Quem joga, sabe

Pokémon consolida universo 3D em Omega Ruby e Alpha Sapphire


As duas novas versões da série Pokémon para o Nintendo 3DS tornou mais belo e consolidado aquilo que causou alvoroço nas edições anteriores: o universo em 3D

Por Luiz Fernando Toledo

Luiz Fernando Toledo

 Foto: Estadão

Embora sem tanto alarde, o lançamento das duas novas versões da série Pokémon para o Nintendo 3DS - Omega Ruby e Alpha Sapphire (OR/AS) tornou mais belo e consolidado aquilo que causou alvoroço nas edições anteriores: o universo em 3D.

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Se Pokémon X e Pokémon Y trouxeram a novidade ao portátil em uma série para lá de conservadora (com poucos reajustes ao modelo original), os games lançados no final de 2014vieram para melhorar tudo.

Está tudo lá, como todo fã espera: a luta contra oito líderes deginásios para se obter insígnias, matos com monstrinhos esperando para serem capturados aos montes e batalhas épicas na Elite Four. Embora o lançamento seja uma espécie de remake dos já clássicos Ruby e Sapphire, lançados para o Game Boy Advance em 2003, quase não há comparações a serem feitas, já que tudo está com um novo visual e há novas coisas a se fazer.

A primeira novidade óbvia é o visual. A Nintendo deu um grande passocom um jogo portátilem 3D na saga, algo que já era esperado por muita gente e finalmente veio à tona em 2013 com o lançamento de X/Y. Isto deu nova vida às batalhas, que deixaram as imagens congeladas e agora têm animações reais e com movimentos, semelhante aos jogos para console como o já antigo Pokémon Stadium (Nintendo 64) ou do mais recente Battle Revolution (Wii).

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O mapa também está totalmente renovado e, de 2013 para cá, ficou perceptível que houve bastante capricho em tornar tudo mais bonito e colorido. Assim como em X/Y (esta comparação se repetirá até o final, já aviso), passar por uma floresta ou um castelo já não é mais somente tarefa que visa progressão no jogo. A visita aos cenárioscomeçou a ter a mesma graça que ainda mantém o anime - os belos traços.

 Foto: Estadão

 

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História

O primeiro pecado é que a história principal do jogo acaba tão rápido quanto todos as outras. Em um ou dois dias é possível ter treinado pokémons e passado por todos os ginásios. O enredo todos já sabem: você é um jovem com muita determinação a se tornar um Mestre Pokémon. Ganha seu monstro inicial - escolhendo entre Torchic, Treecko ou Mudkip - sai batalhando pelo mundo e, ocasionalmente, é interrompido pelos vilões desastrados da Team Magma (para o OR) e da Team Aqua (AS). O objetivo do líder desses inimigos é reviver um pokémon pré-histórico que poderá destruir o mundo, Groudon (OR) ou Kyogre (AS) - e você deverá impedí-los.

E é no fim desta trama principal que surge o primeiro diferencial: o "delta episode", uma espécie de capítulo à parte do enredo principal. Apesar de curto, só o gostinho de ter algo para fazer depois dos créditos finais já compensa. Sem falar que aqui você será brindado com os lendários Rayquaza e Deoxys.

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Para a maioria dos fãs, o jogo só começa de verdade após o seu fim. Afinal é aí que começam os treinamentos de verdade, as capturas dos lendários - vale destacar que nesta edição HÁ MUITOS DELES - as batalhas online com outros jogadores, as trocas, a busca pelos pokémons mais raros, shiny e outras coisas.

Foram introduzidos pequenos elementos ao jogo que fizeram boa diferença. Agora há a possibilidade de saber que pokémon aparecerá no mato antes mesmo de entrar na batalha. Isto porque o jogador poderá caminhar "lentamente" sobre a grama e acionar a pokedéx - o que torna tudo mais próximo do desenho e deixa o jogo mais orgânico.

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Decolando

Outro destaque (só liberado depois de algum tempo) é que finalmente é possível voar de verdade. Diferentemente dos "Fly" das séries anteriores, em que você apenas decidia o destino, agora você controlará os pokémons Latios (OR) ou Latias (AS) no ar e verá o continente logo abaixo. Isto não é mero detalhe - além de tornar as viagens mais divertidas, há batalhas aéreas e é possível ver pontos brilhantes no mapa onde alguns lendários poderão estar escondidos.

