Jornalista, escritor e palestrante. Escreve às quintas

Opinião|Biografia de Elon Musk ressalta ambição, frieza e infantilidade do bilionário


Livro de Walter Isaacson foi lançado no Brasil e Estados Unidos nesta semana

Por Pedro Doria

A primeira coisa que chama atenção em Elon Musk, a biografia do homem mais rico do mundo escrita pelo jornalista Walter Isaacson, é a capa. O título é o nome do biografado, escrito discreto demais em cima com uma fonte sem serifas. A mancha gráfica é ocupada quase toda por uma fotografia da personagem, cuidadosamente centrada, um retrato de frente, encarando o leitor. Na estrutura, no desenho, em tudo ela remete à capa de outra biografia de Isaacson — Steve Jobs. É inevitável concluir que o autor e seus editores parecem coloca-lo, a Musk, na posição de herdeiro de Jobs no Vale.

As semelhanças são evidentes. A ambição que movia Steve Jobs não era pequena. Ele queria, como registra sua frase para um executivo que tentava contratar, deixar sua marca no universo. Vivemos, de fato, num mundo em que os computadores têm ícones e nos comunicamos por smartphones. A empresa de Jobs inventou a maneira como interagimos com o mundo digital e o mundo digital se tornou o mundo. E Musk?

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Suas ambições não são menores. Aliás, é bem o contrário. Quer, por exemplo, tornar a humanidade uma espécie multiplanetária. Quer criar a tecnologia que possibilitará o combate às mudanças climáticas — e começou tornando atraente o automóvel elétrico, com seu Tesla. Mas ainda não dá ainda para dizer que ele mudou o mundo.

E há dois outros aspectos que marcam diferenças. Jobs se comovia com gente. Criou produtos que permitissem a cada pessoa expandir suas possibilidades. Musk se preocupa com a humanidade, com a espécie, mas não tem qualquer interesse pelos indivíduos que a compõem.

Livro de Walter Isaacson sobre Elon Musk não é uma hagiografia

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Há inúmeros casos em que esse desinteresse transparece. Musk acredita em erguer empresas nas quais as pessoas estão sempre com medo, sempre sob pressão, porque assim produzem mais. Viver bem não é um valor que ele deseje aos outros. Tem dez filhos pois acredita que pessoas com bons genes devem passá-los adiante. Não há amor, tesão ou mesmo afeto entre os critérios. Um dos filhos batizou de X. Outro de Techno Mechanicus. Musk batiza crianças como se fossem produtos.

O outro aspecto que diferencia Musk de Jobs é a infantilidade. Steve era um adulto. Elon não age como. Uma vez, perguntado numa entrevista a dois sobre sua relação com Bill Gates, Jobs respondeu com um verso de uma canção dos Beatles. “Eu e você temos memórias mais antigas do que há de estrada à nossa frente.” Estava ali o reconhecimento de uma relação conturbada mas marcada por respeito, um jeito sofisticado e ao mesmo tempo carinhoso de refletir sobre a vida.

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Enquanto isso, Musk cita como inspirador um clássico da ficção científica britânica, O Guia do Mochileiro das Galáxias. E nunca percebe que o livro é uma paródia sobre o desprezo que empresas muito grandes às vezes tem pelas pessoas. E sequer é um livro sutil. Já o livro de Isaacson é sutil. Não é uma hagiografia.

A primeira coisa que chama atenção em Elon Musk, a biografia do homem mais rico do mundo escrita pelo jornalista Walter Isaacson, é a capa. O título é o nome do biografado, escrito discreto demais em cima com uma fonte sem serifas. A mancha gráfica é ocupada quase toda por uma fotografia da personagem, cuidadosamente centrada, um retrato de frente, encarando o leitor. Na estrutura, no desenho, em tudo ela remete à capa de outra biografia de Isaacson — Steve Jobs. É inevitável concluir que o autor e seus editores parecem coloca-lo, a Musk, na posição de herdeiro de Jobs no Vale.

