com inovação, o repertório pessoal precisa ser diverso e multifacetado.

Do outro lado, eu sou uma pessoa que representa minha empresa. E constantemente paro para refletir como eu devo representar minha empresa, como uma extensão de cada um dos que trabalham conosco. Muito ainda do que é a Startadora, passa pela impressão pessoal de cada um dos sócios diante do mercado. Eu sendo um deles - e o que geralmente cuida da parte comercial, comecei a passar por um processo de tentar entender mais profundamente como minhas atitudes e imagem pessoal colaboram para meu negócio. Afinal eu trabalho ajudando grandes empresas a pensar, agir e inovar como as startups.

Eu definitivamente não sou um cara que trabalha em um cubículo e nem quero parecer com um. Daí, tenho tentado entender o que fazia sentido para mim como personal branding e para como eu deveria me portar socialmente. Principalmente sem trair meus princípios e ficando confortável comigo mesmo.

Por isso, pensei e conversei com muita gente sobre marketing pessoal. Mas vendo outras pessoas como exemplo, parecia que alguma coisa não conectava comigo. E  no final, eu acredito que preciso me expor mais. No meu caso, é muito através da rede de contatos que tenho feito os melhores clientes.

Mas, eu nunca soube direito como deveria passar a usar mais as redes sociais para me "vender" mais. É um processo de contínuo aprendizado. Sigo validando como fazer este equilíbrio sem me sentir fake. Eu trabalho com inovação hoje, mas toda a minha carreira profissional sempre teve a ver com tecnologia, empreendedorismo e criatividade. Comecei fazendo design, sabia?

Por ser curioso e empolgado com várias coisas, em minhas navegadas sobre moda já tinha me deparado com a figura de André Leon Talley - ex editor da revista Vogue americana. Ele usa Kaftans, que são uns vestidões enormes e normalmente coloridos. O André parecia uma pessoa muito confortável em como se projeta para o mundo. E sempre pensava nele como modelo de imagem pessoal que conecta com o profissional de forma brilhante. Ainda mais olhando aquelas roupas, me deu vontade de ousar também um dia. Conectou comigo de alguma forma. Mas, sabe aquelas coisas que a gente fica só querendo e nunca vão virar verdade? Eu achei que seria assim comigo também.

O primeiro vestido e o começo de vários questionamentos e aprendizados

No dia 11 de Novembro de 2018 eu comecei a fazer uma busca na internet: "roupas plus size masculinas". Aquela pesquisa era a culminação de um momento onde eu estava querendo ir além das roupas normais e desconfortáveis que existem para cara gordos como eu. Mas também refletindo sobre toda esta questão de marca pessoal, opiniões, vontade de me expressar de outras formas. Andaram me dizendo que isto acontece com todo mundo aos 30 anos: você começa a desligar os padrões sociais e a querer realizar as suas vontades sem se preocupar com os outros. Pode ser uma explicação viável. Vai saber!

Depois de passar por várias lojas, eu cheguei no site do Laboratório Fantasma, a marca do Emicida. Lá tinha uma peça diferente entre todos os ítens focados em plus size: um vestido. Aí é que vieram uma série de lembranças, sentimentos e aquele ponto crucial: eu já tinha cogitado a ideia de usar vestidos. Sempre achei que deveria ser super confortável. Além de achar que combina com caras gordos como eu.

Depois de ficar mais de uma hora olhando o vestido, tomei a primeira atitude: mandar mensagem para minha mãe. Eu disse a ela que estava pensando em comprar. O retorno foi: "não gostei do design, mas a escolha é sua"! Aquele apoio moral que eu procurava chegou, mas veio de uma forma diferente. A decisão era somente minha, MESMO!

Fiquei eu com meus pensamentos sobre como as pessoas iam me ver, se iriam me julgar, como eu iria lidar com aquilo. Hoje fico refletindo se eu deveria ter pensado nisto, quando afinal era apenas uma peça de roupa. Mas foi o que aconteceu. Era parte de toda a questão de imagem pessoal versus conforto.

