Orkut faz 10 anos e curte sobrevida


A ex-maior rede social do País tem hoje seis milhões de usuários e um vasto acervo da memória digital brasileira

Por Murilo Roncolato

A ex-maior rede social do País tem hoje seis milhões de usuários e um vasto acervo da memória digital brasileira

 

SÃO PAULO – A primeira – e talvez única – rede social do Google a cair no gosto dos brasileiros comemora nesta sexta-feira, 24, dez anos de nascimento, sucesso total, abandono e, desde então, sobrevida. O Orkut completa sua década com presença apenas no Brasil (a Índia abandonou massivamente o Orkut no início de 2011), onde se configura como a quinta maior rede do País, com 6 milhões de usuários ativos no mês.

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Para quem já teve a máxima atenção do Google local, principalmente quando contava com 40 milhões de usuários brasileiros trocando scraps e depoimentos (entre outras coisas) o dia todo, hoje a rede não recebe atualizações relevantes há pelo menos um ano, mesmo contando com uma equipe do Google Brasil em Belo Horizonte dedicada a ela.

+ 10 motivos para sentir saudade do Orkut

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Fábio Coelho, diretor-geral do Google Brasil, disse em entrevista ao Link que a empresa não tem planos para a rede social e nem orientação da sede, nos Estados Unidos, sobre o que fazer com o espaço virtual, seu arquivo riquíssimo ou os dados coletados.

“O que faz uma rede de usuários é a rede entre eles. Quem manda no Orkut é o usuário, enquanto houver pessoas lá, ela deve existir. É possível que se esse grupo ficar pequeno, nós possamos descontinuar a plataforma, mas não temos decisão nenhuma sobre isso hoje”, diz.

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Preservação e memória O advogado e diretor do Instituto de Tecnologia e Sociedade, Ronaldo Lemos, há tempos se preocupa com a preservação de todo o conteúdo produzido no Orkut, por representar parte da “memória digital do país”, como disse em um artigo à Revista Trip. “Esses sites (Orkut em especial) refletem não só o presente, mas a memória detalhada das mais diversas e fascinantes relações sociais”, escreve.

+ Relembre a trajetória do Orkut pelo Acervo do Estadão

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Para Fábio Coelho, o “acervo” do Orkut deve ser feito pelos próprios usuários e vê hoje o YouTube como detentor do maior acervo comportamental do brasileiro. “O acervo é do usuário. O Google tem tantas outras formas de criar acervos relevantes de cultura, com Institutos e Museus, por exemplo. Não que o acervo comportamental não seja relevante, mas ele não é nosso, é do usuário. De certa maneira, isso evoluiu para o YouTube, ele é o maior acervo de vídeo da história.”

Substituição

O começo do fim do Orkut não é certo, mas seu ponto crítico certamente foi em 2011, quando os brasileiros online ficaram divididos entre o Facebook, uma rede social mais sofisticada para a época, e o Orkut. No plano internacional, o Google tentou responder à imensa popularidade do produto de Mark Zuckerberg e lançou em junho o Google+ (Plus), rede social que mais tarde agregaria sob uma única conta todos os serviços do Google.

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Não demorou, e os usuários remanescentes do Orkut começaram a receber convites para um “upgrade” e, finalmente, abandonarem a rede “velha” e adotar o produto mainstream da empresa. Curiosamente, no início de 2012, mostrando ainda contar com equipe de desenvolvimento própria, o Orkut anuncia apps para plataforma iOS e Android.

Em abril daquele ano, o Facebook superou pela primeira vez, em audiência, os sites do Google no Brasil. Já era de se esperar. Enquanto o Facebook cativava mais público, o número de usuários do Orkut – desde 2011 – não parava de cair. Em julho deste ano, no entanto, a rede social que já amargava a terceira posição no ranking de popularidade das redes, perdeu o post e caiu para o quinto lugar.