As semelhanças são evidentes. A ambição que movia Steve Jobs não era pequena. Ele queria, como registra sua frase para um executivo que tentava contratar, deixar sua marca no universo. Vivemos, de fato, num mundo em que os computadores têm ícones e nos comunicamos por smartphones. A empresa de Jobs inventou a maneira como interagimos com o mundo digital e o mundo digital se tornou o mundo. E Musk?

Suas ambições não são menores. Aliás, é bem o contrário. Quer, por exemplo, tornar a humanidade uma espécie multiplanetária. Quer criar a tecnologia que possibilitará o combate às mudanças climáticas — e começou tornando atraente o automóvel elétrico, com seu Tesla. Mas ainda não dá ainda para dizer que ele mudou o mundo.

E há dois outros aspectos que marcam diferenças. Jobs se comovia com gente. Criou produtos que permitissem a cada pessoa expandir suas possibilidades. Musk se preocupa com a humanidade, com a espécie, mas não tem qualquer interesse pelos indivíduos que a compõem.

Livro de Walter Isaacson sobre Elon Musk não é uma hagiografia

Há inúmeros casos em que esse desinteresse transparece. Musk acredita em erguer empresas nas quais as pessoas estão sempre com medo, sempre sob pressão, porque assim produzem mais. Viver bem não é um valor que ele deseje aos outros. Tem dez filhos pois acredita que pessoas com bons genes devem passá-los adiante. Não há amor, tesão ou mesmo afeto entre os critérios. Um dos filhos batizou de X. Outro de Techno Mechanicus. Musk batiza crianças como se fossem produtos.

O outro aspecto que diferencia Musk de Jobs é a infantilidade. Steve era um adulto. Elon não age como. Uma vez, perguntado numa entrevista a dois sobre sua relação com Bill Gates, Jobs respondeu com um verso de uma canção dos Beatles. “Eu e você temos memórias mais antigas do que há de estrada à nossa frente.” Estava ali o reconhecimento de uma relação conturbada mas marcada por respeito, um jeito sofisticado e ao mesmo tempo carinhoso de refletir sobre a vida.

Enquanto isso, Musk cita como inspirador um clássico da ficção científica britânica, O Guia do Mochileiro das Galáxias. E nunca percebe que o livro é uma paródia sobre o desprezo que empresas muito grandes às vezes tem pelas pessoas. E sequer é um livro sutil. Já o livro de Isaacson é sutil. Não é uma hagiografia.

A primeira coisa que chama atenção em Elon Musk, a biografia do homem mais rico do mundo escrita pelo jornalista Walter Isaacson, é a capa. O título é o nome do biografado, escrito discreto demais em cima com uma fonte sem serifas. A mancha gráfica é ocupada quase toda por uma fotografia da personagem, cuidadosamente centrada, um retrato de frente, encarando o leitor. Na estrutura, no desenho, em tudo ela remete à capa de outra biografia de Isaacson — Steve Jobs. É inevitável concluir que o autor e seus editores parecem coloca-lo, a Musk, na posição de herdeiro de Jobs no Vale.

As semelhanças são evidentes. A ambição que movia Steve Jobs não era pequena. Ele queria, como registra sua frase para um executivo que tentava contratar, deixar sua marca no universo. Vivemos, de fato, num mundo em que os computadores têm ícones e nos comunicamos por smartphones. A empresa de Jobs inventou a maneira como interagimos com o mundo digital e o mundo digital se tornou o mundo. E Musk?

Suas ambições não são menores. Aliás, é bem o contrário. Quer, por exemplo, tornar a humanidade uma espécie multiplanetária. Quer criar a tecnologia que possibilitará o combate às mudanças climáticas — e começou tornando atraente o automóvel elétrico, com seu Tesla. Mas ainda não dá ainda para dizer que ele mudou o mundo.

