Minutos deverão ceder aos megabytes


Operadoras terão de se adaptar ao cenário em que dados e voz trafegam via web

Por Redação
Atualização:

Por Jenna Wortham

Hoje você toma cuidado para não esgotar os minutos disponíveis no seu plano de celulares. Mas logo mais essa preocupação mudará de unidade e passará a ser medida em megabytes. No modelo atual, operadoras de telefonia reúnem o tráfego de voz e de dados em redes separadas e cobram dos usuários de acordo com o uso. Analistas e executivos da indústria dizem que, já, já, mensagens de texto e chamadas de vídeo e voz circularão via rede de dados. A recente compra do Skype pela Microsoft pode acelerar esta mudança – que vai obrigar operadoras a se adaptar. Elas virão sua renda diminuir na medida em que chamadas telefônicas, videoconferência e SMS poderão ser trocados gratuitamente via web.

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A indústria das telecomunicações já vive uma situação de incerteza conforme um número cada vez maior de pessoas troca a telefonia fixa pela móvel. Agora as operadoras buscam novas maneiras de ganhar dinheiro com base na banda larga móvel e nos aplicativos, abandonando a contagem de minutos.

“No fim, tudo vai migrar para um canal de dados”, disse Brian Higgins, executivo da operadora norte-americana Verizon. “Estamos nos afastando do modelo de comunicação compartimentada rumo a um sistema no qual tudo será reunido num mesmo formato.” Analistas concordam que a intenção da Microsoft não é seduzir os usuários das operadoras. Em vez disso, seu objetivo é revitalizar a empresa com a criação de programas inovadores para smartphones e tablets, incorporando a eles o Skype.

Para que a estratégia funcione, a Microsoft precisa que empresas como AT&T e Verizon Wireless invistam sua confiança e seus recursos de marketing nestes novos tipos de dispositivo. Mas a compra do Skype significa também que há um interesse maior na próxima geração de serviços de comunicação. Ele não é o único motivo de preocupação para as operadoras da telefonia. Um conjunto de aplicativos de mensagem instantânea (veja acima) permite o envio de mensagens pelas redes de dados, evitando o custo de enviar e receber SMS no formato padrão.

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Outros concorrentes. As operadoras já precisam lidar com muitos novos concorrentes no setor das comunicações. Empresas como Apple, Facebook e Google oferecem serviços que eram tradicionalmente proporcionados apenas pelas operadoras. Os analistas dizem que, para as operadoras, o risco é virar “canais passivos”, oferecendo apenas a conexão com a rede de dados e não mais comercializando elas mesmas os sofisticados serviços de comunicação.

Chetan Sharma, analista independente do setor das comunicações, destaca que a crescente popularidade dos aplicativos para celular prejudicou uma operadora específica. No mês passado, a holandesa KPN reduziu sua previsão de lucro e apresentou um declínio de 10% na renda do trimestre no setor das mensagens instantâneas, recuo que a empresa atribuiu ao uso de aplicativos que oferecem aos usuários acesso gratuito a serviços de voz e texto desde que possuam um plano de acesso à rede de dados. “É um dos primeiros indícios do que pode ocorrer em outros mercados.” Sharma afirma que, nos EUA, nada indica que o volume de mensagens de texto de minutos de voz esteja em declínio. Segundo ele, a renda com os serviços de voz recuou 7% nos EUA ao longo dos últimos 4 anos, enquanto a renda proporcionada pelos serviços de dados aumentou 132%. Os planos de dados representam hoje 35% da renda da indústria da telefonia móvel.

As operadoras responderam de formas diferentes à mudança. Algumas tentam se aproveitar da nova onda. A Sprint uniu-se ao Google para permitir que seus usuários associem seus números de telefone Sprint ao Google Voice, serviço que toca todos os telefones de uma pessoa – envia até um alerta por e-mail – quando alguém liga para ela.

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Outras, como a Verizon, dizem que ainda há bastante lucro a ser obtido a partir das redes celulares de dados. Elas afirmam que a demanda por serviços de dados vai impulsionar as vendas e a adoção dos smartphones, mais lucrativos para as operadoras porque exigem caros planos de dados. “Haverá um aumento na demanda por dispositivos capazes de acessar uma banda de dados mais larga e isso me parece encorajador”, disse Higgins, da Verizon.