Para "ajudar", o vestido estava em promoção. Tomei a atitude de ver o vídeo do desfile e pronto. Lá estava um rapaz usando o vestido na passarela. Juntei o pouco de coragem e decidi fazer a compra.

Demorou um pouco até eu conseguir pegar o vestido. Tive que ir na loja, pois estava dando problemas com os Correios. E finalmente chegou o dia de eu usar o vestido. No dia que eu coloquei e fui para o escritório da Startadora, pensei: agora é essa a minha vida.

Eu me senti confortável e confiante. Todo mundo que olhava na rua, eu achava que eram olhares encorajadores. Se eram ou não, nem ligo. No fim do dia eu curti toda a experiência.

Tiveram várias brincadeiras e perguntas curiosas das pessoas sobre como era usar um vestido: como era a sensação? É confortável? Como você usa o mictório? Você está pelado por baixo? Eu sempre respondo tudo que perguntam, quando estou com meus vestidos.

Reflexões a partir do primeiro vestido e o experimento social inevitável

O que tem sido curioso é ver como uma peça de roupa pode provocar tantas conversas. Eu sinto que estou rodando constantemente um experimento social. Não é minha intenção, mas eu acabei entendendo que isto ocorre naturalmente. Então eu abracei este acontecimento recorrente.

Eu costumo brincar que o choque de ver um cara de vestido dura exatos dois segundos. Não é algo que vai mudar a sua vida. Também não é fator de militância para mim. É uma questão de atitude, conforto e expressão pessoal. O problema de "moda" que até então era só meu. Mas o papo sobre isto se torna cada dia mais público. Tanto que estou escrevendo sobre isso, né?

Em busca de mais vestidos, mais reflexões

Eu decidi continuar e achar mais peças como a primeira. Afinal eu só tinha aquela peça e não dava para bancar a Mônica, usando a mesma roupa todos os dias.

Não foi nada fácil. Até que voltando para minhas buscas por roupas plus size masculinas, me deparei com uma loja de roupas de hipop chamada Meio Swag no Mercado Livre. Eles tinham vários modelos de "oversized t-shirt". Achei vários modelos interessantes por serem minimalistas. Mas, nenhum tinha meu tamanho.

Achei o whatsapp da loja e falei que tinha gostado de vários modelos, mas nada era exatamente plus size. Até que a pessoa do outro lado me falou que eles eram a confecção por trás das peças e por um pequeno valor a mais, fariam as peças no tamanho que eu quisesse. Aquilo foi música para meus ouvidos.

Peguei o tamanho do vestido que tinha comprado na Laboratório Fantasma e mandei com os modelos que eu queria via whatsapp. A pessoa do outro lado falou: mas você sabe que vai ficar tudo tipo vestido, né? Eu disse que sabia e era o que eu mais queria! Dali comprei 14 modelos com eles.

Fiquei feliz com o resultado e gargalhei da pergunta da pessoa da marca. Lá estava eu novamente causando sem querer causar. Mas principalmente, me fez pensar em quanto precisamos de mais inovação até no quesito "roupa". Principalmente para caras gordinhos como eu que querem vestir algo "diferente". Me pergunto: aonde estão estes inovadores? Por onde andam essas marcas? Até achei algumas coisas depois, mas nada no meu estilo - que estava ali se formando. Será que sempre vai ser uma questão de estilo mais hypster ou underground?

O tal do dress code ou começando a ver uma "marca pessoal"

Eu sei que não é a coisa mais normal do mundo aqui no Brasil, ver um homem de vestido. Já fui perguntado até se eu era de alguma religião. E tenho levado tudo na maior tranquilidade. Afinal, para mim tem sido interessante abrir conversas sobre expressão pessoal e normas sociais. Usar vestidos - batas, camisetões ou como você queira chamar - já é algo normal para mim. É confortável, mas também é um pouco do lado criativo e inovador colocado para fora.

