'Stickers' são nova forma de comunicação


Populares entre usuários asiáticos, os ‘stickers’ começam a ganhar adeptos no Brasil por meio dos aplicativos de mensagens

Por Redação Link
Atualização:

Populares entre usuários asiáticos, os ‘stickers’ – desenhos com personagens engraçadinhos – começam a ganhar adeptos no Brasil por meio dos aplicativos de mensagens; figuras representam situações cotidianas e são usadas para expressar emoções da pessoa

Mariana CongoNayara Fraga

SÃO PAULO – Comprar um pacote de figurinhas em uma banca de revistas era uma cena comum 15 anos atrás. Agora, no momento em que o smartphone se fortalece cada vez mais como uma plataforma de entretenimento e comunicação, a compra de adesivos – ou “stickers” – ocorre também no mundo online.

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O popular aplicativo japonês de mensagens instantâneas Line, que há poucos meses chegou ao Brasil, vende o “pacotinho” de figurinhas com 40 unidades por R$ 4. Ao todo, são mais 10 mil opções de figurinhas, a maior parte paga. Em vez de guardá-las num álbum, desta vez o objetivo é compartilhar as imagens com amigos para provocar riso, demonstrar sentimento ou simplesmente informar o que se está fazendo.

Os stickers são imagens mais elaboradas que os emojis e os emoticons, que tinham mais espaço na comunicação via SMS em celulares simples. O urso Brown, um dos personagens mais famosos do Line, por exemplo, está inserido em situações do nosso cotidiano. Ele cozinha, pendura roupa no varal, compra pão, faz ginástica, toma sol, escova os dentes, entre inúmeras tarefas.

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Febre no Japão, as figurinhas virtuais passaram a ser adotadas também por aplicativos concorrentes, como o sul-coreano KakaoTalk e o chinês WeChat. Neles, há ainda figuras animadas. Por serem ilustrações mais complexas, os stickers permitem que os usuários expressem melhor suas emoções, segundo o consultor executivo da Kakao Corp Brasil, Maurílio Uemura Shintati. “Eles se tornaram muito populares no Japão e, assim, viraram padrão nos programas de origem asiática”, diz.

Ainda que as empresas não revelem a quantidade de pessoas adeptas dos stickers, elas afirmam que o interesse dos mais de meio bilhão de usuários (somados os do Line, do WeChat e do KakaoTalk) é crescente. O perfil de quem manda sticker é variado, mas as mulheres predominam. Em campanhas de marketing, o recurso é destacado como uma das principais vantagens dos aplicativos.

Difusão Apesar de novidade no Ocidente, os stickers estão virando moda por aqui – não necessariamente por meio dos apps asiáticos. O Facebook também adotou as figurinhas há cerca de quatro meses e está empenhado em levá-las a seus 1 bilhão de usuários. Até a sexta-feira, havia 1.080 opções delas.

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São personagens feitos por designers da própria rede social ou de estúdios de diferentes partes do mundo. Tem até desenho de autoria de um brasileiro (mais informações nesta pág.).

Segundo a diretora de crescimento do Facebook para a América Latina, Laura González-Estéfani, as figurinhas entraram na estratégia da empresa porque complementam as mensagens de texto e deixam as conversas dos usuários mais claras e emocionais.

Embora afirme que não cobrará pelas figurinhas num futuro próximo, a rede social de Mark Zuckerberg pode estar ensaiando uma entrada no bem-sucedido modelo de negócios da concorrência. No Line, os stickers corresponderam a 27% do faturamento de US$ 101,3 milhões neste segundo trimestre. Além de vender ao usuário, o aplicativo também lucra com marcas que querem criar seus próprios stickers ou páginas.

