Jornalista, escritor e palestrante. Escreve às quintas

Opinião|Threads vai substituir o Twitter como espaço para debates públicos?


Algoritmo do novo aplicativo da Meta deve aprender com os interesses dos usuários

Por Pedro Doria
Atualização:

Threads, a nova rede social da Meta que pretende desbancar o Twitter, já é a propriedade digital que mais rápido ganhou usuários na história. Os números vêm sendo repetidos: 10 milhões na primeira madrugada, 30 quando completou um dia — 100 milhões em cinco dias. O recorde anterior era do ChatGPT. Threads chegou aos 100 milhões de usuários 60 vezes mais rápido. Isto quer dizer que pode ultrapassar os 360 milhões do Twitter em meses.

Mas a dúvida importante persiste: vai substituir a importância do Twitter no debate público? A primeira semana de vida da rede dá pistas de como a Meta pretende chegar lá. O segredo vem de uma terceira rede. O TikTok.

O TikTok não é uma rede social. É uma rede de entretenimento — o que distingue uma coisa da outra é a natureza do algoritmo. O app chinês aprende que tipo de vídeo gostamos e sai mostrando outros conforme aquele padrão. É preciso nas escolhas. A diferença está no fato de que ignora as contas que seguimos. O TikTok mostra vídeos de toda parte e não se limita à rede social que construímos na plataforma. Sua preocupação não é reforçar os elos entre seguidores. É mostrar o que entretém. É fazer com que esqueçamos do tempo.

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O Instagram aprendeu a regular seu algoritmo seguindo as premissas do TikTok. Na rede americana, porém, o usuário tem mais escolha. Na aba principal, o que aparece continuam sendo as publicações de quem escolhemos. Na aba “Explorar” ou quando entramos em um vídeo curto, aí o sistema chinês assume as rédeas. E obviamente a regulagem do algoritmo de TikTok e Instagram é diferente. No app chinês a gente muito rápido cai em material de gosto duvidoso, com pegada sensacionalista. No app americano não é assim.

O que tornou o Twitter uma rede na qual os radicais se sobressaem a moderados foi em grande parte efeito do algoritmo

Pois o Threads está mostrando postagens seguindo esta lógica que o Insta aprendeu com o TikTok. A Meta promete que haverá também, e em breve, uma aba onde veremos apenas aquilo de quem seguimos. Mas a rede parece estar apostando que sua inteligência artificial aprenderá com nossos interesses e produzirá uma seleção de textos mais diversa.

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Qual o efeito de um algoritmo assim no debate público? Depende da calibragem. O que tornou o Twitter uma rede na qual os radicais se sobressaem a moderados foi em grande parte efeito do algoritmo. Com o tempo as pessoas se treinaram para escrever aquilo que ganhava muito alcance: violência. Repulsa a toda forma dissenso. Dogmatização da política.

Talvez uma rede voltada para texto que comece do zero seja diferente. Uma rede que nos tira das bolhas que nós próprios criamos ao listar quem desejamos seguir. Talvez. Não falta quem esteja manifestando surpresa ao encontrar, numa rede social, algo que anda tão em falta nas outras. Cordialidade.

A verdade é que o histórico da Meta com o Facebook não é promissor. Mas eles conhecem a tecnologia e têm anos de experiência acumulada.

Threads, a nova rede social da Meta que pretende desbancar o Twitter, já é a propriedade digital que mais rápido ganhou usuários na história. Os números vêm sendo repetidos: 10 milhões na primeira madrugada, 30 quando completou um dia — 100 milhões em cinco dias. O recorde anterior era do ChatGPT. Threads chegou aos 100 milhões de usuários 60 vezes mais rápido. Isto quer dizer que pode ultrapassar os 360 milhões do Twitter em meses.

Mas a dúvida importante persiste: vai substituir a importância do Twitter no debate público? A primeira semana de vida da rede dá pistas de como a Meta pretende chegar lá. O segredo vem de uma terceira rede. O TikTok.

O TikTok não é uma rede social. É uma rede de entretenimento — o que distingue uma coisa da outra é a natureza do algoritmo. O app chinês aprende que tipo de vídeo gostamos e sai mostrando outros conforme aquele padrão. É preciso nas escolhas. A diferença está no fato de que ignora as contas que seguimos. O TikTok mostra vídeos de toda parte e não se limita à rede social que construímos na plataforma. Sua preocupação não é reforçar os elos entre seguidores. É mostrar o que entretém. É fazer com que esqueçamos do tempo.

O Instagram aprendeu a regular seu algoritmo seguindo as premissas do TikTok. Na rede americana, porém, o usuário tem mais escolha. Na aba principal, o que aparece continuam sendo as publicações de quem escolhemos. Na aba “Explorar” ou quando entramos em um vídeo curto, aí o sistema chinês assume as rédeas. E obviamente a regulagem do algoritmo de TikTok e Instagram é diferente. No app chinês a gente muito rápido cai em material de gosto duvidoso, com pegada sensacionalista. No app americano não é assim.

