Jornalista, escritor e palestrante. Escreve às quintas

Opinião|Brasil Paralelo domina cidades médias do País e choca o ovo da serpente todos os dias


Serviço está contando sua versão de país sozinho, livre de concorrentes. Em massa.

Por Pedro Doria
Atualização:

Faz parte do meu cotidiano viajar pelo país para dar palestras. Viajo por um Brasil que a maioria não conhece, mas que é um Brasil fundamental — o Brasil das médias cidades. Em geral, mais de 200 mil habitantes, até meio milhão. Nas regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste. É o país que cresceu mais em população, de acordo com o último censo demográfico do IBGE. E, desde o ano passado, tenho ouvido do público, com cada vez mais frequência, a menção de uma mesma referência. Brasil Paralelo.

A Brasil Paralelo é uma produtora de vídeos sediada em Porto Alegre. Nos últimos três anos, de acordo com números oficiais da Meta — a holding por trás de Facebook e Instagram —, gastou mais de R$ 20 milhões em publicidade. É de longe o maior cliente da companhia em temas políticos. Num distante segundo, tendo gasto menos de metade disso, está o governo federal. Faz sentido: a Brasil Paralelo é um serviço de streaming, vende assinaturas, então faz propaganda. É razoável acreditar que gaste algo parecido em Google/YouTube.

No streaming da Brasil Paralelo há principalmente documentários sobre história do Brasil e sobre temas relevantes do momento. O ponto de vista é também muito claro. Estão à direita. Muito à direita. Seu ponto de vista é olavista. Reacionário.

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O Brasil das cidades médias é um no qual há prédios de apartamentos no centro em nada diferentes daqueles que encontramos nas grandes capitais. Ainda assim, muita gente ainda vive em casas. Neste Brasil é possível viver em casas sem ser rico, com um jardim, às vezes uma pequena piscina. As ruas são seguras à noite. Há carros de todo tipo, de Fiats a BMWs, muitas picapes. Marcas nacionais que todos conhecemos, que anunciam no horário nobre, com frequência têm sede em cidades assim. E, hoje, em alguns aspectos oferecem qualidade de vida muito melhor do que a da maioria das capitais.

Brasil Paralelo cresce em cidades médias Foto: Tiago Queiroz/Estadão

O que quem vive nessas cidades não tem muito é acesso a cultura. Menos população, menos espaço para uma indústria cultural típica dos grandes centros. Mas, justamente por isso, a sede por cultura é grande. Por isso contratam palestras ao longo de todo ano, se mobilizam para trazer shows de música dos artistas de que gostam. E por isso tanta gente assiste ao Brasil Paralelo.

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O brasileiro tem pouco acesso a educação e não conhece sua história. Quem conta história apresenta uma ideia de Brasil. Uma tese sobre o que o país faz bem, e sobre o que faz mal. Sobre que problemas precisam ser resolvidos e quais não. E, neste Brasil que mais cresce, o Brasil Paralelo está contando sua versão de país sozinho, livre de concorrentes. Em massa.

Ensina de forma que entretém, ensina com convicção, é já referência aceita como com carimbo de qualidade, e choca, todos os dias, o ovo da serpente.

Faz parte do meu cotidiano viajar pelo país para dar palestras. Viajo por um Brasil que a maioria não conhece, mas que é um Brasil fundamental — o Brasil das médias cidades. Em geral, mais de 200 mil habitantes, até meio milhão. Nas regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste. É o país que cresceu mais em população, de acordo com o último censo demográfico do IBGE. E, desde o ano passado, tenho ouvido do público, com cada vez mais frequência, a menção de uma mesma referência. Brasil Paralelo.

A Brasil Paralelo é uma produtora de vídeos sediada em Porto Alegre. Nos últimos três anos, de acordo com números oficiais da Meta — a holding por trás de Facebook e Instagram —, gastou mais de R$ 20 milhões em publicidade. É de longe o maior cliente da companhia em temas políticos. Num distante segundo, tendo gasto menos de metade disso, está o governo federal. Faz sentido: a Brasil Paralelo é um serviço de streaming, vende assinaturas, então faz propaganda. É razoável acreditar que gaste algo parecido em Google/YouTube.

No streaming da Brasil Paralelo há principalmente documentários sobre história do Brasil e sobre temas relevantes do momento. O ponto de vista é também muito claro. Estão à direita. Muito à direita. Seu ponto de vista é olavista. Reacionário.

O Brasil das cidades médias é um no qual há prédios de apartamentos no centro em nada diferentes daqueles que encontramos nas grandes capitais. Ainda assim, muita gente ainda vive em casas. Neste Brasil é possível viver em casas sem ser rico, com um jardim, às vezes uma pequena piscina. As ruas são seguras à noite. Há carros de todo tipo, de Fiats a BMWs, muitas picapes. Marcas nacionais que todos conhecemos, que anunciam no horário nobre, com frequência têm sede em cidades assim. E, hoje, em alguns aspectos oferecem qualidade de vida muito melhor do que a da maioria das capitais.