Sem data para acabar, a rede continua a ser utilizada, principalmente em função da sua estrutura de comunidades, onde milhões de brasileiros ainda passam seu tempo compartilhando ideias.

A ex-maior rede social do País tem hoje seis milhões de usuários e um vasto acervo da memória digital brasileira

 

SÃO PAULO – A primeira – e talvez única – rede social do Google a cair no gosto dos brasileiros comemora nesta sexta-feira, 24, dez anos de nascimento, sucesso total, abandono e, desde então, sobrevida. O Orkut completa sua década com presença apenas no Brasil (a Índia abandonou massivamente o Orkut no início de 2011), onde se configura como a quinta maior rede do País, com 6 milhões de usuários ativos no mês.

 

Para quem já teve a máxima atenção do Google local, principalmente quando contava com 40 milhões de usuários brasileiros trocando scraps e depoimentos (entre outras coisas) o dia todo, hoje a rede não recebe atualizações relevantes há pelo menos um ano, mesmo contando com uma equipe do Google Brasil em Belo Horizonte dedicada a ela.

+ 10 motivos para sentir saudade do Orkut

Fábio Coelho, diretor-geral do Google Brasil, disse em entrevista ao Link que a empresa não tem planos para a rede social e nem orientação da sede, nos Estados Unidos, sobre o que fazer com o espaço virtual, seu arquivo riquíssimo ou os dados coletados.

“O que faz uma rede de usuários é a rede entre eles. Quem manda no Orkut é o usuário, enquanto houver pessoas lá, ela deve existir. É possível que se esse grupo ficar pequeno, nós possamos descontinuar a plataforma, mas não temos decisão nenhuma sobre isso hoje”, diz.

Preservação e memória O advogado e diretor do Instituto de Tecnologia e Sociedade, Ronaldo Lemos, há tempos se preocupa com a preservação de todo o conteúdo produzido no Orkut, por representar parte da “memória digital do país”, como disse em um artigo à Revista Trip. “Esses sites (Orkut em especial) refletem não só o presente, mas a memória detalhada das mais diversas e fascinantes relações sociais”, escreve.

+ Relembre a trajetória do Orkut pelo Acervo do Estadão

Para Fábio Coelho, o “acervo” do Orkut deve ser feito pelos próprios usuários e vê hoje o YouTube como detentor do maior acervo comportamental do brasileiro. “O acervo é do usuário. O Google tem tantas outras formas de criar acervos relevantes de cultura, com Institutos e Museus, por exemplo. Não que o acervo comportamental não seja relevante, mas ele não é nosso, é do usuário. De certa maneira, isso evoluiu para o YouTube, ele é o maior acervo de vídeo da história.”

Substituição

O começo do fim do Orkut não é certo, mas seu ponto crítico certamente foi em 2011, quando os brasileiros online ficaram divididos entre o Facebook, uma rede social mais sofisticada para a época, e o Orkut. No plano internacional, o Google tentou responder à imensa popularidade do produto de Mark Zuckerberg e lançou em junho o Google+ (Plus), rede social que mais tarde agregaria sob uma única conta todos os serviços do Google.

Não demorou, e os usuários remanescentes do Orkut começaram a receber convites para um “upgrade” e, finalmente, abandonarem a rede “velha” e adotar o produto mainstream da empresa. Curiosamente, no início de 2012, mostrando ainda contar com equipe de desenvolvimento própria, o Orkut anuncia apps para plataforma iOS e Android.

Em abril daquele ano, o Facebook superou pela primeira vez, em audiência, os sites do Google no Brasil. Já era de se esperar. Enquanto o Facebook cativava mais público, o número de usuários do Orkut – desde 2011 – não parava de cair. Em julho deste ano, no entanto, a rede social que já amargava a terceira posição no ranking de popularidade das redes, perdeu o post e caiu para o quinto lugar.

Sem data para acabar, a rede continua a ser utilizada, principalmente em função da sua estrutura de comunidades, onde milhões de brasileiros ainda passam seu tempo compartilhando ideias.