Disto tudo, tem um fator que tem sido interessante. Quem vem conversar comigo, logo depois de perguntar os motivos que me levaram a usar vestidos, começa a se abrir. As pessoas me contam como se sentem pressionadas socialmente a se comportar de uma forma específica. Elas me mostram como é a auto imagem que possuem delas mesmas. Eu tenho levado todas estas conversas em consideração, principalmente por me ajudar a ter mais empatia com as pessoas. Por entender que parte de ter um negócio de inovação é criar coisas novas para pessoas que nem sempre conseguem se expressar livremente. Seja em ambiente de trabalho ou seja em qualquer local.

Onde eu chego de vestido, eu sei que vai parecer que eu quero causar. E mesmo não sendo a intenção, acaba provocando mais conversas. É a parte que eu tenho gostado. Hoje eu brinco com isto em minhas palestras ou workshops. O que ajuda a acelerar as conversas sobre inovação e deixar todo mundo mais confortável. Hey, eu sei que eu estou vestido assim! HAHAHA!

(imagem arquivo pessoal) 

Algumas pessoas agora me cobram se eu chego em um local sem vestido. E muitos tem pedido para que eu vá em reuniões ou até mesmo palestrar em suas empresas com esse meu dress code particular. Eu acho tudo um barato! Mas principalmente, acho legal poder conversar sobre tudo isto de forma leve. Ajudando a refletir sobre cultura empresarial e inovação. Afinal, o que tem demais em um cara vir de vestido? Só isso já ajuda a começar as discussões. Interessante, né?

Inovação, novos negócios e para onde os vestidos estão me levando

Eu sigo na busca por mais peças diferentes para usar. Meu pinterest é cheio de referências! E numa dessas conversas, um rapaz da minha rede me conectou com a fundadora de uma marca que faz roupas super confortáveis. Ele me disse que eu precisaria fazer algo junto desta moça criativa. Na primeira reunião, deu para entender que realmente tínhamos que fazer algo juntos. Curiosamente a marca desta empreendedora, a Mimoo, é hoje uma marca de pijamas. Mas, a fundadora está mil passos a frente, pensando em criar formas das pessoas se sentirem confortáveis em qualquer lugar.

Resultado: estamos começando a pensar em uma forma de criar algumas peças juntos. Eu estou animado de colocar esse lado criativo, empreendedor e inovador nessa colaboração. Além do mais, eu já tive a vontade de fazer uma marca de camisetas. Fiz uns designs aqui e ali, para materializar este sonho. Mas nunca levei a sério. Agora estou com este desafio: inovação em roupas e acessórios. Olha só onde estou chegando!

Ampliando a conversa e querendo interagir com você também

Eu quero muito que este novo desafio também seja uma conversa. Assim como tem sido toda esta minha jornada empreendedora. Sempre trocando com amigos e gente do ecossistema de startups. Tendo este espaço aqui, quero que este papo seja estendido para mais pessoas. Que chegue até você.

Me diga aqui nos comentários ou me mande um email. Quero entender como é sua percepção de imagem pessoal. Como você tem se expressado por aí? E você quer me dar algum pitaco ou mentoria sobre como deveria ser esta minha aventura têxtil? Vamos conversar! Tem sido maravilhoso até aqui. Vamos juntos?

Desde que eu comecei a usar meus vestidões, muita gente me pergunta os motivos que me levaram a usá-los. Achei que seria interessante abrir esta história e alguns debates para mais pessoas. Então, decidi contar aqui no blog. É uma mistura de um pouco de história, inseguranças pessoais, aprendizados, debates que estão se abrindo e também o que eu estou planejando para o futuro. E misturado a tudo isto, seguem algumas reflexões e resultados involuntários de como é ser um homem de vestido que trabalha com inovação, empreendedorismo e startups.