E há dois outros aspectos que marcam diferenças. Jobs se comovia com gente. Criou produtos que permitissem a cada pessoa expandir suas possibilidades. Musk se preocupa com a humanidade, com a espécie, mas não tem qualquer interesse pelos indivíduos que a compõem.

Livro de Walter Isaacson sobre Elon Musk não é uma hagiografia

Há inúmeros casos em que esse desinteresse transparece. Musk acredita em erguer empresas nas quais as pessoas estão sempre com medo, sempre sob pressão, porque assim produzem mais. Viver bem não é um valor que ele deseje aos outros. Tem dez filhos pois acredita que pessoas com bons genes devem passá-los adiante. Não há amor, tesão ou mesmo afeto entre os critérios. Um dos filhos batizou de X. Outro de Techno Mechanicus. Musk batiza crianças como se fossem produtos.

O outro aspecto que diferencia Musk de Jobs é a infantilidade. Steve era um adulto. Elon não age como. Uma vez, perguntado numa entrevista a dois sobre sua relação com Bill Gates, Jobs respondeu com um verso de uma canção dos Beatles. “Eu e você temos memórias mais antigas do que há de estrada à nossa frente.” Estava ali o reconhecimento de uma relação conturbada mas marcada por respeito, um jeito sofisticado e ao mesmo tempo carinhoso de refletir sobre a vida.

Enquanto isso, Musk cita como inspirador um clássico da ficção científica britânica, O Guia do Mochileiro das Galáxias. E nunca percebe que o livro é uma paródia sobre o desprezo que empresas muito grandes às vezes tem pelas pessoas. E sequer é um livro sutil. Já o livro de Isaacson é sutil. Não é uma hagiografia.

A primeira coisa que chama atenção em Elon Musk, a biografia do homem mais rico do mundo escrita pelo jornalista Walter Isaacson, é a capa. O título é o nome do biografado, escrito discreto demais em cima com uma fonte sem serifas. A mancha gráfica é ocupada quase toda por uma fotografia da personagem, cuidadosamente centrada, um retrato de frente, encarando o leitor. Na estrutura, no desenho, em tudo ela remete à capa de outra biografia de Isaacson — Steve Jobs. É inevitável concluir que o autor e seus editores parecem coloca-lo, a Musk, na posição de herdeiro de Jobs no Vale.

As semelhanças são evidentes. A ambição que movia Steve Jobs não era pequena. Ele queria, como registra sua frase para um executivo que tentava contratar, deixar sua marca no universo. Vivemos, de fato, num mundo em que os computadores têm ícones e nos comunicamos por smartphones. A empresa de Jobs inventou a maneira como interagimos com o mundo digital e o mundo digital se tornou o mundo. E Musk?

Suas ambições não são menores. Aliás, é bem o contrário. Quer, por exemplo, tornar a humanidade uma espécie multiplanetária. Quer criar a tecnologia que possibilitará o combate às mudanças climáticas — e começou tornando atraente o automóvel elétrico, com seu Tesla. Mas ainda não dá ainda para dizer que ele mudou o mundo.

E há dois outros aspectos que marcam diferenças. Jobs se comovia com gente. Criou produtos que permitissem a cada pessoa expandir suas possibilidades. Musk se preocupa com a humanidade, com a espécie, mas não tem qualquer interesse pelos indivíduos que a compõem.

Livro de Walter Isaacson sobre Elon Musk não é uma hagiografia

Há inúmeros casos em que esse desinteresse transparece. Musk acredita em erguer empresas nas quais as pessoas estão sempre com medo, sempre sob pressão, porque assim produzem mais. Viver bem não é um valor que ele deseje aos outros. Tem dez filhos pois acredita que pessoas com bons genes devem passá-los adiante. Não há amor, tesão ou mesmo afeto entre os critérios. Um dos filhos batizou de X. Outro de Techno Mechanicus. Musk batiza crianças como se fossem produtos.