Brasil Paralelo cresce em cidades médias Foto: Tiago Queiroz/Estadão

O que quem vive nessas cidades não tem muito é acesso a cultura. Menos população, menos espaço para uma indústria cultural típica dos grandes centros. Mas, justamente por isso, a sede por cultura é grande. Por isso contratam palestras ao longo de todo ano, se mobilizam para trazer shows de música dos artistas de que gostam. E por isso tanta gente assiste ao Brasil Paralelo.

O brasileiro tem pouco acesso a educação e não conhece sua história. Quem conta história apresenta uma ideia de Brasil. Uma tese sobre o que o país faz bem, e sobre o que faz mal. Sobre que problemas precisam ser resolvidos e quais não. E, neste Brasil que mais cresce, o Brasil Paralelo está contando sua versão de país sozinho, livre de concorrentes. Em massa.

Ensina de forma que entretém, ensina com convicção, é já referência aceita como com carimbo de qualidade, e choca, todos os dias, o ovo da serpente.

Faz parte do meu cotidiano viajar pelo país para dar palestras. Viajo por um Brasil que a maioria não conhece, mas que é um Brasil fundamental — o Brasil das médias cidades. Em geral, mais de 200 mil habitantes, até meio milhão. Nas regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste. É o país que cresceu mais em população, de acordo com o último censo demográfico do IBGE. E, desde o ano passado, tenho ouvido do público, com cada vez mais frequência, a menção de uma mesma referência. Brasil Paralelo.

A Brasil Paralelo é uma produtora de vídeos sediada em Porto Alegre. Nos últimos três anos, de acordo com números oficiais da Meta — a holding por trás de Facebook e Instagram —, gastou mais de R$ 20 milhões em publicidade. É de longe o maior cliente da companhia em temas políticos. Num distante segundo, tendo gasto menos de metade disso, está o governo federal. Faz sentido: a Brasil Paralelo é um serviço de streaming, vende assinaturas, então faz propaganda. É razoável acreditar que gaste algo parecido em Google/YouTube.

No streaming da Brasil Paralelo há principalmente documentários sobre história do Brasil e sobre temas relevantes do momento. O ponto de vista é também muito claro. Estão à direita. Muito à direita. Seu ponto de vista é olavista. Reacionário.

O Brasil das cidades médias é um no qual há prédios de apartamentos no centro em nada diferentes daqueles que encontramos nas grandes capitais. Ainda assim, muita gente ainda vive em casas. Neste Brasil é possível viver em casas sem ser rico, com um jardim, às vezes uma pequena piscina. As ruas são seguras à noite. Há carros de todo tipo, de Fiats a BMWs, muitas picapes. Marcas nacionais que todos conhecemos, que anunciam no horário nobre, com frequência têm sede em cidades assim. E, hoje, em alguns aspectos oferecem qualidade de vida muito melhor do que a da maioria das capitais.

Brasil Paralelo cresce em cidades médias Foto: Tiago Queiroz/Estadão

O que quem vive nessas cidades não tem muito é acesso a cultura. Menos população, menos espaço para uma indústria cultural típica dos grandes centros. Mas, justamente por isso, a sede por cultura é grande. Por isso contratam palestras ao longo de todo ano, se mobilizam para trazer shows de música dos artistas de que gostam. E por isso tanta gente assiste ao Brasil Paralelo.

O brasileiro tem pouco acesso a educação e não conhece sua história. Quem conta história apresenta uma ideia de Brasil. Uma tese sobre o que o país faz bem, e sobre o que faz mal. Sobre que problemas precisam ser resolvidos e quais não. E, neste Brasil que mais cresce, o Brasil Paralelo está contando sua versão de país sozinho, livre de concorrentes. Em massa.

Ensina de forma que entretém, ensina com convicção, é já referência aceita como com carimbo de qualidade, e choca, todos os dias, o ovo da serpente.

Faz parte do meu cotidiano viajar pelo país para dar palestras. Viajo por um Brasil que a maioria não conhece, mas que é um Brasil fundamental — o Brasil das médias cidades. Em geral, mais de 200 mil habitantes, até meio milhão. Nas regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste. É o país que cresceu mais em população, de acordo com o último censo demográfico do IBGE. E, desde o ano passado, tenho ouvido do público, com cada vez mais frequência, a menção de uma mesma referência. Brasil Paralelo.

A Brasil Paralelo é uma produtora de vídeos sediada em Porto Alegre. Nos últimos três anos, de acordo com números oficiais da Meta — a holding por trás de Facebook e Instagram —, gastou mais de R$ 20 milhões em publicidade. É de longe o maior cliente da companhia em temas políticos. Num distante segundo, tendo gasto menos de metade disso, está o governo federal. Faz sentido: a Brasil Paralelo é um serviço de streaming, vende assinaturas, então faz propaganda. É razoável acreditar que gaste algo parecido em Google/YouTube.