(colagem de imagens de arquivo pessoal) 

Como tudo começou ou por que raios você usa vestidos?

Para você entender o motivo de hoje eu usar vestidos, você precisa entender que eu sou uma pessoa curiosa e que gosto de tudo que tem a ver com criatividade humana: arte, fotografia, tecnologia, origami, moda, culinária, arquitetura, publicidade, design... Eu acredito que para ser uma pessoa que trabalha com inovação, o repertório pessoal precisa ser diverso e multifacetado.

Do outro lado, eu sou uma pessoa que representa minha empresa. E constantemente paro para refletir como eu devo representar minha empresa, como uma extensão de cada um dos que trabalham conosco. Muito ainda do que é a Startadora, passa pela impressão pessoal de cada um dos sócios diante do mercado. Eu sendo um deles - e o que geralmente cuida da parte comercial, comecei a passar por um processo de tentar entender mais profundamente como minhas atitudes e imagem pessoal colaboram para meu negócio. Afinal eu trabalho ajudando grandes empresas a pensar, agir e inovar como as startups.

Eu definitivamente não sou um cara que trabalha em um cubículo e nem quero parecer com um. Daí, tenho tentado entender o que fazia sentido para mim como personal branding e para como eu deveria me portar socialmente. Principalmente sem trair meus princípios e ficando confortável comigo mesmo.

Por isso, pensei e conversei com muita gente sobre marketing pessoal. Mas vendo outras pessoas como exemplo, parecia que alguma coisa não conectava comigo. E  no final, eu acredito que preciso me expor mais. No meu caso, é muito através da rede de contatos que tenho feito os melhores clientes.

Mas, eu nunca soube direito como deveria passar a usar mais as redes sociais para me "vender" mais. É um processo de contínuo aprendizado. Sigo validando como fazer este equilíbrio sem me sentir fake. Eu trabalho com inovação hoje, mas toda a minha carreira profissional sempre teve a ver com tecnologia, empreendedorismo e criatividade. Comecei fazendo design, sabia?

Por ser curioso e empolgado com várias coisas, em minhas navegadas sobre moda já tinha me deparado com a figura de André Leon Talley - ex editor da revista Vogue americana. Ele usa Kaftans, que são uns vestidões enormes e normalmente coloridos. O André parecia uma pessoa muito confortável em como se projeta para o mundo. E sempre pensava nele como modelo de imagem pessoal que conecta com o profissional de forma brilhante. Ainda mais olhando aquelas roupas, me deu vontade de ousar também um dia. Conectou comigo de alguma forma. Mas, sabe aquelas coisas que a gente fica só querendo e nunca vão virar verdade? Eu achei que seria assim comigo também.

O primeiro vestido e o começo de vários questionamentos e aprendizados

No dia 11 de Novembro de 2018 eu comecei a fazer uma busca na internet: "roupas plus size masculinas". Aquela pesquisa era a culminação de um momento onde eu estava querendo ir além das roupas normais e desconfortáveis que existem para cara gordos como eu. Mas também refletindo sobre toda esta questão de marca pessoal, opiniões, vontade de me expressar de outras formas. Andaram me dizendo que isto acontece com todo mundo aos 30 anos: você começa a desligar os padrões sociais e a querer realizar as suas vontades sem se preocupar com os outros. Pode ser uma explicação viável. Vai saber!

Depois de passar por várias lojas, eu cheguei no site do Laboratório Fantasma, a marca do Emicida. Lá tinha uma peça diferente entre todos os ítens focados em plus size: um vestido. Aí é que vieram uma série de lembranças, sentimentos e aquele ponto crucial: eu já tinha cogitado a ideia de usar vestidos. Sempre achei que deveria ser super confortável. Além de achar que combina com caras gordos como eu.

