Jornalista, escritor e palestrante. Escreve às quintas

Opinião|Algoritmos que espalham fake news são triviais em relação ao que nos aguarda no futuro da IA


Perder noção dos avanços da tecnologia é realmente um risco

Por Pedro Doria

Este que começa é o ano dois da Era da Inteligência Artificial (IA). Vai ser, mais ou menos até o fim da década, uma montanha-russa. O risco, porém, conforme a tecnologia avança, é de não percebermos. Às vezes é assim com tecnologia: a cada ano os computadores vão ficando um pouquinho mais rápidos, as câmeras dos celulares um tantinho mais nítidas, e perdemos a noção dos saltos. Perder esta noção, com IA, é realmente um risco.

Sundar Pichai, CEO do Google, costuma comparar IA com eletricidade. Porque IA não é como o computador ou o celular, aquelas coisas que ligamos à rede elétrica. Inteligência artificial é, e será cada vez mais, a infraestrutura do mundo.

Ano 2 da inteligência artificial promete ser uma montanha russa Foto: Dado Ruvic/Reuters
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Claro, neste ano e no próximo veremos cada vez mais avanços em vídeos. Aí veremos surgir, em 2025 ou um pouco adiante, os resultados dos primeiros modelos de IA voltados não para imagens ou palavras, mas para química, para física. Pediremos não que criem fotografias perfeitas ou resumos corretos, mas que projetem aviões ou remédios.

Mas aos poucos, sem estardalhaço, IAs vão lentamente ser integradas aos processos internos das empresas, nos equipamentos urbanos, na burocracia dos Estados. Cada vez mais tomarão decisões. Vão avaliar os sensores de tempo, o volume de água nos bueiros, as imagens captadas pelas câmeras de segurança nas ruas. Tomarão decisões de compra de papel higiênico com base no inventário corrente. Decidirão que município recebe que verba, e quando. No início será assim: IAs nos livrarão das pequenas decisões cotidianas. Aquilo que é óbvio, gastando tempo precioso no qual poderíamos criar. Inteligências artificiais muito raramente cometerão aqueles pequenos erros que nós cometemos e, assim, tudo vai começar a funcionar de maneira mais fluida.

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Ocorre que nada disso é inocente. Cada pequena decisão tem efeitos diversos. Para um sistema desses permitir a vigilância total de cada cidadão é simples. Mesmo sem tanto, é certo que o Estado ou empresas muito, muito grandes terão monopólio de acesso a dados, ou conclusões a partir de dados, que pessoas comuns não têm. É poder como nunca houve.

O caso de mentira publicada pelo canal de fofocas Choquei!, que levou ao suicídio a jovem Jéssica Canuto próximo do Natal, vai despertar novamente o debate sobre regulamentação das redes sociais. No entanto, todo este debate está sendo levado como se o problema estivesse nas decisões individuais dos donos do canal ou seus parceiros. Tire o Choquei, coisa igual vai entrar no lugar. O algoritmo produz o sucesso deste tipo de conteúdo.

Dez anos após Twitter e Facebook terem adotado algoritmos para distribuir conteúdo, a maioria das pessoas ainda não conseguiu compreender que a infraestrutura tecnológica fará sempre com que fake news existam. O algoritmo incentiva nosso pior comportamento. E são algoritmos triviais perante a IA que temos hoje.

Este que começa é o ano dois da Era da Inteligência Artificial (IA). Vai ser, mais ou menos até o fim da década, uma montanha-russa. O risco, porém, conforme a tecnologia avança, é de não percebermos. Às vezes é assim com tecnologia: a cada ano os computadores vão ficando um pouquinho mais rápidos, as câmeras dos celulares um tantinho mais nítidas, e perdemos a noção dos saltos. Perder esta noção, com IA, é realmente um risco.

