Reader 2005-2011


Integração do leitor de feeds ao Google Plus e fim de suas ferramentas de interação social deixam uma legião de usuários órfãos e revoltados contra a empresa

Por Tatiana Mello Dias
Atualização:

Integração do leitor de feeds ao Google Plus e fim de suas ferramentas de interação social deixam uma legião de usuários órfãos e revoltados contra a empresa

O professor universitário Diego Franco é categórico: “O pai louco (Google) está matando o velho filho sadio (Reader) para ver se salva o filho caçula doente (Google Plus)”. Foi o que ele viu em uma das últimas discussões dentro do antigo Reader e que, para ele, é “a melhor análise da mudança que o Google fez”.

A empresa anunciou a mudança em seu blog explicando que não foi fácil mudar a interface do leitor de RSS mais popular do mundo. O sacrifício foi feito para que o serviço pudesse ser integrado à extensa mudança de interface que está sendo feita em todas as ferramentas do Google.

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O fim do antigo Reader deixou uma legião de órfãos. Teve até festa de despedida no Facebook. Ali, se perguntavam: “Será que se eu deixar o Google Reader aberto direto ele não vai mudar?”. Mas mudou. E, desde a última segunda-feira, o leitor de feeds do Google deixou de ser uma rede paralela para ser somente um leitor de feeds, sem pessoas a seguir e compartilhar. Antes, ao clicar em “compartilhar”, seus seguidores viam o que você achava interessante; e você via ali, dentro do Reader, o que os seus contatos compartilhavam. Agora, a única opção para compartilhar é assinalar o item com um +1 e postá-lo em seu perfil no Google Plus.

Occupy. Os orfãos do Reader se inspiraram no tumblr We Are The 99%, criado pelos manifestantes do Occupy Wall Street, para expressar sua indignação. A maior parte dos cartazes pode ser vista no Plus, justamente o principal ‘vilão’ do caso Foto: Estadão

“Eu achei bem ruim o fato do compartilhamento ser atrelado ao Google Plus”, diz a arquiteta Karine Tito. Ela assinava blogs de arquitetura e decoração e compartilhava cerca de 20 itens por dia. “Nem todas as pessoas que eu seguia lá estão no meu G+, então perdi esse meio de saber de coisas legais”, reclama.

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“O Reader é uma rede social por excelência, mas sua aplicação é a disseminação de links, filtrados por gente de verdade, não por algoritmos. Era mais fácil achar ouro ali do que se você fosse cavar sozinho”, analisa Leonardo Cunha, outro ex-usuário do Reader. Em seu Tumblr, Pi4noBl4ck, como é conhecido, postou um desabafo emocionado. Ele usava o leitor de feeds desde 2007. Seguia cerca de 100 pessoas. E diz que o usuário do Reader “não é o usuário comum de internet”. “O Google falhou ao não perceber isso. Quem está lá é realmente entusiasta de internet”.

“Era um serviço incrivelmente ágil de compartilhamento de posts de blogs e Tumblrs com um grupo de pessoas que eu seguia – e era seguido – e que foi formado devagar, ao longo de cinco anos de uso”, opina Diego Franco. “O Reader proporcionava a expansão do seu horizonte conhecido”, diz Cunha.

Só para se ter uma ideia, Brian Shih, ex-gerente de produto do Google Reader, classificou a mudança como um “desastre”. O Reader estava parado no tempo. Desatualizado. Com o visual antigo. Tinha ferramentas rudimentares de compartilhamento. Mas, aos poucos, transformou-se em uma rede paralela, com uma dinâmica própria. Tanto é que, no Irã, tornou-se o principal meio de comunicação em um país em que a internet é rigidamente censurada.

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“O Google Reader, graças a suas características sociais é muito mais do que um simples leitor de RSS para os usuários iranianos. Em um país em que todas as redes sociais – Twitter, Facebook e FriendFeed – e sites como YouTube, Tumblr e Flickr estão proibidos, o leitor do Google funciona como uma rede social pela falta de qualquer site independente de notícias”, escreveu o blogueiro iraniano Amir Hm. Ele lançou um abaixo-assinado para que o Google repensasse as mudanças e reuniu 15 mil assinaturas. A campanha cresceu. Virou “Occupy Reader”. Em vão.