O outro aspecto que diferencia Musk de Jobs é a infantilidade. Steve era um adulto. Elon não age como. Uma vez, perguntado numa entrevista a dois sobre sua relação com Bill Gates, Jobs respondeu com um verso de uma canção dos Beatles. “Eu e você temos memórias mais antigas do que há de estrada à nossa frente.” Estava ali o reconhecimento de uma relação conturbada mas marcada por respeito, um jeito sofisticado e ao mesmo tempo carinhoso de refletir sobre a vida.

Enquanto isso, Musk cita como inspirador um clássico da ficção científica britânica, O Guia do Mochileiro das Galáxias. E nunca percebe que o livro é uma paródia sobre o desprezo que empresas muito grandes às vezes tem pelas pessoas. E sequer é um livro sutil. Já o livro de Isaacson é sutil. Não é uma hagiografia.

A primeira coisa que chama atenção em Elon Musk, a biografia do homem mais rico do mundo escrita pelo jornalista Walter Isaacson, é a capa. O título é o nome do biografado, escrito discreto demais em cima com uma fonte sem serifas. A mancha gráfica é ocupada quase toda por uma fotografia da personagem, cuidadosamente centrada, um retrato de frente, encarando o leitor. Na estrutura, no desenho, em tudo ela remete à capa de outra biografia de Isaacson — Steve Jobs. É inevitável concluir que o autor e seus editores parecem coloca-lo, a Musk, na posição de herdeiro de Jobs no Vale.

As semelhanças são evidentes. A ambição que movia Steve Jobs não era pequena. Ele queria, como registra sua frase para um executivo que tentava contratar, deixar sua marca no universo. Vivemos, de fato, num mundo em que os computadores têm ícones e nos comunicamos por smartphones. A empresa de Jobs inventou a maneira como interagimos com o mundo digital e o mundo digital se tornou o mundo. E Musk?

Suas ambições não são menores. Aliás, é bem o contrário. Quer, por exemplo, tornar a humanidade uma espécie multiplanetária. Quer criar a tecnologia que possibilitará o combate às mudanças climáticas — e começou tornando atraente o automóvel elétrico, com seu Tesla. Mas ainda não dá ainda para dizer que ele mudou o mundo.

E há dois outros aspectos que marcam diferenças. Jobs se comovia com gente. Criou produtos que permitissem a cada pessoa expandir suas possibilidades. Musk se preocupa com a humanidade, com a espécie, mas não tem qualquer interesse pelos indivíduos que a compõem.

Livro de Walter Isaacson sobre Elon Musk não é uma hagiografia

Há inúmeros casos em que esse desinteresse transparece. Musk acredita em erguer empresas nas quais as pessoas estão sempre com medo, sempre sob pressão, porque assim produzem mais. Viver bem não é um valor que ele deseje aos outros. Tem dez filhos pois acredita que pessoas com bons genes devem passá-los adiante. Não há amor, tesão ou mesmo afeto entre os critérios. Um dos filhos batizou de X. Outro de Techno Mechanicus. Musk batiza crianças como se fossem produtos.

O outro aspecto que diferencia Musk de Jobs é a infantilidade. Steve era um adulto. Elon não age como. Uma vez, perguntado numa entrevista a dois sobre sua relação com Bill Gates, Jobs respondeu com um verso de uma canção dos Beatles. “Eu e você temos memórias mais antigas do que há de estrada à nossa frente.” Estava ali o reconhecimento de uma relação conturbada mas marcada por respeito, um jeito sofisticado e ao mesmo tempo carinhoso de refletir sobre a vida.

Enquanto isso, Musk cita como inspirador um clássico da ficção científica britânica, O Guia do Mochileiro das Galáxias. E nunca percebe que o livro é uma paródia sobre o desprezo que empresas muito grandes às vezes tem pelas pessoas. E sequer é um livro sutil. Já o livro de Isaacson é sutil. Não é uma hagiografia.

Opinião por Pedro Doria

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