Nesta terça-feira, 29 de agosto, faz dez anos que o sistema Telebrás de telefonia foi privatizado, durante o governo de Fernando Henrique Cardoso, em 1998. Naquela época, um telefone celular era um artigo de luxo. O caderno Economia&Negócios de hoje traz um especial sobre a data e as mudanças que influenciaram o cotidiano de milhões de brasileiros na última década. Muitos dos desafios tecnológicos que a Telefónica – uma das herdeiras do sistema estatal – encontrou na década de 90 avançaram pelos anos 2000. Em 2005, o então presidente da empresa, Fernando Xavier Ferreira, concedeu uma entrevista ao Estado de S. Paulo em que falava sobre problemas de convergência de mídia, avanço de sistemas como o de Voz sobre IP (Voip) e a relação do sistema privado com o governo. Outro problema é que a competição na área de telefonia fixa evoluiu bem pouco. Na ocasião, Xavier afirmou que "é incontestável o caminho de oferecer, por meio do canal de acesso ao cliente, os serviços regulares de voz, mais dados, mais internet, mais vídeo". O empresário se desligou do grupo espanhol no final de 2006. "Voz sobre IP (sigla em inglês de Internet Protocol, ou VoIP) é uma realidade incontestável. Evidentemente que as concessionárias de telefonia fixa terão de ter a sua estratégia de como entrar nesse mercado e efetivamente faz parte do planejamento de qualquer dessas empresas" disse o então presidente da Telefónica. A privatização gerou, além de muita polêmica, reclamações de vários setores da sociedade. Em 2005 o Link publicou uma reportagem sobre o debate em torno dos desdobramentos da venda da Estatal, problemas como falta de competição e crítica ao modelo adotado. Para Manzar Feres, principal executiva de Telecomunicações da IBM para América Latina, redes de telefonia móvel de terceira geração (3G) são a promessa do presente para o desenvolvimento da comunicação móvel no Brasil. Hoje, já é possível até usar um unico celular com duas contas telefônicas diferentes