Operadoras de telefonia celular discutem unificar redes


Anatel estuda usar a nova empresa que seria criada com a unificação para universalizar a banda larga

Por Agencia Estado

O presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Plínio de Aguiar Júnior, defendeu na segunda-feira à noite, durante a abertura do evento Futurecom, em Florianópolis, a separação das empresas de redes e de prestação de serviços em telecomunicações como uma forma de aumentar a competição no setor. A medida, no entanto, está sendo discutida pelas empresas de um dos setores mais competitivos envolvidos: a telefonia celular. O presidente da Vivo, Roberto Lima, defendeu ontem a criação de uma sociedade que reunisse as redes de todas operadoras, na qual as companhias seriam acionistas, para que as operadoras pudessem concentrar esforços no serviço prestado ao cliente. Além dos debates internacionais, a inspiração de Lima veio de sua experiência à frente da Credicard. Ele citou o caso da Visanet, empresa que administra a rede de transmissão de informações das transações financeiras feitas com cartões de crédito. ´Esta seria uma boa alternativa para a terceira geração´, disse Luiz Eduardo Falco, presidente da Telemar. A Anatel discute leiloar licenças de terceira geração da telefonia celular, mas boa parte das operadoras é contra, dizendo que ainda precisam amortizar os investimentos feitos na tecnologia usada hoje. ´Quando estávamos para lançar a Oi, chegamos a discutir a instalação da rede em conjunto com a TIM, mas não deu certo´, destacou Falco. Para ele, seria difícil integrar numa nova empresa a infra-estrutura que já existe. ´Para novos investimentos, acho que tudo é possível.´ A possibilidade começou a ser discutida pelas operadoras, num momento em que o governo quer ampliar a presença do celular em cidades menores, que não justificariam a instalação de redes paralelas. De acordo com o conselheiro José Leite Pereira Filho, da Anatel, ainda se trata de uma idéia, e não de um projeto. Ele sugeriu que essa empresa de infra-estrutura de redes pode ser usada para universalizar a banda larga. ´A separação deve ser o caminho de evolução do setor´, afirmou Mario Cesar Pereira de Araujo, presidente da TIM Brasil. O executivo destacou que a British Telecom já separou a rede da operação e que os órgãos reguladores europeus pressionam as operadoras a adotarem o modelo. Lima, da Vivo, acredita que o compartilhamento de redes pode ser um meio efetivo de ampliar a cobertura do serviço celular, melhorar a rentabilidade e, ao mesmo tempo, levar as operadoras a concentrarem sua atenção no atendimento dos consumidores. Ele contou que apresentou este plano às demais empresas do setor, bem como à Anatel, e que sua idéia foi recebida positivamente. Separação O presidente da Vivo destacou que o projeto não guarda relação com a decisão de investir em uma rede GSM. ´Nossa cobertura GSM será de um para um com a CDMA.´ Com isso, ele quis afastar a interpretação de que a companhia poderia defender sua idéia para utilizar a infra-estrutura das concorrentes e, com isso, economizar os gastos com a nova rede. João Cox, presidente da Claro, não considera uma boa idéia a proposta de separar a infra-estrutura da operação de rede das celulares. ´Isto faz mais sentido para as operadoras fixas, não para as móveis´, disse o executivo. Os radiodifusores defendem que o limite constitucional de 30% de capital estrangeiro nas empresas de comunicação seja estendida às operadoras de telecomunicações que distribuem vídeo. Mas, para Mario Cesar Pereira de Araujo, presidente da TIM Brasil, isso não protegeria o conteúdo nacional. ´Fala-se muito do capital´, disse ontem o executivo, durante o Futurecom. ´Mas não adianta ter capital nacional e só trazer enlatados.´ Como solução, Araujo propõe que sejam impostas cotas de conteúdo nacional quando o vídeo é distribuído, via internet ou celular, em uma grade de programação. A proposta já é discutida na Europa pela Comissão Européia. Ele citou o exemplo do que já acontece no Reino Unido para a televisão aberta. Lá, as emissoras são obrigadas a veicular entre 60% e 70% de conteúdo nacional.

O presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Plínio de Aguiar Júnior, defendeu na segunda-feira à noite, durante a abertura do evento Futurecom, em Florianópolis, a separação das empresas de redes e de prestação de serviços em telecomunicações como uma forma de aumentar a competição no setor. A medida, no entanto, está sendo discutida pelas empresas de um dos setores mais competitivos envolvidos: a telefonia celular. O presidente da Vivo, Roberto Lima, defendeu ontem a criação de uma sociedade que reunisse as redes de todas operadoras, na qual as companhias seriam acionistas, para que as operadoras pudessem concentrar esforços no serviço prestado ao cliente. Além dos debates internacionais, a inspiração de Lima veio de sua experiência à frente da Credicard. Ele citou o caso da Visanet, empresa que administra a rede de transmissão de informações das transações financeiras feitas com cartões de crédito. ´Esta seria uma boa alternativa para a terceira geração´, disse Luiz Eduardo Falco, presidente da Telemar. A Anatel discute leiloar licenças de terceira geração da telefonia celular, mas boa parte das operadoras é contra, dizendo que ainda precisam amortizar os investimentos feitos na tecnologia usada hoje. ´Quando estávamos para lançar a Oi, chegamos a discutir a instalação da rede em conjunto com a TIM, mas não deu certo´, destacou Falco. Para ele, seria difícil integrar numa nova empresa a infra-estrutura que já existe. ´Para novos investimentos, acho que tudo é possível.´ A possibilidade começou a ser discutida pelas operadoras, num momento em que o governo quer ampliar a presença do celular em cidades menores, que não justificariam a instalação de redes paralelas. De acordo com o conselheiro José Leite Pereira Filho, da Anatel, ainda se trata de uma idéia, e não de um projeto. Ele sugeriu que essa empresa de infra-estrutura de redes pode ser usada para universalizar a banda larga. ´A separação deve ser o caminho de evolução do setor´, afirmou Mario Cesar Pereira de Araujo, presidente da TIM Brasil. O executivo destacou que a British Telecom já separou a rede da operação e que os órgãos reguladores europeus pressionam as operadoras a adotarem o modelo. Lima, da Vivo, acredita que o compartilhamento de redes pode ser um meio efetivo de ampliar a cobertura do serviço celular, melhorar a rentabilidade e, ao mesmo tempo, levar as operadoras a concentrarem sua atenção no atendimento dos consumidores. Ele contou que apresentou este plano às demais empresas do setor, bem como à Anatel, e que sua idéia foi recebida positivamente. Separação O presidente da Vivo destacou que o projeto não guarda relação com a decisão de investir em uma rede GSM. ´Nossa cobertura GSM será de um para um com a CDMA.´ Com isso, ele quis afastar a interpretação de que a companhia poderia defender sua idéia para utilizar a infra-estrutura das concorrentes e, com isso, economizar os gastos com a nova rede. João Cox, presidente da Claro, não considera uma boa idéia a proposta de separar a infra-estrutura da operação de rede das celulares. ´Isto faz mais sentido para as operadoras fixas, não para as móveis´, disse o executivo. Os radiodifusores defendem que o limite constitucional de 30% de capital estrangeiro nas empresas de comunicação seja estendida às operadoras de telecomunicações que distribuem vídeo. Mas, para Mario Cesar Pereira de Araujo, presidente da TIM Brasil, isso não protegeria o conteúdo nacional. ´Fala-se muito do capital´, disse ontem o executivo, durante o Futurecom. ´Mas não adianta ter capital nacional e só trazer enlatados.´ Como solução, Araujo propõe que sejam impostas cotas de conteúdo nacional quando o vídeo é distribuído, via internet ou celular, em uma grade de programação. A proposta já é discutida na Europa pela Comissão Européia. Ele citou o exemplo do que já acontece no Reino Unido para a televisão aberta. Lá, as emissoras são obrigadas a veicular entre 60% e 70% de conteúdo nacional.

