Há quem diga que nunca fez amigos bebendo leite, mas talvez em pouco tempo você possa dizer que fez amigos olhando para a tela do celular.
Depois do sucesso dos aplicativos de paquera, os empreendedores norte-americanos estão atacando em outra frente: a amizade.
Apps que prometem ajudar o usuário a fazer novos amigos estão começando a fazer algum barulho pelos EUA. E a proposta de alguns deles é um tanto quanto inusitada.
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O Ameego, por exemplo, funciona como uma espécie de Uber da amizade.O app localiza candidatos a amigo próximos ao local onde o usuário está e permite alugar um novo "amigo" por algumas horas. Os amigos de aluguel cobram um valor pelo coleguismo. Não há um preço fixo. O app encoraja os usuários a dar uma gorjeta em valor a ser combinado entre as partes.
Qualquer pessoa pode usar o app tanto para oferecer a amizade quanto para procurar novos amigos. Um sistema de avaliação promete ajudar a identificar usuários mal-intencionados. O Ameego foi criado por Clay Kohut, um desenvolvedor de 25 anos de idade que tem dito em entrevistas que fazer amigos na idade adulta pode ser complicado, por isso a ideia de ajudar as pessoas permitindo que elas aluguem um amigo por algumas horas.
Outro app do gênero é o Bro (uma gíria em inglês para irmão, ou como diriam os cariocas, bróder) exclusivo para homens que queiram fazer novos amigos do sexo masculino. O sistema é igual ao do Tinder: você pode conferir o perfil de cada bro e escorregar a foto para a direita, se você quer ser amigo dele, ou escorregar a foto para a esquerda, se você não curtiu o candidato. Também dá para escolher o seu bro pelo estilo. Você procura um bro vaidoso, atlético, nerd? Tem listas para todos os gostos.
Já o Hey!Vina é exclusivo para mulheres que buscam novas amigas. O app oferece uma espécie de teste de personalidade para conectar a usuária com outras mulheres que tenham a mesma personalidade e estilo. O serviço também permite escolher as meninas com quem a usuária queira conversar conversar arrastando a foto para direita ou esquerda, como no Tinder.
O Wiith tenta conectar pessoas que estejam próximas e tenham interesses em comum. Por exemplo, o app pode sugerir que duas pessoas que adoram experimentar novos pratos em restaurantes se encontrem e organizem um evento para degustação de algum prato junto com outras pessoas que gostem da mesma coisa. O usuário também pode criar um evento como "assistir a estreia do filme X"e abrir o evento para que mais pessoas interessadas possam participar.
O mais assustador de todos, porém, é o Follower. O app para iPhone foi criado pela artista e programadora Lauren McCarthy, da New York University. A proposta é oferecer não exatamente um amigo, mas um seguidor (follower) por um dia (veja vídeo sobre o app - em inglês - abaixo).
O app não está disponível para download. Os interessados precisam se cadastrar no site do projeto e explicar os motivos pelos quais gostariam de ser seguidos. Se a proposta for aprovada, o candidato recebe um link para fazer o download do app no celular. O app passa a coletar todos os dados sobre a localização do usuário e no dia da perseguição o usuário recebe um alerta avisando que será seguido.Ao fim do dia, o seguidor envia uma foto tirada sem que o usuário tenha percebido para que ele guarde como lembrança da data.
Por enquanto, o serviço só funciona em Nova York. Em uma entrevista, a criadora do appdiz que o objetivo é estimular o diálogo sobre vigilância, segurança e privacidade envolvendo as novas tecnologias.
A maior parte dos apps ainda está em fase inicial e funciona apenas em algumas cidades dos EUA.
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