O novo Reader ficou mais bonito e limpo, com a nova cara dos produtos do Google. Mas ficou vazio. “É como se voltássemos a maneira que consumíamos internet há oito anos”, diz Leonardo Cunha, que também critica o visual: “As letras são tão pequenas e o espaçamento é tão pouco que as linhas se encontram. É como ler uma bula”.

Embora o Google garanta que quer que o usuário do Reader leve consigo seus dados, a tarefa de usar o Google Plus para substitutir o Reader é complicada. A começar pelos contatos: não há uma maneira simples e oficial para exportar para o G+ a lista de pessoas que você seguia e a de seguidores. Perder o contato com sua rede Reader é fácil – retomá-lo requer uma manobra um tanto quanto complicada.

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Um usuário fanático resolveu solucionar o problema sozinho e criar um substituto com as funcionalidades idênticas às do antigo Reader.

Francis Cleary batizou o site de HiveMined. Ele ainda está em construção, mas já de cara parece um substituto bem parecido ao Reader. A diferença, porém, é que o login é feito via Facebook. Ele adianta as informações em um blog – a expectativa é que o serviço seja lançado hoje.

—-Leia mais:• Em nome do Plus• Não perca o contatoLink no papel – 07/11/2011

Integração do leitor de feeds ao Google Plus e fim de suas ferramentas de interação social deixam uma legião de usuários órfãos e revoltados contra a empresa

O professor universitário Diego Franco é categórico: “O pai louco (Google) está matando o velho filho sadio (Reader) para ver se salva o filho caçula doente (Google Plus)”. Foi o que ele viu em uma das últimas discussões dentro do antigo Reader e que, para ele, é “a melhor análise da mudança que o Google fez”.

A empresa anunciou a mudança em seu blog explicando que não foi fácil mudar a interface do leitor de RSS mais popular do mundo. O sacrifício foi feito para que o serviço pudesse ser integrado à extensa mudança de interface que está sendo feita em todas as ferramentas do Google.

O fim do antigo Reader deixou uma legião de órfãos. Teve até festa de despedida no Facebook. Ali, se perguntavam: “Será que se eu deixar o Google Reader aberto direto ele não vai mudar?”. Mas mudou. E, desde a última segunda-feira, o leitor de feeds do Google deixou de ser uma rede paralela para ser somente um leitor de feeds, sem pessoas a seguir e compartilhar. Antes, ao clicar em “compartilhar”, seus seguidores viam o que você achava interessante; e você via ali, dentro do Reader, o que os seus contatos compartilhavam. Agora, a única opção para compartilhar é assinalar o item com um +1 e postá-lo em seu perfil no Google Plus.

Occupy. Os orfãos do Reader se inspiraram no tumblr We Are The 99%, criado pelos manifestantes do Occupy Wall Street, para expressar sua indignação. A maior parte dos cartazes pode ser vista no Plus, justamente o principal ‘vilão’ do caso Foto: Estadão

“Eu achei bem ruim o fato do compartilhamento ser atrelado ao Google Plus”, diz a arquiteta Karine Tito. Ela assinava blogs de arquitetura e decoração e compartilhava cerca de 20 itens por dia. “Nem todas as pessoas que eu seguia lá estão no meu G+, então perdi esse meio de saber de coisas legais”, reclama.

“O Reader é uma rede social por excelência, mas sua aplicação é a disseminação de links, filtrados por gente de verdade, não por algoritmos. Era mais fácil achar ouro ali do que se você fosse cavar sozinho”, analisa Leonardo Cunha, outro ex-usuário do Reader. Em seu Tumblr, Pi4noBl4ck, como é conhecido, postou um desabafo emocionado. Ele usava o leitor de feeds desde 2007. Seguia cerca de 100 pessoas. E diz que o usuário do Reader “não é o usuário comum de internet”. “O Google falhou ao não perceber isso. Quem está lá é realmente entusiasta de internet”.

“Era um serviço incrivelmente ágil de compartilhamento de posts de blogs e Tumblrs com um grupo de pessoas que eu seguia – e era seguido – e que foi formado devagar, ao longo de cinco anos de uso”, opina Diego Franco. “O Reader proporcionava a expansão do seu horizonte conhecido”, diz Cunha.