Por Jenna Wortham

Hoje você toma cuidado para não esgotar os minutos disponíveis no seu plano de celulares. Mas logo mais essa preocupação mudará de unidade e passará a ser medida em megabytes. No modelo atual, operadoras de telefonia reúnem o tráfego de voz e de dados em redes separadas e cobram dos usuários de acordo com o uso. Analistas e executivos da indústria dizem que, já, já, mensagens de texto e chamadas de vídeo e voz circularão via rede de dados. A recente compra do Skype pela Microsoft pode acelerar esta mudança – que vai obrigar operadoras a se adaptar. Elas virão sua renda diminuir na medida em que chamadas telefônicas, videoconferência e SMS poderão ser trocados gratuitamente via web.

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A indústria das telecomunicações já vive uma situação de incerteza conforme um número cada vez maior de pessoas troca a telefonia fixa pela móvel. Agora as operadoras buscam novas maneiras de ganhar dinheiro com base na banda larga móvel e nos aplicativos, abandonando a contagem de minutos.

“No fim, tudo vai migrar para um canal de dados”, disse Brian Higgins, executivo da operadora norte-americana Verizon. “Estamos nos afastando do modelo de comunicação compartimentada rumo a um sistema no qual tudo será reunido num mesmo formato.” Analistas concordam que a intenção da Microsoft não é seduzir os usuários das operadoras. Em vez disso, seu objetivo é revitalizar a empresa com a criação de programas inovadores para smartphones e tablets, incorporando a eles o Skype.

Para que a estratégia funcione, a Microsoft precisa que empresas como AT&T e Verizon Wireless invistam sua confiança e seus recursos de marketing nestes novos tipos de dispositivo. Mas a compra do Skype significa também que há um interesse maior na próxima geração de serviços de comunicação. Ele não é o único motivo de preocupação para as operadoras da telefonia. Um conjunto de aplicativos de mensagem instantânea (veja acima) permite o envio de mensagens pelas redes de dados, evitando o custo de enviar e receber SMS no formato padrão.

Outros concorrentes. As operadoras já precisam lidar com muitos novos concorrentes no setor das comunicações. Empresas como Apple, Facebook e Google oferecem serviços que eram tradicionalmente proporcionados apenas pelas operadoras. Os analistas dizem que, para as operadoras, o risco é virar “canais passivos”, oferecendo apenas a conexão com a rede de dados e não mais comercializando elas mesmas os sofisticados serviços de comunicação.

Chetan Sharma, analista independente do setor das comunicações, destaca que a crescente popularidade dos aplicativos para celular prejudicou uma operadora específica. No mês passado, a holandesa KPN reduziu sua previsão de lucro e apresentou um declínio de 10% na renda do trimestre no setor das mensagens instantâneas, recuo que a empresa atribuiu ao uso de aplicativos que oferecem aos usuários acesso gratuito a serviços de voz e texto desde que possuam um plano de acesso à rede de dados. “É um dos primeiros indícios do que pode ocorrer em outros mercados.” Sharma afirma que, nos EUA, nada indica que o volume de mensagens de texto de minutos de voz esteja em declínio. Segundo ele, a renda com os serviços de voz recuou 7% nos EUA ao longo dos últimos 4 anos, enquanto a renda proporcionada pelos serviços de dados aumentou 132%. Os planos de dados representam hoje 35% da renda da indústria da telefonia móvel.

As operadoras responderam de formas diferentes à mudança. Algumas tentam se aproveitar da nova onda. A Sprint uniu-se ao Google para permitir que seus usuários associem seus números de telefone Sprint ao Google Voice, serviço que toca todos os telefones de uma pessoa – envia até um alerta por e-mail – quando alguém liga para ela.

Outras, como a Verizon, dizem que ainda há bastante lucro a ser obtido a partir das redes celulares de dados. Elas afirmam que a demanda por serviços de dados vai impulsionar as vendas e a adoção dos smartphones, mais lucrativos para as operadoras porque exigem caros planos de dados. “Haverá um aumento na demanda por dispositivos capazes de acessar uma banda de dados mais larga e isso me parece encorajador”, disse Higgins, da Verizon.

