Jornalista, escritor e palestrante. Escreve às quintas

Opinião|Inteligência artificial deixou de ser uma curiosidade e se tornou um produto; leia análise


Estamos entrando em uma nova era do mundo da tecnologia

Por Pedro Doria

Quando Sam Altman, CEO da OpenAI, subiu ao palco em San Francisco para anunciar as novidades de sua companhia, duas coisas se transformaram no Vale do Silício. A primeira é que houve, enfim, o batismo da quinta geração de negócios digitais nascidos daquele canto no norte da Califórnia. A outra é que inteligência artificial (IA) deixou o lugar da curiosidade para se tornar produto de consumo.

A primeira geração é marcada pela Intel e seus microchips. A segunda tem por ícone a Apple, que ajudou a popularizar a ideia de cada um ter seu computador. Então vieram os primeiros negócios da era da internet — os browsers, os buscadores. O Google marca. Daí as grandes plataformas, redes sociais, como o Facebook. A OpenAI, que anunciou atender semanalmente a 100 milhões de clientes, é o ícone da quinta geração. Quando uma empresa passa a lotar anualmente um teatro de gente ansiosa por novidades é porque ela chegou lá.

Sam Altman, CEO da OpenAI, anunciou a chegada da quinta geração de negócios digitais, transformando o Vale do Silício Foto: Dado Ruvic/Reuters
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O ChatGPT, seu principal produto até aqui, tinha um defeito muito grande. Alucinação. É inerente à tecnologia dos Grandes Modelos de Linguagem, ou LLMs, na sigla em inglês. Capaz de produzir textos muito convincentes, em muitas línguas, e no estilo que o cliente desejar, LLMs respondem a qualquer pergunta que se faça. Mesmo que não tenha, em seu imenso banco de dados, resposta registrada. Isto quer dizer que se a pergunta foi muito complexa, ou sobre um tema obscuro demais, um LLM como o ChatGPT irá responder ainda assim. Se não tem a resposta, inventa sem ter a capacidade de distinguir verdade de mentira.

Estas alucinações limitavam em muito seu uso prático. Mas um dos anúncios da OpenAI foi a possibilidade de cada usuário alimentar o ChatGPT com suas informações. Uma extensa lista de arquivos PDF, por exemplo, onde estão os resultados trimestrais de uma empresa. Um executivo, esta última semana, fez isso mesmo. Aí pediu ao ChatGPT que, munido daqueles números, fizesse perguntas duras como o mais rigoroso membro do conselho de administração. Saiu dali com insights preciosos.

A partir do momento em que o sistema pode ser alimentado com os dados que os usuários desejam, as possibilidades da ferramenta se transformam por completo. Um estudante pode enviar os textos que cairão na prova e pedir ao ChatGPT que lhe faça perguntas para se testar. Um advogado pode consultar a ferramenta para encontrar dificuldades possíveis em contratos muito complexos. Quem tem uma quantidade muito grande de texto para ler de um dia para o outro pode pedir um resumo. As possibilidades são ilimitadas.

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O ChatGPT de 2023 não é o mesmo do ano que vem. Se já imaginávamos as possibilidades desta tecnologia, agora tudo mudou. A Era da inteligência artificial acaba de começar.

Quando Sam Altman, CEO da OpenAI, subiu ao palco em San Francisco para anunciar as novidades de sua companhia, duas coisas se transformaram no Vale do Silício. A primeira é que houve, enfim, o batismo da quinta geração de negócios digitais nascidos daquele canto no norte da Califórnia. A outra é que inteligência artificial (IA) deixou o lugar da curiosidade para se tornar produto de consumo.

A primeira geração é marcada pela Intel e seus microchips. A segunda tem por ícone a Apple, que ajudou a popularizar a ideia de cada um ter seu computador. Então vieram os primeiros negócios da era da internet — os browsers, os buscadores. O Google marca. Daí as grandes plataformas, redes sociais, como o Facebook. A OpenAI, que anunciou atender semanalmente a 100 milhões de clientes, é o ícone da quinta geração. Quando uma empresa passa a lotar anualmente um teatro de gente ansiosa por novidades é porque ela chegou lá.