No streaming da Brasil Paralelo há principalmente documentários sobre história do Brasil e sobre temas relevantes do momento. O ponto de vista é também muito claro. Estão à direita. Muito à direita. Seu ponto de vista é olavista. Reacionário.

O Brasil das cidades médias é um no qual há prédios de apartamentos no centro em nada diferentes daqueles que encontramos nas grandes capitais. Ainda assim, muita gente ainda vive em casas. Neste Brasil é possível viver em casas sem ser rico, com um jardim, às vezes uma pequena piscina. As ruas são seguras à noite. Há carros de todo tipo, de Fiats a BMWs, muitas picapes. Marcas nacionais que todos conhecemos, que anunciam no horário nobre, com frequência têm sede em cidades assim. E, hoje, em alguns aspectos oferecem qualidade de vida muito melhor do que a da maioria das capitais.

Brasil Paralelo cresce em cidades médias Foto: Tiago Queiroz/Estadão

O que quem vive nessas cidades não tem muito é acesso a cultura. Menos população, menos espaço para uma indústria cultural típica dos grandes centros. Mas, justamente por isso, a sede por cultura é grande. Por isso contratam palestras ao longo de todo ano, se mobilizam para trazer shows de música dos artistas de que gostam. E por isso tanta gente assiste ao Brasil Paralelo.

O brasileiro tem pouco acesso a educação e não conhece sua história. Quem conta história apresenta uma ideia de Brasil. Uma tese sobre o que o país faz bem, e sobre o que faz mal. Sobre que problemas precisam ser resolvidos e quais não. E, neste Brasil que mais cresce, o Brasil Paralelo está contando sua versão de país sozinho, livre de concorrentes. Em massa.

Ensina de forma que entretém, ensina com convicção, é já referência aceita como com carimbo de qualidade, e choca, todos os dias, o ovo da serpente.

Faz parte do meu cotidiano viajar pelo país para dar palestras. Viajo por um Brasil que a maioria não conhece, mas que é um Brasil fundamental — o Brasil das médias cidades. Em geral, mais de 200 mil habitantes, até meio milhão. Nas regiões Sul, Sudeste, Centro-Oeste. É o país que cresceu mais em população, de acordo com o último censo demográfico do IBGE. E, desde o ano passado, tenho ouvido do público, com cada vez mais frequência, a menção de uma mesma referência. Brasil Paralelo.

A Brasil Paralelo é uma produtora de vídeos sediada em Porto Alegre. Nos últimos três anos, de acordo com números oficiais da Meta — a holding por trás de Facebook e Instagram —, gastou mais de R$ 20 milhões em publicidade. É de longe o maior cliente da companhia em temas políticos. Num distante segundo, tendo gasto menos de metade disso, está o governo federal. Faz sentido: a Brasil Paralelo é um serviço de streaming, vende assinaturas, então faz propaganda. É razoável acreditar que gaste algo parecido em Google/YouTube.

No streaming da Brasil Paralelo há principalmente documentários sobre história do Brasil e sobre temas relevantes do momento. O ponto de vista é também muito claro. Estão à direita. Muito à direita. Seu ponto de vista é olavista. Reacionário.

O Brasil das cidades médias é um no qual há prédios de apartamentos no centro em nada diferentes daqueles que encontramos nas grandes capitais. Ainda assim, muita gente ainda vive em casas. Neste Brasil é possível viver em casas sem ser rico, com um jardim, às vezes uma pequena piscina. As ruas são seguras à noite. Há carros de todo tipo, de Fiats a BMWs, muitas picapes. Marcas nacionais que todos conhecemos, que anunciam no horário nobre, com frequência têm sede em cidades assim. E, hoje, em alguns aspectos oferecem qualidade de vida muito melhor do que a da maioria das capitais.

Brasil Paralelo cresce em cidades médias Foto: Tiago Queiroz/Estadão

O que quem vive nessas cidades não tem muito é acesso a cultura. Menos população, menos espaço para uma indústria cultural típica dos grandes centros. Mas, justamente por isso, a sede por cultura é grande. Por isso contratam palestras ao longo de todo ano, se mobilizam para trazer shows de música dos artistas de que gostam. E por isso tanta gente assiste ao Brasil Paralelo.

O brasileiro tem pouco acesso a educação e não conhece sua história. Quem conta história apresenta uma ideia de Brasil. Uma tese sobre o que o país faz bem, e sobre o que faz mal. Sobre que problemas precisam ser resolvidos e quais não. E, neste Brasil que mais cresce, o Brasil Paralelo está contando sua versão de país sozinho, livre de concorrentes. Em massa.

Ensina de forma que entretém, ensina com convicção, é já referência aceita como com carimbo de qualidade, e choca, todos os dias, o ovo da serpente.

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