Por Jenna Wortham

Hoje você toma cuidado para não esgotar os minutos disponíveis no seu plano de celulares. Mas logo mais essa preocupação mudará de unidade e passará a ser medida em megabytes. No modelo atual, operadoras de telefonia reúnem o tráfego de voz e de dados em redes separadas e cobram dos usuários de acordo com o uso. Analistas e executivos da indústria dizem que, já, já, mensagens de texto e chamadas de vídeo e voz circularão via rede de dados. A recente compra do Skype pela Microsoft pode acelerar esta mudança – que vai obrigar operadoras a se adaptar. Elas virão sua renda diminuir na medida em que chamadas telefônicas, videoconferência e SMS poderão ser trocados gratuitamente via web.

—- • Siga o ‘Link’ no Twitter e no Facebook

A indústria das telecomunicações já vive uma situação de incerteza conforme um número cada vez maior de pessoas troca a telefonia fixa pela móvel. Agora as operadoras buscam novas maneiras de ganhar dinheiro com base na banda larga móvel e nos aplicativos, abandonando a contagem de minutos.

“No fim, tudo vai migrar para um canal de dados”, disse Brian Higgins, executivo da operadora norte-americana Verizon. “Estamos nos afastando do modelo de comunicação compartimentada rumo a um sistema no qual tudo será reunido num mesmo formato.” Analistas concordam que a intenção da Microsoft não é seduzir os usuários das operadoras. Em vez disso, seu objetivo é revitalizar a empresa com a criação de programas inovadores para smartphones e tablets, incorporando a eles o Skype.

Para que a estratégia funcione, a Microsoft precisa que empresas como AT&T e Verizon Wireless invistam sua confiança e seus recursos de marketing nestes novos tipos de dispositivo. Mas a compra do Skype significa também que há um interesse maior na próxima geração de serviços de comunicação. Ele não é o único motivo de preocupação para as operadoras da telefonia. Um conjunto de aplicativos de mensagem instantânea (veja acima) permite o envio de mensagens pelas redes de dados, evitando o custo de enviar e receber SMS no formato padrão.

Outros concorrentes. As operadoras já precisam lidar com muitos novos concorrentes no setor das comunicações. Empresas como Apple, Facebook e Google oferecem serviços que eram tradicionalmente proporcionados apenas pelas operadoras. Os analistas dizem que, para as operadoras, o risco é virar “canais passivos”, oferecendo apenas a conexão com a rede de dados e não mais comercializando elas mesmas os sofisticados serviços de comunicação.

Chetan Sharma, analista independente do setor das comunicações, destaca que a crescente popularidade dos aplicativos para celular prejudicou uma operadora específica. No mês passado, a holandesa KPN reduziu sua previsão de lucro e apresentou um declínio de 10% na renda do trimestre no setor das mensagens instantâneas, recuo que a empresa atribuiu ao uso de aplicativos que oferecem aos usuários acesso gratuito a serviços de voz e texto desde que possuam um plano de acesso à rede de dados. “É um dos primeiros indícios do que pode ocorrer em outros mercados.” Sharma afirma que, nos EUA, nada indica que o volume de mensagens de texto de minutos de voz esteja em declínio. Segundo ele, a renda com os serviços de voz recuou 7% nos EUA ao longo dos últimos 4 anos, enquanto a renda proporcionada pelos serviços de dados aumentou 132%. Os planos de dados representam hoje 35% da renda da indústria da telefonia móvel.

As operadoras responderam de formas diferentes à mudança. Algumas tentam se aproveitar da nova onda. A Sprint uniu-se ao Google para permitir que seus usuários associem seus números de telefone Sprint ao Google Voice, serviço que toca todos os telefones de uma pessoa – envia até um alerta por e-mail – quando alguém liga para ela.

Outras, como a Verizon, dizem que ainda há bastante lucro a ser obtido a partir das redes celulares de dados. Elas afirmam que a demanda por serviços de dados vai impulsionar as vendas e a adoção dos smartphones, mais lucrativos para as operadoras porque exigem caros planos de dados. “Haverá um aumento na demanda por dispositivos capazes de acessar uma banda de dados mais larga e isso me parece encorajador”, disse Higgins, da Verizon.

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