O presidente da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), Plínio de Aguiar Júnior, defendeu na segunda-feira à noite, durante a abertura do evento Futurecom, em Florianópolis, a separação das empresas de redes e de prestação de serviços em telecomunicações como uma forma de aumentar a competição no setor. A medida, no entanto, está sendo discutida pelas empresas de um dos setores mais competitivos envolvidos: a telefonia celular. O presidente da Vivo, Roberto Lima, defendeu ontem a criação de uma sociedade que reunisse as redes de todas operadoras, na qual as companhias seriam acionistas, para que as operadoras pudessem concentrar esforços no serviço prestado ao cliente. Além dos debates internacionais, a inspiração de Lima veio de sua experiência à frente da Credicard. Ele citou o caso da Visanet, empresa que administra a rede de transmissão de informações das transações financeiras feitas com cartões de crédito. ´Esta seria uma boa alternativa para a terceira geração´, disse Luiz Eduardo Falco, presidente da Telemar. A Anatel discute leiloar licenças de terceira geração da telefonia celular, mas boa parte das operadoras é contra, dizendo que ainda precisam amortizar os investimentos feitos na tecnologia usada hoje. ´Quando estávamos para lançar a Oi, chegamos a discutir a instalação da rede em conjunto com a TIM, mas não deu certo´, destacou Falco. Para ele, seria difícil integrar numa nova empresa a infra-estrutura que já existe. ´Para novos investimentos, acho que tudo é possível.´ A possibilidade começou a ser discutida pelas operadoras, num momento em que o governo quer ampliar a presença do celular em cidades menores, que não justificariam a instalação de redes paralelas. De acordo com o conselheiro José Leite Pereira Filho, da Anatel, ainda se trata de uma idéia, e não de um projeto. Ele sugeriu que essa empresa de infra-estrutura de redes pode ser usada para universalizar a banda larga. ´A separação deve ser o caminho de evolução do setor´, afirmou Mario Cesar Pereira de Araujo, presidente da TIM Brasil. O executivo destacou que a British Telecom já separou a rede da operação e que os órgãos reguladores europeus pressionam as operadoras a adotarem o modelo. Lima, da Vivo, acredita que o compartilhamento de redes pode ser um meio efetivo de ampliar a cobertura do serviço celular, melhorar a rentabilidade e, ao mesmo tempo, levar as operadoras a concentrarem sua atenção no atendimento dos consumidores. Ele contou que apresentou este plano às demais empresas do setor, bem como à Anatel, e que sua idéia foi recebida positivamente. Separação O presidente da Vivo destacou que o projeto não guarda relação com a decisão de investir em uma rede GSM. ´Nossa cobertura GSM será de um para um com a CDMA.´ Com isso, ele quis afastar a interpretação de que a companhia poderia defender sua idéia para utilizar a infra-estrutura das concorrentes e, com isso, economizar os gastos com a nova rede. João Cox, presidente da Claro, não considera uma boa idéia a proposta de separar a infra-estrutura da operação de rede das celulares. ´Isto faz mais sentido para as operadoras fixas, não para as móveis´, disse o executivo. Os radiodifusores defendem que o limite constitucional de 30% de capital estrangeiro nas empresas de comunicação seja estendida às operadoras de telecomunicações que distribuem vídeo. Mas, para Mario Cesar Pereira de Araujo, presidente da TIM Brasil, isso não protegeria o conteúdo nacional. ´Fala-se muito do capital´, disse ontem o executivo, durante o Futurecom. ´Mas não adianta ter capital nacional e só trazer enlatados.´ Como solução, Araujo propõe que sejam impostas cotas de conteúdo nacional quando o vídeo é distribuído, via internet ou celular, em uma grade de programação. A proposta já é discutida na Europa pela Comissão Européia. Ele citou o exemplo do que já acontece no Reino Unido para a televisão aberta. Lá, as emissoras são obrigadas a veicular entre 60% e 70% de conteúdo nacional.

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