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Opinião|O que a equipe de remo da Grã-Bretanha pode ensinar sobre inovação no mundo dos negócios


As Olimpíadas são uma fonte inesgotável de lições para profissionais e empresas

Por Mauricio Benvenutti
Atualização:

Nos Jogos Olímpicos encerrados no último domingo, a equipe de remo da Grã-Bretanha mostrou novamente o porquê é uma potência nesse esporte. Trinta e seis dos seus 42 atletas voltaram para casa com uma medalha no peito. Uma delas foi o ouro na categoria masculina com 8 remadores. Foram 6 pódios britânicos nessa modalidade nas últimas sete Olimpíadas.

Equipe de remo da Grã-Bretanha subiu em seis pódios nas Olimpíadas de Paris 2024, com 36 atletas premiados  Foto: Bertrand Guay/AFP

Só que isso não foi sempre assim. Por muito tempo, a Grã-Bretanha foi coadjuvante nas competições de remo. Desde 1912, o time masculino não ganhava um ouro olímpico nessa categoria. No entanto, depois de outro ano ruim em 1998, eles adotaram uma estratégia diferente – simples na teoria, mas árdua de aplicar na prática: para cada decisão que precisassem tomar, os atletas realizariam a seguinte pergunta: “isso fará o barco ir mais rápido?”. Dali em diante, só o que respondeu “sim” a essa questão fez parte das suas vidas. Todo o resto foi eliminado. O grupo virou um executor nato de poucas coisas, só das que importavam.

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O objetivo da equipe de remo tornou-se o processo, que só dependia deles, e não mais a medalha, que era consequência

Com isso, os atletas se afastaram das distrações e passaram a focar única e exclusivamente nas ações que poderiam dar mais velocidade à embarcação. O objetivo tornou-se o processo, que só dependia deles, e não mais a medalha, que era consequência. Enquanto as tarefas controláveis receberam atenção, todas as que estavam além do alcance foram descartadas.

Em 1999, as coisas começaram a mudar. O time obteve o 2.º lugar em quatro corridas. Em 2000, o 1.º lugar em três corridas. E no dia 24 de setembro daquele ano, nas Olimpíadas de Sidney, os britânicos conquistaram a medalha de ouro, a 1ª olímpica depois de 88 anos. Essa jornada épica virou um livro, cujo título em inglês é Will it make the boat go faster?, que mostra como a divisão de grandes metas em tarefas diárias e gerenciáveis, somada à execução minuciosa e disciplinada, podem ser a chave para alcançar grandes feitos.

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O esporte atual evidencia algo cada vez mais comum em qualquer ramo da vida: como é difícil estar entre os melhores. Em Paris, nos 400 metros livres da natação masculina, por exemplo, a diferença entre o 1.º e o 5.º colocado foi menor que 1 segundo. No remo feminino para quatro remadoras, 0,15 segundos separaram o ouro da prata.

Isso torna as Olimpíadas uma fonte inesgotável de lições para profissionais e empresas. Com vários atletas alcançando a performance das suas vidas, esse evento enfatiza a importância da consistência, do foco e da disposição para fazer sacrifícios a todos que buscam resultados extraordinários em suas carreiras.

Nos Jogos Olímpicos encerrados no último domingo, a equipe de remo da Grã-Bretanha mostrou novamente o porquê é uma potência nesse esporte. Trinta e seis dos seus 42 atletas voltaram para casa com uma medalha no peito. Uma delas foi o ouro na categoria masculina com 8 remadores. Foram 6 pódios britânicos nessa modalidade nas últimas sete Olimpíadas.

Equipe de remo da Grã-Bretanha subiu em seis pódios nas Olimpíadas de Paris 2024, com 36 atletas premiados  Foto: Bertrand Guay/AFP

Só que isso não foi sempre assim. Por muito tempo, a Grã-Bretanha foi coadjuvante nas competições de remo. Desde 1912, o time masculino não ganhava um ouro olímpico nessa categoria. No entanto, depois de outro ano ruim em 1998, eles adotaram uma estratégia diferente – simples na teoria, mas árdua de aplicar na prática: para cada decisão que precisassem tomar, os atletas realizariam a seguinte pergunta: “isso fará o barco ir mais rápido?”. Dali em diante, só o que respondeu “sim” a essa questão fez parte das suas vidas. Todo o resto foi eliminado. O grupo virou um executor nato de poucas coisas, só das que importavam.