Sundar Pichai, CEO do Google, costuma comparar IA com eletricidade. Porque IA não é como o computador ou o celular, aquelas coisas que ligamos à rede elétrica. Inteligência artificial é, e será cada vez mais, a infraestrutura do mundo.

Ano 2 da inteligência artificial promete ser uma montanha russa Foto: Dado Ruvic/Reuters

Claro, neste ano e no próximo veremos cada vez mais avanços em vídeos. Aí veremos surgir, em 2025 ou um pouco adiante, os resultados dos primeiros modelos de IA voltados não para imagens ou palavras, mas para química, para física. Pediremos não que criem fotografias perfeitas ou resumos corretos, mas que projetem aviões ou remédios.

Mas aos poucos, sem estardalhaço, IAs vão lentamente ser integradas aos processos internos das empresas, nos equipamentos urbanos, na burocracia dos Estados. Cada vez mais tomarão decisões. Vão avaliar os sensores de tempo, o volume de água nos bueiros, as imagens captadas pelas câmeras de segurança nas ruas. Tomarão decisões de compra de papel higiênico com base no inventário corrente. Decidirão que município recebe que verba, e quando. No início será assim: IAs nos livrarão das pequenas decisões cotidianas. Aquilo que é óbvio, gastando tempo precioso no qual poderíamos criar. Inteligências artificiais muito raramente cometerão aqueles pequenos erros que nós cometemos e, assim, tudo vai começar a funcionar de maneira mais fluida.

Ocorre que nada disso é inocente. Cada pequena decisão tem efeitos diversos. Para um sistema desses permitir a vigilância total de cada cidadão é simples. Mesmo sem tanto, é certo que o Estado ou empresas muito, muito grandes terão monopólio de acesso a dados, ou conclusões a partir de dados, que pessoas comuns não têm. É poder como nunca houve.

O caso de mentira publicada pelo canal de fofocas Choquei!, que levou ao suicídio a jovem Jéssica Canuto próximo do Natal, vai despertar novamente o debate sobre regulamentação das redes sociais. No entanto, todo este debate está sendo levado como se o problema estivesse nas decisões individuais dos donos do canal ou seus parceiros. Tire o Choquei, coisa igual vai entrar no lugar. O algoritmo produz o sucesso deste tipo de conteúdo.

Dez anos após Twitter e Facebook terem adotado algoritmos para distribuir conteúdo, a maioria das pessoas ainda não conseguiu compreender que a infraestrutura tecnológica fará sempre com que fake news existam. O algoritmo incentiva nosso pior comportamento. E são algoritmos triviais perante a IA que temos hoje.

Este que começa é o ano dois da Era da Inteligência Artificial (IA). Vai ser, mais ou menos até o fim da década, uma montanha-russa. O risco, porém, conforme a tecnologia avança, é de não percebermos. Às vezes é assim com tecnologia: a cada ano os computadores vão ficando um pouquinho mais rápidos, as câmeras dos celulares um tantinho mais nítidas, e perdemos a noção dos saltos. Perder esta noção, com IA, é realmente um risco.

Sundar Pichai, CEO do Google, costuma comparar IA com eletricidade. Porque IA não é como o computador ou o celular, aquelas coisas que ligamos à rede elétrica. Inteligência artificial é, e será cada vez mais, a infraestrutura do mundo.

Ano 2 da inteligência artificial promete ser uma montanha russa Foto: Dado Ruvic/Reuters

Claro, neste ano e no próximo veremos cada vez mais avanços em vídeos. Aí veremos surgir, em 2025 ou um pouco adiante, os resultados dos primeiros modelos de IA voltados não para imagens ou palavras, mas para química, para física. Pediremos não que criem fotografias perfeitas ou resumos corretos, mas que projetem aviões ou remédios.

