Jornalista, escritor e palestrante. Escreve às quintas

Opinião|Vale do Silício é exemplo na parceria entre Estado e iniciativa privada


Nem o mercado nem o Estado são vilões

Por Pedro Doria

Deixa um gosto amargo a maneira como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva escolheu travar o debate sobre economia. Ele barateia o debate. Se vez por outra parece querer mesmo discutir qual a melhor política de juros, em geral os sinais que envia são mais simplórios. O mercado é insensível e, os empresários, gananciosos. O povo é bom, a elite é má. É uma pena porque esse debate entre Estado e iniciativa privada é importante. E por isso mesmo é sempre bom retornarmos ao exemplo do Vale do Silício.

Não fosse o Estado, não teria havido na Califórnia uma explosão criativa de desenvolvimento tecnológico a partir dos anos 1970. E, não fosse a iniciativa privada, a explosão não teria se tornado a mais poderosa indústria do mundo.

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Foi o Estado, principalmente por meio do Departamento de Defesa e da Nasa, que financiou os cientistas que criaram o microchip, o mouse e a internet. O contexto era bastante específico: a disputa com a União Soviética. No rastro da preocupação, inúmeras universidades se lançaram à missão de sofisticar computadores. Muito se criou.

Não há qualquer coisa de errada em o Estado investir na criação de conhecimento. É uma de suas vocações numa democracia liberal, afinal, é pelo conhecimento que nações se destacam. Conhecimento é o caminho da riqueza.

Mas não foi o Estado americano que criou a Intel, a companhia que popularizou os microchips. Foi um pequeno grupo liderado por um executivo nova-iorquino chamado Arthur Rock. Ele juntou dinheiro com gente rica que conhecia e apostou que aquela empresa daria em muito retorno. Deu, e não apenas em dinheiro. Nos arredores de onde foi fundada a Intel nasceram diversas pequenas empresas de garagem criando computadores que as pessoas poderiam ter em casa. Uma delas foi a Apple.

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Não se faz uma nação inovadora sem um mercado forte nem sem um Estado que invista pesado em educação e ciência

Nem investimento estatal nem investimento privado explicam o Vale do Silício. É preciso somar ao conjunto a Universidade de Stanford, que já era um dos maiores polos de atração de talentos nas ciências exatas do país americano. Assim como há a cultura local — o berço do movimento hippie, a capital gay americana, o principal porto de entrada do Oriente e uma disposição ao risco herdada dos tempos da Corrida do Ouro. Um ambiente aberto a diferenças e uma gana imensa de abrir fronteiras. Uma comunidade que aceita novidades foi muito importante. Mas pessoas, indivíduos, cada qual com seu talento e coragem de se arriscar em algo novo, são igualmente indispensáveis.

Não se faz uma nação inovadora sem um mercado forte, aberto, tranquilo de que as diretrizes econômicas do país não vão mudar a cada ciclo eleitoral. E, claro, tampouco se faz sem um Estado que invista pesado em educação e ciência. Não são, nunca foram, antagônicas. O mercado não é vilão, como o Estado não é.

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Lula sabe que a dicotomia que ele incluiu em seus discursos é barata e traz um único resultado. Acirrar a divisão num país que precisa ser reunificado.

Deixa um gosto amargo a maneira como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva escolheu travar o debate sobre economia. Ele barateia o debate. Se vez por outra parece querer mesmo discutir qual a melhor política de juros, em geral os sinais que envia são mais simplórios. O mercado é insensível e, os empresários, gananciosos. O povo é bom, a elite é má. É uma pena porque esse debate entre Estado e iniciativa privada é importante. E por isso mesmo é sempre bom retornarmos ao exemplo do Vale do Silício.

Não fosse o Estado, não teria havido na Califórnia uma explosão criativa de desenvolvimento tecnológico a partir dos anos 1970. E, não fosse a iniciativa privada, a explosão não teria se tornado a mais poderosa indústria do mundo.

Foi o Estado, principalmente por meio do Departamento de Defesa e da Nasa, que financiou os cientistas que criaram o microchip, o mouse e a internet. O contexto era bastante específico: a disputa com a União Soviética. No rastro da preocupação, inúmeras universidades se lançaram à missão de sofisticar computadores. Muito se criou.