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No Facebook, a principal parceria comercial no ar é com o filme Meu Malvado Favorito 2. A figurinha do personagem Minion do Mal é uma das preferidas do estudante de moda Bruno Mendes, de 21 anos, morador de São Paulo. “Me identifico muito, porque o cabelo dele está sempre bagunçado como o meu”, diz. Além de usar o Facebook Messenger, ele e seus amigos também costumam trocar mensagens pelo WeChat para combinar de sair. E, nas horas vagas, gostam de jogar “pedra, papel e tesoura” usando um dos stickers animados do app.

A estudante de design gráfico Karina Nignoni, de 17 anos, do mesmo grupo que Bruno, diz que às vezes acorda no meio da madrugada para trocar mensagens. “Eu gosto de usar os stickers, são mais úteis que os emoticons e mais bonitos”, diz. Evolução. Os stickers são considerados uma herança dos “winks”, populares figuras animadas usadas no programa de mensagens MSN (ou Messenger), como os desenhos de beijos que saltavam na tela.

Marcelo Castelo, executivo da agência F.biz que acompanha o mercado móvel, vê nas figurinhas atuais um jeito simples e rápido de resumir frases – às vezes digitadas com erros por causa da pressa ou da dificuldade de acertar a letra no teclado. “Existe um fenômeno aí. Com o crescente uso dos smartphones, as pessoas vão usar cada vez mais. Não tem volta.” Para ele, o brasileiro está disposto a pagar por conteúdo exclusivo nos aplicativos, assim como faz nos games para celulares e redes sociais que operam no País.

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—-Leia mais:Brasileiro faz desenho para o FacebookLink no papel – 26/8/2013

Populares entre usuários asiáticos, os ‘stickers’ – desenhos com personagens engraçadinhos – começam a ganhar adeptos no Brasil por meio dos aplicativos de mensagens; figuras representam situações cotidianas e são usadas para expressar emoções da pessoa

Mariana CongoNayara Fraga

SÃO PAULO – Comprar um pacote de figurinhas em uma banca de revistas era uma cena comum 15 anos atrás. Agora, no momento em que o smartphone se fortalece cada vez mais como uma plataforma de entretenimento e comunicação, a compra de adesivos – ou “stickers” – ocorre também no mundo online.

 

O popular aplicativo japonês de mensagens instantâneas Line, que há poucos meses chegou ao Brasil, vende o “pacotinho” de figurinhas com 40 unidades por R$ 4. Ao todo, são mais 10 mil opções de figurinhas, a maior parte paga. Em vez de guardá-las num álbum, desta vez o objetivo é compartilhar as imagens com amigos para provocar riso, demonstrar sentimento ou simplesmente informar o que se está fazendo.

Os stickers são imagens mais elaboradas que os emojis e os emoticons, que tinham mais espaço na comunicação via SMS em celulares simples. O urso Brown, um dos personagens mais famosos do Line, por exemplo, está inserido em situações do nosso cotidiano. Ele cozinha, pendura roupa no varal, compra pão, faz ginástica, toma sol, escova os dentes, entre inúmeras tarefas.

Febre no Japão, as figurinhas virtuais passaram a ser adotadas também por aplicativos concorrentes, como o sul-coreano KakaoTalk e o chinês WeChat. Neles, há ainda figuras animadas. Por serem ilustrações mais complexas, os stickers permitem que os usuários expressem melhor suas emoções, segundo o consultor executivo da Kakao Corp Brasil, Maurílio Uemura Shintati. “Eles se tornaram muito populares no Japão e, assim, viraram padrão nos programas de origem asiática”, diz.

Ainda que as empresas não revelem a quantidade de pessoas adeptas dos stickers, elas afirmam que o interesse dos mais de meio bilhão de usuários (somados os do Line, do WeChat e do KakaoTalk) é crescente. O perfil de quem manda sticker é variado, mas as mulheres predominam. Em campanhas de marketing, o recurso é destacado como uma das principais vantagens dos aplicativos.