Mas aos poucos, sem estardalhaço, IAs vão lentamente ser integradas aos processos internos das empresas, nos equipamentos urbanos, na burocracia dos Estados. Cada vez mais tomarão decisões. Vão avaliar os sensores de tempo, o volume de água nos bueiros, as imagens captadas pelas câmeras de segurança nas ruas. Tomarão decisões de compra de papel higiênico com base no inventário corrente. Decidirão que município recebe que verba, e quando. No início será assim: IAs nos livrarão das pequenas decisões cotidianas. Aquilo que é óbvio, gastando tempo precioso no qual poderíamos criar. Inteligências artificiais muito raramente cometerão aqueles pequenos erros que nós cometemos e, assim, tudo vai começar a funcionar de maneira mais fluida.

Ocorre que nada disso é inocente. Cada pequena decisão tem efeitos diversos. Para um sistema desses permitir a vigilância total de cada cidadão é simples. Mesmo sem tanto, é certo que o Estado ou empresas muito, muito grandes terão monopólio de acesso a dados, ou conclusões a partir de dados, que pessoas comuns não têm. É poder como nunca houve.

O caso de mentira publicada pelo canal de fofocas Choquei!, que levou ao suicídio a jovem Jéssica Canuto próximo do Natal, vai despertar novamente o debate sobre regulamentação das redes sociais. No entanto, todo este debate está sendo levado como se o problema estivesse nas decisões individuais dos donos do canal ou seus parceiros. Tire o Choquei, coisa igual vai entrar no lugar. O algoritmo produz o sucesso deste tipo de conteúdo.

Dez anos após Twitter e Facebook terem adotado algoritmos para distribuir conteúdo, a maioria das pessoas ainda não conseguiu compreender que a infraestrutura tecnológica fará sempre com que fake news existam. O algoritmo incentiva nosso pior comportamento. E são algoritmos triviais perante a IA que temos hoje.

Este que começa é o ano dois da Era da Inteligência Artificial (IA). Vai ser, mais ou menos até o fim da década, uma montanha-russa. O risco, porém, conforme a tecnologia avança, é de não percebermos. Às vezes é assim com tecnologia: a cada ano os computadores vão ficando um pouquinho mais rápidos, as câmeras dos celulares um tantinho mais nítidas, e perdemos a noção dos saltos. Perder esta noção, com IA, é realmente um risco.

Sundar Pichai, CEO do Google, costuma comparar IA com eletricidade. Porque IA não é como o computador ou o celular, aquelas coisas que ligamos à rede elétrica. Inteligência artificial é, e será cada vez mais, a infraestrutura do mundo.

Ano 2 da inteligência artificial promete ser uma montanha russa Foto: Dado Ruvic/Reuters

Claro, neste ano e no próximo veremos cada vez mais avanços em vídeos. Aí veremos surgir, em 2025 ou um pouco adiante, os resultados dos primeiros modelos de IA voltados não para imagens ou palavras, mas para química, para física. Pediremos não que criem fotografias perfeitas ou resumos corretos, mas que projetem aviões ou remédios.

Mas aos poucos, sem estardalhaço, IAs vão lentamente ser integradas aos processos internos das empresas, nos equipamentos urbanos, na burocracia dos Estados. Cada vez mais tomarão decisões. Vão avaliar os sensores de tempo, o volume de água nos bueiros, as imagens captadas pelas câmeras de segurança nas ruas. Tomarão decisões de compra de papel higiênico com base no inventário corrente. Decidirão que município recebe que verba, e quando. No início será assim: IAs nos livrarão das pequenas decisões cotidianas. Aquilo que é óbvio, gastando tempo precioso no qual poderíamos criar. Inteligências artificiais muito raramente cometerão aqueles pequenos erros que nós cometemos e, assim, tudo vai começar a funcionar de maneira mais fluida.

Ocorre que nada disso é inocente. Cada pequena decisão tem efeitos diversos. Para um sistema desses permitir a vigilância total de cada cidadão é simples. Mesmo sem tanto, é certo que o Estado ou empresas muito, muito grandes terão monopólio de acesso a dados, ou conclusões a partir de dados, que pessoas comuns não têm. É poder como nunca houve.