Depois de ficar mais de uma hora olhando o vestido, tomei a primeira atitude: mandar mensagem para minha mãe. Eu disse a ela que estava pensando em comprar. O retorno foi: "não gostei do design, mas a escolha é sua"! Aquele apoio moral que eu procurava chegou, mas veio de uma forma diferente. A decisão era somente minha, MESMO!

Fiquei eu com meus pensamentos sobre como as pessoas iam me ver, se iriam me julgar, como eu iria lidar com aquilo. Hoje fico refletindo se eu deveria ter pensado nisto, quando afinal era apenas uma peça de roupa. Mas foi o que aconteceu. Era parte de toda a questão de imagem pessoal versus conforto.

Para "ajudar", o vestido estava em promoção. Tomei a atitude de ver o vídeo do desfile e pronto. Lá estava um rapaz usando o vestido na passarela. Juntei o pouco de coragem e decidi fazer a compra.

Demorou um pouco até eu conseguir pegar o vestido. Tive que ir na loja, pois estava dando problemas com os Correios. E finalmente chegou o dia de eu usar o vestido. No dia que eu coloquei e fui para o escritório da Startadora, pensei: agora é essa a minha vida.

Eu me senti confortável e confiante. Todo mundo que olhava na rua, eu achava que eram olhares encorajadores. Se eram ou não, nem ligo. No fim do dia eu curti toda a experiência.

Tiveram várias brincadeiras e perguntas curiosas das pessoas sobre como era usar um vestido: como era a sensação? É confortável? Como você usa o mictório? Você está pelado por baixo? Eu sempre respondo tudo que perguntam, quando estou com meus vestidos.

Reflexões a partir do primeiro vestido e o experimento social inevitável

O que tem sido curioso é ver como uma peça de roupa pode provocar tantas conversas. Eu sinto que estou rodando constantemente um experimento social. Não é minha intenção, mas eu acabei entendendo que isto ocorre naturalmente. Então eu abracei este acontecimento recorrente.

Eu costumo brincar que o choque de ver um cara de vestido dura exatos dois segundos. Não é algo que vai mudar a sua vida. Também não é fator de militância para mim. É uma questão de atitude, conforto e expressão pessoal. O problema de "moda" que até então era só meu. Mas o papo sobre isto se torna cada dia mais público. Tanto que estou escrevendo sobre isso, né?

Em busca de mais vestidos, mais reflexões

Eu decidi continuar e achar mais peças como a primeira. Afinal eu só tinha aquela peça e não dava para bancar a Mônica, usando a mesma roupa todos os dias.

Não foi nada fácil. Até que voltando para minhas buscas por roupas plus size masculinas, me deparei com uma loja de roupas de hipop chamada Meio Swag no Mercado Livre. Eles tinham vários modelos de "oversized t-shirt". Achei vários modelos interessantes por serem minimalistas. Mas, nenhum tinha meu tamanho.

Achei o whatsapp da loja e falei que tinha gostado de vários modelos, mas nada era exatamente plus size. Até que a pessoa do outro lado me falou que eles eram a confecção por trás das peças e por um pequeno valor a mais, fariam as peças no tamanho que eu quisesse. Aquilo foi música para meus ouvidos.

Peguei o tamanho do vestido que tinha comprado na Laboratório Fantasma e mandei com os modelos que eu queria via whatsapp. A pessoa do outro lado falou: mas você sabe que vai ficar tudo tipo vestido, né? Eu disse que sabia e era o que eu mais queria! Dali comprei 14 modelos com eles.

Fiquei feliz com o resultado e gargalhei da pergunta da pessoa da marca. Lá estava eu novamente causando sem querer causar. Mas principalmente, me fez pensar em quanto precisamos de mais inovação até no quesito "roupa". Principalmente para caras gordinhos como eu que querem vestir algo "diferente". Me pergunto: aonde estão estes inovadores? Por onde andam essas marcas? Até achei algumas coisas depois, mas nada no meu estilo - que estava ali se formando. Será que sempre vai ser uma questão de estilo mais hypster ou underground?