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As bizarras "mega-evolutions" - que transformam pokémons, mesmo que em seu último estágio evolutivo, em versões mais poderosas deles mesmos - criadas em X/Y continuam aqui, com uma série de novos pokémons adicionados à lista de possibilidades. Embora pareça, desde o início, uma ideia totalmente copiada do "rival" e já desaparecido Digimon, a ideia trouxe novo fôlego às batalhas e adicionou outro desafio aos jogadores - encontrar todas as pedras que façam megaevoluções. Entre os pokémon,estão Camerupt, Sharpedo, Sableye (este fica bastante tosco), Latios/Latias, Metagross e o mais belo de todos, Rayquaza.

A presença massiva de lendários finalmente tornará o acesso a cada um deles mais "democrático". Todo jogador de Pokémon sabe que boa parte dos lendários são distribuídos apenas em eventos específicos - a maioria deles nunca ocorre no Brasil. Agora será possível ter praticamente todos pelo próprio jogo. Isto pode reduzir a dificuldade do game à primeira vista, já que todos são muito poderosos, mas é importante frisar que eles são proibidos em quase qualquer modo de luta em campeonatos, por exemplo.

As diferenças entre Alpha Sapphire e Omega Ruby são como nas versões antigas dos jogos. Alguns pokémons podem ser encontrados em uma versão e não na outra, além de mudanças sutis na história principal. Mas pode-se dizer que 99% do jogo é igual. Se quiser o lendário de fogo Groudon, fique com Omega Ruby. Se quiser a baleia aquática Kyogre, Alpha Sapphire. Os vilões do game também mudam, entre Team Aqua e Team Magma. Como já é tradição da marca, o lançamento de edições diferentes é uma forma de promover o multiplayer, já que somente com a interação com outros jogadores é que fica possível "capturar todos".

 

Valeu a pena?

Pokémon é quase como uma marca à parte de toda a Nintendo. Há uma sólida base de fãs que teve início há mais de uma década e continua existindo em inúmeras mídias e produtos (videogames, cards, jogos de tabuleiro, desenho, brinquedos diversos) e uma leva de novos apreciadores. Desta forma, cada nova versão do game torna-se quase obrigatória, em especial estas quatro últimas (X/Y e OR/AS), em 3D. O jogo tem forte replay - o que significa vida longa à diversão que custou quase R$ 200. Em meio a um ano de fracos lançamentos para o 3DS, com exceção de Smash Bros, Pokémon Omega Ruby/Alpha Sapphire é capaz de manter o brilho do portátil e trazer algumas novidades interessantes a velhos e novos jogadores da saga.

 

Pokémon Omega Ruby e Alpha SapphireDesenvolvedora: Game FreakPublisher: NintendoPreço: R$ 150Plataformas: Nintendo 3DSNota (0 a 5): 3,8*

*A nota final é resultado da média de cinco critérios: gráficos, diversão, jogabilidade, enredo e multiplayer; todas avaliadas entre 0 e 5.

Luiz Fernando Toledo

 Foto: Estadão

Embora sem tanto alarde, o lançamento das duas novas versões da série Pokémon para o Nintendo 3DS - Omega Ruby e Alpha Sapphire (OR/AS) tornou mais belo e consolidado aquilo que causou alvoroço nas edições anteriores: o universo em 3D.

Se Pokémon X e Pokémon Y trouxeram a novidade ao portátil em uma série para lá de conservadora (com poucos reajustes ao modelo original), os games lançados no final de 2014vieram para melhorar tudo.

Está tudo lá, como todo fã espera: a luta contra oito líderes deginásios para se obter insígnias, matos com monstrinhos esperando para serem capturados aos montes e batalhas épicas na Elite Four. Embora o lançamento seja uma espécie de remake dos já clássicos Ruby e Sapphire, lançados para o Game Boy Advance em 2003, quase não há comparações a serem feitas, já que tudo está com um novo visual e há novas coisas a se fazer.

A primeira novidade óbvia é o visual. A Nintendo deu um grande passocom um jogo portátilem 3D na saga, algo que já era esperado por muita gente e finalmente veio à tona em 2013 com o lançamento de X/Y. Isto deu nova vida às batalhas, que deixaram as imagens congeladas e agora têm animações reais e com movimentos, semelhante aos jogos para console como o já antigo Pokémon Stadium (Nintendo 64) ou do mais recente Battle Revolution (Wii).