Sam Altman, CEO da OpenAI, anunciou a chegada da quinta geração de negócios digitais, transformando o Vale do Silício Foto: Dado Ruvic/Reuters

O ChatGPT, seu principal produto até aqui, tinha um defeito muito grande. Alucinação. É inerente à tecnologia dos Grandes Modelos de Linguagem, ou LLMs, na sigla em inglês. Capaz de produzir textos muito convincentes, em muitas línguas, e no estilo que o cliente desejar, LLMs respondem a qualquer pergunta que se faça. Mesmo que não tenha, em seu imenso banco de dados, resposta registrada. Isto quer dizer que se a pergunta foi muito complexa, ou sobre um tema obscuro demais, um LLM como o ChatGPT irá responder ainda assim. Se não tem a resposta, inventa sem ter a capacidade de distinguir verdade de mentira.

Estas alucinações limitavam em muito seu uso prático. Mas um dos anúncios da OpenAI foi a possibilidade de cada usuário alimentar o ChatGPT com suas informações. Uma extensa lista de arquivos PDF, por exemplo, onde estão os resultados trimestrais de uma empresa. Um executivo, esta última semana, fez isso mesmo. Aí pediu ao ChatGPT que, munido daqueles números, fizesse perguntas duras como o mais rigoroso membro do conselho de administração. Saiu dali com insights preciosos.

A partir do momento em que o sistema pode ser alimentado com os dados que os usuários desejam, as possibilidades da ferramenta se transformam por completo. Um estudante pode enviar os textos que cairão na prova e pedir ao ChatGPT que lhe faça perguntas para se testar. Um advogado pode consultar a ferramenta para encontrar dificuldades possíveis em contratos muito complexos. Quem tem uma quantidade muito grande de texto para ler de um dia para o outro pode pedir um resumo. As possibilidades são ilimitadas.

O ChatGPT de 2023 não é o mesmo do ano que vem. Se já imaginávamos as possibilidades desta tecnologia, agora tudo mudou. A Era da inteligência artificial acaba de começar.

Quando Sam Altman, CEO da OpenAI, subiu ao palco em San Francisco para anunciar as novidades de sua companhia, duas coisas se transformaram no Vale do Silício. A primeira é que houve, enfim, o batismo da quinta geração de negócios digitais nascidos daquele canto no norte da Califórnia. A outra é que inteligência artificial (IA) deixou o lugar da curiosidade para se tornar produto de consumo.

A primeira geração é marcada pela Intel e seus microchips. A segunda tem por ícone a Apple, que ajudou a popularizar a ideia de cada um ter seu computador. Então vieram os primeiros negócios da era da internet — os browsers, os buscadores. O Google marca. Daí as grandes plataformas, redes sociais, como o Facebook. A OpenAI, que anunciou atender semanalmente a 100 milhões de clientes, é o ícone da quinta geração. Quando uma empresa passa a lotar anualmente um teatro de gente ansiosa por novidades é porque ela chegou lá.

Sam Altman, CEO da OpenAI, anunciou a chegada da quinta geração de negócios digitais, transformando o Vale do Silício Foto: Dado Ruvic/Reuters

O ChatGPT, seu principal produto até aqui, tinha um defeito muito grande. Alucinação. É inerente à tecnologia dos Grandes Modelos de Linguagem, ou LLMs, na sigla em inglês. Capaz de produzir textos muito convincentes, em muitas línguas, e no estilo que o cliente desejar, LLMs respondem a qualquer pergunta que se faça. Mesmo que não tenha, em seu imenso banco de dados, resposta registrada. Isto quer dizer que se a pergunta foi muito complexa, ou sobre um tema obscuro demais, um LLM como o ChatGPT irá responder ainda assim. Se não tem a resposta, inventa sem ter a capacidade de distinguir verdade de mentira.