Não há qualquer coisa de errada em o Estado investir na criação de conhecimento. É uma de suas vocações numa democracia liberal, afinal, é pelo conhecimento que nações se destacam. Conhecimento é o caminho da riqueza.

Mas não foi o Estado americano que criou a Intel, a companhia que popularizou os microchips. Foi um pequeno grupo liderado por um executivo nova-iorquino chamado Arthur Rock. Ele juntou dinheiro com gente rica que conhecia e apostou que aquela empresa daria em muito retorno. Deu, e não apenas em dinheiro. Nos arredores de onde foi fundada a Intel nasceram diversas pequenas empresas de garagem criando computadores que as pessoas poderiam ter em casa. Uma delas foi a Apple.

Não se faz uma nação inovadora sem um mercado forte nem sem um Estado que invista pesado em educação e ciência

Nem investimento estatal nem investimento privado explicam o Vale do Silício. É preciso somar ao conjunto a Universidade de Stanford, que já era um dos maiores polos de atração de talentos nas ciências exatas do país americano. Assim como há a cultura local — o berço do movimento hippie, a capital gay americana, o principal porto de entrada do Oriente e uma disposição ao risco herdada dos tempos da Corrida do Ouro. Um ambiente aberto a diferenças e uma gana imensa de abrir fronteiras. Uma comunidade que aceita novidades foi muito importante. Mas pessoas, indivíduos, cada qual com seu talento e coragem de se arriscar em algo novo, são igualmente indispensáveis.

Não se faz uma nação inovadora sem um mercado forte, aberto, tranquilo de que as diretrizes econômicas do país não vão mudar a cada ciclo eleitoral. E, claro, tampouco se faz sem um Estado que invista pesado em educação e ciência. Não são, nunca foram, antagônicas. O mercado não é vilão, como o Estado não é.

Lula sabe que a dicotomia que ele incluiu em seus discursos é barata e traz um único resultado. Acirrar a divisão num país que precisa ser reunificado.

Deixa um gosto amargo a maneira como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva escolheu travar o debate sobre economia. Ele barateia o debate. Se vez por outra parece querer mesmo discutir qual a melhor política de juros, em geral os sinais que envia são mais simplórios. O mercado é insensível e, os empresários, gananciosos. O povo é bom, a elite é má. É uma pena porque esse debate entre Estado e iniciativa privada é importante. E por isso mesmo é sempre bom retornarmos ao exemplo do Vale do Silício.

Não fosse o Estado, não teria havido na Califórnia uma explosão criativa de desenvolvimento tecnológico a partir dos anos 1970. E, não fosse a iniciativa privada, a explosão não teria se tornado a mais poderosa indústria do mundo.

Foi o Estado, principalmente por meio do Departamento de Defesa e da Nasa, que financiou os cientistas que criaram o microchip, o mouse e a internet. O contexto era bastante específico: a disputa com a União Soviética. No rastro da preocupação, inúmeras universidades se lançaram à missão de sofisticar computadores. Muito se criou.

Não há qualquer coisa de errada em o Estado investir na criação de conhecimento. É uma de suas vocações numa democracia liberal, afinal, é pelo conhecimento que nações se destacam. Conhecimento é o caminho da riqueza.

Mas não foi o Estado americano que criou a Intel, a companhia que popularizou os microchips. Foi um pequeno grupo liderado por um executivo nova-iorquino chamado Arthur Rock. Ele juntou dinheiro com gente rica que conhecia e apostou que aquela empresa daria em muito retorno. Deu, e não apenas em dinheiro. Nos arredores de onde foi fundada a Intel nasceram diversas pequenas empresas de garagem criando computadores que as pessoas poderiam ter em casa. Uma delas foi a Apple.