O mapa também está totalmente renovado e, de 2013 para cá, ficou perceptível que houve bastante capricho em tornar tudo mais bonito e colorido. Assim como em X/Y (esta comparação se repetirá até o final, já aviso), passar por uma floresta ou um castelo já não é mais somente tarefa que visa progressão no jogo. A visita aos cenárioscomeçou a ter a mesma graça que ainda mantém o anime - os belos traços.

 Foto: Estadão

 

História

O primeiro pecado é que a história principal do jogo acaba tão rápido quanto todos as outras. Em um ou dois dias é possível ter treinado pokémons e passado por todos os ginásios. O enredo todos já sabem: você é um jovem com muita determinação a se tornar um Mestre Pokémon. Ganha seu monstro inicial - escolhendo entre Torchic, Treecko ou Mudkip - sai batalhando pelo mundo e, ocasionalmente, é interrompido pelos vilões desastrados da Team Magma (para o OR) e da Team Aqua (AS). O objetivo do líder desses inimigos é reviver um pokémon pré-histórico que poderá destruir o mundo, Groudon (OR) ou Kyogre (AS) - e você deverá impedí-los.

E é no fim desta trama principal que surge o primeiro diferencial: o "delta episode", uma espécie de capítulo à parte do enredo principal. Apesar de curto, só o gostinho de ter algo para fazer depois dos créditos finais já compensa. Sem falar que aqui você será brindado com os lendários Rayquaza e Deoxys.

Para a maioria dos fãs, o jogo só começa de verdade após o seu fim. Afinal é aí que começam os treinamentos de verdade, as capturas dos lendários - vale destacar que nesta edição HÁ MUITOS DELES - as batalhas online com outros jogadores, as trocas, a busca pelos pokémons mais raros, shiny e outras coisas.

Foram introduzidos pequenos elementos ao jogo que fizeram boa diferença. Agora há a possibilidade de saber que pokémon aparecerá no mato antes mesmo de entrar na batalha. Isto porque o jogador poderá caminhar "lentamente" sobre a grama e acionar a pokedéx - o que torna tudo mais próximo do desenho e deixa o jogo mais orgânico.

 

Decolando

Outro destaque (só liberado depois de algum tempo) é que finalmente é possível voar de verdade. Diferentemente dos "Fly" das séries anteriores, em que você apenas decidia o destino, agora você controlará os pokémons Latios (OR) ou Latias (AS) no ar e verá o continente logo abaixo. Isto não é mero detalhe - além de tornar as viagens mais divertidas, há batalhas aéreas e é possível ver pontos brilhantes no mapa onde alguns lendários poderão estar escondidos.

As bizarras "mega-evolutions" - que transformam pokémons, mesmo que em seu último estágio evolutivo, em versões mais poderosas deles mesmos - criadas em X/Y continuam aqui, com uma série de novos pokémons adicionados à lista de possibilidades. Embora pareça, desde o início, uma ideia totalmente copiada do "rival" e já desaparecido Digimon, a ideia trouxe novo fôlego às batalhas e adicionou outro desafio aos jogadores - encontrar todas as pedras que façam megaevoluções. Entre os pokémon,estão Camerupt, Sharpedo, Sableye (este fica bastante tosco), Latios/Latias, Metagross e o mais belo de todos, Rayquaza.

A presença massiva de lendários finalmente tornará o acesso a cada um deles mais "democrático". Todo jogador de Pokémon sabe que boa parte dos lendários são distribuídos apenas em eventos específicos - a maioria deles nunca ocorre no Brasil. Agora será possível ter praticamente todos pelo próprio jogo. Isto pode reduzir a dificuldade do game à primeira vista, já que todos são muito poderosos, mas é importante frisar que eles são proibidos em quase qualquer modo de luta em campeonatos, por exemplo.