Só para se ter uma ideia, Brian Shih, ex-gerente de produto do Google Reader, classificou a mudança como um “desastre”. O Reader estava parado no tempo. Desatualizado. Com o visual antigo. Tinha ferramentas rudimentares de compartilhamento. Mas, aos poucos, transformou-se em uma rede paralela, com uma dinâmica própria. Tanto é que, no Irã, tornou-se o principal meio de comunicação em um país em que a internet é rigidamente censurada.

“O Google Reader, graças a suas características sociais é muito mais do que um simples leitor de RSS para os usuários iranianos. Em um país em que todas as redes sociais – Twitter, Facebook e FriendFeed – e sites como YouTube, Tumblr e Flickr estão proibidos, o leitor do Google funciona como uma rede social pela falta de qualquer site independente de notícias”, escreveu o blogueiro iraniano Amir Hm. Ele lançou um abaixo-assinado para que o Google repensasse as mudanças e reuniu 15 mil assinaturas. A campanha cresceu. Virou “Occupy Reader”. Em vão.

O novo Reader ficou mais bonito e limpo, com a nova cara dos produtos do Google. Mas ficou vazio. “É como se voltássemos a maneira que consumíamos internet há oito anos”, diz Leonardo Cunha, que também critica o visual: “As letras são tão pequenas e o espaçamento é tão pouco que as linhas se encontram. É como ler uma bula”.

Embora o Google garanta que quer que o usuário do Reader leve consigo seus dados, a tarefa de usar o Google Plus para substitutir o Reader é complicada. A começar pelos contatos: não há uma maneira simples e oficial para exportar para o G+ a lista de pessoas que você seguia e a de seguidores. Perder o contato com sua rede Reader é fácil – retomá-lo requer uma manobra um tanto quanto complicada.

Um usuário fanático resolveu solucionar o problema sozinho e criar um substituto com as funcionalidades idênticas às do antigo Reader.

Francis Cleary batizou o site de HiveMined. Ele ainda está em construção, mas já de cara parece um substituto bem parecido ao Reader. A diferença, porém, é que o login é feito via Facebook. Ele adianta as informações em um blog – a expectativa é que o serviço seja lançado hoje.

—-Leia mais:• Em nome do Plus• Não perca o contatoLink no papel – 07/11/2011

Integração do leitor de feeds ao Google Plus e fim de suas ferramentas de interação social deixam uma legião de usuários órfãos e revoltados contra a empresa

O professor universitário Diego Franco é categórico: “O pai louco (Google) está matando o velho filho sadio (Reader) para ver se salva o filho caçula doente (Google Plus)”. Foi o que ele viu em uma das últimas discussões dentro do antigo Reader e que, para ele, é “a melhor análise da mudança que o Google fez”.

A empresa anunciou a mudança em seu blog explicando que não foi fácil mudar a interface do leitor de RSS mais popular do mundo. O sacrifício foi feito para que o serviço pudesse ser integrado à extensa mudança de interface que está sendo feita em todas as ferramentas do Google.

O fim do antigo Reader deixou uma legião de órfãos. Teve até festa de despedida no Facebook. Ali, se perguntavam: “Será que se eu deixar o Google Reader aberto direto ele não vai mudar?”. Mas mudou. E, desde a última segunda-feira, o leitor de feeds do Google deixou de ser uma rede paralela para ser somente um leitor de feeds, sem pessoas a seguir e compartilhar. Antes, ao clicar em “compartilhar”, seus seguidores viam o que você achava interessante; e você via ali, dentro do Reader, o que os seus contatos compartilhavam. Agora, a única opção para compartilhar é assinalar o item com um +1 e postá-lo em seu perfil no Google Plus.

Occupy. Os orfãos do Reader se inspiraram no tumblr We Are The 99%, criado pelos manifestantes do Occupy Wall Street, para expressar sua indignação. A maior parte dos cartazes pode ser vista no Plus, justamente o principal ‘vilão’ do caso Foto: Estadão

“Eu achei bem ruim o fato do compartilhamento ser atrelado ao Google Plus”, diz a arquiteta Karine Tito. Ela assinava blogs de arquitetura e decoração e compartilhava cerca de 20 itens por dia. “Nem todas as pessoas que eu seguia lá estão no meu G+, então perdi esse meio de saber de coisas legais”, reclama.