O que tornou o Twitter uma rede na qual os radicais se sobressaem a moderados foi em grande parte efeito do algoritmo

Pois o Threads está mostrando postagens seguindo esta lógica que o Insta aprendeu com o TikTok. A Meta promete que haverá também, e em breve, uma aba onde veremos apenas aquilo de quem seguimos. Mas a rede parece estar apostando que sua inteligência artificial aprenderá com nossos interesses e produzirá uma seleção de textos mais diversa.

Qual o efeito de um algoritmo assim no debate público? Depende da calibragem. O que tornou o Twitter uma rede na qual os radicais se sobressaem a moderados foi em grande parte efeito do algoritmo. Com o tempo as pessoas se treinaram para escrever aquilo que ganhava muito alcance: violência. Repulsa a toda forma dissenso. Dogmatização da política.

Talvez uma rede voltada para texto que comece do zero seja diferente. Uma rede que nos tira das bolhas que nós próprios criamos ao listar quem desejamos seguir. Talvez. Não falta quem esteja manifestando surpresa ao encontrar, numa rede social, algo que anda tão em falta nas outras. Cordialidade.

A verdade é que o histórico da Meta com o Facebook não é promissor. Mas eles conhecem a tecnologia e têm anos de experiência acumulada.

Threads, a nova rede social da Meta que pretende desbancar o Twitter, já é a propriedade digital que mais rápido ganhou usuários na história. Os números vêm sendo repetidos: 10 milhões na primeira madrugada, 30 quando completou um dia — 100 milhões em cinco dias. O recorde anterior era do ChatGPT. Threads chegou aos 100 milhões de usuários 60 vezes mais rápido. Isto quer dizer que pode ultrapassar os 360 milhões do Twitter em meses.

Mas a dúvida importante persiste: vai substituir a importância do Twitter no debate público? A primeira semana de vida da rede dá pistas de como a Meta pretende chegar lá. O segredo vem de uma terceira rede. O TikTok.

O TikTok não é uma rede social. É uma rede de entretenimento — o que distingue uma coisa da outra é a natureza do algoritmo. O app chinês aprende que tipo de vídeo gostamos e sai mostrando outros conforme aquele padrão. É preciso nas escolhas. A diferença está no fato de que ignora as contas que seguimos. O TikTok mostra vídeos de toda parte e não se limita à rede social que construímos na plataforma. Sua preocupação não é reforçar os elos entre seguidores. É mostrar o que entretém. É fazer com que esqueçamos do tempo.

O Instagram aprendeu a regular seu algoritmo seguindo as premissas do TikTok. Na rede americana, porém, o usuário tem mais escolha. Na aba principal, o que aparece continuam sendo as publicações de quem escolhemos. Na aba “Explorar” ou quando entramos em um vídeo curto, aí o sistema chinês assume as rédeas. E obviamente a regulagem do algoritmo de TikTok e Instagram é diferente. No app chinês a gente muito rápido cai em material de gosto duvidoso, com pegada sensacionalista. No app americano não é assim.

O que tornou o Twitter uma rede na qual os radicais se sobressaem a moderados foi em grande parte efeito do algoritmo

Pois o Threads está mostrando postagens seguindo esta lógica que o Insta aprendeu com o TikTok. A Meta promete que haverá também, e em breve, uma aba onde veremos apenas aquilo de quem seguimos. Mas a rede parece estar apostando que sua inteligência artificial aprenderá com nossos interesses e produzirá uma seleção de textos mais diversa.

Qual o efeito de um algoritmo assim no debate público? Depende da calibragem. O que tornou o Twitter uma rede na qual os radicais se sobressaem a moderados foi em grande parte efeito do algoritmo. Com o tempo as pessoas se treinaram para escrever aquilo que ganhava muito alcance: violência. Repulsa a toda forma dissenso. Dogmatização da política.

Talvez uma rede voltada para texto que comece do zero seja diferente. Uma rede que nos tira das bolhas que nós próprios criamos ao listar quem desejamos seguir. Talvez. Não falta quem esteja manifestando surpresa ao encontrar, numa rede social, algo que anda tão em falta nas outras. Cordialidade.

A verdade é que o histórico da Meta com o Facebook não é promissor. Mas eles conhecem a tecnologia e têm anos de experiência acumulada.

Threads, a nova rede social da Meta que pretende desbancar o Twitter, já é a propriedade digital que mais rápido ganhou usuários na história. Os números vêm sendo repetidos: 10 milhões na primeira madrugada, 30 quando completou um dia — 100 milhões em cinco dias. O recorde anterior era do ChatGPT. Threads chegou aos 100 milhões de usuários 60 vezes mais rápido. Isto quer dizer que pode ultrapassar os 360 milhões do Twitter em meses.

Mas a dúvida importante persiste: vai substituir a importância do Twitter no debate público? A primeira semana de vida da rede dá pistas de como a Meta pretende chegar lá. O segredo vem de uma terceira rede. O TikTok.