As diferenças entre Alpha Sapphire e Omega Ruby são como nas versões antigas dos jogos. Alguns pokémons podem ser encontrados em uma versão e não na outra, além de mudanças sutis na história principal. Mas pode-se dizer que 99% do jogo é igual. Se quiser o lendário de fogo Groudon, fique com Omega Ruby. Se quiser a baleia aquática Kyogre, Alpha Sapphire. Os vilões do game também mudam, entre Team Aqua e Team Magma. Como já é tradição da marca, o lançamento de edições diferentes é uma forma de promover o multiplayer, já que somente com a interação com outros jogadores é que fica possível "capturar todos".

 

Valeu a pena?

Pokémon é quase como uma marca à parte de toda a Nintendo. Há uma sólida base de fãs que teve início há mais de uma década e continua existindo em inúmeras mídias e produtos (videogames, cards, jogos de tabuleiro, desenho, brinquedos diversos) e uma leva de novos apreciadores. Desta forma, cada nova versão do game torna-se quase obrigatória, em especial estas quatro últimas (X/Y e OR/AS), em 3D. O jogo tem forte replay - o que significa vida longa à diversão que custou quase R$ 200. Em meio a um ano de fracos lançamentos para o 3DS, com exceção de Smash Bros, Pokémon Omega Ruby/Alpha Sapphire é capaz de manter o brilho do portátil e trazer algumas novidades interessantes a velhos e novos jogadores da saga.

 

Pokémon Omega Ruby e Alpha SapphireDesenvolvedora: Game FreakPublisher: NintendoPreço: R$ 150Plataformas: Nintendo 3DSNota (0 a 5): 3,8*

*A nota final é resultado da média de cinco critérios: gráficos, diversão, jogabilidade, enredo e multiplayer; todas avaliadas entre 0 e 5.

Luiz Fernando Toledo

 Foto: Estadão

Embora sem tanto alarde, o lançamento das duas novas versões da série Pokémon para o Nintendo 3DS - Omega Ruby e Alpha Sapphire (OR/AS) tornou mais belo e consolidado aquilo que causou alvoroço nas edições anteriores: o universo em 3D.

Se Pokémon X e Pokémon Y trouxeram a novidade ao portátil em uma série para lá de conservadora (com poucos reajustes ao modelo original), os games lançados no final de 2014vieram para melhorar tudo.

Está tudo lá, como todo fã espera: a luta contra oito líderes deginásios para se obter insígnias, matos com monstrinhos esperando para serem capturados aos montes e batalhas épicas na Elite Four. Embora o lançamento seja uma espécie de remake dos já clássicos Ruby e Sapphire, lançados para o Game Boy Advance em 2003, quase não há comparações a serem feitas, já que tudo está com um novo visual e há novas coisas a se fazer.

A primeira novidade óbvia é o visual. A Nintendo deu um grande passocom um jogo portátilem 3D na saga, algo que já era esperado por muita gente e finalmente veio à tona em 2013 com o lançamento de X/Y. Isto deu nova vida às batalhas, que deixaram as imagens congeladas e agora têm animações reais e com movimentos, semelhante aos jogos para console como o já antigo Pokémon Stadium (Nintendo 64) ou do mais recente Battle Revolution (Wii).

O mapa também está totalmente renovado e, de 2013 para cá, ficou perceptível que houve bastante capricho em tornar tudo mais bonito e colorido. Assim como em X/Y (esta comparação se repetirá até o final, já aviso), passar por uma floresta ou um castelo já não é mais somente tarefa que visa progressão no jogo. A visita aos cenárioscomeçou a ter a mesma graça que ainda mantém o anime - os belos traços.

 Foto: Estadão

 

História

O primeiro pecado é que a história principal do jogo acaba tão rápido quanto todos as outras. Em um ou dois dias é possível ter treinado pokémons e passado por todos os ginásios. O enredo todos já sabem: você é um jovem com muita determinação a se tornar um Mestre Pokémon. Ganha seu monstro inicial - escolhendo entre Torchic, Treecko ou Mudkip - sai batalhando pelo mundo e, ocasionalmente, é interrompido pelos vilões desastrados da Team Magma (para o OR) e da Team Aqua (AS). O objetivo do líder desses inimigos é reviver um pokémon pré-histórico que poderá destruir o mundo, Groudon (OR) ou Kyogre (AS) - e você deverá impedí-los.

E é no fim desta trama principal que surge o primeiro diferencial: o "delta episode", uma espécie de capítulo à parte do enredo principal. Apesar de curto, só o gostinho de ter algo para fazer depois dos créditos finais já compensa. Sem falar que aqui você será brindado com os lendários Rayquaza e Deoxys.