Estas alucinações limitavam em muito seu uso prático. Mas um dos anúncios da OpenAI foi a possibilidade de cada usuário alimentar o ChatGPT com suas informações. Uma extensa lista de arquivos PDF, por exemplo, onde estão os resultados trimestrais de uma empresa. Um executivo, esta última semana, fez isso mesmo. Aí pediu ao ChatGPT que, munido daqueles números, fizesse perguntas duras como o mais rigoroso membro do conselho de administração. Saiu dali com insights preciosos.

A partir do momento em que o sistema pode ser alimentado com os dados que os usuários desejam, as possibilidades da ferramenta se transformam por completo. Um estudante pode enviar os textos que cairão na prova e pedir ao ChatGPT que lhe faça perguntas para se testar. Um advogado pode consultar a ferramenta para encontrar dificuldades possíveis em contratos muito complexos. Quem tem uma quantidade muito grande de texto para ler de um dia para o outro pode pedir um resumo. As possibilidades são ilimitadas.

O ChatGPT de 2023 não é o mesmo do ano que vem. Se já imaginávamos as possibilidades desta tecnologia, agora tudo mudou. A Era da inteligência artificial acaba de começar.

Quando Sam Altman, CEO da OpenAI, subiu ao palco em San Francisco para anunciar as novidades de sua companhia, duas coisas se transformaram no Vale do Silício. A primeira é que houve, enfim, o batismo da quinta geração de negócios digitais nascidos daquele canto no norte da Califórnia. A outra é que inteligência artificial (IA) deixou o lugar da curiosidade para se tornar produto de consumo.

A primeira geração é marcada pela Intel e seus microchips. A segunda tem por ícone a Apple, que ajudou a popularizar a ideia de cada um ter seu computador. Então vieram os primeiros negócios da era da internet — os browsers, os buscadores. O Google marca. Daí as grandes plataformas, redes sociais, como o Facebook. A OpenAI, que anunciou atender semanalmente a 100 milhões de clientes, é o ícone da quinta geração. Quando uma empresa passa a lotar anualmente um teatro de gente ansiosa por novidades é porque ela chegou lá.

Sam Altman, CEO da OpenAI, anunciou a chegada da quinta geração de negócios digitais, transformando o Vale do Silício Foto: Dado Ruvic/Reuters

O ChatGPT, seu principal produto até aqui, tinha um defeito muito grande. Alucinação. É inerente à tecnologia dos Grandes Modelos de Linguagem, ou LLMs, na sigla em inglês. Capaz de produzir textos muito convincentes, em muitas línguas, e no estilo que o cliente desejar, LLMs respondem a qualquer pergunta que se faça. Mesmo que não tenha, em seu imenso banco de dados, resposta registrada. Isto quer dizer que se a pergunta foi muito complexa, ou sobre um tema obscuro demais, um LLM como o ChatGPT irá responder ainda assim. Se não tem a resposta, inventa sem ter a capacidade de distinguir verdade de mentira.

Estas alucinações limitavam em muito seu uso prático. Mas um dos anúncios da OpenAI foi a possibilidade de cada usuário alimentar o ChatGPT com suas informações. Uma extensa lista de arquivos PDF, por exemplo, onde estão os resultados trimestrais de uma empresa. Um executivo, esta última semana, fez isso mesmo. Aí pediu ao ChatGPT que, munido daqueles números, fizesse perguntas duras como o mais rigoroso membro do conselho de administração. Saiu dali com insights preciosos.

A partir do momento em que o sistema pode ser alimentado com os dados que os usuários desejam, as possibilidades da ferramenta se transformam por completo. Um estudante pode enviar os textos que cairão na prova e pedir ao ChatGPT que lhe faça perguntas para se testar. Um advogado pode consultar a ferramenta para encontrar dificuldades possíveis em contratos muito complexos. Quem tem uma quantidade muito grande de texto para ler de um dia para o outro pode pedir um resumo. As possibilidades são ilimitadas.

O ChatGPT de 2023 não é o mesmo do ano que vem. Se já imaginávamos as possibilidades desta tecnologia, agora tudo mudou. A Era da inteligência artificial acaba de começar.

Opinião por Pedro Doria

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