O TikTok não é uma rede social. É uma rede de entretenimento — o que distingue uma coisa da outra é a natureza do algoritmo. O app chinês aprende que tipo de vídeo gostamos e sai mostrando outros conforme aquele padrão. É preciso nas escolhas. A diferença está no fato de que ignora as contas que seguimos. O TikTok mostra vídeos de toda parte e não se limita à rede social que construímos na plataforma. Sua preocupação não é reforçar os elos entre seguidores. É mostrar o que entretém. É fazer com que esqueçamos do tempo.

O Instagram aprendeu a regular seu algoritmo seguindo as premissas do TikTok. Na rede americana, porém, o usuário tem mais escolha. Na aba principal, o que aparece continuam sendo as publicações de quem escolhemos. Na aba “Explorar” ou quando entramos em um vídeo curto, aí o sistema chinês assume as rédeas. E obviamente a regulagem do algoritmo de TikTok e Instagram é diferente. No app chinês a gente muito rápido cai em material de gosto duvidoso, com pegada sensacionalista. No app americano não é assim.

O que tornou o Twitter uma rede na qual os radicais se sobressaem a moderados foi em grande parte efeito do algoritmo

Pois o Threads está mostrando postagens seguindo esta lógica que o Insta aprendeu com o TikTok. A Meta promete que haverá também, e em breve, uma aba onde veremos apenas aquilo de quem seguimos. Mas a rede parece estar apostando que sua inteligência artificial aprenderá com nossos interesses e produzirá uma seleção de textos mais diversa.

Qual o efeito de um algoritmo assim no debate público? Depende da calibragem. O que tornou o Twitter uma rede na qual os radicais se sobressaem a moderados foi em grande parte efeito do algoritmo. Com o tempo as pessoas se treinaram para escrever aquilo que ganhava muito alcance: violência. Repulsa a toda forma dissenso. Dogmatização da política.

Talvez uma rede voltada para texto que comece do zero seja diferente. Uma rede que nos tira das bolhas que nós próprios criamos ao listar quem desejamos seguir. Talvez. Não falta quem esteja manifestando surpresa ao encontrar, numa rede social, algo que anda tão em falta nas outras. Cordialidade.

A verdade é que o histórico da Meta com o Facebook não é promissor. Mas eles conhecem a tecnologia e têm anos de experiência acumulada.

Threads, a nova rede social da Meta que pretende desbancar o Twitter, já é a propriedade digital que mais rápido ganhou usuários na história. Os números vêm sendo repetidos: 10 milhões na primeira madrugada, 30 quando completou um dia — 100 milhões em cinco dias. O recorde anterior era do ChatGPT. Threads chegou aos 100 milhões de usuários 60 vezes mais rápido. Isto quer dizer que pode ultrapassar os 360 milhões do Twitter em meses.

Mas a dúvida importante persiste: vai substituir a importância do Twitter no debate público? A primeira semana de vida da rede dá pistas de como a Meta pretende chegar lá. O segredo vem de uma terceira rede. O TikTok.

O TikTok não é uma rede social. É uma rede de entretenimento — o que distingue uma coisa da outra é a natureza do algoritmo. O app chinês aprende que tipo de vídeo gostamos e sai mostrando outros conforme aquele padrão. É preciso nas escolhas. A diferença está no fato de que ignora as contas que seguimos. O TikTok mostra vídeos de toda parte e não se limita à rede social que construímos na plataforma. Sua preocupação não é reforçar os elos entre seguidores. É mostrar o que entretém. É fazer com que esqueçamos do tempo.

O Instagram aprendeu a regular seu algoritmo seguindo as premissas do TikTok. Na rede americana, porém, o usuário tem mais escolha. Na aba principal, o que aparece continuam sendo as publicações de quem escolhemos. Na aba “Explorar” ou quando entramos em um vídeo curto, aí o sistema chinês assume as rédeas. E obviamente a regulagem do algoritmo de TikTok e Instagram é diferente. No app chinês a gente muito rápido cai em material de gosto duvidoso, com pegada sensacionalista. No app americano não é assim.

O que tornou o Twitter uma rede na qual os radicais se sobressaem a moderados foi em grande parte efeito do algoritmo

Pois o Threads está mostrando postagens seguindo esta lógica que o Insta aprendeu com o TikTok. A Meta promete que haverá também, e em breve, uma aba onde veremos apenas aquilo de quem seguimos. Mas a rede parece estar apostando que sua inteligência artificial aprenderá com nossos interesses e produzirá uma seleção de textos mais diversa.

Qual o efeito de um algoritmo assim no debate público? Depende da calibragem. O que tornou o Twitter uma rede na qual os radicais se sobressaem a moderados foi em grande parte efeito do algoritmo. Com o tempo as pessoas se treinaram para escrever aquilo que ganhava muito alcance: violência. Repulsa a toda forma dissenso. Dogmatização da política.

Talvez uma rede voltada para texto que comece do zero seja diferente. Uma rede que nos tira das bolhas que nós próprios criamos ao listar quem desejamos seguir. Talvez. Não falta quem esteja manifestando surpresa ao encontrar, numa rede social, algo que anda tão em falta nas outras. Cordialidade.

A verdade é que o histórico da Meta com o Facebook não é promissor. Mas eles conhecem a tecnologia e têm anos de experiência acumulada.

Opinião por Pedro Doria

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