Difusão Apesar de novidade no Ocidente, os stickers estão virando moda por aqui – não necessariamente por meio dos apps asiáticos. O Facebook também adotou as figurinhas há cerca de quatro meses e está empenhado em levá-las a seus 1 bilhão de usuários. Até a sexta-feira, havia 1.080 opções delas.

São personagens feitos por designers da própria rede social ou de estúdios de diferentes partes do mundo. Tem até desenho de autoria de um brasileiro (mais informações nesta pág.).

Segundo a diretora de crescimento do Facebook para a América Latina, Laura González-Estéfani, as figurinhas entraram na estratégia da empresa porque complementam as mensagens de texto e deixam as conversas dos usuários mais claras e emocionais.

Embora afirme que não cobrará pelas figurinhas num futuro próximo, a rede social de Mark Zuckerberg pode estar ensaiando uma entrada no bem-sucedido modelo de negócios da concorrência. No Line, os stickers corresponderam a 27% do faturamento de US$ 101,3 milhões neste segundo trimestre. Além de vender ao usuário, o aplicativo também lucra com marcas que querem criar seus próprios stickers ou páginas.

No Facebook, a principal parceria comercial no ar é com o filme Meu Malvado Favorito 2. A figurinha do personagem Minion do Mal é uma das preferidas do estudante de moda Bruno Mendes, de 21 anos, morador de São Paulo. “Me identifico muito, porque o cabelo dele está sempre bagunçado como o meu”, diz. Além de usar o Facebook Messenger, ele e seus amigos também costumam trocar mensagens pelo WeChat para combinar de sair. E, nas horas vagas, gostam de jogar “pedra, papel e tesoura” usando um dos stickers animados do app.

A estudante de design gráfico Karina Nignoni, de 17 anos, do mesmo grupo que Bruno, diz que às vezes acorda no meio da madrugada para trocar mensagens. “Eu gosto de usar os stickers, são mais úteis que os emoticons e mais bonitos”, diz. Evolução. Os stickers são considerados uma herança dos “winks”, populares figuras animadas usadas no programa de mensagens MSN (ou Messenger), como os desenhos de beijos que saltavam na tela.

Marcelo Castelo, executivo da agência F.biz que acompanha o mercado móvel, vê nas figurinhas atuais um jeito simples e rápido de resumir frases – às vezes digitadas com erros por causa da pressa ou da dificuldade de acertar a letra no teclado. “Existe um fenômeno aí. Com o crescente uso dos smartphones, as pessoas vão usar cada vez mais. Não tem volta.” Para ele, o brasileiro está disposto a pagar por conteúdo exclusivo nos aplicativos, assim como faz nos games para celulares e redes sociais que operam no País.

—-Leia mais:Brasileiro faz desenho para o FacebookLink no papel – 26/8/2013

Populares entre usuários asiáticos, os ‘stickers’ – desenhos com personagens engraçadinhos – começam a ganhar adeptos no Brasil por meio dos aplicativos de mensagens; figuras representam situações cotidianas e são usadas para expressar emoções da pessoa

Mariana CongoNayara Fraga

SÃO PAULO – Comprar um pacote de figurinhas em uma banca de revistas era uma cena comum 15 anos atrás. Agora, no momento em que o smartphone se fortalece cada vez mais como uma plataforma de entretenimento e comunicação, a compra de adesivos – ou “stickers” – ocorre também no mundo online.

 

O popular aplicativo japonês de mensagens instantâneas Line, que há poucos meses chegou ao Brasil, vende o “pacotinho” de figurinhas com 40 unidades por R$ 4. Ao todo, são mais 10 mil opções de figurinhas, a maior parte paga. Em vez de guardá-las num álbum, desta vez o objetivo é compartilhar as imagens com amigos para provocar riso, demonstrar sentimento ou simplesmente informar o que se está fazendo.