O caso de mentira publicada pelo canal de fofocas Choquei!, que levou ao suicídio a jovem Jéssica Canuto próximo do Natal, vai despertar novamente o debate sobre regulamentação das redes sociais. No entanto, todo este debate está sendo levado como se o problema estivesse nas decisões individuais dos donos do canal ou seus parceiros. Tire o Choquei, coisa igual vai entrar no lugar. O algoritmo produz o sucesso deste tipo de conteúdo.

Dez anos após Twitter e Facebook terem adotado algoritmos para distribuir conteúdo, a maioria das pessoas ainda não conseguiu compreender que a infraestrutura tecnológica fará sempre com que fake news existam. O algoritmo incentiva nosso pior comportamento. E são algoritmos triviais perante a IA que temos hoje.

Este que começa é o ano dois da Era da Inteligência Artificial (IA). Vai ser, mais ou menos até o fim da década, uma montanha-russa. O risco, porém, conforme a tecnologia avança, é de não percebermos. Às vezes é assim com tecnologia: a cada ano os computadores vão ficando um pouquinho mais rápidos, as câmeras dos celulares um tantinho mais nítidas, e perdemos a noção dos saltos. Perder esta noção, com IA, é realmente um risco.

Sundar Pichai, CEO do Google, costuma comparar IA com eletricidade. Porque IA não é como o computador ou o celular, aquelas coisas que ligamos à rede elétrica. Inteligência artificial é, e será cada vez mais, a infraestrutura do mundo.

Ano 2 da inteligência artificial promete ser uma montanha russa Foto: Dado Ruvic/Reuters

Claro, neste ano e no próximo veremos cada vez mais avanços em vídeos. Aí veremos surgir, em 2025 ou um pouco adiante, os resultados dos primeiros modelos de IA voltados não para imagens ou palavras, mas para química, para física. Pediremos não que criem fotografias perfeitas ou resumos corretos, mas que projetem aviões ou remédios.

Mas aos poucos, sem estardalhaço, IAs vão lentamente ser integradas aos processos internos das empresas, nos equipamentos urbanos, na burocracia dos Estados. Cada vez mais tomarão decisões. Vão avaliar os sensores de tempo, o volume de água nos bueiros, as imagens captadas pelas câmeras de segurança nas ruas. Tomarão decisões de compra de papel higiênico com base no inventário corrente. Decidirão que município recebe que verba, e quando. No início será assim: IAs nos livrarão das pequenas decisões cotidianas. Aquilo que é óbvio, gastando tempo precioso no qual poderíamos criar. Inteligências artificiais muito raramente cometerão aqueles pequenos erros que nós cometemos e, assim, tudo vai começar a funcionar de maneira mais fluida.

Ocorre que nada disso é inocente. Cada pequena decisão tem efeitos diversos. Para um sistema desses permitir a vigilância total de cada cidadão é simples. Mesmo sem tanto, é certo que o Estado ou empresas muito, muito grandes terão monopólio de acesso a dados, ou conclusões a partir de dados, que pessoas comuns não têm. É poder como nunca houve.

O caso de mentira publicada pelo canal de fofocas Choquei!, que levou ao suicídio a jovem Jéssica Canuto próximo do Natal, vai despertar novamente o debate sobre regulamentação das redes sociais. No entanto, todo este debate está sendo levado como se o problema estivesse nas decisões individuais dos donos do canal ou seus parceiros. Tire o Choquei, coisa igual vai entrar no lugar. O algoritmo produz o sucesso deste tipo de conteúdo.

Dez anos após Twitter e Facebook terem adotado algoritmos para distribuir conteúdo, a maioria das pessoas ainda não conseguiu compreender que a infraestrutura tecnológica fará sempre com que fake news existam. O algoritmo incentiva nosso pior comportamento. E são algoritmos triviais perante a IA que temos hoje.

Opinião por Pedro Doria

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