Para a maioria dos fãs, o jogo só começa de verdade após o seu fim. Afinal é aí que começam os treinamentos de verdade, as capturas dos lendários - vale destacar que nesta edição HÁ MUITOS DELES - as batalhas online com outros jogadores, as trocas, a busca pelos pokémons mais raros, shiny e outras coisas.

Foram introduzidos pequenos elementos ao jogo que fizeram boa diferença. Agora há a possibilidade de saber que pokémon aparecerá no mato antes mesmo de entrar na batalha. Isto porque o jogador poderá caminhar "lentamente" sobre a grama e acionar a pokedéx - o que torna tudo mais próximo do desenho e deixa o jogo mais orgânico.

 

Decolando

Outro destaque (só liberado depois de algum tempo) é que finalmente é possível voar de verdade. Diferentemente dos "Fly" das séries anteriores, em que você apenas decidia o destino, agora você controlará os pokémons Latios (OR) ou Latias (AS) no ar e verá o continente logo abaixo. Isto não é mero detalhe - além de tornar as viagens mais divertidas, há batalhas aéreas e é possível ver pontos brilhantes no mapa onde alguns lendários poderão estar escondidos.

As bizarras "mega-evolutions" - que transformam pokémons, mesmo que em seu último estágio evolutivo, em versões mais poderosas deles mesmos - criadas em X/Y continuam aqui, com uma série de novos pokémons adicionados à lista de possibilidades. Embora pareça, desde o início, uma ideia totalmente copiada do "rival" e já desaparecido Digimon, a ideia trouxe novo fôlego às batalhas e adicionou outro desafio aos jogadores - encontrar todas as pedras que façam megaevoluções. Entre os pokémon,estão Camerupt, Sharpedo, Sableye (este fica bastante tosco), Latios/Latias, Metagross e o mais belo de todos, Rayquaza.

A presença massiva de lendários finalmente tornará o acesso a cada um deles mais "democrático". Todo jogador de Pokémon sabe que boa parte dos lendários são distribuídos apenas em eventos específicos - a maioria deles nunca ocorre no Brasil. Agora será possível ter praticamente todos pelo próprio jogo. Isto pode reduzir a dificuldade do game à primeira vista, já que todos são muito poderosos, mas é importante frisar que eles são proibidos em quase qualquer modo de luta em campeonatos, por exemplo.

As diferenças entre Alpha Sapphire e Omega Ruby são como nas versões antigas dos jogos. Alguns pokémons podem ser encontrados em uma versão e não na outra, além de mudanças sutis na história principal. Mas pode-se dizer que 99% do jogo é igual. Se quiser o lendário de fogo Groudon, fique com Omega Ruby. Se quiser a baleia aquática Kyogre, Alpha Sapphire. Os vilões do game também mudam, entre Team Aqua e Team Magma. Como já é tradição da marca, o lançamento de edições diferentes é uma forma de promover o multiplayer, já que somente com a interação com outros jogadores é que fica possível "capturar todos".

 

Valeu a pena?

Pokémon é quase como uma marca à parte de toda a Nintendo. Há uma sólida base de fãs que teve início há mais de uma década e continua existindo em inúmeras mídias e produtos (videogames, cards, jogos de tabuleiro, desenho, brinquedos diversos) e uma leva de novos apreciadores. Desta forma, cada nova versão do game torna-se quase obrigatória, em especial estas quatro últimas (X/Y e OR/AS), em 3D. O jogo tem forte replay - o que significa vida longa à diversão que custou quase R$ 200. Em meio a um ano de fracos lançamentos para o 3DS, com exceção de Smash Bros, Pokémon Omega Ruby/Alpha Sapphire é capaz de manter o brilho do portátil e trazer algumas novidades interessantes a velhos e novos jogadores da saga.

 

Pokémon Omega Ruby e Alpha SapphireDesenvolvedora: Game FreakPublisher: NintendoPreço: R$ 150Plataformas: Nintendo 3DSNota (0 a 5): 3,8*

*A nota final é resultado da média de cinco critérios: gráficos, diversão, jogabilidade, enredo e multiplayer; todas avaliadas entre 0 e 5.

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