O objetivo da equipe de remo tornou-se o processo, que só dependia deles, e não mais a medalha, que era consequência

Com isso, os atletas se afastaram das distrações e passaram a focar única e exclusivamente nas ações que poderiam dar mais velocidade à embarcação. O objetivo tornou-se o processo, que só dependia deles, e não mais a medalha, que era consequência. Enquanto as tarefas controláveis receberam atenção, todas as que estavam além do alcance foram descartadas.

Em 1999, as coisas começaram a mudar. O time obteve o 2.º lugar em quatro corridas. Em 2000, o 1.º lugar em três corridas. E no dia 24 de setembro daquele ano, nas Olimpíadas de Sidney, os britânicos conquistaram a medalha de ouro, a 1ª olímpica depois de 88 anos. Essa jornada épica virou um livro, cujo título em inglês é Will it make the boat go faster?, que mostra como a divisão de grandes metas em tarefas diárias e gerenciáveis, somada à execução minuciosa e disciplinada, podem ser a chave para alcançar grandes feitos.

O esporte atual evidencia algo cada vez mais comum em qualquer ramo da vida: como é difícil estar entre os melhores. Em Paris, nos 400 metros livres da natação masculina, por exemplo, a diferença entre o 1.º e o 5.º colocado foi menor que 1 segundo. No remo feminino para quatro remadoras, 0,15 segundos separaram o ouro da prata.

Isso torna as Olimpíadas uma fonte inesgotável de lições para profissionais e empresas. Com vários atletas alcançando a performance das suas vidas, esse evento enfatiza a importância da consistência, do foco e da disposição para fazer sacrifícios a todos que buscam resultados extraordinários em suas carreiras.

Nos Jogos Olímpicos encerrados no último domingo, a equipe de remo da Grã-Bretanha mostrou novamente o porquê é uma potência nesse esporte. Trinta e seis dos seus 42 atletas voltaram para casa com uma medalha no peito. Uma delas foi o ouro na categoria masculina com 8 remadores. Foram 6 pódios britânicos nessa modalidade nas últimas sete Olimpíadas.

Equipe de remo da Grã-Bretanha subiu em seis pódios nas Olimpíadas de Paris 2024, com 36 atletas premiados  Foto: Bertrand Guay/AFP

Só que isso não foi sempre assim. Por muito tempo, a Grã-Bretanha foi coadjuvante nas competições de remo. Desde 1912, o time masculino não ganhava um ouro olímpico nessa categoria. No entanto, depois de outro ano ruim em 1998, eles adotaram uma estratégia diferente – simples na teoria, mas árdua de aplicar na prática: para cada decisão que precisassem tomar, os atletas realizariam a seguinte pergunta: “isso fará o barco ir mais rápido?”. Dali em diante, só o que respondeu “sim” a essa questão fez parte das suas vidas. Todo o resto foi eliminado. O grupo virou um executor nato de poucas coisas, só das que importavam.

O objetivo da equipe de remo tornou-se o processo, que só dependia deles, e não mais a medalha, que era consequência

Com isso, os atletas se afastaram das distrações e passaram a focar única e exclusivamente nas ações que poderiam dar mais velocidade à embarcação. O objetivo tornou-se o processo, que só dependia deles, e não mais a medalha, que era consequência. Enquanto as tarefas controláveis receberam atenção, todas as que estavam além do alcance foram descartadas.

Em 1999, as coisas começaram a mudar. O time obteve o 2.º lugar em quatro corridas. Em 2000, o 1.º lugar em três corridas. E no dia 24 de setembro daquele ano, nas Olimpíadas de Sidney, os britânicos conquistaram a medalha de ouro, a 1ª olímpica depois de 88 anos. Essa jornada épica virou um livro, cujo título em inglês é Will it make the boat go faster?, que mostra como a divisão de grandes metas em tarefas diárias e gerenciáveis, somada à execução minuciosa e disciplinada, podem ser a chave para alcançar grandes feitos.

O esporte atual evidencia algo cada vez mais comum em qualquer ramo da vida: como é difícil estar entre os melhores. Em Paris, nos 400 metros livres da natação masculina, por exemplo, a diferença entre o 1.º e o 5.º colocado foi menor que 1 segundo. No remo feminino para quatro remadoras, 0,15 segundos separaram o ouro da prata.

Isso torna as Olimpíadas uma fonte inesgotável de lições para profissionais e empresas. Com vários atletas alcançando a performance das suas vidas, esse evento enfatiza a importância da consistência, do foco e da disposição para fazer sacrifícios a todos que buscam resultados extraordinários em suas carreiras.

Opinião por Mauricio Benvenutti

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