A ex-maior rede social do País tem hoje seis milhões de usuários e um vasto acervo da memória digital brasileira

 

SÃO PAULO – A primeira – e talvez única – rede social do Google a cair no gosto dos brasileiros comemora nesta sexta-feira, 24, dez anos de nascimento, sucesso total, abandono e, desde então, sobrevida. O Orkut completa sua década com presença apenas no Brasil (a Índia abandonou massivamente o Orkut no início de 2011), onde se configura como a quinta maior rede do País, com 6 milhões de usuários ativos no mês.

 

Para quem já teve a máxima atenção do Google local, principalmente quando contava com 40 milhões de usuários brasileiros trocando scraps e depoimentos (entre outras coisas) o dia todo, hoje a rede não recebe atualizações relevantes há pelo menos um ano, mesmo contando com uma equipe do Google Brasil em Belo Horizonte dedicada a ela.

+ 10 motivos para sentir saudade do Orkut

Fábio Coelho, diretor-geral do Google Brasil, disse em entrevista ao Link que a empresa não tem planos para a rede social e nem orientação da sede, nos Estados Unidos, sobre o que fazer com o espaço virtual, seu arquivo riquíssimo ou os dados coletados.

“O que faz uma rede de usuários é a rede entre eles. Quem manda no Orkut é o usuário, enquanto houver pessoas lá, ela deve existir. É possível que se esse grupo ficar pequeno, nós possamos descontinuar a plataforma, mas não temos decisão nenhuma sobre isso hoje”, diz.

Preservação e memória O advogado e diretor do Instituto de Tecnologia e Sociedade, Ronaldo Lemos, há tempos se preocupa com a preservação de todo o conteúdo produzido no Orkut, por representar parte da “memória digital do país”, como disse em um artigo à Revista Trip. “Esses sites (Orkut em especial) refletem não só o presente, mas a memória detalhada das mais diversas e fascinantes relações sociais”, escreve.

+ Relembre a trajetória do Orkut pelo Acervo do Estadão

Para Fábio Coelho, o “acervo” do Orkut deve ser feito pelos próprios usuários e vê hoje o YouTube como detentor do maior acervo comportamental do brasileiro. “O acervo é do usuário. O Google tem tantas outras formas de criar acervos relevantes de cultura, com Institutos e Museus, por exemplo. Não que o acervo comportamental não seja relevante, mas ele não é nosso, é do usuário. De certa maneira, isso evoluiu para o YouTube, ele é o maior acervo de vídeo da história.”

Substituição

O começo do fim do Orkut não é certo, mas seu ponto crítico certamente foi em 2011, quando os brasileiros online ficaram divididos entre o Facebook, uma rede social mais sofisticada para a época, e o Orkut. No plano internacional, o Google tentou responder à imensa popularidade do produto de Mark Zuckerberg e lançou em junho o Google+ (Plus), rede social que mais tarde agregaria sob uma única conta todos os serviços do Google.

Não demorou, e os usuários remanescentes do Orkut começaram a receber convites para um “upgrade” e, finalmente, abandonarem a rede “velha” e adotar o produto mainstream da empresa. Curiosamente, no início de 2012, mostrando ainda contar com equipe de desenvolvimento própria, o Orkut anuncia apps para plataforma iOS e Android.

Em abril daquele ano, o Facebook superou pela primeira vez, em audiência, os sites do Google no Brasil. Já era de se esperar. Enquanto o Facebook cativava mais público, o número de usuários do Orkut – desde 2011 – não parava de cair. Em julho deste ano, no entanto, a rede social que já amargava a terceira posição no ranking de popularidade das redes, perdeu o post e caiu para o quinto lugar.

Sem data para acabar, a rede continua a ser utilizada, principalmente em função da sua estrutura de comunidades, onde milhões de brasileiros ainda passam seu tempo compartilhando ideias.

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