“O Reader é uma rede social por excelência, mas sua aplicação é a disseminação de links, filtrados por gente de verdade, não por algoritmos. Era mais fácil achar ouro ali do que se você fosse cavar sozinho”, analisa Leonardo Cunha, outro ex-usuário do Reader. Em seu Tumblr, Pi4noBl4ck, como é conhecido, postou um desabafo emocionado. Ele usava o leitor de feeds desde 2007. Seguia cerca de 100 pessoas. E diz que o usuário do Reader “não é o usuário comum de internet”. “O Google falhou ao não perceber isso. Quem está lá é realmente entusiasta de internet”.

“Era um serviço incrivelmente ágil de compartilhamento de posts de blogs e Tumblrs com um grupo de pessoas que eu seguia – e era seguido – e que foi formado devagar, ao longo de cinco anos de uso”, opina Diego Franco. “O Reader proporcionava a expansão do seu horizonte conhecido”, diz Cunha.

Só para se ter uma ideia, Brian Shih, ex-gerente de produto do Google Reader, classificou a mudança como um “desastre”. O Reader estava parado no tempo. Desatualizado. Com o visual antigo. Tinha ferramentas rudimentares de compartilhamento. Mas, aos poucos, transformou-se em uma rede paralela, com uma dinâmica própria. Tanto é que, no Irã, tornou-se o principal meio de comunicação em um país em que a internet é rigidamente censurada.

“O Google Reader, graças a suas características sociais é muito mais do que um simples leitor de RSS para os usuários iranianos. Em um país em que todas as redes sociais – Twitter, Facebook e FriendFeed – e sites como YouTube, Tumblr e Flickr estão proibidos, o leitor do Google funciona como uma rede social pela falta de qualquer site independente de notícias”, escreveu o blogueiro iraniano Amir Hm. Ele lançou um abaixo-assinado para que o Google repensasse as mudanças e reuniu 15 mil assinaturas. A campanha cresceu. Virou “Occupy Reader”. Em vão.

O novo Reader ficou mais bonito e limpo, com a nova cara dos produtos do Google. Mas ficou vazio. “É como se voltássemos a maneira que consumíamos internet há oito anos”, diz Leonardo Cunha, que também critica o visual: “As letras são tão pequenas e o espaçamento é tão pouco que as linhas se encontram. É como ler uma bula”.

Embora o Google garanta que quer que o usuário do Reader leve consigo seus dados, a tarefa de usar o Google Plus para substitutir o Reader é complicada. A começar pelos contatos: não há uma maneira simples e oficial para exportar para o G+ a lista de pessoas que você seguia e a de seguidores. Perder o contato com sua rede Reader é fácil – retomá-lo requer uma manobra um tanto quanto complicada.

Um usuário fanático resolveu solucionar o problema sozinho e criar um substituto com as funcionalidades idênticas às do antigo Reader.

Francis Cleary batizou o site de HiveMined. Ele ainda está em construção, mas já de cara parece um substituto bem parecido ao Reader. A diferença, porém, é que o login é feito via Facebook. Ele adianta as informações em um blog – a expectativa é que o serviço seja lançado hoje.

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Integração do leitor de feeds ao Google Plus e fim de suas ferramentas de interação social deixam uma legião de usuários órfãos e revoltados contra a empresa

O professor universitário Diego Franco é categórico: “O pai louco (Google) está matando o velho filho sadio (Reader) para ver se salva o filho caçula doente (Google Plus)”. Foi o que ele viu em uma das últimas discussões dentro do antigo Reader e que, para ele, é “a melhor análise da mudança que o Google fez”.

A empresa anunciou a mudança em seu blog explicando que não foi fácil mudar a interface do leitor de RSS mais popular do mundo. O sacrifício foi feito para que o serviço pudesse ser integrado à extensa mudança de interface que está sendo feita em todas as ferramentas do Google.