O tal do dress code ou começando a ver uma "marca pessoal"

Eu sei que não é a coisa mais normal do mundo aqui no Brasil, ver um homem de vestido. Já fui perguntado até se eu era de alguma religião. E tenho levado tudo na maior tranquilidade. Afinal, para mim tem sido interessante abrir conversas sobre expressão pessoal e normas sociais. Usar vestidos - batas, camisetões ou como você queira chamar - já é algo normal para mim. É confortável, mas também é um pouco do lado criativo e inovador colocado para fora.

Disto tudo, tem um fator que tem sido interessante. Quem vem conversar comigo, logo depois de perguntar os motivos que me levaram a usar vestidos, começa a se abrir. As pessoas me contam como se sentem pressionadas socialmente a se comportar de uma forma específica. Elas me mostram como é a auto imagem que possuem delas mesmas. Eu tenho levado todas estas conversas em consideração, principalmente por me ajudar a ter mais empatia com as pessoas. Por entender que parte de ter um negócio de inovação é criar coisas novas para pessoas que nem sempre conseguem se expressar livremente. Seja em ambiente de trabalho ou seja em qualquer local.

Onde eu chego de vestido, eu sei que vai parecer que eu quero causar. E mesmo não sendo a intenção, acaba provocando mais conversas. É a parte que eu tenho gostado. Hoje eu brinco com isto em minhas palestras ou workshops. O que ajuda a acelerar as conversas sobre inovação e deixar todo mundo mais confortável. Hey, eu sei que eu estou vestido assim! HAHAHA!

(imagem arquivo pessoal) 

Algumas pessoas agora me cobram se eu chego em um local sem vestido. E muitos tem pedido para que eu vá em reuniões ou até mesmo palestrar em suas empresas com esse meu dress code particular. Eu acho tudo um barato! Mas principalmente, acho legal poder conversar sobre tudo isto de forma leve. Ajudando a refletir sobre cultura empresarial e inovação. Afinal, o que tem demais em um cara vir de vestido? Só isso já ajuda a começar as discussões. Interessante, né?

Inovação, novos negócios e para onde os vestidos estão me levando

Eu sigo na busca por mais peças diferentes para usar. Meu pinterest é cheio de referências! E numa dessas conversas, um rapaz da minha rede me conectou com a fundadora de uma marca que faz roupas super confortáveis. Ele me disse que eu precisaria fazer algo junto desta moça criativa. Na primeira reunião, deu para entender que realmente tínhamos que fazer algo juntos. Curiosamente a marca desta empreendedora, a Mimoo, é hoje uma marca de pijamas. Mas, a fundadora está mil passos a frente, pensando em criar formas das pessoas se sentirem confortáveis em qualquer lugar.

Resultado: estamos começando a pensar em uma forma de criar algumas peças juntos. Eu estou animado de colocar esse lado criativo, empreendedor e inovador nessa colaboração. Além do mais, eu já tive a vontade de fazer uma marca de camisetas. Fiz uns designs aqui e ali, para materializar este sonho. Mas nunca levei a sério. Agora estou com este desafio: inovação em roupas e acessórios. Olha só onde estou chegando!

Ampliando a conversa e querendo interagir com você também

Eu quero muito que este novo desafio também seja uma conversa. Assim como tem sido toda esta minha jornada empreendedora. Sempre trocando com amigos e gente do ecossistema de startups. Tendo este espaço aqui, quero que este papo seja estendido para mais pessoas. Que chegue até você.

Me diga aqui nos comentários ou me mande um email. Quero entender como é sua percepção de imagem pessoal. Como você tem se expressado por aí? E você quer me dar algum pitaco ou mentoria sobre como deveria ser esta minha aventura têxtil? Vamos conversar! Tem sido maravilhoso até aqui. Vamos juntos?

Tudo Sobre

Atualizamos nossa política de cookies

Ao utilizar nossos serviços, você aceita a política de monitoramento de cookies.