Não se faz uma nação inovadora sem um mercado forte nem sem um Estado que invista pesado em educação e ciência

Nem investimento estatal nem investimento privado explicam o Vale do Silício. É preciso somar ao conjunto a Universidade de Stanford, que já era um dos maiores polos de atração de talentos nas ciências exatas do país americano. Assim como há a cultura local — o berço do movimento hippie, a capital gay americana, o principal porto de entrada do Oriente e uma disposição ao risco herdada dos tempos da Corrida do Ouro. Um ambiente aberto a diferenças e uma gana imensa de abrir fronteiras. Uma comunidade que aceita novidades foi muito importante. Mas pessoas, indivíduos, cada qual com seu talento e coragem de se arriscar em algo novo, são igualmente indispensáveis.

Não se faz uma nação inovadora sem um mercado forte, aberto, tranquilo de que as diretrizes econômicas do país não vão mudar a cada ciclo eleitoral. E, claro, tampouco se faz sem um Estado que invista pesado em educação e ciência. Não são, nunca foram, antagônicas. O mercado não é vilão, como o Estado não é.

Lula sabe que a dicotomia que ele incluiu em seus discursos é barata e traz um único resultado. Acirrar a divisão num país que precisa ser reunificado.

Deixa um gosto amargo a maneira como o presidente Luiz Inácio Lula da Silva escolheu travar o debate sobre economia. Ele barateia o debate. Se vez por outra parece querer mesmo discutir qual a melhor política de juros, em geral os sinais que envia são mais simplórios. O mercado é insensível e, os empresários, gananciosos. O povo é bom, a elite é má. É uma pena porque esse debate entre Estado e iniciativa privada é importante. E por isso mesmo é sempre bom retornarmos ao exemplo do Vale do Silício.

Não fosse o Estado, não teria havido na Califórnia uma explosão criativa de desenvolvimento tecnológico a partir dos anos 1970. E, não fosse a iniciativa privada, a explosão não teria se tornado a mais poderosa indústria do mundo.

Foi o Estado, principalmente por meio do Departamento de Defesa e da Nasa, que financiou os cientistas que criaram o microchip, o mouse e a internet. O contexto era bastante específico: a disputa com a União Soviética. No rastro da preocupação, inúmeras universidades se lançaram à missão de sofisticar computadores. Muito se criou.

Não há qualquer coisa de errada em o Estado investir na criação de conhecimento. É uma de suas vocações numa democracia liberal, afinal, é pelo conhecimento que nações se destacam. Conhecimento é o caminho da riqueza.

Mas não foi o Estado americano que criou a Intel, a companhia que popularizou os microchips. Foi um pequeno grupo liderado por um executivo nova-iorquino chamado Arthur Rock. Ele juntou dinheiro com gente rica que conhecia e apostou que aquela empresa daria em muito retorno. Deu, e não apenas em dinheiro. Nos arredores de onde foi fundada a Intel nasceram diversas pequenas empresas de garagem criando computadores que as pessoas poderiam ter em casa. Uma delas foi a Apple.

Não se faz uma nação inovadora sem um mercado forte nem sem um Estado que invista pesado em educação e ciência

Nem investimento estatal nem investimento privado explicam o Vale do Silício. É preciso somar ao conjunto a Universidade de Stanford, que já era um dos maiores polos de atração de talentos nas ciências exatas do país americano. Assim como há a cultura local — o berço do movimento hippie, a capital gay americana, o principal porto de entrada do Oriente e uma disposição ao risco herdada dos tempos da Corrida do Ouro. Um ambiente aberto a diferenças e uma gana imensa de abrir fronteiras. Uma comunidade que aceita novidades foi muito importante. Mas pessoas, indivíduos, cada qual com seu talento e coragem de se arriscar em algo novo, são igualmente indispensáveis.

Não se faz uma nação inovadora sem um mercado forte, aberto, tranquilo de que as diretrizes econômicas do país não vão mudar a cada ciclo eleitoral. E, claro, tampouco se faz sem um Estado que invista pesado em educação e ciência. Não são, nunca foram, antagônicas. O mercado não é vilão, como o Estado não é.

Lula sabe que a dicotomia que ele incluiu em seus discursos é barata e traz um único resultado. Acirrar a divisão num país que precisa ser reunificado.

Opinião por Pedro Doria

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