Os stickers são imagens mais elaboradas que os emojis e os emoticons, que tinham mais espaço na comunicação via SMS em celulares simples. O urso Brown, um dos personagens mais famosos do Line, por exemplo, está inserido em situações do nosso cotidiano. Ele cozinha, pendura roupa no varal, compra pão, faz ginástica, toma sol, escova os dentes, entre inúmeras tarefas.

Febre no Japão, as figurinhas virtuais passaram a ser adotadas também por aplicativos concorrentes, como o sul-coreano KakaoTalk e o chinês WeChat. Neles, há ainda figuras animadas. Por serem ilustrações mais complexas, os stickers permitem que os usuários expressem melhor suas emoções, segundo o consultor executivo da Kakao Corp Brasil, Maurílio Uemura Shintati. “Eles se tornaram muito populares no Japão e, assim, viraram padrão nos programas de origem asiática”, diz.

Ainda que as empresas não revelem a quantidade de pessoas adeptas dos stickers, elas afirmam que o interesse dos mais de meio bilhão de usuários (somados os do Line, do WeChat e do KakaoTalk) é crescente. O perfil de quem manda sticker é variado, mas as mulheres predominam. Em campanhas de marketing, o recurso é destacado como uma das principais vantagens dos aplicativos.

Difusão Apesar de novidade no Ocidente, os stickers estão virando moda por aqui – não necessariamente por meio dos apps asiáticos. O Facebook também adotou as figurinhas há cerca de quatro meses e está empenhado em levá-las a seus 1 bilhão de usuários. Até a sexta-feira, havia 1.080 opções delas.

São personagens feitos por designers da própria rede social ou de estúdios de diferentes partes do mundo. Tem até desenho de autoria de um brasileiro (mais informações nesta pág.).

Segundo a diretora de crescimento do Facebook para a América Latina, Laura González-Estéfani, as figurinhas entraram na estratégia da empresa porque complementam as mensagens de texto e deixam as conversas dos usuários mais claras e emocionais.

Embora afirme que não cobrará pelas figurinhas num futuro próximo, a rede social de Mark Zuckerberg pode estar ensaiando uma entrada no bem-sucedido modelo de negócios da concorrência. No Line, os stickers corresponderam a 27% do faturamento de US$ 101,3 milhões neste segundo trimestre. Além de vender ao usuário, o aplicativo também lucra com marcas que querem criar seus próprios stickers ou páginas.

No Facebook, a principal parceria comercial no ar é com o filme Meu Malvado Favorito 2. A figurinha do personagem Minion do Mal é uma das preferidas do estudante de moda Bruno Mendes, de 21 anos, morador de São Paulo. “Me identifico muito, porque o cabelo dele está sempre bagunçado como o meu”, diz. Além de usar o Facebook Messenger, ele e seus amigos também costumam trocar mensagens pelo WeChat para combinar de sair. E, nas horas vagas, gostam de jogar “pedra, papel e tesoura” usando um dos stickers animados do app.

A estudante de design gráfico Karina Nignoni, de 17 anos, do mesmo grupo que Bruno, diz que às vezes acorda no meio da madrugada para trocar mensagens. “Eu gosto de usar os stickers, são mais úteis que os emoticons e mais bonitos”, diz. Evolução. Os stickers são considerados uma herança dos “winks”, populares figuras animadas usadas no programa de mensagens MSN (ou Messenger), como os desenhos de beijos que saltavam na tela.

Marcelo Castelo, executivo da agência F.biz que acompanha o mercado móvel, vê nas figurinhas atuais um jeito simples e rápido de resumir frases – às vezes digitadas com erros por causa da pressa ou da dificuldade de acertar a letra no teclado. “Existe um fenômeno aí. Com o crescente uso dos smartphones, as pessoas vão usar cada vez mais. Não tem volta.” Para ele, o brasileiro está disposto a pagar por conteúdo exclusivo nos aplicativos, assim como faz nos games para celulares e redes sociais que operam no País.

—-Leia mais:Brasileiro faz desenho para o FacebookLink no papel – 26/8/2013

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