O fim do antigo Reader deixou uma legião de órfãos. Teve até festa de despedida no Facebook. Ali, se perguntavam: “Será que se eu deixar o Google Reader aberto direto ele não vai mudar?”. Mas mudou. E, desde a última segunda-feira, o leitor de feeds do Google deixou de ser uma rede paralela para ser somente um leitor de feeds, sem pessoas a seguir e compartilhar. Antes, ao clicar em “compartilhar”, seus seguidores viam o que você achava interessante; e você via ali, dentro do Reader, o que os seus contatos compartilhavam. Agora, a única opção para compartilhar é assinalar o item com um +1 e postá-lo em seu perfil no Google Plus.

Occupy. Os orfãos do Reader se inspiraram no tumblr We Are The 99%, criado pelos manifestantes do Occupy Wall Street, para expressar sua indignação. A maior parte dos cartazes pode ser vista no Plus, justamente o principal ‘vilão’ do caso Foto: Estadão

“Eu achei bem ruim o fato do compartilhamento ser atrelado ao Google Plus”, diz a arquiteta Karine Tito. Ela assinava blogs de arquitetura e decoração e compartilhava cerca de 20 itens por dia. “Nem todas as pessoas que eu seguia lá estão no meu G+, então perdi esse meio de saber de coisas legais”, reclama.

“O Reader é uma rede social por excelência, mas sua aplicação é a disseminação de links, filtrados por gente de verdade, não por algoritmos. Era mais fácil achar ouro ali do que se você fosse cavar sozinho”, analisa Leonardo Cunha, outro ex-usuário do Reader. Em seu Tumblr, Pi4noBl4ck, como é conhecido, postou um desabafo emocionado. Ele usava o leitor de feeds desde 2007. Seguia cerca de 100 pessoas. E diz que o usuário do Reader “não é o usuário comum de internet”. “O Google falhou ao não perceber isso. Quem está lá é realmente entusiasta de internet”.

“Era um serviço incrivelmente ágil de compartilhamento de posts de blogs e Tumblrs com um grupo de pessoas que eu seguia – e era seguido – e que foi formado devagar, ao longo de cinco anos de uso”, opina Diego Franco. “O Reader proporcionava a expansão do seu horizonte conhecido”, diz Cunha.

Só para se ter uma ideia, Brian Shih, ex-gerente de produto do Google Reader, classificou a mudança como um “desastre”. O Reader estava parado no tempo. Desatualizado. Com o visual antigo. Tinha ferramentas rudimentares de compartilhamento. Mas, aos poucos, transformou-se em uma rede paralela, com uma dinâmica própria. Tanto é que, no Irã, tornou-se o principal meio de comunicação em um país em que a internet é rigidamente censurada.

“O Google Reader, graças a suas características sociais é muito mais do que um simples leitor de RSS para os usuários iranianos. Em um país em que todas as redes sociais – Twitter, Facebook e FriendFeed – e sites como YouTube, Tumblr e Flickr estão proibidos, o leitor do Google funciona como uma rede social pela falta de qualquer site independente de notícias”, escreveu o blogueiro iraniano Amir Hm. Ele lançou um abaixo-assinado para que o Google repensasse as mudanças e reuniu 15 mil assinaturas. A campanha cresceu. Virou “Occupy Reader”. Em vão.

O novo Reader ficou mais bonito e limpo, com a nova cara dos produtos do Google. Mas ficou vazio. “É como se voltássemos a maneira que consumíamos internet há oito anos”, diz Leonardo Cunha, que também critica o visual: “As letras são tão pequenas e o espaçamento é tão pouco que as linhas se encontram. É como ler uma bula”.

Embora o Google garanta que quer que o usuário do Reader leve consigo seus dados, a tarefa de usar o Google Plus para substitutir o Reader é complicada. A começar pelos contatos: não há uma maneira simples e oficial para exportar para o G+ a lista de pessoas que você seguia e a de seguidores. Perder o contato com sua rede Reader é fácil – retomá-lo requer uma manobra um tanto quanto complicada.

Um usuário fanático resolveu solucionar o problema sozinho e criar um substituto com as funcionalidades idênticas às do antigo Reader.

Francis Cleary batizou o site de HiveMined. Ele ainda está em construção, mas já de cara parece um substituto bem parecido ao Reader. A diferença, porém, é que o login é feito via Facebook. Ele adianta as informações em um blog – a expectativa é que o serviço seja lançado hoje.

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